Resenhas

Resenha: Pandemônio, Lauren Oliver

Dividida entre o passado — Alex, a luta pela sobrevivência na Selva — e o presente, no qual crescem as sementes de uma violenta revolução, Lena Haloway terá que lutar contra um sistema cada vez mais repressor sem, porém, se transformar em um zumbi: modo como os Inválidos se referem aos curados. Não importa o quanto o governo tema as emoções, as faíscas da revolta pouco a pouco incendeiam a sociedade, vindas de todos os lugares… inclusive de dentro.

Pandemônio é o segundo volume da trilogia distópica Delírio.

Bem, vou deixar vocês com a sinopse oficial por motivos de que se eu contar a história do livro, será inevitável spoilers, então…

Há um tempinho atrás, eu li Delírio e, nossa, super amei (resenha aqui!). Bem leve, romântico, fofo e etc. Claro, não era de se esperar menos de uma história que tem a temática de “proibição do amor”. Eu gostei do primeiro tomo e apesar de ter vistos diversos comentários negativos sobre as continuações, não perdi meu interesse. Então, esses dias estava sem o que ler e aí como tava/tô na vibe de ler as sequências de séries/trilogias, Pandemônio teve sua vez e eis aqui a minha opinião sobre ele.

Quando se trata de trilogias, muitas vezes, o segundo livro sempre decai um pouco. Com Delírio não foi diferente. Pandemônio começa sem o fôlego deixado no primeiro tomo, mas isso é até irrelevante pois com a maioria é assim, porém o grande problema é que a narrativa só engata faltando apenas umas 40 páginas para o término. Sem contar que uma grande parte de capítulos não acrescentaram quase nada à história, a Lauren poderia ter resumido tudo em uns três capítulos. É frustrante ver que a autora recorreu a isso enquanto poderia ter encorpado mais a trama.

Ao contrário de Delírio, este não tem cenas tocantes e poéticas. Os momentos nesses se mostraram arrastados e cansativos. E eu só consegui ficar surpreso em um momento um pouco antes do clímax, mas fora isso, já tava de saco cheio dos diálogos, dos acontecimentos que não tinham nada de relevante e das voltas que deram até chegar ao ponto chave para o terceiro livro.

E uma coisa que achei completamente desnecessária: o surgimento de um novo romance. Sim, isso mesmo! Um novo romance. Tipo “oi?!?”. Porém, recomendo que vocês leiam e tirem suas conclusões sobre esse “artifício” utilizado. É questão de ponto de vista, então…

O cenário da trama e os personagens são novos. Nada de Delírio perdurou em Pandemônio. A Lena não evoluiu tanto o quanto eu esperava e os outros, bem, ficaram perdidos com o decorrer das páginas.

Um dos pontos que se salvam no livro é a questão da guerra, que, apesar de não estar nesse volume, será um embate épico em Réquiem, caso Oliver não se perca como muitos autores..

Enfim, Pandemônio não conseguiu superar o seu antecessor e ainda se mostrou arrastado. Poucas coisas se salvaram… Se você leu Delírio, acho que vale a pena dar uma chance para a sua continuação, apesar dos diversos problemas.

Mesmo tendo achado o final previsível, eu quero ler o último volume para saber se Lauren Oliver conseguirá reverter a má impressão que este causou.

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