Não sei se tenho palavras para descrever essa narrativa incrível. Bom, acabei o livro em tempo recorde, já que essa trama envolvente não deixa que você se afaste antes do fim.
Três amigos, Alex, Alice (que é um menino) e Rebeca, vão passar algum tempo no hotel dos pais de Alex, já que eram grandes amigos na época do colégio e fazia muito tempo que não se encontravam. Era uma viagem que tinha tudo para ser magnífica e divertida, típica de reencontro de velhos amigos para relembrar os tempos de ouro.
É dito que quando alguém conhece o verdadeiro desespero, se não houver distração constante e eficiente, a pessoa se perde nas profundezas da loucura até o fim de sua vida. Não… Pode-se dizer que, neste ponto, a vida já não existe mais; é apenas um cadáver errante.
Ao chegarem, são surpreendidos por uma grande nevasca, o que os mantém confinados dentro do prédio do hotel, o que não é de grande preocupação, já que só o reencontro em si já era uma coisa importante para eles.
Após o jantar, as luzes acabam por um momento e de repente, todos são solicitados urgentemente em um lugar único do hotel, que a essa altura, já tinha alguns outros hóspedes para descobrirem apenas que estaria para começar um grande pesadelo, afinal, o cozinheiro havia sido assassinado a sangue frio.
Estava no chão, coberto de sangue. Em seu pescoço, um enorme corte de impiedosa profundidade, claramente a fonte da deslumbrante tinta que pintara a imensidão da cozinha com tão intenso vermelho.
Deste ponto em diante, Frederica, que por sinal foi minha personagem preferida, assume as investigações do caso, de maneira totalmente misteriosa, e passa a colher depoimentos de todos os presentes, já que sua cabeça trabalha de maneira quase sobre-humana, fato comprovado pouco tempo antes durante uma rodada de pôquer, e o clima de mistério da narrativa aumenta gradualmente, de modo que a partir daí, largar do livro é impossível e faz com que todos os compromissos que o leitor possa ter, não sejam tão importantes assim, afinal, um grande mistério paira pesadamente na atmosfera do livro: Quem é o assassino?
Chegando perto do fim, mais alguns personagens perdem a vida, fato chave que responde as perguntas levantadas anteriormente, de maneira totalmente imprevisível e com um clímax inexplicável.
– Como dizem? – indagou ela. – Se arrependimento matasse… não é?
Recomendo o livro para qualquer pessoa e qualquer idade, e parabenizo o autor pela magnífica história, que não deixou a desejar em ponto algum, e todas as perguntas levantadas anteriormente, foram respondidas com maestria, fatos que poucos conseguem nos dias de hoje. O texto é escrito de maneira impecável e os fatos não apresentam desconexão em nenhum ponto do livro. É o típico sem pontos negativos, que parece agradar a qualquer tipo de pessoa que o ler, gostando do gênero ou não.