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Crítica: Homem-Aranha: Longe de Casa (2019)

Dando sequência aos acontecimentos presentes em Vingadores: Ultimato, o Universo Cinematográfico Marvel dá prosseguimento a sua linha do tempo em Homem-Aranha: Longe de Casa, dessa vez, levando Peter Parker (Tom Holland) bem longe de sua vizinhança. Lidando com o luto pela morte de Tony Stark, Peter lida com o peso de ser visto como substituto do Homem de Ferro e começa a sentir as dificuldades que a vida de um super-herói em tempo integral pode trazer. De forma leve – e cômica em alguns pontos – o filme demonstra como a população mundial reagiu após a volta daqueles que haviam sido apagados pelo “blip” de Thanos.

Em um contexto geral, Homem-Aranha: Longe de Casa consegue demonstrar muito bem a evolução e amadurecimento de Peter, porém, sem esquecer que até mesmo pela idade do personagem (16 anos), tais mudanças vêm acarretadas de negações, pontos altos e descidas. Veja bem, você pode evoluir o seu psicológico e achar que chegou ao patamar de adulto responsável, mas, eventualmente irá ser ingênuo e cair em alguma armadilha por não ter a bagagem que a “vida adulta” exige. E este é o ponto alto do filme, quando podemos notar claramente os dilemas que o amigo da vizinhança passa aqui. A negação em se tornar um super-herói e querer se manter como um adolescente comum, até o momento em que aceita sua função e em um momento de desespero, confia na pessoa errada.

A chegada de um novo super-herói, Quetin Beck/Mysterio (Jake Gyllenhaal) – diretamente dos quadrinhos – mexe diretamente com as expectativas de Peter, que imagina ter um novo amigo ou mentor. A falta de crença em si mesmo faz inclusive que Parker tenha a esperança de poder transferir toda a sua responsabilidade para o recém-chegado, que é o ato bem ingênuo que falamos anteriormente. Importante dizer aqui, que as cenas de lutas e combates que Mysterio e Homem-Aranha travam juntos, combatendo “novas ameaças” são bem surpreendentes – achei inclusive melhor que muitos outros filmes do Universo Marvel.

Enquanto isso, os avanços entre Peter e MJ (Zendaya) são muito bem trabalhados. A moça inclusive parece estar ainda mais ácida neste filme, o que é excelente pois parece se equilibrar com todo o lado “fofo” de seu parceiro.

Homem-Aranha: Longe de Casa se mostra muito superior e mais interessante que o seu antecessor, De Volta ao Lar. Mas, infelizmente, preciso dizer que as melhores cenas deste filme estão em suas duas cenas pós-créditos. Acredite, elas vão fazer que a gente aguarde ansiosamente pelo terceiro filme da franquia.

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