Autorais

Autorias: Mas tudo bem… por Rodrigo Batista

Eu olho a noite, ela me traz tantas lembranças. Lembro do primeiro dia que nos falamos, foi à noite. Varamos a madrugada, sentimos a brisa noturna um no outro. Acordamos já com o celular na mão para conversar, para dizer um bom e sonoro bom dia, para falar de como era incrível o fato de ter nos conhecido. Desde muito tempo eu não sentia um carinho tão grande por alguém, uma vontade insana de ter uma pessoa por perto. Uma pessoa que mesmo falando de coisas idiotas tornava aquilo em algo inteligente e poético. Pode parecer até uma história saída de algum folhetim das 6 ou das 7, bobinho mas no fundo, intenso.

Posso parecer um completo tolo digitando isso para esse alguém que sequer vai ler todos os meus sentimentos. É trágico mas revigorante. Se um dia a pessoa para quem escrevo ler todo esses sentimentos quase saídos de um dramalhão mexicano, irá rir, olhar para a tela e dizer: por que fui me envolver logo com alguém assim? Não me importo, a única coisa que me importa agora é dizer que tudo o que passamos foi incrível, triste em alguns momentos, mas incrível.

É impressionante o quanto o ser humano passa por transformações quando está com alguém. Eu fui transformado de uma forma irreversível, estranho, não? Isso é o que o amor faz com as pessoas. Torna-as irreconhecíveis. Não me arrependo de ter me tornado outra pessoa, aliás, precisamos mudar constantemente, não é? O problema é quando mudamos mas com a mudança a marca da pessoa vem e fica em você. O relacionamento, a amizade, o vínculo acabam mas a pessoa continua dentro da sua alma. Vai entender esses mistérios da vida. Mas tudo bem, um dia superamos essas peripécias da vida…

E como dizia a música:

Não há salvação para mim agora
Nenhum espaço mais entre as nuvens
E eu sinto que eu estou indo para baixo
Mas tudo bem …
Tudo bem …

Anterior Seguinte

Você também pode gostar de...