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Entrevista: George R.R. Martin comenta sobre novo livro e manda mensagem a fãs ofensivos

Em entrevista recente, o autor de Crônicas de Gelo e Fogo, série de livros que deu origem ao seriado Game Of Thrones da HBO, comentou sobre o novo livro, que será lançado em breve, Os Ventos do Inverno, e mandou um recado especial para aqueles que dizem que ele morrerá antes de terminar de escrever. Confira abaixo a matéria feita pelo pessoal do Game Of Thrones Brasil:

“I find that question pretty offensive. So fuck you to those people” (acho essa pergunta bastante ofensiva. Então mando um foda-se para essas pessoas). Foi essa a resposta que George mandou quando perguntado por um jornalista suíço da Tages-Anzeiger o que ele achava das pessoas que dizem que ele escreve muito devagar, e especulam sobre sua saúde e até uma provável morte vindoura por ele já ter mais de 65 anos.

Na entrevista, Martin também falou sobre fãs que reclamam quando ele frequenta eventos, como jogos de futebol, exibições, ou quando ele viaja. George apenas escreve quando está em casa, então ele não irá finalizar o livro em hotéis. Ou em algum trem. Ou em um avião. Portanto, sempre que ele estiver longe de casa, ele não estará escrevendo (e por conta de compromissos publicitários para da série da HBO, ele fica muitas vezes longe de casa). Martin conta que escreve profissionalmente desde 1971 e que é em casa que ele gosta de trabalhar. Agora imagine você não poder sair de casa sem ouvir que deveria estar escrevendo ao invés de viver e aproveitar o sucesso que sua própria série de livros proporciona?

E não. Mas uma vez ele diz que não sabe quando o próximo livro estará pronto, embora ele tenha admitido na entrevista que atualmente tem escrito mais lentamente. Ele diz que parte disso é por conta da sua idade, mas também por causa da série Game of Thrones, os projetos spinoffs, e ter que falar com jornalistas todo o tempo.

No entanto, como ele já observou dezenas de vezes antes, ele sabe como a série de livros vai acabar, e já contou tudo para David Benioff e Dan Weiss (criadores da série da HBO). E que, sabendo como isso vai acabar, David e Dan não necessariamente precisam seguir a conclusão de Martin. Ele vendeu os direitos para a HBO, as vezes é consultado e até escreve um episódio a cada temporada. Mas ele não tem tem voz ou responsabilidade pelo que a HBO irá fazer com a série daqui para frente.

Ele também falou com bastante propriedade sobre as frequentes comparações a Tolkien, a quem ele considera com carinho um escritor que tinha propriedades em certos aspectos de narrativa que ele não tem, como ser um excelente linguista por exemplo. Sobre escrever fantasia e ficção científica, ele diz ser uma das formas mais antigas de criar literatura, e que ele sempre pensa nas palavras de William Faulkner quando pensa em seu trabalho: ‘The only thing worth writing about is the human heart in conflict with itself’. Por isso, no fundo, o gênero a que um livro se refere precisa ser apenas um pano de fundo para temas humanos que sejam realmente fascinantes.

Sobre seus escritores favoritos, ele cita Tolkien (a quem ele relê a cada dois ou três anos religiosamente), The Great Gatsby de F. Scott Fitzgerald a quem ele também relê frequentemente, e ele também cita as antologias que edita ao lado do amigo Gardner Dozois (Ruas Estranhas, Rogues, Dangerous Women, Warriors, etc) que possuem uma maneira plural de contar histórias misturando gêneros e fazendo as pessoas se interessarem por corredores novos quando visitam uma livraria.

Por fim o jornalista o questiona sobre o filme Casablanca, que George considera formidável por ter frases de efeitos e diálogos cheios de camadas e uma noção de amor versus dever que ele particularmente gosta de ver.

Você pode conferir a entrevista completa em vídeo, clicando aqui.

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