Resenhas

Resenha: Delírio, Lauren Oliver

Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos.

Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas.

Delírio é o primeiro volume da trilogia homônima.

Agora, nos Estados Unidos existe a cura para o amor. Aos dezoito anos, todos passam por uma cirurgia para retirar o amor. Lena é uma garota prestes a fazer o procedimento, só que, como todos sabemos, ela vai se apaixonar e aí começa uma “resistência” contra o processo. Em suma, é isso.

Bem, todas as distopias que li tinham um clima muito tenso, porém Delírio, não. Em vários momentos pensava que estava lendo uma história que se passasse nos dias atuais e não em um futuro distante. Eu achei isso um jogada legal de Oliver, pois consegui me conectar melhor com a história.

Caso você não goste de romance, nem pegue este livro. É romance puro! Apesar de ter algumas críticas sociais, o foco é no relacionamento proibido da protagonista. Por incrível que pareça, o fato de a narrativa ser tão romântica é o grande trunfo da história. Outra coisa que achei fantástica foi a reflexão que vem com a questão de proibirem o amor, Lauren presenteia o leitor com vários trechos e frases de efeito sobre sentimento e afeto.

Hum, os personagens… Considero Lena uma protagonista que começa sem nenhum potencial mas que com decorrer da narrativa vai crescendo e se tornando “forte”. Temos Hana, a melhor amiga de Lena, que considero uma personagem forte e creio que vai se destacar bastante nos próximos volumes. Em relação ao casal principal, gostei bastante da forma como a relação deles foi construída. Não foi algo rápido e nem sem sentido.

Ah, não sei mais o que falar sobre este livro. Só posso dizer que se você tiver a oportunidade de ler, leia. É uma história leve e fofa. Gostaria de destacar que o final é de tirar o fôlego e faz com que o leitor queira saber imediatamente o que vai acontecer. Recomendado!

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