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Resenha: A Pequena Sereia e o Reino das Ilusões, Louise O’Neill

Sinopse: Esqueça as histórias sobre sereias que você conhece. Esta é uma história diferente — e necessária. E tudo começa no fundo do mar. Com uma garota chamada Gaia, que sonha em ser livre de seu pai controlador, fugir de um casamento arranjado e descobrir o que realmente aconteceu à sua mãe desaparecida.
Em seu aniversário de quinze anos, quando finalmente sobe à superfície para conhecer o mundo de cima, Gaia avista um rapaz em um naufrágio e se convence de que precisa conhecê-lo. Mas do que ela precisa abrir mão para transformar seu sonho em realidade? E será que vale a pena?

O livro A pequena sereia e o reino das ilusões é escrito por Louise O’Neill, na intenção de nos mostrar que a famosa história que tanto amamos de A pequena sereia retratada pela Disney não é bem uma história “bonita” e “feliz”.

A pequena sereia e o reino das ilusões nada mais é do que uma releitura bem planejada mantendo os traços sombrios do conto de fadas de Hans Christian Andersen para uma visão feminista.

Logo no início do livro já fica explícito o machismo, onde as mulheres são obrigadas a serem sempre lindas e comportadas, não podendo desejar (nem ao menos sonhar) em querer algo mais, tendo que se contentar com o pouco (quase nada) que lhe são oferecido, poder se casar (sendo casamento arranjado), é poder permanecer ao redores do Palácio do Rei dos Mares. Aquelas que ficam fora do padrão acaba sendo expulsas do lugar tendo que viver em Longemar, que é o lugar onde todos fora do padrão “os rejeitados” ficam.

Gaia é a mais nova entre as irmãs, e também a mais bonita, mas o que mais chama atenção de todos no reino é a voz doce e pura que ela tem, sendo assim dentro do padrão imposto pelo próprio pai. Mas o que ninguém esperava é que ela fosse se curiosa igual sua mãe, mas claro que nunca demonstrou isso pro seu pai com medo doque ele faria.

Tendo feito 15 anos pode subir pela primeira vez na superfície para conhecer, pensando sempre em sua mãe que foi raptada pelos humanos, e que foi considerada a única culpada por isso, por ter tanta curiosidade pelos humanos. Gaia escutava de seu pai que sua mãe abandonara a todos eles, mas Gaia não sabia em que acreditar.

Gaia subiu na superfície, e enquanto olhava acabou presenciando o navio dos temidos humanos (aqueles que raptaram sua mãe) que comemoravam algo, ela só observava de longe, até que uma tragédia aconteceu, pelo qual quase todos morreram, pois Gaia salvou um humano, aquele cujo nome era Oliver.

Depois de ter colocado ele na praia Gaia voltou, mas não esperava que fosse se apaixonar por ele, um humano, cujo havia tirado sua mãe de perto dela, mas acabou pensando nele a cada segundo, desejando estar ao lado dele.

Muitas coisas passam na cabeça de Gaia. Querendo se livrar da pressão machista ao seu redor, querendo se livrar de um casamento arranjado com um homem rude e velho, Gaia planeja fugir e ir em busca da oportunidade de viver um amor verdadeiro, e ter resposta sobre o paradeiro de sua mãe.

Será que Gaia conseguiu fugir ou foi impedida antes? Ela pode ir atrás de Oliver ou não conseguiu acha-lo? E será que descobriu o que aconteceu com sua mãe ou ficará sempre com dúvidas?

Muitas coisas á descobrir, que precisa de resposta. Descubra lendo o livro e depois deixe aqui o comentário sobre o que achou sobre ele!

Foi um livro que gostei muito, me levou a refletir e pensar que o que esta escrito no livro é real e por ai no mundo. Nós mulheres vitimas do machismo que sofremos tanto pela opressão dos homens e do “padrão de beleza”.

O livro nos leva a enxerga que o machismo esta em todo lugar (Reino subaquático e na superfície), nós mulheres que somos silenciadas todos os dias pelo fato de sermos mulheres, vista como frágeis e impotentes, uma versão fraca do que é um homem.

Nós mulheres não devemos nos deixar cair nas garras do machismo, não se permita ser silenciada, sejamos fortes e lutemos por nossa liberdade e felicidade.

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1 comentário

  • Responder Milênia Aquino 27/08/20 em 21:40

    Bom ver um livro que desmitifique e contradiz um conto de fadas, além de abordar um assunto que precisa pra ontem ser desconstruído.

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