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Resenha: O despertar do príncipe, Colleen Houck

O Despertar do Príncipe – Quando a jovem de dezessete anos, Lilliana Young, entra no Museu Metropolitano de Arte certa manhã, durante as férias de primavera, a última coisa que esperava encontrar é um príncipe egípcio ao vivo com poderes divinos, que teria despertado após mil anos de mumificação.E ela realmente não poderia imaginar ser escolhida para ajudá-lo em uma jornada épica que irá levá-los por todo globo para encontrar seus irmãos e completar uma grande cerimônia que salvará a humanidade.Mas o destino tem tomado conta de Lily, e ela, juntamente com seu príncipe sol, Amon, deverá viajar para o Vale dos Reis, despertar seus irmãos e impedir um mal em forma de um deus chamado Seth, de dominar o mundo.

O quão hipócrita eu seria por ter julgado os últimos livros da Collen Houck na semana passada e hoje vir aqui recomendar a leitura desse novo lançamento da autora? Bom, por que foi isso mesmo que vim fazer aqui! Hateres gonna hate, mas vim contar pra vocês sobre a mais nova obra da autora, que cá entre nós, está muito boa!

Antes de começar qualquer resenha, deixo claro que: irão haver comparações! Acho muito difícil falar sobre esse livro sem fazer alguma comparação com a outra série de Collen Houck, A maldição do tigre, até porque a autora investiu na mesma temática (mocinha humana + herói não-humano maravilhoso + jogar um um bando de lendas e crenças de outro país pra completar e = TCHARAM! Novo best seller saindo do forno!) Então eu vou tentar ser imparcial, mas vou comparar sim, me desculpem desde já!

Então vamos lá? No livro somos apresentados a Lilliana – ou Lily – uma adolescente séria que luta diariamente pra esconder seu lado sarcástico e aventureiro de seus pais extremamente rigorosos, que só ligam pras aparências.

Podemos começar essa comparação com um grande plus: Lily é infinitas vezes melhor que Kelsey. Muito mais decidida, não se deixa levar pelos acontecimentos sem fazer nada, e o melhor de todas as suas qualidades: saber que é bonita. Gente, eu não sei se é porque leio demais, mas simplesmente cansei de mocinhas sem auto-estima que passam metade do livro se perguntando porque o herói quer ficar com ela. Miga, se um semi-deus/príncipe reencarnado em animal/vampiro milenar/lobisomem rei quer ficar com você, mesmo você sendo 100% sem graça, levanta as mãos pro céus e aceita, não tenta lutar contra não! Continuando…

Em mais um dia comum e entediante do seu dia, Lily vai até uma seção fechada do Museu Metropolitano de Arte para poder ler em paz sem ser incomodada, quando percebe que não está sozinha lá. E aqui somos apresentados a Amon… Definindo Amon para os leitores da Saga do Tigre, Amon é o nosso Ren. Para quem não leu, Amon é atencioso, educado, engraçado, lindo, e ah… Amon também é o príncipe do Sol, que desperta uma vez a cada mil anos para realizar uma cerimônia ao lado de seus irmãos para salvar a terra e a humanidade da magia poderosa do Deus Seth (mas bobagem essa última parte, né?).

Depois de se apresentar, Amon diz a Lily que, por não estar encontrando seus vasos canópicos (no Egito, os vasos canópicos são onde os servos guardam os órgãos das múmias, para elas utilizarem quando reencarnarem), ele vai precisar fazer uma ligação com ela, para usar sua energia vital. Ele explica que só fez isso devido a importância de terminar a sua tarefa de deixar o Deus Seth adormecido, devido ao seu enorme poder e maldade (uma ressalva aqui que nós só ouvimos falar desse Seth. Conhecemos seus seguidores e servos durante todo o livro, mas esse  Seth bonitinho nunca deu as caras). Acreditando que está diante de uma pessoa mentalmente doente, Lily tenta ajudar Amon e até levá-lo para um hospital. Mal sabe a nossa mocinha que está prestes a viver a maior aventura da sua vida controlada.

Amon realmente é o príncipe do Sol e utilizou os órgãos de Lily para conseguir energia suficiente para terminar sua missão na terra:
1. Encontrar sua tumba e recuperar seus vasos canópicos
2. Despertar seus irmãos
3. Realizar a cerimônia milenar para derrotar o Deus Seth (que nunca vi, nem comi, eu só ouço falar)
E por estar conectada a ele com uma ligação ainda não totalmente compreendida, Lily tem que acompanhar nosso Deus do Sol em toda a sua aventura.

“Sem você eu seria uma balsa lançada em uma mar revolto sem vela nem ancora. Estaria realmente perdido”

E é durante toda essa corrida para salvar o mundo que Lily se apaixona por Amon. Não pelo príncipe, ou pela múmia, mas pelo homem abnegado e maravilhoso que Amon é, mas só pode mostrar um pouquinho de si a cada mil anos. Digo com pesar que perdemos em O despertar do príncipe o meu fator preferido em A maldição do tigre: o romance doce e caramelizado. O despertar traz muito mais ação e um herói totalmente decidido a terminar seus objetivos e não se entregar a um romance com uma mortal. Não posso dizer o quanto essa determinação foi suficiente, mas dou créditos pela tentativa.

Hakenew, Lily.
– Isso quer dizer “obrigado”, não é?
– Quer dizer mais do que um simples obrigado. Expressa um profundo sentimento de gratidão por outra pessoa. É um agradecimento pelo calor e pelo conforto duradouros que sente na companhia de alguém especial. Não estou agradecendo a você, Lily. Estou agradecendo por você.”

Sobre a parte cultural… Não sei se foi por uma preferência pessoal, mas achei a cultura Egípcia muito mais interessante e menos confusa do que a Indiana que tivemos em Maldição do Tigre. Eu realmente gostava de ler aquelas histórias e os significados egípcios, diferentemente das milhares de lendas malucas que eu lia no Tigre, quando minha vontade era pular logo pra voltar pros braços de Ren e do romance.

O Símbolo é um sinal de proteção do deus do sol e um lembrete: quando somos privados de tudo aquilo que valorizados, finalmente conseguimos ver a verdade.”

Assim como na saga anterior, a edição continua impecável! Com uma capa maravilhosa e temática (as capas dos primeiros volumes de ambas as séries estão entre as minhas preferidas de todas que tenho), o livro é dividido em 3 partes, que também são detalhadas e diferenciadas no meio da leitura. Assim como na saga do Tigre (juro que é a última comparação rsss) temos um final forte e que nos deixa ansiosos pela próxima leitura! O segundo livro da série “O coração da esfinge” ainda não tem previsão de lançamento pela Editora Arqueiro, mas eu já estou aguardando ansiosamente por esse segundo volume!

” — A Eternidade é um tempo longo demais para não se ter  alguma coisa para lembrar.”

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