A gente precisa cuidar das coisas para que elas possam durar. Ainda mais quando algo não é só nosso. A gente precisa, assim como o outro, cuidar. Cuidar sozinho não adianta. E é nessa posição que me sinto nessa relação de novo: sozinho.
Você não percebe que a história cíclica se repete? Exceto pela parte de que agora não há mais cacos meus. Estou decepcionado, sim, mas não quebrado. De que adianta gritar ao mundo sobre seu orgulho se você não está ali? Se estou sozinho de novo?
Você gastou a mesma desculpa, inventou a mesma história. Você ligou de novo no meio da noite e de novo eu atendi e de novo você me quebrou como se quebra uma promessa. De novo. De novo. De novo, de novo, de novo, de novo, de novo…
De novo, não tem nada. Só as velhas narrativas e as velhas artimanhas que você usa pra disparar esses gatilhos que, bom pra mim, ruim pra você, eu aprendi a desarmar. Eles não existem mais. Aquele eu não existe mais, eu sinto muito. Talvez você queira dar flores pra ele, agora que é tarde. Agora que ele se foi.
Deixa na sepultura.
De novo. Deixa secar ali. Ele se sentiria feliz por elas.
Porque pra mim, infelizmente, elas não valem de mais nada e podem secar sozinhas nessa lápide que traz a mentira que tentamos tão desesperadamente fingir ser verdade. A mentira de que dentro dela eu nunca estaria sozinho.
Mas eu estava, de novo.
Obrigado por tudo, mas dessa vez eu não vou aceitar de novo. De novo… Novo em quê? Nada disso é novo e nunca foi novo. Nunca vai ser novo. De novo aqui só o fantasma das minhas expectativas frustradas mais uma vez porque sequer minhas lágrimas são novas.
Então, obrigado por tudo, obrigado por nada. De novo. De nada.
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