Viajar é uma experiência incrível. Você tem a oportunidade de conhecer novos lugares, novas pessoas, idiomas diferentes, enfim! Muitas coisas que certamente irão te fazer crescer e desfrutar dos momentos da vida de um modo muito especial. E se fazer um intercâmbio por si só, já é uma experiência sensacional, imagina fazer um intercâmbio junto com um amigo compartilhando alegrias, medos, inseguranças e claro, todos os momentos únicos e especiais de estar em um país desconhecido e completamente novo.
É fato que muitos intercambistas sentem falta da família e dos amigos quando viajam e realmente, estar em um lugar completamente diferente, com pessoas com culturas e hábitos distintos acaba se tornando um baita desafio. “Realizar um intercâmbio, apesar de ser maravilhoso, acaba gerando ansiedade, preocupação e até medo. Porém, isso é normal, afinal, morar em outro país completamente diferente do seu, não é só um mar de rosas” – explica à empresária, especialista em intercâmbio Arleth Bandera. “Por isso, estar com um amigo num momento como este, pode sim deixar o processo de adaptação mais leve” – resume a CEO da Eagle Intercâmbio, agência sediada no Vale do Silício (Califórnia).
Além disso, a grande vantagem de viajar com um amigo é a possibilidade de dividir os gastos. Nesse sentido, todo mundo economiza. “Se todos se organizarem bem, será possível criar um planejamento financeiro e fazer passeios que podem ser inesquecíveis, dividindo alimentação, transporte” – pontua. Outra vantagem, de acordo com a executiva é que ao lado de um amigo é possível amenizar os momentos de saudade, e ter alguém para desabafar em qualquer circunstância é sempre algo bom. Outra vantagem é ter alguém que fale o mesmo idioma que você por perto, o que pode gerar um sentimento de maior confiança.
Mas, nem tudo são flores! É claro que dividir experiência com alguém é fantástico, mas se o seu objetivo é focar nos estudos, talvez esse não seja o momento ideal para viajar ao lado de um amigo, de acordo com a especialista. “Se o seu objetivo é aprender um novo idioma, por exemplo, não é uma boa ideia estar ao lado de alguém falando português a todo momento, isso pode te deixar preguiçoso. Além disso, uma das principais vantagens do intercâmbio é o contato com a cultura nativa. Seja na hora de praticar a língua ou assistir aquele jogo típico da região. Quanto mais tempo você passa com o amigo brasuca, menos contato você tem com a verdadeira cultura local” – aponta.
E, ainda segundo Arleth Bandera, viver os perrengues também faz parte da vida e do processo de evolução. “O intercâmbio nos proporciona autoconhecimento. Aquele momento de pânico perdido no metrô, ou aquela tarde que você passou sentindo falta da família… tudo isso te trará boas reflexões alguns meses depois, que talvez você não teria aprendido se estivesse com um amigo a tira colo” – destaca. Além do aprendizado, uma das melhores coisas que você leva para a sua temporada de estudos na gringa são os novos amigos e talvez, o amigão das antigas pode dar uma empacada na hora de socializar.
O fato é que, não existe certo e errado em decidir viajar sozinho ou acompanhado, mas é importante saber que viajar junto é quase como um casamento temporário, é preciso acordo e compromisso para funcionar. Por isso, se você for realizar um intercâmbio em dupla, Arleth te desafia a fazer você mesmo às seguintes perguntas: “Eu gostaria de morar com esse amigo?” “O que eu espero dessa viagem?” “O que o meu amigo espera?” “Nós gostamos dos mesmos programas? Temos uma rotina parecida?” “Será que passar o tempo todo com um conhecido não impedirá que eu aproveite ao máximo a cultura local” e só depois destas respostas, decidir em seguir com ele ou em carreira solo.
O essencial, como tudo na vida, é o diálogo entre os envolvidos. “Se você e seu amigo estiverem na mesma página, com certeza a viagem vai aproximar muito vocês e vocês terão – além de fotos lindas – histórias ótimas para contar, se não, quando você voltar, terá muito assunto para colocar em dia com ele” – finaliza Arleth Bandera.
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