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Bring The Soul - The Movie, documentário sobre turnê da banda BTS, chega dublado à Netflix
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Estreias, Filmes

Bring The Soul – The Movie, documentário sobre turnê da banda BTS, chega dublado à Netflix

Que as produções coreanas são um sucesso mundial e não param de chegar à tela da Netflix todos já sabem. Mas agora os fãs de BTS e os k-poppers de plantão têm mais um motivo para comemorar: a Dona Netflix acaba de anunciar que Bring The Soul – The Movie, o documentário de um dos k-groups mais amados do mundo, será disponibilizada no serviço em versão dublada, no dia 10 de setembro!

+ Por que os fãs de k-pop são tão apaixonados pelo gênero?

A produção acompanha o grupo durante a turnê mundial Love Yourself: Speak Yourself, que aconteceu entre 2018 e 2019. Além de grandes momentos dos shows lotados em estádios nas cidades de Seul, Londres, Paris, Los Angeles e Nova York, o documentário mostra com detalhes as rotinas e conversas de Jungkook, V, Jimin, Suga, Jun, RM e J-Hope.

Tem de tudo que fandom adora saber! Os momentos de reflexão dos idols, a preparação para as apresentações, revelações das inseguranças e o que mais se orgulham, e até mesmo a hora da academia e de ajeitar o cabelo. Além das curiosidades sobre os bias e sobre como é o processo de uma turnê. Claro que não poderiam faltar as cenas das performances estonteantes e que vão fazer todo mundo dançar e cantar enquanto assiste.

A produção foi exibida pela primeira vez em 2019 nos cinemas do mundo todo e tem direção de Jun-Soo Park, também responsável pelo documentário da turnê Break The Silence (2020), J-Hope – In The Box e SUGA: Road to D-Day.

Bring The Soul – The Movie chega ao catálogo da Netflix em 10 de setembro.

O grupo BTS é o maior exemplo de sucesso global do K-POP. O último álbum dos coreanos estreou no topo das paradas norte-americanas e emplacou todas as músicas no Top 15 do iTunes.
Autorais, Música

Por que os fãs de k-pop são tão apaixonados pelo gênero?

Com a popularização do k-pop pelo mundo, muitos que conheceram o gênero há pouco tempo se espantam com a quantidade de k-poppers (fãs da música coreana) e a paixão que destinam aos seus grupos favoritos. Uma das coisas que mais chama atenção de quem se inicia no mundo da música pop coreana é a relação “ídolo e fã” que funciona de forma diferente e mais íntima do que no ocidente.

Em países como Estado Unidos, Reino Unido, Canadá, etc, a abertura para artistas é maior, mesmo para artistas pequenos, alcançar o sucesso ou a grande mídia, ainda que de forma momentânea, é mais fácil. A influência de cantores americanos, por exemplo, viaja ao redor do globo, e eles não precisam necessariamente da promoção feita pelos fãs para conseguir alcançar grandes charts (listas de mais ouvidos) ou prêmios. No entanto, no mundo do k-pop as coisas são um pouco mais complicadas, principalmente quando o objetivo é levar a cultura coreana além dos países asiáticos. Por isso os grupos coreanos são geralmente muito gratos aos fãs, grande parte dos idols tem consciência que foi com a ajuda de seu fandom (fã clube e grupos de fãs) que conseguiram parte de suas conquistas, e que o apoio dos fãs é fundamental para ir ainda mais adiante.

O k-pop é uma indústria muito concorrida, e mesmo quando o grupo é extremamente talentoso, ainda há possibilidades de que não tenha o sucesso e audiência que merece, por não ter um fandom forte o suficiente que o ajude com charts, recordes, prêmios, etc. Claro que há artistas americanos, canadenses, e de outros países do ocidente, que também são muito gratos e próximos de seus fãs, mas essa relação é muito mais fã e ídolo, enquanto no k-pop esses relacionamentos são mais íntimos. Por exemplo, você sabe o que o Justin Bieber gosta de comer antes de dormir? Ou qual o tipo de pijama ele usa? Ou qual a decoração do quarto dele? Você tem fotos da Taylor Swift com o rosto ainda inchado porque acabou de acordar? Provavelmente não. Isso porque os artistas não são tão abertos nos países com influência da indústria musical ocidental. No oriente, mesmo que não sejam todos os grupos de k-pop, muitos idols se abrem completamente com seu público. Fazem lives para conversar com os fãs, agradecem regularmente a ajuda nas conquistas, produzem eventos especiais para o fandom, fazem vídeos da vida cotidiana, fanservices (solicitações específicas dos fãs), programas de variedades, etc.

GOT7

Ao contrário dos fãs da música ocidental que podem não saber qual é o nível de competitividade da Beyoncé em jogos de tabuleiro, por exemplo, ou os action figures (bonecos de ação colecionáveis) que o Chris Martin tem em casa, para os k-poppers é possível saber qual é o assento do Taemin do SHINee em um determinado restaurante da Coréia que ele costuma frequentar, ou qual o tipo de sopa favorita do JB do GOT7. Detalhes da vida cotidiana dos artistas coreanos são revelados para os fãs, que sentem esse proximidade e adoram esse tipo de interação com eles.

Quando o grupo BTS marcou história, sendo o primeiro artista coreano a ganhar um prêmio no Billboard Music Awards e o primeiro a se apresentar no AMAs (American Music Awards), a imprensa americana, que ainda estava engatinhando no gênero k-pop, ficou muito impressionada com o fandom do grupo (conhecido como armys), e principalmente com todo o amor e dedicação que as fãs direcionam ao grupo, diariamente.

Para se ter uma ideia, quando álbuns são lançados, os fãs não compram exemplares apenas para enfeitar a estande ou ter as músicas de forma “física”. Há intricados projetos entre fãs para compras em massas para ajudar o albúm nos charts de vendas, assim como há dezenas de projetos de streaming no Youtube, Spotify, etc. Os fãs sempre buscam maneiras de promover o grupo, ajudar com as listas de mais vendidos, prêmios em programas musicais semanais, etc. Assim como os que fazem mutirões de votos em plataformas como o Twitter, ou aqueles que pedem incessantemente músicas em rádios e programas de TV.

Em uma entrevista recente, o cantor americano Charlie Puth, conhecido pelo sucesso See You Again da franquia Velozes e Furiosos, disse ter “inveja” do fandom do BTS, e que fica impressionado quando eles são indicados a prêmios, milhões de pessoas se movimentam e se dedicam a faze-los ganhar, e isso nunca esperando algo em troca, apenas por amor e desejo de ver seu ídolo alcançar o sucesso.

A autora, youtuber e jornalista Gaby Brandalise é especialista em cultura coreana e no vídeo “Por que o BTS faz tanto sucesso”, ela comenta que o grupo busca formas de fazer com que os fãs não se sintam apenas ‘fãs’, mas que sim parte da família, como se fossem amigos íntimos.

Entre as diversas formas que um grupo busca para se promover e se aproximar dos fãs, algumas das maneiras mais comuns são fansigns: eventos em que os fãs podem conversar diretamente com os idols, dar presentes, ganhar autógrafos, etc. Fanmeetings, um tipo de show, porém com menos performances e mais brincadeiras, conversas com o público, vídeos especiais e exclusivos, etc. E claro, os programas de variedades próprios (todos coreanos), como o Seventeen Club, Real Got7, One fine day, Run BTS, Blackpink House, etc. Esses programas de variedades, que mostram os ídolos jogando, comendo, ou simplesmente tendo uma conversa aberta sobre sua vida ou trabalho, incentivam os fãs a terem uma relação e fazem com que eles se sintam próximos. E quando mais próximo, mais dedicado e apaixonado é um fã.

Alguns entendem, outros não, alguns admiram o amor e dedicação dos k-poppers, mas também há aqueles que julgam. O mundo da cultura coreana é enorme, e novo para muitos, por isso ainda há muita luta para que não haja preconceito com o gênero ou os fãs, e a forma mais fácil de entender, é abrindo a mente para aprender mais sobre esse outro mundo.

Gaby Brandalise Sobre a autora: Gaby Brandalise é jornalista, escritora e tem um canal no YouTube.  Começou escrevendo fan fictions de cantores, bandas e seriados. Depois, partiu para romances, crônicas, artigos, poemas e até músicas. É casada e tem um gatinho lindo chamado Gandalf (que tem esse nome porque é cinza e meio velho). Considera-se viciada em dramas coreanos, kpop e pasta de amendoim. No mais, segue iniciando os regimes às segundas.
Atualizações, Música

Vem assistir as melhores apresentações do AMA 2017

Ontem aconteceu mais uma edição do American Music Awards, uma das principais premiações de final de ano do calendários norte-americano de awards. Com um super line-up, nós separamos para você os principais destaques da noite, vem conferir:

Para abrir a premiação, as cantoras P!nk e Kelly Clarkson foram chamadas ao palco por Jamie Foxx, que estava cercado de equipes de bombeiros, médicos e policiais, para falar sobre uma onda de tragédias que aconteceu nos Estados Unidos nos últimos meses. Pedindo paz e união, a dupla de cantoras cantou a música “Everybody Hurts”, do R.E.M.:

Após andar um pouco sumida dos palcos, Christina Aguilera subiu ao palco para homenagear a brilhante Whitney Houston. A apresentação foi em razão dos 25 anos do lançamento da trilha sonora do filme “O Guarda-Costas”, que conta com grandes hits de Whitney. X-Tina foi extremamente elogiada por toda a imprensa por seus vocais impecáveis. Uma curiosidade: Durante a apresentação, a cantora P!nk é mostrada pelas câmeras diversas vezes, por estar com uma expressão séria no rosto ao assistir Aguilera, o que logo se tornou meme nas redes sociais. Imediatamente, a cantora de Beautiful Trauma se explicou sobre, dizendo: Christina arrasou demais nesta noite para uma de nossas cantoras favoritas. Foi pela Whitney, e eu estou maravilhada com o talento da Christina. Mostre a parte em que estou em lágrimas”. Assista:

Lady Gaga não estava na premiação, mas isso não a impediu de se apresentar. A cantora se apresentou com a música The Cure direto de sua Joanne World Tour. Aos poucos, Gaga vêm demonstrando atitudes que remetem a “antiga Gaga”, que gosta de apresentações ousadas e super produzidas. A performance de ontem foi apenas um exemplo de tudo isso. Será que podemos esperar um Joanne Monster para as próximas semanas?

P!nk adora apresentação com temas circenses e isso todos já sabem. A cantora está sempre voando, sempre enrolada num pano e isso nós já estamos até acostumados, certo? Mas dessa vez, P!nk foi além! Ela se apresentou com a música Beautiful Trauma suspensa em uma fachada de hotel em Los Angeles. Enquanto cantava, era possível até ver alguns hóspedes acenando nas janelas de seus apartamentos. Confira:

Selena Gomez fez o seu retorno aos palcos de forma muito emocional com o hit Wolves. A cantora já surpreendeu no tapete vermelho ao chegar com novo visual loiro.

O momento mais esperado da noite foi sem dúvidas a estréia da boyband coreana BTS na Tv Americana. Antes de tudo, precisamos de um rápido retrospecto aqui: no começo dos anos, todo o fandom ficou super animado com o comparecimento dos meninos no Billboard Music Awards. Eles haviam sido indicados na categoria “Social Media” e ganharam o prêmio. Isso deixou todos em si surpresos e felizes com o reconhecimento, mas ninguém imaginava o que estava por vir. Em setembro, o lançamento do EP Love Yourself: Her fez o BTS chegar ao top 10 da Billboard Hot 200. Até hoje, o EP já vendeu mais do que alguns lançamentos de grandes artistas americanos, como Younger Now, de Miley Cyrus. Isso cantando em coreano e sem fazer divulgação em terras americanas. Quando foi anunciado a performance dos Bangtan Boys no AMA a sensação que seus fãs tiveram foi realmente de reconhecimento (e conversamos com alguns deles para escrever essa nota). Os garotos surpreenderam com sua coreografia super sincronizada e presença de palco, deixando todos da plateia boquiabertos e obviamente foram aplaudidos de pé. Confira:

Fechando a noite, a grande homenageada Diana Ross recebeu toda sua família no palco para agradecer o prêmio especial que lhe foi dado por 60 anos brilhantes de carreira. Diana cantou um super medley de sucessos e recebeu homenagens de Taylor Swift, Michelle e Barack Obama sobre como os inspirou. Confira:

A girlband Girs Generation completou 10 anos de carreira, mas até chegar esta data, passaram por MUITA coisa.
Música

Saiba um pouco dos treinos quase militares para se tornar um ídolo do k-pop

Você com toda certeza já percebeu que k-pop está super alta no mundo todo, certo? O artistas coreanos têm conseguindo ultrapassar as barreiras linguísticas e tem colecionado fãs em todo o globo. Neste ano o Billboard Music Awards incluiu a banda BTS na categoria “Top Social Artist”, categoria em que o vencedor é escolhido pelo público através do Twitter. O resultado? Mais de 300 milhões de votos na boyband coreana, que desbancou grandes artistas americanos que concorriam na mesma categoria: Justin Bieber e Ariana Grande. Mais um exemplo: Vendo o quanto estes artistas geram interações nas redes, o Teen Choice Awards criou do dia para noite uma nova categoria em sua premiação: “Choice International Artist”. A categoria foi criada no dia da premiação justamente para que o evento aparecesse como um dos mais falados no mundo. Na hora de anunciar o vencedor não foi reproduzido nenhuma imagem dos concorrentes ou do próprio vencedor, que também foram os BTS. Mas serviu como exemplo de que a grande mídia notou o poder destes artistas e que pretendem usá-los para atrair mais público.

 

 

No Brasil não é diferente. Os primeiros artistas de k-pop a trazer seus shows para cá foram Beast, 4 Minute e a cantora G.NA em um festival há 6 anos. De lá pra cá vieram vários outros, que esgotaram apresentações em minutos: Super Junior, NU’EST, BTS e PSY. As músicas chicletes, coreografias insanas e grandes produções no palco atraem muita gente e o principal: muito dinheiro.

 

 

Meu primeiro contato com este gênero musical, se assim podemos chamar, foi com a cantora BoA e seu clipe de “Hurricane Venus” e “Copy & Paste”. Fiquei muito fascinado pela dança super sincronizada e o fato dos vídeos gritarem “alto orçamento”. Fui conhecendo outros artistas e vendo que ser um artista de k-pop é uma verdadeira indústria em torno de cada artista. É notável que as gravadoras estão antenadas em tudo que gira em torno dos performers e tentam trazer tudo que existe de melhor para promover as músicas. E pesquisa após pesquisa, vi o que estava um pouco óbvio: a ‘escravidão’ que os artistas devem sentir. É preciso muito treinamento e foco para conseguir fazer o que eles fazem. Aí você pensa: mas é assim com tudo, tudo requer força de vontade. Mas eu te respondo aqui que: as coisas que acontecem em volta disso tudo não é apenas força de vontade.

 

Você acha que tem aquele “X-Factor” que te diferencia das outras pessoas e star quality para brilhar nos palcos? Isso não é suficientes. Antes, é necessário se inscrever em um programa de “trainee” das grandes gravadoras. Isso é: ser submetido a um treino exaustivo de canto, dança, rap, idiomas, presença de palco, enfim. Tudo que é necessário para ser um grande artista. A inscrição é feita durante algumas épocas do ano. São treinos exaustivos e que ignoram o bem estar das pessoas. Se ficar doente, treina do mesmo jeito.

Em algumas gravadoras é feita uma segunda audição após o primeiro mês de treinos, e aqueles que não demonstraram evolução ou que não estão no mesmo nível dos demais são eliminados.

 

 

Ser separado da família, mudar de cidade e abandonar tudo que se conhece: a partir da segunda etapa é como se o exército se tornasse fichinha para aqueles que desejam o estrelato. Seus índices de gordura corporal são medidos todos os meses. É importante se manter magro, com um corpo ‘padrão’ e caso isso não aconteça as chances de ser eliminado são grandes. A alimentação de ‘trainee’ se resume a batata doce e frango, se quiser comer algo além disso, pague do próprio bolso, mas arque com as consequências depois.

 

Treinos como correr em uma sala de prática 10 vezes cantando, canto enquanto faz flexões ou bate no seu estômago são considerados práticas comuns, que visam aumentar o seu poder vocal e desenvolver os músculos. Começam a moldar a sua aparência para que fique melhor ao mercado: cirurgias plástica a partir dos 15 anos, visando trazer aquele estilo meio ‘boneca’ que vemos nos clipes musicais.

 

Em 2015, uma dessas empresas coreanas tentou criar um grupo de k-pop brasileiro (?) e um dos seus ‘trainees’ contou como era a sua rotina para tentar estrear como artista:

 

 

Um ex-trainee coreano-americano também descreveu seus dois anos na empresa, antes de optar por retornar aos Estados Unidos depois que seu contrato expirou. “Todos nós tínhamos começado a trabalhar muito duro. A escola acabou por ser a nossa última prioridade enquanto causar uma boa impressão nos representantes, funcionários e o CEO da empresa, era a primeira prioridade“, escreveu ele. “Esta foi uma época terrível para mim. O amigos que eu tinha feito foram lentamente tornando-se rivais“.

 

No país, os fãs se orgulham de saber as dificuldades de seus ídolos antes de chegarem ao estrelato. Somente o fato deles conseguirem se lançar na mídia já é um fato a ser celebrado, dado as dificuldades envolvidas para conseguir isso.