CONTÉM SPOILERS
Como o próprio nome já diz, o episódio dessa semana falou sobre crescimento. Daquele momento onde você percebe que sua vida se tornou aquilo que sempre foi almejado. E, contra todas as expectativas, foi Meredith quem conseguiu isso. Aquela interna que se complicou dormindo com o chefe percorreu um caminho bem árduo até aqui. E finalmente se deu conta da vida maravilhosa que tem. A casa dos sonhos, o marido, os filhos e a carreira bem sucedida, tudo mostra que o que passou valeu a pena. E por mais que sua situação atual não dure para sempre, agora ela possui a percepção de que é preciso lutar para que se mantenha realizada.
E Derek passou pela mesma transformação. Com sua volta ao Grey Sloan Memorial Hospital, ele deve se acostumar com Amelia sendo sua chefe. Claro, conhecendo ele, todos veem isso como um problema. Mas suas prioridades mudaram e parece que a convivência com a irmã não será mais como antigamente.
Bastante atenção foi dada aos casos essa semana. Dessa vez, um assalto que resultou em vários policiais feridos junto com um garoto envolvido no crime. Em contraponto com toda a felicidade de Meredith, vemos uma mãe perder dois filhos e ainda enfrentar a decisão de salvar a vida do garoto com uma doação de órgãos. Nisso Grey’s é sempre bom: em mostrar os dois lados da balança. Enquanto as vidas de Meredith e Derek chegam ao auge, a de uma mãe é praticamente destruída.
Ao mostrar esses dois lados, entretanto, o ponto fraco do episódio foi a previsibilidade. Depois de tantos anos, muitas vezes, é bem fácil saber o que vai acontecer na série. Desde o momento da morte cerebral e que descobrimos da necessidade de um transplante para o garoto, já era inevitável não saber que uma doação direta seria cogitada. O mesmo aconteceu após a recusa da mãe: era evidente que no final ela concordaria com o transplante. Esse é um problema comum depois que se acompanha por tanto tempo um programa. Para mim, isso torna os casos menos emocionantes e um pouco repetitivos. Mas nada que prejudique grandemente quando se olha para o plano geral e as grandes histórias que a série possui hoje.
No meio da difícil escolha de uma mãe, Bailey foi nada mais nada menos que… Bailey! Ela está sempre metida em questões difíceis que envolvem a ética médica e sempre sai em defesa da vida de seu paciente, não importando quem seja. Quem não lembra de quando ela prejudicou seu casamento para salvar o paramédico com a suástica tatuada? Ou quando tentou sabotar a cirurgia de um serial killer para conseguir o órgão que seu paciente precisava? São sempre questões que dividem opiniões e podem não ser compreendidas quando assistimos de fora. E Bailey sempre demonstra grande habilidade ao lidar com situações assim, mesmo que às vezes exagere.
Em meio a tantas demonstrações de crescimento pessoal, Amelia começa a entrar em conflito sobre seus sentimentos por Owen. Nada mais compreensivo depois do que ela passou na vida no quesito relacionamento (falo de sua história ainda no spin-off Private Practice). Ela tem toda razão em ficar com medo de que aquilo a destrua. Isso para ela pode significar a recaída em seu vício, o que nem de longe eu espero que aconteça. Ao menos sua conversa com Derek a tranquilizou e era poderá se mostrar mais aberta daqui para frente. Ou será que não? O medo é algo bem poderoso.
OBS 1: Edwards pode não ser minha personagem preferida, mas depois do que Jackson a fez passar no casamento de April, já está mais do que na hora dela encontrar alguém.
OBS 2: Ainda não consegui processar o que aconteceu com Callie. Será que teremos uma recaída com homens? Dela podemos esperar tudo.