Livros, Resenhas

Resenha: Para sempre perdida, de Amy Gentry

Sinopse: Anna Whitaker sobreviveu a um pesadelo. Uma de suas filhas, Julie Whitaker, foi sequestrada aos 13 anos de idade e retorna após 8 anos subitamente para casa. A família está feliz com o retorno da jovem, mas a mãe tem dúvidas que não consegue silenciar. Mesmo felizes com a volta, os pais e a irmã de Julie vivem a angustiante dificuldade de superar o antigo e profundo trauma. Piorando a situação, os anos fora de casa, tendo de lutar pela sobrevivência, transformaram o comportamento de Julie, e a mãe percebe inconsistências nos seus relatos sobre o ocorrido e uma certa estranheza em sua maneira de agir, e logo suspeita da sua identidade. A busca por verdades é o único caminho capaz de reinstalar a confiança e, sobretudo, reafirmar os inquebrantáveis laços entre mãe e filhas.

Para sempre perdida conta a história de uma família que convive com o drama da filha mais velha, Julie, ser sequestrada aos 13 anos de idade e após oito, retorna. A partir daí surgem muitas dúvidas a respeito da mulher que voltou. Será se realmente é Julie? E se não for, o que essa mulher quer da família?

O pior não se apaga, mas assim, sem mais nem menos, estou em casa.

O romance escrito por Amy Gentry está divido em capítulos narrados por Anna Whitaker, mãe de Julie, e também por outras pessoas que fazem parte da trama. No início estes parecem não se encaixar ao restante dos capítulos, é como se tivessem sido jogados na narrativa sem o maior cuidado. Porém, são eles que nos ajudam a compreender a história. Fiquei confusa no início? Sim. Deu vontade de largar a leitura? Também. Você vai sentir coisa parecida, mas vai por mim, termine.

No decorrer da trama, a autora trabalha sentimentos como desconfiança, as rachaduras familiares, vício com o álcool e traição. Afinal após o sequestro da filha, Anna e o marido se afastaram; a filha mais nova do casal, Jane, que presenciou o sequestro foi deixada de lado pela mãe e de certa forma se sente culpada; Anna se afundou no vício pelo álcool e depois descobre que durante esse época seu marido a traiu.

– Como pude ser tão cega? Como pude deixar de ver tudo isso? É como se eu não a conhecesse nem um pouco. Sei que fiquei arrasada desde que isso aconteceu. Sei que tenho sido horrível com Jane. Mas pensei, quero dizer, antes disso, pensei que tudo estava bem. Eu achava que era uma boa mãe.

Além disso, achei interessante o livro abordar a questão do estupro e sequestro de crianças/ adolescentes, situação suscetível a qualquer família. Abordando ainda, que nem sempre conhecemos as pessoas que amamos, a relevância da comunicação familiar e o cuidado com quem os filhos interagem na internet. Quantas famílias vivenciaram e vivenciam essas situações no dia-a-dia? A maior parte delas, infelizmente, nunca viram seus filhos voltar.

Mas por outro lado, algumas situações no livro não fazem muito sentido. Como por exemplo, a idade que Julie desapareceu (13 anos) e voltou (21 anos), e Anna não ter conseguido reconhecê-la. Outra ponto é Julie ter pintado o cabelo para esconder o tom natural, se ela voltou como Julie porque não queria parecer Julie, voltasse com um dos outros personagens que usou para se esconder: Charlotte, Karen, Mercy, Starr, Violet ou Gretchen.

A autora te faz questionar a todo momento se as informações passadas são verdadeiras. Com certeza, uma leitura que instiga o leitor do início ao fim!

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1 comentário

  • Responder Aline k. 11/08/20 em 18:23

    👏👏👏👏👏👏

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