Posso começar essa resenha dizendo que esse livro foi um tormento na minha vida. Por causa desse bonitinho ai, eu parei completamente de realizar minhas necessidades diárias como comer, dormir ou respirar. Você acha que é exagero? Então tenta aí, amigo. Pegue “O Lado Feio do Amor” e tente parar de ler.
Começamos a leitura conhecendo Tate Collins, uma jovem determinada que se muda para casa do seu irmão, Corbin, com o objetivo de realizar seu mestrado em enfermagem. Ao chegar no prédio, dá de cara com um bêbado semi-morto na porta do seu futuro apartamento, e ao tentar se livrar do sujeito, descobre que é ninguém menos que Miles Archer, melhor amigo do seu irmão. E é tentando carregar essa criatura para dentro de casa com um pouco de dignidade que Tate conhece a pessoa que vai mudar toda a sua vida e nem imagina…
Assim como todos os livros da Colleen Hoover, Miles é irresistível, mas é um dos mocinhos da autora que tem história bastante carregada de mistério. Depois de tentarem, sem sucesso, evitar a atração muito forte que existe um pelo outro, Miles e Tate resolvem entrar numa relação de puro e simples sexo e Miles deixa bem claro que isso só irá acontecer com apenas duas regras: não perguntar sobre o seu passado e não esperar um futuro.
“Alguma coisa estranha está acontecendo com o meu peito. Um tipo de flutuação. Eu odeio isso, porque eu sei o que significa. Significa que meu corpo está começando a gostar de Miles. Eu só espero que meu cérebro nunca faça isso.”
Tate, completamente encantada com o pouco que conhece do rapaz, aceita essas condições acreditando que pode lidar com isso e afinal aproveitar um pouco da vida e se distrair. Mas os pequenos vislumbres que ela tem da verdadeira personagem de Miles já são suficientes para fazê-la se apaixonar.
“Eu acho que eu finalmente tenho minha única regra (…) não me dê falsas esperanças de um futuro, especialmente se você sabe no seu coração que nós nunca teremos um.”
O livro, conforme esperado, é o mais sexual da autora quando comparado aos seus outros títulos. Nada da vibe “50 Tons de Cinza”, mas ainda assim, bastante detalhista. Uma coisa muito interessante que, na minha opinião foi fundamental para o sucesso do livro, é a narrativa intercalada entre os dois personagens. Enquanto lemos sob a perspectiva de Tate os momentos atuais, os capítulos de Miles são de seis anos atrás, onde aos poucos vamos desvendando seu passado intrigante e como seus traumas foram responsáveis por seu comportamento atual.
“Se eu fosse capaz de amar alguém… Seria você.”
Previsivelmente, Tate acaba completamente e perdidamente apaixonada por Miles, mas continua recebendo o mesmo tipo de tratamento da parte dele: só o sexo. Muitas vezes tive vontade de socar Tate na cara por se humilhar atrás desse cara, mas também eu não posso julgá-la. É impossível não amar Miles Archer. Imprevisivelmente, ao descobrirmos o real motivo de toda a fachada de gelo do personagem ficamos completamente desarmados. O choro vem e ele não é pouco! Colleen Hoover consegue mais uma vez nos encantar, nos destruir e nos recriar com sua genialidade e capacidade de criar histórias magníficas.
Quer mais uma notícia boa? A adaptação cinematográfica de “O Lado Feio do Amor” já está em produção e o teaser você pode conferir aqui:
E ai? Gostaram? Já vamos separar esse ingresso do cinema!