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Filmes, Reviews de Séries

Review: 3% (Segunda Temporada)

Quando foi lançada em 25 de novembro de 2015, a série 3% – primeira produção nacional da Netflix – dividiu as opiniões do público. Por um lado, a série encontrou um modo pouco convencional – e eficaz – para falar sobre a má distribuição de renda e polaridades presentes atualmente na sociedade brasileira, por outro, as atuações teatrais em momentos chave, figurinos escrachados e um aspecto que deixava claro o orçamento limitado em geral. A segunda temporada chegou ouvindo todas as críticas, fossem elas boas ou ruins e se aperfeiçoou, entregando 10 excelentes episódios.

Talvez a primeira temporada não tenha sido tragada tão facilmente no gosto do público por ter sido focada no processo de seleção (que determina os 3% que irão poder ter uma vida melhor no MarAlto) e não em seus personagens. Tivemos alguns nuances da vida de Michele, Joana, Rafael e Fernando, mas de forma bem superficial. Agora, mergulhamos em suas trajetórias, o que proporcionou aos espectadores uma chance de se conectar com alguns deles.

A maior diferença que podemos sentir entre as temporadas pode ser sentida através do roteiro. Deixando a parte didática de lado, as histórias agora não se arrastam nos episódios, muito pelo contrário. Usando e abusando do uso de flashbacks, somos capazes de entender melhor as motivações de cada personagem em torno do Processo e ver mais da vida que levavam no continente. As evoluções e plow-twists presentes nos entregam uma complexidade muito maior, que nos desperta cada vez mais a vontade de assistir aos episódios seguintes. Cada personagem possui o seu foco narrativo e estes focos se conectam de uma forma mais natural.

Talvez um desafio que a série se auto propôs foi o de incluir novos personagens e dar importância e contexto para estes novos nomes. Uma vez que anteriormente 3% teve dificuldade em explorar as personagens apresentadas, a inclusão de novos nomes poderia representar um novo erro – felizmente estávamos errados. Além dos nomes envolvidos no Processo e do pessoal do MarAlto, tivemos inclusões muito bem-feitas no continente.

A série melhorou muito e esteticamente encontrou um ponto para chamar de seu. É facilmente identificada e bem assimilada. O elenco demonstra estar mais entrosado e isso se refletiu nas telas. Um excelente momento que é preciso citar e não, não é spoiler: o nosso tradicional ‘carnaval’ foi abordado, em uma linda procissão realizada no continente; a cena contou com a talentosa Liniker e foi um dos pontos altos da produção.

A 3ª temporada de 3% – que irônico – irá estrar em 2019. Porém a história pode segurar até 5 temporadas no total. Vamos torcer.

Resenha: Tentação sem limites, Abbi Glines
Resenha: Tentação sem limites, Abbi Glines
Livros, Resenhas

Resenha: Tentação sem limites, Abbi Glines

“[…] Eu estava mesmo fazendo aquilo. Deixando o que era seguro e dando o primeiro passo para encontrar o meu lugar no mundo.”

O livro Tentação sem Limites é o segundo livro da série Sem Limites de Abbi Glines e nos traz a continuação da história de Blaire e Rush. Na narrativa, a autora vai explorar o amor que existe entre os protagonistas e o perdão. O livro se inicia exatamente onde o primeiro, Paixão sem Limites, acaba, o que nos dá a sensação de ser um próximo capítulo e não um outro livro. Diferentemente do primeiro livro, esse tem alguns capítulos narrados por Rush.

Depois de tudo que aconteceu no livro anterior, Blaire vai embora de Rosemary e volta para o Alabama, entretanto acontece algo inesperado que a faz voltar para Rosemary.

“Ela não consegue deixar de amá-lo, mesmo sabendo que jamais o perdoará.”

Após descobrir o tão temido segredo de Rush, Blaire precisa recomeçar sua vida sozinha e, mesmo completamente apaixonada por Rush, ela não consegue perdoá-lo. Rush, por sua vez, não é mais o mesmo jovem que vivia em festas e rodeado de mulheres, ele agora está apaixonado por Blaire e a perdeu, o que o deixou desolado e sem ânimo para mais nada. Todavia, ele vê Blaire voltar para Rosemary e uma chama de esperança se ascende dentro dele. Agora, ele vai lutar com todas as forças para provar a ela que é digno do amor e do perdão dela.

“É uma porra de um milagre que tenha voltado para cá. Eu a quero aqui, Nan. Você pode não querer ouvir isso, mas eu a amo. Nada vai me impedir de garantir que ela fique bem, que esteja segura e que ninguém, e eu realmente quero dizer ninguém, nem mesmo a minha irmã, faça com que ela se sinta indesejada…”

Rush e Blaire realemnte se amam e não escondem isso de ninguém, mas Blaire não quer ficar com ele, pois acredita que nenhum relacionamento vive só de amor, mas sim de respeito e confiança também e, no momento, ele não confia nem um pouco em Rush.

“Eu não queria reconhecer, mas sabia que ele sentia muito. Eu também sentia muito. Mas, não, eu nunca iria superar isso. Perdoar era uma coisa. Esquecer, outra.”

Abbi Glines nos traz uma narrativa dramática, envolvente e intensa. A história nos mostra a força e o amadurecimento de Blaire que, mesmo depois de tudo que passou, seguiu em frente. Além disso, traz também a luta de Rush para reconquistar a protagonista. O livro intercala os capítulos narrados por Blaire e Rush, o que ajuda o leitor a se aproximar de ambos os personagens e entender melhor o que eles estão sentindo.

Na trama, os personagens secundários tem grande influência na vida do casal, como Nan, a irmã insuportável de Rush; Bethy, a melhor amiga de Blaire; e Woods, protetor e lindo, sempre disposto a ajudar Blaire.

A narrativa é de fácil leitura com uma linguagem que traz fluidez aos acontecimentos, sempre nos surpreendendo e nos deixando na curiosidade sobre o que está por vir. Mais uma vez, Abbi nos deixa ávidos pela continuação da história desse casal. Impossível parar de ler!

“O amor era cruel. Muito cruel.”

Atualizações, Música

Francinne lança EP e realiza show repleto de estrelas em São Paulo

Na última quarta-feira a cantora Francinne lançou o seu novo material de trabalho, o EP “La Rubia”. Produzida por Mister Jam, que já havia trabalhado com a loira anteriormente, o lançamento marca a chegada de Francinne em sua nova casa: a Universal Music. Com uma proposta latina,o EP inclui o sucesso “Corpo Caliente” que já começa a dar sinais de hits na cena mainstream. Para celebrar o lançamento, foi realizado um show ontem em São Paulo, que contou com a presença de diversas celebridades e participação da cantora Wanessa e da personalidade da mídia Luísa Sonza.

Durante o espetáculo ficou claro que Francinne tem o que uma cantora pop precisa: ela entrega atitude, coreografias bem elaboradas, um vocal excelente e músicas chicletes capaz de grudarem na cabeça. Luísa Sonza que também está iniciando a carreira de cantora subiu ao palco e juntas as jovens demonstraram muita química ao cantar a música “Rebolar”:

Porém o momento mais aplaudido da noite foi quando Wanessa surgiu no palco para cantar a música “Blow Me Away”, de seu último álbum pop, “DNA“. A música com pegada latina e sample de “La Isla Bonita (Madonna)” fez todo o público presente levantar e cantar junto. Ao lado de Francinne, as duas entregaram uma performance bastante sensual:

Após, ainda cantaram o hit “Amor, Amor”, presente no álbum W. A música recebeu uma nova roupagem que animou até mesma a dona da canção: “irei usar estes arranjos”, brincou com a plateia. Wanessa cumprimentou a plateia e lembrou Francinne que a jornada para o sucesso é longa e, portanto, ela nunca deve se esquecer de se divertir durante este processo.

Após as duas participações, Fran cantou mais músicas do EP “La Rubia” e covers de sucessos latinos: fomos de Shakira para Thalía em poucos instantes e vimos que a brasileira não perde em nada para os ícones internacionais. Até a novata Camila Cabello entrou na tracklist e fez os presentes cantarem juntos ao som de “Havana”.

Em um aspecto geral, Francinne mostrou que possuí os elementos certos para estourar em pouco tempo. Além diz, já chegou com uma proposta ousada e bem característica: o pop latino com toques abrasileirados. Seu repertório é bom mas pode ser aperfeiçoado: ao menos duas músicas presentes no EP de estreia, incluindo o single “Corpo Caliente”, soam identicamente ao single “Bailando”, lançado em fevereiro pelo grupo Rouge; a culpa, é claro, não é da cantora e sim dos produtores, que são os mesmos, mas, isso acaba limitando o seu repertório, que é compreensivelmente limitado e durante seu show contou com três músicas ‘iguais’, uma vez que “Bailando” também foi performada. No geral, foi apresentado um show de quem sabe o que faz e que demonstra uma força de vontade de melhorar ainda mais.

Filmes

Filmes que mesclam o universo dos Jogos de Videogame

Com base no sucesso do novo filme de Steven Spielberg, Jogador Nº1,  perguntas sobre porquê jogos de videogame não são geralmente bem-sucedidos como em adaptações do cinema voltam a aparecer. Mais do que isso, a expectativa de quem assiste mostra que pode ser tão ou até mais importante do que a qualidade da produção. Adaptações cinematográficas de videogames vem com a mesma bagagem, geralmente trazidas por jogadores que conhecem a história de ponta-cabeça.

No caso de Jogador Nº1, a nova produção do diretor de sucessos como Jurassic Park, E.T. e Tubarão, o enredo é completamente baseado nas regras muito bem conhecidas em diversos jogos de videogame. Tudo na imersão da realidade virtual. Porém, o filme é baseado no livro de mesmo nome do escritor Ernest Cline. Assim, a expectativa fica toda na obra. E, por isso, já é o suficiente para deixar os fãs ansiosos e preocupados com a sua reinterpretação para o cinema – porém, a expectativa não é tão grande quanto a reinterpretação de um verdadeiro jogo de videogame.

Se em livros conhecemos personagens e imaginamos sua aparência, assim como o universo em que vivem, nos videogames nos é apresentado os mesmos nos mais pequenos detalhes. Não somente entendemos suas personalidades, mas também já sabemos até mesmo como andam – algo que na literatura fica somente na imaginação.  Porém, o videogame vai além de tudo isso. Como nós controlamos os personagens, os jogadores se tornam estes. Como, então, o cinema pode competir com isso?

Um dos jogos mais famosos da história é o universo Warcraft, criado pela Blizzard Entertainment. O RTS (sigla para game de estratégia) é tão famoso que conta com mais de 12 milhões de jogadores no mundo e fãs em outras mídias, como livros. Assim, quando o filme Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos estreou em 2016, a expectativa era imensa e rendeu mais de 400 milhões de dólares de bilheteria.

Porém, para um título que é tão conhecido, tal número é pequeno. O longa, como a maioria das produções baseadas em games, não é uma obra completamente cinemática e nem interativa, ficando no meio termo entre cinema e videogame. Assim, quem não conhece o título, sente que falta drama e um enredo mais complexo na produção. Por outro lado, quem conhece o jogo, acredita que o filme não foi fiel ao estilo e aos personagens queridos. Há também aqueles que acreditem que a própria estrutura de Warcraft não é compatível com enredos de cinema.

Isto pode ser verdade. Um dos jogos que foi, no ponto de vista de alguns jogadores, mais bem-sucedidos, foi Silent Hill, e a maior razão para isto foi que o jogo não somente tem esta estrutura dramática mais compatível com o cinema, mas também o fato de que o longa se manteve fiel à narrativa do game. Porém, isto não foi o suficiente para que o filme fosse muito além do puúlico que já conhecia o título, não agradando a maioria dos espectadores, especialmente a crítica. Como Silent Hill não é tão famoso como Warcraft, também não conseguiu um grande feito na bilheteria.

Porém, isto nos dá uma ideia do que é preciso para que um jogo de videogame seja potencialmente bem-sucedido – o título precisa ser compatível com a estrutura dramática do cinema de maneira natural, o jogo precisa ter um grande numero de fãs e, finalmente, a produção precisa ser fiel à obra. Se não, é mais seguro produzir longas como Detona Ralph ou Jogador Nº1, que têm o viés de um videogame sem ser um.

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*Texto escrito por Daniel Bydlowski. Cineasta brasileiro e artista de realidade virtual com Masters of Fine Arts pela University of Southern California e doutorando na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos, é membro do Directors Guild of America. Trabalhou ao lado de grandes nomes da indústria cinematográfica como Mark Jonathan Harris e Marsha Kinder em projetos com temas sociais importantes. Seu filme NanoEden, primeiro longa em realidade virtual em 3D, estreia em breve.
Atualizações, Livros, Séries

Amazon lança novo aplicativo Kindle para celulares Android

A Amazon anunciou hoje o lançamento de uma novo aplicativo Kindle para celulares com o sistema operacional Android: É o Kindle Lite, novo aplicativo que pesa menos de 2MB e trás todos as funcionalidades clássicas do aparelho tradicional. Agora, o peso na memória dos aparelhos foi reduzido para trazer uma experiência de leitura mais agradável e sem entraves.

O aplicativo continua sincronizando o seu ponto de leitura com os aparelhos Kindle ou conforme a leitura caminha em outras plataformas. Os usuários continuam podendo aproveitar os recursos existentes do Kindle, como a capacidade de ampliar imagens e ajustar tamanhos de fonte, ler em modo noturno e navegar com uma experiência de compra personalizada. Confira algumas vantagens do novo app:

  • Ferramenta de leitura mais leve – o Kindle Lite utiliza menos de 2 MB para ser baixado em um smartphone. Além disso, o aplicativo ocupa menos espaço no seu telefone para você usar sua memória para suas fotos, vídeos ou músicas.
  • Leitura instantânea – você não precisa esperar o download completo dos livros para começar a ler.
  • Leia independentemente da sua rede de cobertura de internet – leia seus títulos favoritos mesmo em conexões de dados mais lentas.
  • Use menos espaço em seu telefone – o Kindle Lite permite que você gerencie o armazenamento dos eBooks baixados, bem como o monitoramento do uso de dados por meio das redes Wi-Fi ou de celular.
  • Facilidade de navegação – o Kindle Lite permite que o leitor navegue entre as páginas sem problemas, permitindo rápida mudança de página e pesquisas na biblioteca.

O aplicativo já está disponível para download na Google Play Store. Para saber mais, clique aqui.

Arctic Monkeys
Arctic Monkeys
Atualizações, Música

“Tranquility Base Hotel & Casino” é bom, mas falta tempero

Tranquility Base Hotel & Casino, o novo álbum do Arctic Monkeys, cinco anos após o lançamento do anterior é algo totalmente diferente do que estávamos acostumados, e ainda sim falta aquela pitada de sal que fazem as músicas serem memoráveis. Tivemos a oportunidade de ouvir o álbum completo na semana do seu lançamento e vamos compartilhar com você todas as nossas primeiras impressões, track by track.

Primeiro eu preciso contextualizar que AM foi um dos meus álbuns preferidos. Lançou a banda no famoso mainstream, mas era perceptível para mim a paixão com que cada melodia era cantada, mesmo que nas entrelinhas. Pode ser que o CD tenha caído como uma luva no momento em que eu estava passando, do meio da adolescência, não sei. O hiato de cinco anos talvez tenha aberto muito espaço para a mudança, talvez até mais do que a gente queira. Por isso, antes de prosseguir com essa review, saiba que minha análise foi profundamente baseada nas minhas expectativas e no meu álbum preferido (AM). Talvez seja por isso que eu tenha tentado comparar tanto.

O indie morreu, e em Tranquility Base, o que mais senti falta foram das músicas me fazendo sentir algo. Me causando sensações e me inspirando para escrever mais um livro. É impossível curtir a vibe do álbum sem um robe, uma garrafa de whisky e uma cadeira de balanço.

Star Treatment é a música que dá início ao álbum, com quase 5 minutos e metade dela somente de instrumentais. A voz projetada de Alex Turner com uns efeitos baratos de eco me fizeram pensar que o arquivo estava corrompido. Senti como se já tivesse ouvido isso antes. Aliás, o CD todo é um eterno déjavu que a gente não consegue identificar de onde veio. Talvez sejam pelas letras e os trocadilhos loucos que nos fazem questionar nosso cursinho de inglês. I just wanted to be one of those ghosts, tem uma vibe meio I wanna be yours misturada com música de strip-tease. Se você é do tipo que gosta de Arctic Monkeys nos seus momentos íntimos, go for it.

One Point Perspective talvez tenha sido uma das que mais me passou a sensação de ser uma música do espaço, ou qualquer coisa que isso signifique. Tem um ritmo legal, nada dançante. É pra mexer o dedinho enquanto lê um livro cult na sexta-feira a noite. Sinto falta da sexta-feira a noite de Favourite Worst Nightmare ou Fake Tales Of San Francisco aqui. A voz do Alex está bem gostosinha, arriscando umas notas mais altas e em muitos momentos é praticamente impossível entender o que ele está falando. É mais uma música que poderia estar tranquilamente na trilha sonora de Fifty Shades, em uma daquelas cenas de luxúria.

American Sports é outra música que me traz a sensação de dejavu. Imagino aqui um show de cabaré, com o Alex Turner cantando de fraque enquanto debruça sobre um piano. Entende o ponto de diferença que eu quero chegar, Becudo? Apesar disso, é uma das minhas preferidas do álbum todo, me lembra um pouco o som da Lana del Rey e eu gosto, mas ainda sinto falta de uma musiquinha dançante a lá Are You Mine? Tenho um pouco de dó dessas baladas indies que já marcaram listening parties do novo álbum.

Tranquility Base Hotel & Casino que dá o nome ao álbum segue o mesmo ritmo do álbum todo. Acho que a falta de pluralidade talvez o tenha deixado meio monótono. Tenho um pouco de dificuldade ainda ao saber que começou uma música e terminou outra. Parece que o álbum todo, pelo menos até aqui, é uma música só, enorme, daquelas que trocam de ritmo a cada refrão. Apesar disso, gosto do refrão de Tranquility Base, e do meio pro final, a música sobe numa montanha russa e não cai mais. Espero que o CD todo, a partir de agora. Essa é meio sticky, lembra um pouco o som que estamos acostumados a dizer, esse é do Arctic Monkeys.

Golden Trunks tem uma vibe meio ficção científica, com Ghostbusters e The Smiths. É uma música que estaria na trilha sonora de As Vantagens de ser Invisível. Parece realmente uma história, que vai se desenvolvendo aos poucos. Gosto bastante do refrão, com outras vozes de fundo, não somente a do Alex Turner, e tá aí alguma coisa que eu não ouvia há algum tempo. Não é uma das minhas preferidas, mas ainda sim, uma das melhores.

Four out of Five me fez lembrar 505. Não sei se foram os excessos de fives, ou se realmente estou louco, mas o ritmo da música me pareceu um pouco como se fosse uma continuação, um pouquinho mais animada. Daquelas que a gente pode até arriscar a fazer uma dancinhas em câmera lenta, ou mexer a cabeça pra lá e pra cá enquanto trabalha de madrugada. Parece que o álbum começa baixo e vai subindo conforme as faixas avançam. Espero não me decepcionar com as outras. Gostei dessa, e senti bastante influência do Bowie. Tem tudo pra ser o hit do álbum.

The World’s First Ever Monster Truck Front Flip logo de cara me pareceu uma música de musical à West Side Story. Começa com uma batidinha boa para mexer a bunda, mas depois o som estabiliza com algumas partes mais agudas. Não é nem de longe uma das minhas preferidas por enquanto, mas talvez funcione em musicais ou em finais de bailes de formatura onde todo mundo está dançando agarradinho.

Science Fiction é mais uma daquelas faixas com frases em ordem totalmente inversa que primeiro a gente grita que hino e depois tenta entender mais que uma palavra isolada aqui e ali. É outra daquelas músicas que a gente diz com toda certeza que é do Arctic Monkeys, só de ouvir. Assim como as últimas duas ou três anteriores, também tem um tom meio história sendo contada, e isso é legal. É meio conto de fadas, só que sombrio.

She Looks Like Fun começa com uma batida que me remeteu muito ao hits que eu amava ouvir no AM enquanto escrevia o meu livro, parece um pouco com Are You Mine, mas com uma cadência maior entre uma estrofe e outra. É a típica música com altos e baixos, em que os refrões são mais pesados e violentos, e os versos mais cantados, quase como se sussurrados.

Batphone é mais uma das minhas preferidas, que me remeteu aos trabalhos antigos, mas com aquela mudança que não é tão brusca. É facilmente reconhecida e tem uma vibe parecida com One for the road, do tipo que você já se imagina encostado em uma moto com uma jaqueta de couro segurando um cigarro na porta de uma balada indie. Obrigado por Batphone, sério.

The Ultracheese foi uma música que fiquei ansioso para ouvir desde que vi o nome. Não sei o porquê, mas gostei bastante. Também parece uma música que estaria no final de As Vantagens de ser Invisível, ou 13 Reasons Why. Parece ser feita para aquele momento indefinido da adolescência que você sofre com uma melodia sem nem mesmo saber o porquê. Para mim, parece como se a Lana del Rey tivesse se encontrado com The Smiths, e juntos tivessem cantado com o Arctic Monkeys que já conhecemos.

Repito que essas foram minhas primeiras impressões sobre o Tranquility Base Hotel & Casino, e eu não me responsabilizo se daqui duas semanas e o álbum no repeat, ela já estiver toda diferente. Vale a pena lembrar também, que sofro grande influência do AM na minha vida e por isso eu tenha querido comparar tanto com as músicas antigas e encontrar pedacinhos delas nas músicas novas. É difícil deixar os filhos crescerem.

De qualquer forma, vale a muito a pena ouvir Tranquility Base e tirar suas próprias conclusões, porque se tratando de Arctic Monkeys, as primeiras impressões nunca são as que ficam. Compre aqui.

Atualizações, Música

Saiba o que esperar dos shows do cantor Harry Styles no Brasil

A Harry Styles Live On Tour chega ao Brasil esse mês, o cantor britânico e integrante da banda One Direction vem ao nosso país pela primeira vez em sua carreira solo. Os shows que serão nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, nos dias 27 e 29, respectivamente, estão empolgando os fãs que aguardam ansiosos pela chegada do ídolo.

As apresentações ao redor do mundo têm sido muito impressionantes, o cantor vem mostrando que pode sim conduzir um grande espetáculo. Muito influenciado por nomes como David Bowie e Mick Jagger a nova fase de Styles é marcada por um som muito mais airoso, mas sem perder a claridade dos seus trabalhos anteriores.

O show sempre se mantém em alto nível, alternando entre a animação que músicas como Kiwi e Medicine trazem e a emoção de Two Ghosts, por exemplo. As performances estão sendo marcadas também pelo carisma que o cantor carrega naturalmente, Harry manifesta seu talento nato para o entretenimento interagindo livremente com público, dançando e mudando as letras para trazer ainda mais vida ao concerto.

Mas o show não fica apenas por conta do cantor, a plateia também comparece para um grande espetáculo de brilhos e vozes emocionadas em uníssono. O público está sempre se organizando para fazer composições de luzes, para formar com papéis a bandeira colorida, símbolo do movimento LGBT, ou como no Brasil, em que os fãs estão planejando plaquinhas com os dizeres “Choose Love” durante Sweet Creature.

Harry Styles vem fazendo apresentações muito consistentes e cheias de energia, levando todo o público a loucura com suas poderosas músicas. Por isso sabemos que o que realmente podemos esperar é um grande espetáculo por parte do cantor, de seus músicos e dos fãs.

Filmes, Reviews de Séries

Review: Riverdale (Season 1)

Número de episódios: 13
ㅤSobre a série: Riverdale é uma série de televisão americana de drama adolescente, baseada nos personagens da Archie Comics. A série recebeu ordem pela emissora The CW, e estreou em 26 de janeiro de 2017.

ㅤRiverdale é um drama adolescente, com grandes doses de mistério (gosto de dizer que é um mistério com grandes doses de drama adolescente).

A série tem como protaginista Archie, um adolescente, estudante, jogador de futebol, e futuramente, músico e a trama se inicia com uma morte que abala a pacata cidade de Riverdale: A morte de Jason Blossom!

Jason Blossom, inicialmente desaparecido, é o herdeiro da família Blossom, a família rica de Riverdale, que toca uma empresa de xarope de bordo na cidade. Jason desaparece após cair num rio, com sua irmã, Cheryl Blossom, que se salva e testemunha o desaparecimento do irmão (ainda no piloto, poderá acompanhar o desfecho do desaparecimento, que, entretanto, abrirá outra porta misteriosa na série).

A série é uma das melhores dentro do gênero, sabendo como levar o enredo, como ter sua dosagem certa de mistérios, e quando revelar os mesmos, além de possuir personagens carismáticos como Juggy, Betty, Vee, entre outros.

ㅤEntre todo esse mistério, os estudantes de Riverdale vão se envolver cada vez mais no caso de Jason Blossom, quando Vee chega a cidade com sua mãe após a prisão de seu pai, que, aparentemente mantinha negócios com os Blossom.

ㅤVee ficará responsável por esse pontapé inicial, quando escolhe Betty como amiga (Betty, que é melhor amiga e apaixonada desde sempre por Archie, ficará responsável por gerar essa cadeia, fazendo se envolver no caso do Blossom, que, antes de desaparecer, namorava com Polly, sua irmã).

ㅤArchie, com seu melhor amigo, responsável (e apaixonado) pelo Drive In de Riverdale, Jughead, acaba também por se envolver no caso, por estar próximo ao rio com uma professora no dia do desaparecimento de Jason (e Juggy, como o grande e bom amigo, irá sugerir que Archie reporte as autoridades o ocorrido, já que o mesmo confessa ao amigo que estava com a professora e ouviu um disparo de uma arma de fogo no dia, no horário da manhã).

ㅤParece uma grande sinopse repleta de spoilers, eu sei, mas acredite, tudo isso se desenrola ainda no início da série.

ㅤViciante, digna de maratona e com uma historia cativante, e indicada ao 10th Annual Shorty Awards, Riverdale merece uma chance de ser assistida e maratonada por todos! A primeira temporada já está disponível na Netflix!

Vingadores - Guerra Infinita: O que esperar da continuação?
Vingadores – Guerra Infinita: O que esperar da continuação?
Atualizações, Filmes

Vingadores – Guerra Infinita: O que esperar da continuação?

Todos nós saímos da sala de cinema de “Vingadores: Guerra Infinita” arrancando os cabelos pela continuação, ainda mais depois daquela cena pós-créditos, não é? Pois bem, a largada para as teorias e especulações de Vingadores 4 já foi lançada e nós vamos te colocar a par de todas as informações, olha só.

Atenção! Pode conter spoilers de “Guerra Infinita”. Para ler nossa crítica do filme sem spoilers, clique aqui. Para ler todos os spoilers do filme, clique aqui. Se você caiu de paraquedas no universo Marvel agora, e vai começar a ver todos os filmes, veja a ordem correta clicando aqui.

Enquanto o final de “Guerra Infinita” deixou o universo Marvel todo quebrado, machucado e com uma grande baixa de personagens principais, muitas dicas também ficaram para a continuação do filme, a ser lançada no ano que vem. Além disso, existem cinco pontos principais a serem explorados pelo próximo filme, cada um em uma área diferente da história no ainda sem título, Vingadores 4.

Os novos Vingadores

A cena pós-créditos de “Guerra Infinita” deixou no ar o óbvio: com tantos heróis indo embora, novos personagens terão que aparecer para continuar a luta. O final deixou óbvio que a Capitã Marvel (Brie Larson) vai aparecer com outros personagens que estiveram ausentes de Guerra Infinita, incluindo o Homem Formiga (Paul Rudd), Hawkeye (Jeremy Renner) e Valkyrie (Tessa Thompson). Será que veremos uma terceira geração de Vingadores para o próximo filme, e se sim, será que vai ser bom?

A volta dos mortos

Sendo Pantera Negra um dos maiores sucessos da Marvel, dada a rapidez que Guerra Infinita leva isso embora, e uma continuação de Spider-Man: Homecoming já tendo sido anunciada para 2019, é justo considerar que nem todos que viraram poeira no final de Guerra Infinita continuarão mortos por muito tempo. A Marvel tem filmes programados para quase todos que viraram poeira (não se esqueça de Guardiões da Galáxia 3), é óbvio que, senão todos, a maioria deles voltará a vida nos próximos filmes. Mas como?

A revelação do plano do Doutor Estranho

Stephen Strange não pareceu muito chateado de dar a jóia do tempo para o Thanos, né? É quase como se ele tivesse olhado nas múltiplas possibilidades do futuro e planejou uma maneira de ganhar no final. Pera, mas ele viu. Vamos assumir que Estranho sabia exatamente o que aconteceria se ele desse a Thanos a jóia do tempo, e tenha um plano para salvar o dia no final das contas. O que é esse plano e quando descobriremos?

A vingança de Gamora

A ideia de que a história de Gamora terminou com seu assassinato em Vormir seria muito mais pesada se não tivesse acontecido em frente a um outro personagem morto, que foi mantido por lá pela jóia da alma. (Adicionado ao fato de que nos quadrinhos, os personagens vivem depois da morte dentro da jóia em si). Dado o fato que Thanos acordou na água depois da morte de Gamora, não é muito assumir que alguma coisa aconteceu e nós ainda não sabemos. Com certeza Zoe Saldana não é a única pessoa pensando, e se Gamora não está morta assim como Thanos pensa?

O mais covarde de todos

Talvez o grande mistério de Guerra Infinita foi o porquê do Hulk ter se recusado a aparecer quando Banner tentava se transformar. Não é como se o Banner tivesse perdido a habilidade em si, a aparição parcial do Hulk que claramente dizia “não”, é uma outra ocasião que nos faz pensar que algo está acontecendo, e independente do que seja, será resolvido nas sequências. Será que Hulk estava com medo de Thanos ou tem algo a mais acontecendo? Será que o Hulk está guardando o segredo de como combater Thanos para a hora certa?

Post traduzido do Hollywood Reporter.

E você, o que acha que Vingadores 4 está guardando para nós? Lembrando que, segundo entrevistas recentes, este seria o último filme do Chris Evans como Capitão América. Quais são as suas teorias? Comenta aí que vamos repostar as melhores!

Livros, Resenhas

Resenha: Paixão sem Limites, Abbi Glines

O livro Paixão sem Limites é o primeiro livro da série Sem limites da autora e nos traz a história de Blaire Wynn, uma jovem de 19 anos que acaba de perder a mãe devido a um câncer. A adolescência de Blaire foi toda para cuidar de sua mãe, o que fez com que ela mal tivesse tempo para os estudos. Quando sua mãe morre, Blaire foi obrigada a vender a casa em que morava para saldar todas as dívidas feitas para custear o tratamento de sua mãe.

“– Fique longe de mim, Blaire. Você não vai querer chegar muito perto […].”

O pai de Blaire havia abandonado ela e sua mãe cinco anos antes, após sofrer um acidente de carro em que a irmã gêmea de Blaire havia morrido. Mesmo sabendo que não podia confiar em seu pai, ela decide ir até Rosemary, na Flórida, atrás dele. Blaire ligou pro seu pai e ele lhe passou o endereço onde ela poderia encontrá-lo, então ela pega sua picape velha, a única coisa que lhe restou, e vai para Rosemary.

 “Olhei para a imensa casa de três andares situada bem em cima da areia branca da praia de Rosemary, na Flórida. Aquela era a nova casa do meu pai. Sua nova família. Eu não iria me encaixar ali.”

Ao chegar em Rosemary, Blaire descobre que seu pai viajou com a nova esposa para Paris. Ela fica decepcionada, pois nunca imaginou que ele fugiria novamente e a deixaria sozinha com Rush Finaly, um bad boy de 24 anos, filho da atual mulher de seu pai com um astro do rock.

Rush é forte, sexy e lindo e tem tudo que precisa nas mãos: dinheiro, casa, carro de luxo, poder e mulheres. Entretanto, Blaire era tudo que ele deveria evitar devido a um grande segredo do passado que ele guardava. Rush está decidido a detestar a garota, mas decide ajudá-la, permitindo que ela durma em um quartinho minúsculo embaixo da escada, mas dá a ela o prazo de um mês para arrumar um emprego e um lugar pra ficar. Entretanto, Rush não contava com o fato de se ver enfeitiçado por Blaire até saber sua sofrida história.

Blaire logo consegue um emprego no clube de golfe de uma família muito rica da cidade, os Kerrington. Ela começa a juntar um dinheiro para sair da casa de Rush, que sempre dava festas na mansão e ela nunca estaria no nível dele ou de seus convidados. Para piorar sua situação, havia a irmã de Rush, Nan, uma menina insuportável e mimada que estava disposta a fazer de tudo para humilhar Blaire.

“Ficar longe de Rush não era exatamente fácil, já que estávamos morando sob o mesmo teto. Ainda que ele tentasse manter distância, continuávamos a nos esbarrar. Ele também evitava cruzar olhares comigo, mas isso só fazia aumentar o meu fascínio.”

Com o passar dos dias, Rush vai se sentindo cada vez mais atraído por Blaire: ela era educada, inocente, linda e doce. Ele tentava disfarçar e se afastar dela, e ela mal sabia que ele a evitava porque caso se envolvesse com ela e o seu segredo viesse a tona, o estrago seria muito grande.

“– (…) Não posso tocar em você. Quero tanto fazer isso que está doendo, mas não posso. Não vou magoar você. Você é… perfeita, intocada. E no final nunca me perdoaria.”

A história de Paixão sem Limites é comovente. Abbi Glines nos traz uma escrita fácil e cheia de marcas de coloquialidade, típicas da idade dos personagens. O livro é narrado por Blaire, o que nos deixa mais próximos da protagonista. A autora criou um enredo maravilhoso capaz de prender o leitor, principalmente para descobrir o segredo de Rush. Uma leitura maravilhosa que nos deixa ainda mais ávidos pela continuação: Tentação sem Limites.