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Crítica: Amador (2018)

SINOPSE: Ao ser recrutado para uma escola preparatória de elite, um fenômeno do basquete de apenas 14 anos se depara com o ambiente corrupto e ganancioso do esporte amador.

É preciso que o verdadeiro sentido da palavra amador seja entendido, para que possa haver um entendimento da conexão que há entre história e título. A palavra Amador não é, como muitos pensam, um adjetivo que podemos usar para definir alguém inexperiente. A palavra, em sua verdadeira essência, se refere à alguém que ama algo, que anseia por algo.

No filme podemos conhecer a história de Terron Forte (Michael Rainey Jr), um garoto de quatorze anos que é apaixonado pelo basquete. Além de se destacar por suas habilidades no esporte que ele tanto ama, o jovem Terron também se diferencia por sofrer de um transtorno de aprendizagem chamado discalculia.

A discalculia é uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender e manipular números. Ela ocorre em pessoas de qualquer nível de QI, mas significa que têm frequentemente problemas específicos com matemática, tempo, medida, etc.

Terron tem uma mãe professora, e um pai que é ex-atleta. Nia – a mãe – tenta ao máximo entender e contornar o problema do filho com a aprendizagem, enquanto o pai – Vince – está sempre incentivando que o filho siga carreira no basquete, que ele vê como u único modo de saírem da pobreza.

A história desperta um novo olhar para os problemas à nossa volta, nos faz enxergar que as pessoas não são boas em tudo – como Terron, que é um ótimo atleta mas um aluno não muito bom.

É feita também uma crítica ao esporte norte-americano quando um colega de Terron diz “Nós jogamos para as marcas e nada mais.”.

O filme Amador toca por sua história interpretada de forma simples e realista. Ele talvez pareça só mais um filme sobre um garoto pobre, que deseja subir na vida e passa por muitas dificuldades para isso, mas não é. É um filme que trás lições, que nos ensina à olhar de uma forma diferente para o outro, e também à nos esforçarmos para superar nossos problemas.

Amador sem dúvidas foi um grande acerto da Netflix, e é um filme que vale muito à pena.

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3 comentários

  • Responder ana silva moraes 18/12/22 em 14:46

    bom eu nao acho que o filme seja o suprassumo do pop mas a construçao e evoluçao dos personagens sao otimas principalmente quando se trata de um documetario generico ficticio

  • Responder Eunice Santos 02/07/18 em 19:50

    Uma tarde recebi uma mensagem de uma amiga pedindo que assistisse o filme e analisasse alguns pontos relevantes que tinha sido identificado com sua trajetória escolar. O filme pode até tratar de superação, mas não foi isto que chamou sua atenção. Fazendo uma analise em outra perspectiva, agora apresentando as dificuldades enfrentadas pelo personagem Terron, seu pai e sua mãe. O filme apresenta uma riqueza de temas que deveria ser levado em consideração, não somente a questão do desejo de ser jogador de basquete e toda situação que apresentam para alcançar tal objetivo. O filme trabalha brilhantemente a questão dos transtornos de aprendizagens, apresentando a discalculia (transtorno de aprendizagem caracterizada por uma inabilidade ou incapacidade com processos que envolvem números ou conceitos matemáticos, mas sem comprometimento da inteligência. A riqueza não está em referir a discalculia, mas sim em todo contexto trabalhando no decorrer da trama. O que então minha amiga identificou com sua história de vida? Ela é portadora de TDA ( Transtorno de Déficit de Atenção). A dificuldade de ser diagnosticada, os prejuízos acarretados no período escolar , as criticas , os excessos de emoção e pouca razão. O pai de Terron também é portador do transtorno de aprendizagem, desorganização, dificuldade financeira, constante mudança de emprego, desatenção com datas, contas atrasadas, alugueis sem pagar, relação amorosas conturbada, dentre outros sintomas apresentados pelo pai, até a organização do uso de medicamentos. A importância da mãe como sustentação para Terron e um lugar (casa) que apresenta um espaço organizador de suas ideias . O autor mais uma vez brilhou ao colocar a mãe como professora. Ela ajuda o filho a se adaptar sua realidade a partir de si mesmo, as técnicas usadas para amenizar os prejuízos causado pelo transtorno dele. Uma cena a mãe condiciona a ida do filho para o time, se o técnico arrumasse professores especializados para ajuda-lo nas questões escolares. Este pedido foi ignorado . Uma questão enfrentada por muitas famílias hoje em dia. Uma voz ainda difícil de ser atendida. Enfim, indico o filme a todos que também conseguem fazer esta analise e desenvolverem melhor do que eu sua observação, a toda família, portadores de algum tipo de transtorno de aprendizagem. Minha amiga é portadora de TDA, mas tem outros como TDAH ( consideram mais fácil de diagnosticar por causa da hiperatividade ) não sei se para uma mãe é tão simples assim, porque até ser diagnosticada mesmo, ja ouviu muito da falta de educação de seu filho outro exemplo a Dislexia … não sou especialista no assunto , mas o pouco que sei já foi o bastante para perceber a importância de tratarmos essa questão. As habilidades, a inteligência não são comprometidas , sofrem por serem visto como capazes de realizar muito mais que estão oferecendo, porém a dificuldade de concentrar e outro sintomas são impeditivos de conseguirem sozinhos . Geralmente são indicado aos portadores que pratiquem esporte, onde obtem resultados bem satisfatórios. A família , os professores, profissionais especialistas podem ajuda-los , orientar fazendo com que desenvolvam em potencial seus recurso intelectuais , pois sabemos que o cérebro é plástico. Excelente filme.

    • Responder annya 24/04/20 em 07:45

      oi, amei sua resposta, sobre o enredo do filme, mas gostaria de corrigir somente uma parte, o pai do Terron sofre de um transtorno provindo do futebol americano,( assista o filme um homem entre gigantes com o will smith) , eu tenho TDAH ( sem um diagnostico formal, justamente pela dificuldade de se diagnosticar) mas de certa forma tenho sorte, por que minhas tendencias por causa do transtornos não são grandes ao ponto de ter que me medicar, e só afetam principalmente meu senso social, (apesar de eu ter sérios problemas de concentração), assim comumente esqueço de coisas em que não consegui literalmente ouvir pois minha cabeça trabalha rapidamente, e me tira do foco.
      muitas coisas realmente deveriam ter sido abordadas no texto acima, mas se considerar que a maioria das pessoas que procuram esse texto a favor do filme, só precisam da informação rasa, para decidir se irão ver o longa metragem, um texto muito extenso traria desinteresse.
      novamente digo que amei tudo o que disse sobre o enredo , pois todos os assuntos que abordou, são sinceramente interessantes, e verídicos, além de que ostra a realidade de muitos.

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