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Resenha: 1984, George Orwell

1984 vai narrar a história de Winston, um homem que vive em uma sociedade completamente dominada pelo Estado. Todas as pessoas de forma igualitária, cada um desempenha um papel para o desenvolvimento do local onde vivem. Porém, tudo e todos são observados pelo Grande Irmão, a grande figura do Partido político vigente na Oceania. Só que Winston começa à ver além do que lhe é mostrado e aí irá acordar para o que realmente existe no mundo em que vive.

Antes de mais nada, vou contar meu histórico com 1984. Eu já estava querendo ler esse livro faz muito, muito tempo, pois sempre que lia reportagens sobre distopias, ele era citado como uma das obras-primas do gênero e, claro, a curiosidade tomou conta do meu ser. Mas eu só vim ter a oportunidade de lê-lo para um trabalho de filosofia sobre moral e ética, coisas que são abordadas por Orwell durante o desenrolar da trama. E bem, eis me aqui para conversar sobre esse clássico da literatura contemporânea.

Gente, eu não sou nenhum sociólogo político, mas com certeza, 1984 me incentivou a pesquisar mais sobre os diversos sistemas políticos criados, principalmente o socialismo e o comunismo. Foi a partir dessa minha pesquisa e da leitura do livro que tirei minhas conclusões sobre a jornada de Winston. Vamos lá.

Com um começo um pouco confuso, 1984 introduz um leitor em mundo onde todos são vigiados 24 horas por dia. Partindo disso, a história já começa a ficar agonizante e sufocante pois a sensação de você ser vigiado em todos os momentos, até na ação mais íntima, é bem apavorante. Com esse início que já bota o leitor para se questionar o que é liberdade, vamos acompanhando o desenvolver da vida de um homem que começa a perceber que há algo de MUITO errado naquele ambiente em que vive. E, a partir disso, começa a se questionar e se atentar às diversas facetas do governo. O leitor também é instigado à se perguntar sobre os motivos de aquilo ser assim o que acaba o levando à uma imersão dentro da mente de Winston. E isso é uma das coisas mais legais no livro. Você ficar com os olhos do personagem.

Mas a melhor parte vem quando começamos à desconstruir o governo do Grande Irmão. Gente, não irei entrar em muitos detalhes, mas sério, a forma como Orwell mostrou o quão cruel e manipulativo o Partido era, foi incrível! Eu parei MUITAS, mas MUITAS vezes para refletir sobre aquilo que era me mostrado. Na maior parte das vezes eu tive o sentimento de repulsa por haver pessoas que acreditam e defendem na VIDA REAL o segmento político adotado pelo Grande Irmão. Realmente difícil ver defensores desse tipo política ainda nos dias de hoje, mas né…

Voltando à história, uma coisa admirável no livro é a forma como George criou o seu protagonista. Winston é complexo como qualquer ser humano. Ele também é muito cético sobre diversos assuntos sociais e políticos. Com certeza, um dos melhores “heróis” da literatura. Mas esse é o tipo de detalhe que vocês só podem ver lendo.

1984 foi um livro escrito para refletir. Pensar sobre a sociedade que vivemos, sobre as posições políticas que defendemos, sobre o que realmente é liberdade e sobre o que realmente significa lutar por um ideal. Além de tudo isto, Orwell alerta sobre vários assuntos que mesmo sendo da época em que foi escrito (1949), perduram até hoje. 1984 é um tapa na cara de todos, mas um tapa que todos precisamos levar.

Impactante, impressionante, revoltante e real, 1984 se consolida uma das obras mais influentes da humanidade, na minha opinião.

Antes de mais nada, ABAIXO AO GRANDE IRMÃO.

 

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