Muito se fala sobre a “Lei do Karma” nas músicas, nos filmes e até mesmo nas conversas corriqueiras do dia a dia. Mas, afinal, do que se trata o “famoso” karma? Pintado como algo fatalista, que só existe para punir as pessoas, ele é visto sob uma ótica religiosa de crime e castigo.
É verdade que o conceito de karma está em várias religiões, com denominações diferentes. Na Bíblia, se diz “Aquilo que você planta é aquilo que você colhe, aquilo que você dá é aquilo que você recebe”; no Alcorão, “Receberás retribuição e pagamento por tudo o que fizeres”; no Budismo “Todo homem, pela ação infalível do karma, recebe na exata medida tudo o que lhe é devido, tudo o que ele merece, nem mais nem menos. Nenhuma ação benéfica ou maléfica, por mais insignificante que seja, por mais secretamente que praticada, escapa à balança precisamente equilibrada do karma”. Mas ele não precisa ser visto somente como punição. Porque no fundo, ele não é fatalista.
O karma se baseia unicamente na causa e no efeito, aplicada a um indivíduo ou a um grupo de indivíduos. Quando você faz algo, isso retorna para você, seja bom ou seja ruim. Não tem como plantar arroz e colher trigo, por exemplo. No entanto, quando algo é feito intencionalmente, acredita-se que o efeito kármico é multiplicado por dez, de forma gradativa, autodeterminada e autodirigida. Isso implica numa responsabilização por alguns (não todos, obviamente) acontecimentos em sua vida. Você é responsável pelas suas atitudes, palavras e alguns pensamentos (não por pensamentos intrusivos).
O grande erro das pessoas que trabalham com energias, assim como eu trabalho, é culpar a vítima quando ela não é culpada. Explico: existem coisas na vida pelas quais somos responsáveis – toda escolha gera uma reação e terceirizar isso é tirar nossa responsabilidade. Culpar o mundo é sempre mais fácil. No entanto, existem acontecimentos que são simples fatalidades e casualidades e não devem ser considerados efeitos kármicos. Eu fico doido quando vejo alguém falando que outra pessoa tem determinada doença só por efeitos kármicos, por exemplo. Não é bem assim, nem tudo é oito ou oitenta.
Basta entender que para uma boa convivência entre as pessoas, é preciso não fazer ao outro o que você não gostaria que te fizessem, porque a justiça é o seu escudo. Se você quer cordialidade e harmonia, precisa ser cordial e educado com as outras pessoas. Se você quer prosperidade, pratique a caridade. Fazer boas ações para aliviar o sofrimento de outros seres vivos é uma boa forma de usar a Lei do Karma a seu favor. Dê o que você deseja receber. Dê dinheiro para nunca faltar dinheiro, dê comida para nunca faltar comida, dê atenção para que nunca te falte atenção etc.
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