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Crítica: Com amor, Simon (filme)

Com amor, Simon é um filme feito para falar e de amor nos moldes das comédias românticas adolescentes. O enredo, porém, é inovador, não só por apresentar um personagem gay como principal, mas por fazê-lo da forma mais acolhedora possível.

O filme, dirigido por Greg Berlanti, retrata a vida do adolescente Simon Spier, que está se descobrindo como homossexual. Ele encontra uma postagem anônima no blog do colégio de um outro menino que usa o nome fictício de “Blue” e diz sentir-se aprisionado por guardar o segredo de ser gay. A partir daí, Simon começa a trocar emails com esse garoto, que estuda em seu colégio, mas esconde sua identidade. Ambos encontram conforto em ter alguém para conversar e para compreender seus questionamentos acerca de suas sexualidades e problemas diários adolescentes.

“Sou exatamente como você. Eu tenho uma vida completamente comum. Tirando o fato de que eu tenho um enorme segredo. Eu sou gay”  diz o protagonista, logo no começo da história. Simon é, de fato, exatamente como se espera que um garoto branco e estudante de um ensino médio americano seja: inteligente, com grandes amigos (os quais conhece a vida toda), pais incrivelmente compreensíveis, uma irmãzinha adorável e um cachorro. Simon é o protagonista estrela de qualquer filme High School americano. Mas, ele é gay. E, apenas com essa premissa, espera-se um grande drama, com muitos acontecimentos trágicos e problemas familiares. “Com amor, Simon” não é assim.

O filme, que foi adaptado do livro Simon vs the Homo Sapiens Agenda (Becky Albertalli), traz a questão da sexualidade de um modo simples. Não é sobre a aceitação das pessoas em ter um garoto gay no colégio, na família ou no círculo social. É sobre um personagem que está se descobrindo e aprendendo a lidar com suas próprias questões, da forma mais natural possível – como todos os adolescentes comuns fazem.  O filme é uma comédia romântica indicada para toda família e serve bem o propósito para o qual foi feito. É uma produção representativa em seus personagens, diálogos e questões abordadas.

“Com amor, Simon” traz o frescor do filme de high school americano atualizado para uma nova geração. O filme trata, acima de tudo, de amor adolescente. Vale a pena conferir nos cinemas.

 

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Atualizações, Resenhas

Resenha: Simon vs a agenda Homo Sapiens

“Embora essa coisa toda de sair do armário no fundo não me assuste. Acho que não. É uma caixa gigantesca cheia de constrangimento, e não vou fingir que anseio por esse dia. Mas provavelmente não seria o fim do mundo. Não para mim.”

Simon tem 16 anos e é gay, mas ninguém sabe disso. Embora tenha amigos muito próximos e uma família bastante única, ele escolheu não sofrer os dramas de “sair do armário” ainda. Em Simon vs a agenda Homo Sapiens, somos apresentados à  vida  desse personagem carismático, que troca e-mails  secretos com Blue – um menino cuja identidade ele desconhece e para quem também omite a sua.

“Você não acha que todo mundo devia ter que sair do armário? Por que o comum é ser hétero? Todo mundo devia ter que declarar o que é; devia ser uma coisa bem constrangedora, não importa se você é hétero, gay, bi ou sei lá o que.”

O ponto chave do livro é a confiança e os diálogos estabelecidos entre Blue e Simon, dois garotos gays, estudantes da mesma escola e que não se conhecem pessoalmente, mas sabem tudo sobre os pensamentos e sentimentos um do outro.  A história, escrita por Becky Albertalli, autora do best seller Os 27 Crushes de Molly,  traz assuntos extremamente relevantes como primeiro amor, descoberta da sexualidade e racismo, mas sempre mantendo certo tom de leveza e graça. Os personagens são muito bem construídos, fazendo com que nos afeiçoemos pelas suas particularidades e Simon narra tudo de forma a nos entreter e fazer-nos articular com seus  questionamentos adolescentes.

“É mesmo irritante que hétero (e branco, diga-se de passagem) seja o normal e as pessoas que precisam pensar sobre sua identidade sejam só aquelas que não se encaixam nesse molde”.

O relacionamento desenvolvido com Blue traz a dose certa de romance (e fofura) necessária ao livro. Todo o envolvimento dos dois é baseado nas conversas que eles têm pela internet – sem saber as características físicas ou,  até, sem saber qualquer coisa da personalidade que pudesse revelar a identidade de ambos.  O livro é um Young Adult que cativa o leitor. A adaptação para cinema está para ser lançada (22/03) sob o título de Com amor, Simon, o que fez com que os livros ganhassem uma capa e nome relacionados ao filme. Então, corra para ler essa história e se apaixonar por Simon e Blue.