Quinto e penúltimo livro da série “Os Instrumentos Mortais“, Cidade das Almas Perdidas é um livro totalmente diferente dos outros quatro que Cassandra Clare escreveu. Neste livro, até seu modo de escrita mudou/evoluiu perante a história e isso foi uma coisa maravilhosa e gratificante.
Neste quinto volume, o universo da história está completamente diferente. Está mais pesado e escuro do que os outros livros, com seu enredo mais evoluído e diferente. Neste vemos uma nova situação, um novo combate, uma nova luta e uma nova esperança.
Em Cidade das Almas Perdidas temos duas histórias acontecendo ao decorrer do livro mas todas com o mesmo objetivo.
Após todos os acontecimentos de Cidade dos Anjos Caídos, Clary está desesperada com o repentino desaparecimento de Jace, mas a Clave proíbe os caçadores de sombras a procurá-los, pois pode ser muito perigoso, mas como era de se esperar, Clary, Alec, Simon, Isabelle e Magnus começam a procurá-los por conta própria, não ligando em quebrar as regras da Clave para encontrar Jace. Mas isso é só o começo, o grande problema mesmo é o que os espera, que deixa a todos com o coração na mão, é o que está acontecendo. Após a confusão no final do quarto livro, descobrimos que Lilith colocou um feitiço em Jace e em Sebastian, um feitiço que os ligou, literalmente. O que significa que não se pode ferir um sem machucar o outro, ou seja, matar Sebastian significa matar Jace também.
A Clave está desesperada para conseguir algo que detenha Sebastian, mas não será possível sem ao menos machucar ou até matar Jace. Mas ninguém, ou melhor dizendo, nenhuma pessoa que já conviveu com Jace, está disposta a perde-lo para sempre, muito menos Clary.
Clary arranja um jeito de chegar a Jace, e consequentemente, a Sebastian. Assim que os encontra, e descobre o que está acontecendo, o que Lilith fez, e o que seu namorado se tornou, ela não sabe como lidar, se tem forças para viver uma “mentira” ao lado de seu namorado e seu irmão e tentar ajudar a clave, ou confiar no que Jace diz. Antes confiar em Jace não seria um problema, nem haveria outra opção, mas após ver no que seu namorado se tornou por causa desta ligação, confiar nele já não é mais uma opção.
Será que alguma parte do verdadeiro Jace ainda está ali? Será que existe algo a se salvar?
Enquanto Clary tenta de seu jeito, salvar Jace das garras de seu irmão (Sebastian), seus amigos: Alec, Magnus, Isabelle, Simon e etc. Tentam de onde estão, achar formas de fazer a mesma coisa. Matar Sebastian sem machucar Jace.
Cidade das Almas Perdidas é um livro que se passa em dois universos diferentes, e isso é maravilhoso e dá um up na leitura.
Enquanto Clary está com Jace e Sebastian, ela tenta de maneiras possíveis e impossíveis achar uma brecha na ligação de Jace e Sebastian. E isso se passa em vários locais, porque quando ela os encontra, eles estão em um navio, navegando por mares que até então, para os outros caçadores de sombras, não tem um paradeiro. Hora estão em um local da Europa no seguinte estão em um totalmente diferente e etc. Mas nem a clave nem seus amigos conseguem sabem onde Clary, Jace e Sebastian se encontram. Além de isso estar acontecendo, em New York e em Idris, a Clave e Alec, Magnus, Isabelle e Simon estão tentando achar formas de encontrar Sebastian, mas se a Clave o achar, as consequências serão drásticas, o que implica que machucará Jace também, e ninguém quer isso. Então além de Izzy, Simon, Alec e Magnus os acharem primeiros, eles também tem que ter uma forma de quebrar a ligação entre Jace e Sebastian. Tudo isso antes que a Clave os achem, e também precisam ser rápidos, pois não sabem o que está acontecendo nem o que acontecerá com Clary, que está nas mãos dos dois.
A mensagem principal do livro é enfrentar nossos medos para salvar quem amamos. E isso é provado quando Clary vai morar na mesma “casa” em que seu irmão mais velho, Sebastian, por acreditar que o verdadeiro Jace, o seu Jace, ainda estava lá, por baixo daquela máscara fria e indiferente que o está cobrindo no momento.
E enquanto Clary está com Jace e Sebastian, Isabelle e Jocelyn vão falar com as Irmãs de Ferro, para verem se elas podem ajudar a quebrar está ligação com os materiais que as é provido, o Adamas (que é o material divino que usam para fazer as estelas e as torres de Alicante), para tentar fazer uma arma que mate somente um, ou que separe-os. Mas infelizmente não há nada que as irmãs possam fazer.
E é ai que Cassandra se supera novamente. Como já vimos antes, em Cidade de Vidro, os Caçadores de Sombras precisam invocar ao Anjo Raziel, para ver se ele consegue fazer alguma coisa a respeito, separar Jace e Sebastian.
A história tem um incrível decorrer, com tudo interligado. Muito suspense e preocupações, confesso que em várias partes me escorreu uma lágrima, mas tudo é incrivelmente dosado e todas os ocorridos se encaixam perfeitamente no contexto.
Na minha opinião, este livro, por enquanto, foi o que a Cassie mais abusou de nós, leitores rsrs. Ela faz com que a cada momento tenhamos um sentimento diferente perante a história e trás cada coisa para nós que é inimaginável.
Cidade das Almas Perdidas é um penúltimo livro perfeito e que nos deixa mais e mais ansiosos para o grande e esperado desfecho desta incrível saga. Vários personagens secundários foram mais explorados neste livro, o que nos permite conhece-los melhor e como este livro é narrado em terceira pessoa, conseguimos ver o ponto de vista de todos os personagens. E esse que é o diferente, não fica só naquele mesmo personagem narrando, é algo por cima, terceira pessoa, mostra o ponto de vista de todos os personagens, conseguimos ver o que cada um pensa e isso é maravilhoso para conhecermos melhor esses personagens. Um exemplo deles são Maia e Jordan.
Vários personagens que amadurecem e entendem o correto e seus verdadeiros sentimentos, como por exemplo Isabelle Lightwood. Com Clary vemos o que podemos e o que não podemos fazer para salvar quem amamos. Com Alec e Magnus vemos que em uma relação precisamos ter confiança e etc. E é isso que Cassie nos mostra neste livro, que mesmo quando achamos que tudo está perdido, vale a pena nos arriscar e enfrentar nossos maiores medos, para salvar quem nós realmente amamos.