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gabu camacho

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Autoria: dependência em vão

parte três – incodependência

leia ouvindo: seu costume, bruno gadiol

nada acontece como se espera. as coisas vem quando não se precisa mais pra te voltar a órbita. já nasci fora dela, meu bem. nada pode me colocar de volta.

não sou planeta anão, sou supernova, gigante vermelha. anã branca não mais. estar só não é viver em vão e isso me fez sentido só agora, no terceiro de sua sequência. o mundo não possui solução. tanta gente aí sem amor pra dar, tanta gente aí sem brilho nos olhos. hoje é minha independência, e calhou de ser xará de data com os estados unidos. meu lugar nunca foi aqui mesmo.

você chegou atrasado. chegou antes quando o tempo não era seu, atrasado quando era. na verdade, acho que nunca foi. eu me sentia a hannah, eu me sentia o charlie. eu me sentia especial. especialidades mudam, assim como os gostos. você me fazia sentir especial, agora qualquer um faz. eu entendi quem eu sou. entendi como devo ser.

vim escrever imediatamente depois do calote. fiz o mesmo caminho de três atrás e cai em mim. engraçado porque faço esse caminho todos os dias. não ouço mais taylor swift nele, talvez por isso tenha parecido tão diferente hoje quando percebi que era o mesmo. quando percebi que eu era o mesmo.

e eu percebi que te amava porque me amava. sim. eu te amava tanto que via meu amor em você, quando você não tinha um pingo de amor próprio no meio dos seus pensamentos autodestrutivos. eu sempre me amei. sempre amei o amor. mas ele estava refletido em você, ora. é mais fácil olhar para os outros que para o próprio umbigo, não é? então. esse foi o caso.

engraçado porque eu te amei tanto, até nas vezes em que eu não deveria. até nas vezes em que eu não te amava mais. até nas vezes em que eu estava no escanteio quando não deveria estar. mas hoje fiz morada nele. na verdade, fiz morada nele e me mudei. deixei a casa mais bonita para o próximo inquilino. inquilino porque sou meteoro e você planeta. milhões de anos para tirar minha marca da sua superfície.

e me mudei.

me mudei como alguém que é assaltado na casa térrea e compra uma cobertura sem financiamento, mesmo pagando o financiamento da casa. me mudei pra uma cobertura com visão ampla. eu consigo ver o céu. eu consigo ouvir os pássaros.

eu estava lendo aquele livro, textos cruéis demais para serem lidos rapidamente e nele vi que quando um braço quebra, ele pode voltar a ser o mesmo. mas não aguenta tanto quanto aguentava antes. meu braço aguentou.

aliás, não só ele, mas o todo eu. todo eu quebrado que já foi remendado e segurou o peso de nós mais uma vez. segurou o peso da insistência.

estar só não é viver em vão.

parte dois da parte três – diga não aos canudos. por mim. pelas tartarugas.

leia ouvindo: aqui, jão

não dança pra mim não. você é bom demais se articulando na vida. já era. o meteoro já caiu, mas eu era o forte e você o frágil. claro que nunca fui forte, mas agora sou.

e quem a gente vai culpar se o erro não é claro?

insano. pra mim sempre foi claro. o erro foi meu, assumo. mas não assumo o que não fiz e você me acusou sem fundada suspeita. meu advogado disse que se um dia tomasse enquadro, era pra perguntar a fundada suspeita.

ele nunca me disse o que fazer se o enquadro fosse vindo de você. eu sabia lidar com policiais, mas não sabia lidar com você, justamente porque você sabia lidar comigo e não de um jeito bom. não de um jeito que a gente sabe lidar com alguém que pode explodir a qualquer momento ou é mentalmente frágil.

lidar como se o seu conselho fosse advindo do arcano da força invertido. lidar como se você tivesse domínio sobre mim. e de fato, você teve, mas tão fraco. bastava eu fazer uma força pra romper essas algemas feitas de bala fini. porque você não teve a decência de comprar uma de ouro.

eu nunca fugi, nunca.

e se eu tentar fugir de novo qual vai ser meu preço? de te entregar conforto e paz mas eu sem ser inteiro?

mas sempre tentei te entregar o conforto e paz. mesmo sem ser inteiro. jão, é possível. não sei como te ensinar agora, mas eu sei que consegui.

mas não consigo mais agora. eu me lembro da nossa listinha de datas.

eu me lembro dos capítulos da nossa história.

eu me lembro.

eu me lembro que eu quis te contar as fofocas absurdas do trabalho. tentei te escrever um email, mas você nunca respondeu. tentei te contar pessoalmente, mas dentro da sua carcaça não era mais você. não era mais a pessoa pela qual eu tinha me apaixonado como a bella se apaixonou pelo edward.

não era mais a pessoa pela qual as lágrimas da rua eram destinadas. nem a pessoa pela qual o meio fio ouviu minhas lamentações.

não era mais a pessoa que causou dó no taxista a ponto de ele dar desconto na minha corrida. não era mais. eu tentei te ligar, eu tentei te mandar uma mensagem. mas não era mais você.

possuído.

sabe quando a gente gosta tanto de alguém e sonha com o velório da pessoa? nunca aconteceu, mas te velo em pensamento todos os dias vendo memórias de quando você me achava ridículo.

me dei uma diária sozinho no hotel. me reconciliei com o meu passado. fui na balada sozinho. aprendi francês. misturei vodka com catuaba. vendi dois livros. fiz uma tatuagem. tirei o piercing. benzi minhas células. contei pra minha mãe. pro meu pai ainda não, ele ficaria feliz, eu acho. e eu quero tristeza.

apesar de que não estou triste. aquele lá morreu também. você levou junto.

eu te olhei com calma e compreensão. eu te entendi mesmo quando não me entendia. eu não passei como as línguas, eu fiquei. sem nada, mas fiquei.

eu também chorei.

mas você gostava do olho do furacão né? e eu era o próprio furacão. não somente o olho dele. você não pode segurar. ainda guardo os tickets do cinema no meu livro de roma.

ainda guardo o guia de viagens da disney de agosto.

tive medo de ir para a faculdade sozinho. tive medo da recusa, então busquei a reclusa. não me fale sobre entrega. eu te entreguei no dia que hoje faz aniversário.

mergulhei fundo.

você colocou um pé, com medo da água fria. eu era mais baixa que nitrogênio líquido.

e você disse que eu era baixa mesmo. uma pessoa baixa. não de estatura, de caráter. disso não posso debater, você tem sua opinião.

pelo menos

eu não uso canudo plástico.

Autoria: Aconteceu de novo
Autoria: Aconteceu de novo
Autorais

Autoria: Aconteceu de novo

Leia ouvindo: Call it what you want, Taylor Swift

Querido diário,

O quão clichê é manter um diário? Não sei. Foi a terapeuta da Sara, que recomendou para ela, e eu senti como se fosse para mim também. Gosto de divagar, e contar essa história do meio. Você não sabe o que veio antes dela, nem tampouco saberá o que virá depois. Mas aconteceu de novo.

Sabe quando acontece aquilo que você diz, jura de pés juntos, promete a si mesmo, que nunca mais vai deixar acontecer? Então. Mas eu deixei, e eu nem sei o porquê. É como diz Taylor Swift, talvez eu estivesse apenas dançando nesse jogo inebriante com as mãos amarradas. Não li a última página, nem tampouco lerei ou farei questão de escrevê-la.

A gente se agarra a algo só pelas memórias, mas não deveríamos então nos agarrar às memórias e não aos algos? As memórias se agarram na gente, os algos vão embora para sempre.

De vez em quando paro e vejo minha parede de polaroids. Quantas memórias de algos que já se foram, talvez eu mesmo tenha sido um algo partido para alguém. Mas aconteceu de novo.

Não sei se o problema sou eu. O clichê do problema sou eu. Acho que não, sou legal demais para isso e minha fase de me culpar por tudo o que acontece no mundo já passou. Sou prepotente, talvez. Mas acredito no meu potencial e sei que eu sei me reinventar. Será que apenas sei que sei ou sei saber? Mas é, a vida é um ciclo vicioso. A gente acha que as coisas vão mudar, teme as mudanças e elas mudam para ser o que eram antes.

Estou melhor que nunca estive, sei que me basto, sei que aquele garotinho que dizia que seu mundo caiu por conta dos egoísmos alheios morreu. Aquele menino, de cabelos castanhos e que usava coroa na rua, e chapéu em casa morreu. Assassinado.

Não precisa chamar a polícia. Ele simplesmente morreu, pisou na coroa e a quebrou em zilhões de pedaços. Pisou assim como todos que o pisaram. Talvez tenha crescido, talvez não. Mas aconteceu de novo.

Aconteceu de novo toda a sua história antes da coroa, mesmo depois de usá-la com orgulho. Então, de que adianta mantê-la? Nada. De nada adianta manter um cadáver. Hora ou outra ele começa a feder.

Adeus, Garoto da Coroa. Descanse em paz.

Sempre, Gustav Albuquerque.

Perguntas aleatórias
Perguntas aleatórias
Livros

Vlog: Tag com perguntas aleatórias sobre mim!

Aproveitando que estamos nessa moda de voltar com as tags aqui no Beco Literário, resolvi gravar uma no nosso canal também! Não sei bem o nome dela, então apenas chamei de perguntas aleatórias sobre mim que peguei e respondi. Olha só:

E aí, o que achou? Concorda com algumas das perguntas? Discorda de outras? Quer novas tags aqui no site e no canal? Comenta aí!

E veja também a nossa resenha de Jantar Secreto do Raphael Montes e o maior recebidos da história do Beco Literário. Aproveita e faz essa tag no seu blog ou canal também e manda o link pra gente, queremos ver as suas respostas.

Atualizações

Precisamos falar sobre Gabu Camacho

 

Esse post pode não ser o que você está acostumado a ver aqui no Beco, mas como redatores e apaixonados por escrever, achamos necessário fazê-lo. Todos os redatores do site se reuniram para desejar os parabéns ao Gabu, afinal hoje é aniversário dele! E essa necessidade veio pois gostaríamos de agradecer pela honra que é escrever para o Beco Literário, um dos sites com o público mais fiel que conheço.

Para quem não conhece o Gabu, aí vai uma breve introdução… Em meados de 2013, ele criou o que hoje vocês conhecem por Beco Literário. Um site que inicialmente se dedicava apenas a resenhas de livros e filmes. Mas o amor pela escrita não pode e nem deve sofrer limitações, e por isso o site se expandiu e adequou-se ao novo público. Tornando-se o que é hoje. Mas essa paixão pela escrita não parou só no site, e em 2015 ele lançou ‘O garoto que usava coroa na rua’, uma coleção de 44 crônicas que se interligam entre si. Seu primeiro livro publicado.

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Agora que vocês conhecem um pouco dessa figura criativa que é Gabu Camacho, vai ficar um pouco mais fácil de entender nossos agradecimentos a ele por ter criado o Beco Literário, um espaço onde podemos crescer profissionalmente e interagir com um público fiel e querido!

Abaixo seguem algumas palavras dos redatores e editores…

“O Gabriel é o máximo que existe como pessoa, realmente não existem palavras suficientes para descrever como ele é e o que significa para todos nós que temos posições aqui no Beco e que o leem todos os dias. Sou muito grato em ter conhecido uma pessoa tão respeitosa e boa, que se importa com a felicidade do próximo e tem ótimos valores para passar. Precisamos de mais pessoas como o Gabriel no mundo, tenho certeza que viveríamos em um lugar de mais amor, respeito e alegria. Só me resta agradecer por todos momentos de felicidade que aqui vivi e viverei por poder fazer parte dessa equipe maravilhosa que humildemente conseguimos criar!” –  André Daniel

“Quando você dedica seu tempo para escrever algo, seja para informar ou entreter alguma outra pessoa, você se torna especial. Saber que tem alguém lendo e se importando com aquilo que escrevemos, é uma das melhores recompensas em ser um escritor. Por isso eu agradeço ao Gabu pelo Beco Literário e por ter me acolhido como parte de uma equipe maravilhosa de profissionais, que dedicam seu tempo para informar e entreter outras pessoas.” – Lucas Gabriel

“Fazer o melhor requer tempo e trabalho duro, e o Gabriel sempre se dedicou para trazer o melhor ao Beco, que com o passar dos anos só melhora graças a dedicação dele e a equipe incrível que temos. Gabu consegue cativar as pessoas através de seus textos e sua simpatia, o que não é para todas as pessoas. Vida longa ao Gabriel e ao beco!” – Stephanie Ramos

“O Gabu é aquela pessoa que te faz se sentir em casa e acolhido desde o primeiro momento. É também uma das pessoas mais dedicadas e queridas que eu conheço.
O Beco é um espaço onde todos nós temos voz e somos ouvidos. Neste dia especial eu desejo ao Gabu que ele seja extremamente feliz  e que a vida seja gentil com ele. Feliz aniversário ao Gabu, que venham muitos mais!” – Laís Dias

“Feliz aniversário, Gabu!! Há aproximadamente dois anos conheci o Gabriel e o Beco Literário, um projeto que tinha tudo para dar certo. E deu! Desde então vi o site e o seu criador crescerem e se tornarem cada vez melhores! Parabéns, Gabu! Por mais anos de sucesso!” – Beatriz Pereira

“Hoje é o aniversário não só dessa pessoa maravilhosa, empreendedora, mas de uma pessoa que nos deu a oportunidade de realizar e fazer parte de um sonho. Gabu, te desejo toda felicidade do mundo, que todos seus desejos se realizem. Que você continue assim e um enorme obrigada por acreditar. Saúde, paz, Sucesso, Felicidade (que nunca é demais) e parabéns por tudo!” – Carolina Aguiar

“Cresci no meio de livros, fazendo amigos invisíveis em páginas diversas e hoje minha maior alegria são os amigos de verdade que fiz graças ao amor a leitura e você Gabu, foi um dos primeiros! Te desejo muitas felicidades, amor, paz, saúde e muito sucesso em tudo que você fizer na sua vida <3 Parabéns” – Rafaela Donadone

“A primeira vez que vi o Gabu, ele disse que adorava se engajar em projetos que, humanamente, não há espaço em sua rotina. E, vendo tudo o que ele construiu e continua criando, eu posso afirmar que isso é verídico. Parafraseando seu livro, talvez a gente nunca entenda completamente que esse site significa o mundo para ele, o garoto que usava coroa na rua, que desde os 11 anos pedia para sites como o Beco o aceitarem como redator. Obrigada por criar esse espaço para todos os leitores compartilharem e receberem paixões em forma de palavras.” – Thaís Monteiro

“Admiro muito no Gabu todo empenho e dedicação que ele oferece ao Beco e a nós redatores. É uma pessoa muito interessante, participativa, sempre pensando e propondo pra gente algo novo. Agradeço a oportunidade de fazer parte dessa comunidade. Feliz aniversário, Gabu! Paz e Arte!” – Nalú Souza

“Sem dúvida alguma entrar para o Beco foi uma das melhores coisas que me aconteceram esse ano e devo isso ao Gabu que confiou e me aceitou nessa grande família que é o Beco Literário.
Desde o primeiro momento ele me recebeu de braços abertos no Beco e quando o conheci na Bienal não foi diferente.
Continue sendo esse garoto que usa coroa na rua e se prepare para conquistar o mundo a cada dia, pois tudo é possível quando temos determinação e somos destemidos, algo que você com toda certeza é.
Parabéns, Gabu!” – Kemen Wellinsson

“Eu não falou muito, SÉRIO, entrei no Beco há mais de um ano e meio, e sempre vi um cara preocupado em fazer o site crescer, mas ao mesmo tempo ouvindo a opinião de todos =). Eu não te conheço muito cara, mas o pouco que conheço, considero muito. Parabéns nesse seu dia e que todos os seus sonhos se tornem realidade, felicidades mano. \o” – Leonardo Emmanuel

“Já conhecia o Gabu desde o Ensino Médio, aliás para mim ele ainda é o Camacho, não consigo chamar de outra forma. Sempre achei ele muito engraçado, amigo e inteligente. Fiquei muito feliz em entrar no Beco e fazer parte dessa equipe maravilhosa, e foi aqui que descobri esse outro lado dele, um menino criativo, empreendedor, que sonha alto e que sempre quer mais. Parabéns, Camacho, muitos anos de vida para você e para o Beco”. – Sabrina Melchíades

A partir dessas declarações, está claro o quão Gabu Camacho, nosso amado chefinho, é querido. Sua iniciativa como empreendedor e artista nos move a fazer do Beco Literário um portal divertido para vocês, BecoLovers! Foi um post grande, admitimos, mas se fossemos ser fiéis ao significado de Gabriel, esse texto viraria uma saga.

Atualizações

Hoje é dia dele: parabéns Gabu Camacho!

Todos nós da Equipe Beco Literário chegamos aqui por coisas em comum: amor por livro, séries, filmes, mundo geek, HQs… e por uma pessoa em comum. Ele, o nosso boss: Gabu Camacho! Pessoas tão diferentes que poderiam nunca ter se conhecido, que poderiam nunca ter seus caminhos cruzados, mas unidas por uma paixão, e por você, Gabriel. E é por esse motivo que nesse momento tão especial, estamos aqui prestando nossa humilde homenagem.

Há 19 anos atrás Mama Camacho dava a luz a uma criança que quando cresceu idealizou projetos incríveis e aos poucos, dando um passo de cada vez, vem realizando todos eles. E nós nos orgulhamos em fazer parte dessas realizações. O Beco Literário apenas reuniu pessoas com interesses em comum, mas os laços que criamos vão além do site, e você é o grande responsável por isso. Então que venham muitos outros anos de vida, para que você faça nossa família crescer ainda mais.

Hoje é seu aniversário, mas quem ganhou o maior presente fomos nós. Ganhamos um amigo, um companheiro, um irmão. Alguém com quem podemos contar sempre que precisarmos. Alguém que certamente marcou nossa vida de maneira positiva – e continua marcando mais e mais a cada dia que passa. Nesse dia, te desejamos toda a felicidade do mundo, que tu conquiste todos os teus objetivos e realize todos os teus sonhos. Que tu continue sendo essa pessoa incrível, batalhadora e determinada. Que só coisas boas aconteçam na tua vida, porque és merecedor disso!

Feliz aniversário, Gabu!

Esse é apenas mais um de tantos aniversários que ainda passaremos juntos!

Toda felicidade do mundo para você, chefinho!

Com amor,
Equipe Beco Literário
Novembro/15