O Rock in Rio mal acabou e já deixou saudades. Os sete dias de shows, divididos em dois finais de semana, reuniram milhares de pessoas nos diversos palcos da Cidade do Rock que fizeram da edição de 2019 uma das mais inesquecíveis. Num evento tão grandioso, muitas atrações acontecem ao mesmo tempo e se você deixou passar alguma coisa, não tem problema! Confira agora nossa lista para saber como foi o último fim de semana Rock in Rio 2019:
A força da música nacional
É sempre bom ver que mesmo em meio a tantas atrações internacionais, nossos artistas continuam arrastando multidões. Durante todo o evento, diversos cantores brasileiros marcaram presença nos palcos do Rock in Rio e nesse final de semana não foi diferente.
O rapper Xamã reuniu um público acalorado no Espaço Favela, cantando parte de seus hits que já tem mais de 2 milhões de ouvintes apenas no spotify. Sua apresentação teve direito a homenagens a Chorão, ex-vocalista do Charlie Brown Jr, críticas ao atual governo e até mesmo uma batalha de rap com participação de fãs.
Com uma participação mais polêmica, os Paralamas do Sucesso, veteranos do festival, abriram o sétimo dia do Palco Mundo abordando temáticas politicas e um discurso mais duro em relação ao país. Em algumas de suas canções, o telão exibia imagens de líderes como Raoni, Matin Luther King, Mandela e até mesmo uma imagem de uma criança, com a citação “- balas + amor”.
No Palco Sunset, Lulu Santos fez valer sua participação e entregou uma ótima apresentação ao público. Num dueto com Silva, cantor e multi-instrumentista, interpretaram alguns covers que empolgaram a galera e, posteriormente, uma vez com o palco só para si, Lulu embalou hits como “Tempos modernos” e “Toda forma de amor”, que foram acompanhados em coro pela multidão.
Anitta
Impossível falar do poder da representação nacional e deixar de lado a participação da maior cantora de funk do país. Anitta demorou para chegar aos palcos do festival, mas fez isso em grande estilo. Trazendo a essência do funk que a tornou famosa, a cantora cantou e rebolou no Palco Mundo, abrindo a noite de sábado.
Poderia ter sido headliner, com toda certeza. Ainda assim, ao som de hits como “Vai Malandra”, “Show das Poderosas”, “Sin Miedo” e “Bang” conseguiu embalar a multidão. O cenário para seu show foi inspirado na produtora Furação 2000, equipe que apoiou a cantora para dar seus primeiros passos profissionais.
Mesmo que os organizadores do Rock in Rio tenham resistido a presença do funk no festival, é inegável que a presença de Anitta é um marco dessa mudança de postura e abre inúmeras possibilidades para os próximos anos do evento.
Pouco depois de se apresentar, Anitta voltou aos palco para cantar ao lado do Black Eyed Peas. A banda já não está mais em seu auge, principalmente depois da saída de Fergie, que em 2017 também se apresentou na Cidade do Rock.
Ainda assim, o grupo conseguiu manter o público empolgado, embalando boa parte de seus hits como “Let’s get it started” (com Will.i.am descendo de tirolesa enquanto cantava), “Boom boom pow” e “Pump it” – “Wheres is the love” também fez a multidão cantar, mas o tom lento da música fez a apresentação diminuir o ritmo.
A participação de Anitta ao cantar “Don’t lie” e “eXplosion”, recém lançada em parceria com o grupo, foram essenciais para manter o show em alto nível, encerrando a participação da banda com o certeiro “I gotta a feeling”.
Nickelback
Seu vocalista, Chad Kroeger, não estava totalmente recuperado após ser diagnosticado com cistos na garganta, e sua voz falhou em canções como “Far Away”, fazendo com que a platéia precisasse cantar um trecho ou outro de algumas das músicas. Ainda assim, a banda de “pós-grunge romântico” mostrou boa forma ao voltar aos palcos do Rock in Rio, após sua apresentação em 2013.
Carregando a alcunha de banda mais odiada do mundo, a Nickelback vendeu mais de 50 milhões de álbuns no mundo, sendo o artista com maior público nessa faixa de horário do Palco Mundo.
Imagine Dragons
Sendo a banda de rock mais ouvida no Brasil, pelo spotify, a Imagine Dragons entregou um show bastante imponente ao público, com planejamento e execução impecáveis. Seus hits embalaram a multidão, contando com chuvas de papel picado e os refrões bem afinados.
Sendo a quarta passagem da banda pelo país, o que surpreendeu no show foram os vários discursos que falaram desde a conexão de Dan Reynolds com o Brasil até abordarem temas mais pesados como depressão, ansiedade e suicídio.
P!nk
Por fim, ao fechar o sexto dia do festival, Pink entregou uma das melhores apresentações de todo o evento.
Chegando pendurada em um enorme lustre, a cantora dispensou apresentações em sua primeira passagem pelo Brasil e impôs seu estilo assombroso para o público engajado. Com 40 anos de vida e metade disso dedicados a carreira musical, Pink alternou o setlist entre músicas mais recentes, de seus dois últimos álbuns, com parte de seus hits que bombavam na MTV dos anos 2000.
Sua apresentação contou com uma série de efeitos muito bem produzidos que encantaram o público, mas toda a sua intensidade também deu espaço para momentos de emoção, como para pegar presentes dados pelos fãs e até comentar um pedido de casamento feito na platéia.
Para encerrar com chave de ouro, Pink voou sobre a multidão presa por cabos de aço, ao som de “So what”, um dos hits que melhor carrega sua imagem de cantora rebelde e mulher empoderada.
E aí, gostou de saber como foi o último fim de semana Rock in Rio 2019? O que você achou dessa edição? Qual final de semana foi melhor? Que apresentação vai ficar marcada na história do evento? Nós do Beco já estamos sentido falta do festival e mal podemos esperar para cobrir a próxima edição!
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