Aconteceu neste domingo (24/02) a 91ª cerimônia de entrega do Oscar. As expectativas eram altas principalmente nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Atriz e a Melhor canção, já que a legião de fãs da Lady Gaga aclamava por Shallow. Como todo grande evento, não poderia faltar uma polêmica que ficou por conta de Kevin Hart e sua desistência do posto de anfitrião da noite após algumas piadas homofóbicas feitas no passado em redes sociais virem à tona.
Desde a criação da cerimônia, apenas 5 edições do Oscar ficaram sem um anfitrião: os vencedores de 1939, 1969, 1970 e 1971 foram anunciados por vários artistas, chamados de “Amigos do Oscar” – organização semelhante à deste ano. Em 1989, foi a última edição sem um anfitrião, quando o produtor Allan Carr tentou reinventar o Oscar por meio de números artísticos. Porém, isso não tirou o brilho da noite que teve alguns pontos altos que merecem ser destacados:
- Já começamos com o show de abertura feito pelo Queen e Adam Lambert como vocalista;
- Shallow sendo interpretada ao vivo com Lady Gaga ao piano e Bradley Cooper com seu violão deixou todos emocionados e sem palavras;
- Jason Momoa usando um terno rosa e dizendo que os tempos mudaram e um deus havaiano pode ficar ótimo de rosa nunca foi tão atual no Brasil quanto nos tempos que vivemos hoje;
- Assim como também o Javier Barden falando em espanhol para anunciar os indicados para melhor filme estrangeiro, destacando que nenhum muro pode separar o talento, nunca fez tanto sentido nos Estados Unidos;
- Descer no meio da plateia como se estivesse flutuando em um guarda-chuva para anunciar a canção do filme O retorno de Mary Poppins, que concorreu ao prêmio de Melhor Canção, é necessário? No Oscar, sim. E faz toda a diferença;
- Pharrell Williams usando um terno de bermuda não será esquecido tão cedo;
- Spike Lee pulando em cima do Samuel L. Jackson ao ganhar o prêmio de melhor roteiro adaptado por Infiltrado na Klan, também não;
- Melissa McCarthy com um vestido cheio de coelhos com direito até a uma luva de coelho que se mexia enquanto ela falava ao anunciar os indicados de Melhor Figurino, muito menos;
- Barbra Streisand em sua aparição especial fazendo referência ao seu papel na versão de Nasce uma estrela de 1977 mostrou que uma rainha nunca perde a majestade;
E, mesmo com todo o esforço, a sensação que ficou ao assistirmos o encerramento feito de forma aparentemente improvisada pela Julia Roberts, é que a falta de um anfitrião deixou um buraco que não conseguiu ser preenchido e que, no fim, aquelas piadinhas que parecem não servirem para nada fazem toda a diferença.
Confiram os vencedores do Oscar 2019:
Melhor filme: Green Book – o guia
Melhor diretor: Alfonso Cuarón – Roma
Melhor ator: Rami Malek – Bohemian Rhapsody
Melhor atriz: Olivia Colman – A Favorita
Melhor ator coadjuvante: Mahershala Ali – Green Book: O Guia
Melhor atriz coadjuvante: Regina King – Se a Rua Beale Falasse
Melhor animação: Homem-Aranha no aranhaverso
Melhor filme estrangeiro: Roma – México
Melhor roteiro original: Green Book – o guia
Melhor roteiro adaptado: Infiltrado na Klan
Melhor trilha sonora: Pantera Negra
Melhor canção original: Shallow – Nasce uma estrela
Melhor documentário de longa-metragem: Free Solo
Melhor mixagem de som: Bohemian Rhapsody
Melhor edição de som: Bohemian Rhapsody
Melhor curta de animação: Bao
Curta-metragem live action: Skin
Melhor documentário de curta-metragem: Period. End of Sentence.
Melhor edição: Bohemian Rhapsody
Melhor direção de arte: Pantera Negra
Melhor fotografia: Roma
Melhor efeitos visuais: O Primeiro Homem
Melhor figurino: Pantera Negra
Melhor maquiagem e penteados: Vice