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Resenha: A Batalha do Labirinto, Rick Riordan

Percy está prestes a começar o ano letivo em uma nova escola. Ele já não esperava que essa experiência fosse lá muito agradável, mas, ao dar de cara com cheerleaders monstruosas e mortas de fome, vê que tudo, sempre, pode ficar ainda pior.

Nesse quarto volume da série, o tempo está se esgotando e a batalha entre os deuses do Olimpo e Cronos, o Senhor dos Titãs, fica cada vez mais próxima. Mesmo o Acampamento Meio-Sangue, o porto seguro dos heróis, se torna vulnerável à medida que os exércitos de Cronos se preparam para atacar suas fronteiras, até então impenetráveis. Para detê-los, Percy e seus amigos semideuses partirão em uma jornada pelo Labirinto, um interminável universo subterrâneo que, a cada curva, revela as mais temíveis surpresas.

                                                                CONTÉM SPOILERS!

Percy Jackson visita sua nova escola, a Good, antes de ir ao Acampamento Meio-Sangue. Lá ele percebe que vai ter problemas quando vê Rachel Elizabete Dare (a mortal que enxerga através da Névoa e que o ajudou em “A Maldição do Titã”). Percy e Rachel são atacados por líderes de torcida, que na realidade, são em pousas, aliadas de Luke. Percy consegue matar a estagiária Tammi, mas Kelli escapa e põe fogo na escola. Paul Blofis, padastro de Percy e seu professor assiste a cena, mas Percy encontra Annabeth e Rachel diz para os dois fugirem enquanto dá um jeito de resolver o problema.

Os dois vão para o Acampamento Meio-Sangue. Lá Percy descobre que tropas de Luke estão sendo enviadas para o Labirinto de Dédalo. Durante uma atividade do acampamento Percy descobre uma entrada para o labirinto e conclui que Luke irá usá-la para invadir o acampamento.

“No labirinto sem fim você deve entrar na escuridão
O morto, o traidor e o desaparecido se erguerão
Pela mão do rei fantasma se erguera ou cairá
O último ato da criança de Atena acontecerá
Com o último suspiro de herói será destruído
Pior que a morte um amor será para sempre lembrado.”

Annabeth recebe uma missão, a profecia é revelada pelo Oraculo e leva Percy, Tyson e Grover com ela. Além de ajudar na missão do labirinto, Grover deve trazer provas sobre o deus perdido, Pã para que o Conselho dos Anciões do Casco Fendido o deixem ainda como buscador. O objetivo da missão é convencer Dédalo a não entregar a Luke o fio de Ariadne (um meio de se orientar pelo labirinto).

Diante desta jornada dentro do Labirinto de Dédalo, Cronos descobre que Nico di Angelo é um filho de Hades e poderia ser a criança da profecia. Luke chega à Dédalo e consegue o fio de Ariadne. Usando este instrumento mágico, ele lidera seu exército e ataca o acampamento. Grover vem ao salvamento e provoca um pânico para afastar o inimigo. Depois da batalha, Dédalo sacrifica-se para fechar o Labirinto, que é ligado à sua vida.

Na opinião dos leitores esse foi talvez o volume que Riordan mais intricou a história do mito com a trama. A inventividade de Dédalo para esse volume casou perfeitamente com o momento da guerra contra Cronos.

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Resenha: Traída (House Of Night 2), P. C. Cast e Kristin Cast

Zoey se estabelece na Morada da Noite. Finalmente sente-se incluída e aprende a controlar os seus poderes. Agora ela supera novos desafios, luta contra a morte que se abate sobre adolescentes humanos e sobre a própria Morada da Noite e, de repente, percebe que seu coração e sua alma acabam de ser partidos por uma grande traição.
Nesse segundo livro da série House of Night depare-se com novos mistérios, surpreendentes emoções e muita sensualidade.
House of Night é um dos maiores sucessos da atualidade nos Estados Unidos com mais de 3 milhões de livros vendidos em todo o mundo. O primeiro livro, Marcada, vendeu mais de setecentos mil exemplares nos Estados Unidos e já foi reimpresso 28 vezes.

Antes de começar a resenha, devo dizer que este livro foi meu recorde, no quesito de rapidez. Li em quatro horas, totalmente afoito para saber o que aconteceria nas próximas páginas.

Após derrotar sua inimiga Aphrodite, salvar Heath dos fantasmas bebedores de sangue do Ritual da Lua Cheia, Zoey está, pelo menos em partes, ciente que seu poder é bem maior que qualquer outro novato. E assim, ganha uma grande popularidade e admiração dos outros estudantes e conquista até mesmo olhares do poeta laureado da Morada da Noite, Loren Blake.

A garota também aprende a manusear seus poderes com os cinco elementos, e estreita mais seu círculo de amizades com a horda de nerds, já que cada um dos seus amigos parece ter uma afinidade e assim, juntos são extremamente poderosos.

Espírito. Ó espírito livre e selvagem, em nome de Nyx eu vos invoco a mim! Responda-me! Fique comigo durante este poderoso ritual e conceda-me o poder da Deusa!

No entanto, nem tudo são flores: Zoey mantém um caso com o vampiro Erik Night, carimbou seu ex-namorado humano, Heath e ainda tem que lidar com Loren! Em pouquíssimo tempo, a garota tem três rapazes caídos aos seus pés e sua indecisão a respeito de escolher apenas um deles, é cada vez mais difícil. Além disso, Aphrodite ainda está a solta, tendo visões extremamente aterrorizantes, e uma série de assassinatos com humanos está acontecendo e toda a suspeita passa a cair sobre a Morada da Noite de Tulsa, já que os cadáveres são encontrados drenados e com fortes marcas por todo o corpo.

O ápice do enredo começa com Zoey investigando cada vez mais fundo o que realmente está acontecendo, com muitas pessoas em seu caminho tentando confundi-la, além de uma série de segredos que vem a tona, mexendo com o emocional da nossa protagonista e do leitor, já que aquela “mãezona”, a mais bondosa de todas, a sacerdotisa Neferet, não é o que aparenta ser…

Eu busco força, não para ser maior que os outros, mas para lutar contra meu maior inimigo, que é a dúvida dentro de mim mesma.

Com revelações em cada parágrafo, as autoras conseguiram, com toda certeza, criar um enredo maravilhoso para o segundo livro da série, que termina em mistério e, em meio aos romances, ações, e muitos momentos de terror, Zoey descobre quem realmente é leal a ela e seus poderes, e arruma forças que não sabia da existência, com a ajuda da sua vó, extremamente sensitiva e intuitiva, e finalmente entendemos o verdadeiro significado da profecia de Nyx apresentada anteriormente, “Nem sempre a luz representa o bem, assim como nem toda escuridão representa o mal.”

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Resenha: As Crônicas de Nárnia – O Sobrinho do Mago, C. S. Lewis

A aventura começa quando Digory e Polly vão parar no gabinete secreto do excêntrico tio André. Ludibriada por ele, Polly toca o anel mágico e desaparece. Digory, aterrorizado, decide partir imediatamente em busca da amiga no Outro Mundo. Lá ele encontra Polly e, juntos, ouvem Aslam cantar sua canção ao criar o mundo encantado de Nárnia, repleto de sol, árvores, flores, relva e animais.

Quando comecei a ler Nárnia, conhecia apenas a história do primeiro filme lançado, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, e gostava demais do filme, era viciado nele para falar a verdade. Mas este primeiro livro, na ordem cronológica dos fatos, me prendeu de uma maneira incrível, e me fez entender um pouco mais do maravilhoso mundo que C. S. Lewis criou.

O livro conta a história de Digory e Polly, dois vizinhos que gostam de se aventurar dentro do porão das casas da vizinhança, até que um dia acabam dentro de uma espécie de laboratório secreto que o tio do menino costumava manter dentro a própria casa.

Uma vez descobertos pelo tio, temem que este não esteja em perfeito estágio mental em determinados pontos da história e em um momento de descuido, Polly veste um anel amarelo, de muitos que o tio tinha organizado em cima de uma mesa e desaparece sem mais nem menos!

Digory fica irritado, e exige informações do tio, que por sua vez, diz que faz experiências com dois tipos de anéis: os amarelos que levam a um outro mundo e os verdes que trazem de volta. No entanto, a garota estava apenas com um anel amarelo e portanto, estava presa em uma outra dimensão.

O garoto vai atrás da amiga, vestindo um anel amarelo e levando consigo dois verdes, e vai parar em um lugar extremamente calmo e misterioso, o Bosque entre Dois Mundos.

Não é possível imaginar bosque mais calmo. Não havia pássaros, nem insetos, nem bichos, nem vento. Quase se podia sentir as árvores crescendo. O lago de onde acabara de sair não era o único. Eram muitos, todos bem próximos uns dos outros. Tinha-se a impressão de ouvir as árvores bebendo água com suas raízes. Mais tarde, sempre que tentava descrever esse bosque, Digory dizia: “Era um lugar rico: rico como um panetone.

No bosque, Polly parece relaxada e quase não lembra do que havia acontecido e levado ela até o local, mas aos poucos, eles montam o quebra-cabeça, e resolvem ir a outros mundos, pulando em lagos com os anéis verdes, já que para chegar ao bosque, tiveram a impressão de estarem imergindo de um dos milhares de lagos que existiam.

Um dos lagos, os leva até um lugar fechado, com estátuas enormes, vestidas como pessoas da realeza e sentadas em tronos maiores ainda. Há também, um aviso extremamente convincente, forçando-os a tocar um sino com o martelo, e é isso que o garoto faz, contra a vontade da amiga.

Ao fazer isso, todo o lugar em que estão, passa a tremer e a desmoronar, mas além disso, há algo mais curioso ainda: uma das estátuas ganhou vida, uma mulher extremamente alta, branca como a neve e muito bonita – Jadis, que entre a fuga do castelo, conta que estão em Charn, seu antigo mundo e que agora não há mais nada nem ninguém vivo, por sua culpa, já que utilizou do poder da Palavra Execrável, que ao ser pronunciada, mata tudo o que é vivo ao redor da pessoa, menos ela mesmo. É curioso como o autor trata o poder de uma palavra de maneira parecida a uma bomba atômica, falando que é algo extremamente poderoso, cruel e que não deveria ser utilizada por ser uma espécie de abuso.

Quando as coisas vão mal, parece que vão de mal a pior durante certo tempo; mas quando começam a ir bem, parecem cada vez melhores.

O mundo de Charn, tem uma atmosfera morta, triste, e até mesmo seu sol está perto da morte. E por isso, a bela mulher quer que os garotos a levem para seu mundo de origem, e em um acidente, ela acaba vindo para o nosso mundo, e causa as maiores confusões imagináveis, chegando a domar um cavalo com um poste de metal na mão, querendo matar todos para chegar ao poder, e é claro, não funcionou.

Depois de muitas confusões e rodeios, as crianças, Jadis, juntamente com o tio André, um cocheiro (que dirigia a carruagem da mulher em nosso mundo) e um cavalo, vão parar no Bosque e, ao entrarem em um lago, vão parar em um mundo vazio, isto é, que ainda não foi criado.

De repente, no mundo vazio, os personagens da história passam a ouvir um canto extremamente curioso e com bastante vida, e o mundo passa então, a ser criado pelo grande leão, Aslam.

É a partir deste momento que começou, pelo menos para mim, a parte mais interessante da história, onde vemos como o mundo de Nárnia foi criado, quem foram os primeiros reis (um filho de Adão e uma filha de Eva) e como os animais ganharam vida e fala, assim como tudo o que era colocado nos solos que pareciam sagrados, inclusive o poste, trazido do nosso mundo, cresceu e acabou por ser o Ermo do Lampião, tratado em outros livros.

Como não lhe agradasse a ideia de cortá-la e aproveitar a lenha na lareira, o professor utilizou parte da madeira para fazer um guarda roupa, que foi levado para a casa de campo.

Entendemos também o porquê do guarda-roupa ser um portal para Nárnia, e o professor, do segundo livro, acreditar tão fielmente nas histórias de Lucia. C. S. Lewis leva uma narrativa extremamente leve, cativante e que causa interesse para todas as idades, tenho certeza que, assim como uma criança de cinco anos ficaria maravilhada pelos contos, um idoso de idade mais avançada também ficaria. Recomendo para TODAS as pessoas este livro que é um clássico, e com certeza deveria ser uma leitura de cabeceira.

    

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A Maldição do Titã, Rick Riordan

Nesse terceiro livro da série, um chamado do amigo Grover deixa Percy a postos para mais uma missão: dois novos meios-sangues foram encontrados, e sua ascendência ainda é desconhecida. Como sempre, Percy sabe que precisará contar com o poder de seus aliados heróis, com sua leal espada Contracorrente… e com uma caroninha da mãe. O que eles ainda não sabem é que os jovens descobertos não são os únicos em perigo: Cronos, o Senhor dos Titãs, arquitetou um de seus planos mais traiçoeiros, e os meios-sangues estarão frente a frente com o maior desafio de suas vidas: A Maldição do Titã.

CONTÉM SPOILERS!

A Maldição do Titã é o terceiro volume da série Percy Jackson & os Olimpianos, escrito por Rick Riordan. Nesta história, Percy Jakson e seus amigos enfrentam um grande inimigo ao mesmo tempo em que corriam contra o tempo para impedir que seus inimigos encontrem como reconstruir o maior de todos os Titãs: Cronos.

Quando Percy Jackson recebe uma ligação urgente e aflita de seu amigo Grover Underwood, ele imediatamente se prepara para a batalha, o que acontece é que Grover encontrou dois novos meio-sangues poderosos, Bianca di Angelo e Nico di Angelo irmãos que não sabem de quem são filhos. Porém, sempre que Grover se aproxima deles uma mantícora disfarçada de um professor, Dr. Streppe, o atrapalha. Percy, Thalia e Annabeth chegam á Westover Hall com a mãe de Percy e uma batalha contra Dr. Steppe se inicia, a manticora pretende levar os irmãos diAngelo só que a batalha se estende até um penhasco onde o Dr. Streppe é derrotado pelas flechas das Caçadoras de Artémis quando ele vai fugir Annabeth tenta o impedir se jogando do penhasco com ele. Percy e seus amigos voltam para o Acampamento Meio-Sangue com as Caçadoras e com os irmãos diAngelo, sendo Bianca agora uma Caçadora. Artémis vai atrás de um monstro e de Annabeth, após uns dias sem notícias das duas, após o final da prova Capture a Bandeira o Oráculo surge e disfere uma profecia onde Campistas e Caçadoras devem salvar Artémis porém destes poderão ir ao total 5, dos 5 um se perderá numa terra sem chuva, outro sofrerá por um parente e a maldição do Titã será suportada por um apenas.

A oeste, cinco buscarão a deusa acorrentada
Um se perderá na terra ressecada
A desgraça do Olimpo aponta a trilha
Campistas e Caçadoras, cada um brilha
A maldição do titã um deve sustentar
E pela mão do pai, um irá expirar.

Viajando pelo país inteiro, Percy (que inicialmente não foi convocado para missão se une a Thalia, Grover, Zoe – líder das Caçadoras e Bianca, já que os irmãos Stoll o ajudou) conhece um Ofiotauro a profecia feita para a vaca-serpente diz que quem o matar terá poder suficiente para destruir o Olimpo, Bianca morre explodindo um robô de Hefesto Annabeth estava segurando o céu, mas foi ajudada por Artémis que ficou segurando o céu no lugar de Atlas, dono da maldição do Titã, Percy segura por uns momentos o céu enquanto Artémis luta com Atlas onde ele fere sua filha Zoe, num momento de distração do titã, Percy coloca o céu nas costas de Atlas, o pai de Annabeth chega com balas de bronze celestial e vence o exército de Luke, mas o Monte Ótris está sendo restaurado, Thalia joga Luke do penhasco, mas ele sobrevive a queda e o levam ao sarcófago onde está Cronos . Artémis transforma Zoe em uma estrela e no Concílio dos Deuses coloca Thalia no lugar de Zoe no exército de Caçadoras, Thalia aceita pois como imortal ela não faria 16 anos e não destruiria o Olimpo. No final Percy descobre que Nico diAngelo é filho de Hades e que nunca foi descoberto pois antes de o pacto ser feito entre os Três Grandes ele tinha entrando no Lótus Cassino onde o tempo passa mais rápido, Nico fica com ódio de Percy já que o filho de Poseidon prometeu salvar a irmã dele, o livro termina com Quíron e Percy conversando sobre o Acampamento ser o primeiro alvo do Exército de Cronos.

Descobertas surpreendentes e uma pequena pitada de romance fizeram com que A Maldição do Titã seja uma leitura extremamente envolvente e cativante. Rick Riordan mais uma vez nos apresenta uma narrativa engraçada, aprofundando mais na Mitologia Grega e apresentando personagens no mínimo curiosos.

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Resenha: Extraordinário, R. J. Palacio

August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade… até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.

Narrado da perspectiva de Auggie e também de seus familiares e amigos, com momentos comoventes e outros descontraídos, Extraordinário consegue captar o impacto que um menino pode causar na vida e no comportamento de todos, família, amigos e comunidade – um impacto forte, comovente e, sem dúvida nenhuma, extraordinariamente positivo, que vai tocar todo tipo de leitor.

Li este livro hoje, em apenas algumas horas, devido a leitura extremamente fácil e nada cansativa que a autora consegue levar e, logo nas primeiras páginas de Extraordinário, narradas pelo personagem principal, o Auggie, foi impossível não conter aquele sentimento de vazio ao ler uma história, de certo modo triste, narrada por uma criança de dez anos que já vivenciou muito mais coisas que a maioria dos adultos.

August Pullman, mais conhecido como Auggie, nasceu com uma série de síndromes genéticas, o que resultou em uma face um tanto incomum, apesar de melhorada após uma bateria de cirurgias, mesmo quando era um bebê. O garoto nunca frequentou nenhuma escola até o momento, e teve algumas dificuldades no quesito manter amigos e pessoas de fora próximas, já que muitos têm o péssimo hábito de julgar pessoas pela aparência.

Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo.

É então que, ao ouvir uma conversa dos planos de sua mãe, descobre que possivelmente passará a frequentar um colégio, apesar de ser totalmente contra, já que algumas crianças podem ser bastante más, porém, depois de alguma insistência, resolve conhecer o Sr. Buzanfa, diretor de sua nova escola, e lá, passa a conhecer também alguns colegas de classe.

Que ser aluno novo é extremamente difícil, nós já sabemos, mas para August, a tarefa parece ser mil vezes pior, já que convencer os companheiros de que, apesar de sua aparência incomum, ele é apenas um garoto comum que toma sorvete e joga videogame em seu tempo livre.

Você é mesmo extraordinário, Auggie. Você é extraordinário.

A história é narrada em diversas perspectivas, contando com o ponto de vista do garoto, obviamente, além dos pontos de vista de Via, sua irmã mais velha, Jack, um de seus melhores amigos e Justin, namorado de Via, cuja parte é bastante intrigante, por ser apresentada inteiramente em letras minúsculas e com a falta de sinais como aspas e parágrafos, que eu não entendi certamente o porquê, mas contribuiu fielmente para uma caracterização do personagem em minha cabeça. A autora disse apenas, que ele é o tipo de cara que usa letras minúsculas.

Palacio leva uma narrativa extremamente gostosa de se ler, apropriada para todas as idades, cheguei até mesmo a imaginar o livro como um desenho infantil em alguns pontos, e nos faz refletir sobre nossa vida e que, podemos ser felizes com o pouco que temos e que a aparência, definitivamente, não é tudo o que devemos levar em conta em uma pessoa.

Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil.

São apresentados conceitos bastante valiosos, tais como o valor da amizade, de uma família com alicerces concretos na formação das crianças e a gentileza, assim como mostra as partes tóxicas da sociedade, como os indivíduos preconceituosos e os pais que largam os filhos justamente nos momentos em que eles mais precisam.

Recomendo para qualquer tipo de pessoa e para qualquer idade, desde um idoso até mesmo uma criança que aprendeu a ler há pouco. O ponto de vista de Auggie é encantador e com toda a certeza fará qualquer leitor parar para refletir seus próprios valores.

     

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Resenha: 365 Dias Do Ano – Staying Strong, Demi Lovato

Para a megaestrela Demi Lovato, a vida tem sido uma jornada — de conquistas impressionantes e perdas arrebatadoras. Cantora recordista de vendas, apresentadora de TV e atriz, ela enfrentou batalhas com a depressão e a dependência, tudo isso sem desistir de encontrar a felicidade e a si mesma. Demi compartilhou sua trajetória na mídia, nas letras de suas músicas e para seus 17 milhões de seguidores no Twitter. Esses tweets resultaram neste livro, uma obra em 365 insights honestos, esperançosos e impactantes. Aqui estão, nas próprias palavras de Demi, as citações que a inspiraram, assim como suas reflexões pessoais e seus objetivos. Demi Lovato — 365 dias do ano é para todos, em qualquer lugar, que precisem de conforto, inspiração e um motivo a cada dia para serem fortes em sua própria trajetória.

Logo que foi anunciado que a Demi lançaria um livro, já pensei em comprá-lo, sem mesmo saber do contexto ao qual este seria lançado, pensei que fosse uma autobiografia ou algo parecido, no entanto, não foi apenas isso.

O livro 365 Dias Do Ano – Staying Strong, como o próprio título diz, nos apresenta mensagens para cada um dos dias do ano, comentadas pela própria Demi e com um objetivo diário, todos baseados em sua história de vida e em tudo que passou e sentiu em tão pouco tempo de recuperação.

As frases, que são de terceiros ou da própria estrela, são baseadas em assuntos como relacionamentos pessoais, amorosos, e consigo mesmo. Ela mostra que devemos nos valorizar acima de tudo mas também devemos pensar no próximo, opinando sobre os assuntos levantados e eventualmente, mostra como passou por determinada dificuldade. Por fim, propõe um objetivo ao leitor, relacionado ao assunto discutido, que pode ser desde dizer uma frase em frente ao espelho, até ajudar uma instituição carente.

Seja estranho sem medo, porque o “normal” é um tédio!

O livro é desenvolvido em um formato de aconselhamento àquele que lê, a ser uma pessoa melhor, no que parece ser uma auto-ajuda, mostrando como a cantora passou por cima dos obstáculos que a vida e carreira lhe proporcionaram. Em uma mistura de autobiografia com auto-ajuda, vemos como devemos dar valor às pequenas coisas ao nosso redor, como o simples fato de acordar e respirar.

Recomendo o livro para qualquer pessoa, mesmo que não sejam fãs da Demi Lovato, por apresentar lições de vida extremamente valiosas e que ao menos uma deve servir ao leitor, afinal são 365 conselhos, um para cada dia do ano.

Sorria e mostre sua beleza ao mundo. Preste atenção às emoções das pessoas ao seu redor e lembre-se do impacto que você pode ter sobre elas.

Muitos preferem ler as mensagens diariamente e assim, poder absorver um ensinamento de cada vez, no entanto, li o livro de uma vez só, em apenas um dia, e assim pude peneirar as lições e ver quais seriam de serventia para mim e quais não, portanto, o modo de leitura fica ao critério de cada um.

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Resenha: O Mar de Monstros, Rick Riordan

Percy Jackson tem um ano irritantemente calmo na escola. Nada de monstros, nada de confrontos. Nenhum perigo imediato a rondá-lo. Até que ele descobre que os limites mágicos que protegem a Colina Meio-Sangue estão se esvaindo. A menos que uma atitude seja tomada, o acampamento será atacado por demônios e monstros. A única maneira de restaurar o poder dos limites do acampamento é encontrar o mítico Velocino de Ouro.

Assim, nossos heróis partem em uma arriscada e incrível viagem pelo Mar de Monstros – que fica, adivinhe só: logo ali, no Triângulo das Bermudas! Lá, enfrentam seres fantásticos, muitos perigos e situações inusitadas.

CONTÉM SPOILERS!

O ano para Percy Jackson foi surpreendentemente calmo. Nenhum monstro que colocasse os pés no campus de sua escola, nenhum acidente esquisito, nenhuma briga em sala de aula. Mas quando um inocente jogo de queimado entre ele e seus colegas torna-se uma disputa mortal contra uma tenebrosa gangue de gigantes canibais, as coisas ficam, digamos, feias. E a inesperada chegada de sua amiga Annabeth traz outras más notícias: as fronteiras mágicas que protegem o Acampamento Meio-Sangue foram envenenadas por um inimigo misterioso, e, a menos que um antídoto seja encontrado, o único porto seguro dos semideuses será destruído. Nesta continuação, Percy e seus amigos precisam se aventurar no Mar de Monstros para salvar o acampamento dos meios-sangues. Antes, porém, nosso herói entrará em confronto com um mistério atordoante sobre sua família – algo que o fará se questionar se ser filho de Poseidon é uma honra ou uma terrível maldição.

Nessa nova aventura, Percy parte para uma jornada para resgatar seu amigo Grover das mãos de Polifemo, o grande monstro. Após ter um sonho com seu amigo correndo perigo.

Meu melhor amigo vai comprar um vestido de noiva

A sombra do monstro passou na frente da loja. Pude sentir o cheiro da coisa — uma combinação nauseante de lã de carneiro molhada, carne podre e aquele esquisitíssimo odor corporal azedo que só os monstros têm, como o de um gambá que comesse apenas comida mexicana.
Grover tremia atrás dos vestidos de noiva. A sombra do monstro seguiu em frente.

Além disso, Percy descobre que a árvore de Thalia que protege o acampamento meio-sangue foi envenenada e que o acampamento está fadado a destruição. Percy, Annabeth e Tyson, partem então em busca do Velocino de Ouro, a única coisa que pode salvar o acampamento de seu destino cruel.
Thalia foi transformada em um pinheiro quando ela arriscou sua vida salvando seus amigos em cima da Colina Meio-Sangue, que guarda e protege a linha de contorno para o Acampamento

Tyson é filho de Poseidon, deus dos mares, terremotos, e pai de cavalos. Sua mãe, porém, é um espírito da natureza desconhecida. Não se sabe muito sobre o passado de Tyson, exceto que ele era um dos muitos Ciclopes sem-teto que viviam nas ruas de Nova York.

Na minha opinião eu gostaria de falar muito mais sobre O Mar de Monstros, mas já dei spoilers demais, Neste segundo volume da saga, Riordan consegue um misto ainda mais interessante de aventura, mitologia e claro, muitas confusões. Não há como não se apaixonar pela saga, e para aqueles que ainda estão indecisos sobre ler ou não, só tenho uma coisa a dizer, Leiam logo!

Sobre a adaptação pro filme, me decepcionei demais, por conta de não terem colocado minhas partes favoritas no filme, mas cá entre nós, filme nunca será igualzinho ao livro!

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Resenha: Se Arrependimento Matasse, Alma Cervantes

Alex, Alice e Rebeca são grandes amigos e decidem se reencontrar depois de alguns anos sem se verem. O lugar escolhido é o hotel dos pais de Alex, mas o que parecia uma viagem especial, repleta de conversas agradáveis e descontraídas com os outros hóspedes durante o jantar se transforma, em seguida, num pesadelo. Quando os três se preparam para dormir, ouvem batidas desesperadas à porta e seguem ao salão, onde logo descobrem que o cozinheiro fora assassinado. Com a comoção, somada à dificuldade de fuga devido à tempestade e névoa lá fora, a confusão logo se instala no hotel, além de um desagradável clima de suspeita entre os hóspedes.

Não sei se tenho palavras para descrever essa narrativa incrível. Bom, acabei o livro em tempo recorde, já que essa trama envolvente não deixa que você se afaste antes do fim.

Três amigos, Alex, Alice (que é um menino) e Rebeca, vão passar algum tempo no hotel dos pais de Alex, já que eram grandes amigos na época do colégio e fazia muito tempo que não se encontravam. Era uma viagem que tinha tudo para ser magnífica e divertida, típica de reencontro de velhos amigos para relembrar os tempos de ouro.

É dito que quando alguém conhece o verdadeiro desespero, se não houver distração constante e eficiente, a pessoa se perde nas profundezas da loucura até o fim de sua vida. Não… Pode-se dizer que, neste ponto, a vida já não existe mais; é apenas um cadáver errante.

Ao chegarem, são surpreendidos por uma grande nevasca, o que os mantém confinados dentro do prédio do hotel, o que não é de grande preocupação, já que só o reencontro em si já era uma coisa importante para eles.

Após o jantar, as luzes acabam por um momento e de repente, todos são solicitados urgentemente em um lugar único do hotel, que a essa altura, já tinha alguns outros hóspedes para descobrirem apenas que estaria para começar um grande pesadelo, afinal, o cozinheiro havia sido assassinado a sangue frio.

Estava no chão, coberto de sangue. Em seu pescoço, um enorme corte de impiedosa profundidade, claramente a fonte da deslumbrante tinta que pintara a imensidão da cozinha com tão intenso vermelho.

Deste ponto em diante, Frederica, que por sinal foi minha personagem preferida, assume as investigações do caso, de maneira totalmente misteriosa, e passa a colher depoimentos de todos os presentes, já que sua cabeça trabalha de maneira quase sobre-humana, fato comprovado pouco tempo antes durante uma rodada de pôquer, e o clima de mistério da narrativa aumenta gradualmente, de modo que a partir daí, largar do livro é impossível e  faz com que todos os compromissos que o leitor possa ter, não sejam tão importantes assim, afinal, um grande mistério paira pesadamente na atmosfera do livro: Quem é o assassino?

Chegando perto do fim, mais alguns personagens perdem a vida, fato chave que responde as perguntas levantadas anteriormente, de maneira totalmente imprevisível e com um clímax inexplicável.

– Como dizem? – indagou ela. – Se arrependimento matasse… não é?

Recomendo o livro para qualquer pessoa e qualquer idade, e parabenizo o autor pela magnífica história, que não deixou a desejar em ponto algum, e todas as perguntas levantadas anteriormente, foram respondidas com maestria, fatos que poucos conseguem nos dias de hoje. O texto é escrito de maneira impecável e os fatos não apresentam desconexão em nenhum ponto do livro. É o típico sem pontos negativos, que parece agradar a qualquer tipo de pessoa que o ler, gostando do gênero ou não.

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Resenha: Anjo Mecânico, Cassandra Clare

Através de Tessa Gray, uma jovem órfã de 16 anos, esta obra apresenta os Caçadores das Sombras da Inglaterra vitoriana. Como seus representantes do século XXI, eles também combatem os elementos rebeldes do submundo – vampiros e lobisomens. E são eles que vão ajudar Tessa quando esta, ao sair de Nova York em busca do irmão, seu único parente vivo, é raptada pelas irmãs Black. Mas Tessa não é uma senhorinha indefesa. Dona do estranho poder de se transformar em qualquer um apenas tocando em algum pertence dessa pessoa, é um objeto valioso para o submundo. Ao lado do temperamental e misterioso Will e de seu melhor amigo James, cuja frágil beleza esconde um terrível segredo, Tessa vai aprender a usar seu poder e ganhar um lugar ao lado deles na batalha entre as trevas e a luz.

Anjo Mecânico é o primeiro livro da trilogia As Peças Infernais, a história se passa em Londres no ano de 1878.
O livro conta e história de Theresa Gray (mais conhecida como Tessa), uma garota que vivia em Nova York, e que após a morte de sua tia não teve outra opção além de ir para a Inglaterra morar com seu único parente vivo, seu irmão mais velho, Nathaniel Gray.
Chegando no porto de Southampton, Tessa é recebida, ou melhor dizendo, sequestrada pelas irmãs Dark e Black.

Aconteceu todos os dias da primeira semana em que Tessa esteve na Casa Sombria, como passou a chamar o lugar em que a mantinham prisioneira…

Ainda sem noticias de seu irmão, Tessa era obrigada a fazer tudo que as Irmãs Sombrias (que era como Dark e Black eram chamadas) queriam, com sua “Habilidade especial” ela podia se transformar em qualquer outro ser humano, vivo ou morto, contando que tenha algum pertence  desta pessoa, o que transforma a menina em um objeto muito valioso para o Clube Pandemônio, uma organização secreta mantida pelas Irmãs Sombrias, e para O Magistrado, que é como chamam a pessoa que quer Tessa impecável para ele.

Após seis semanas mantida em cativeiro sofrendo nas mãos das irmãs, aparece um garoto, William Herondale, e a tira da mansão.

Havia um menino diante dela. Não podia ser muito mais velho do que ela – 17, ou possivelmente 18 anos. Trajava o que pareciam roupas de operário- um casaco preto gasto, calças, e botas pesadas. Não usava colete, e alças espessas de couro estavam cruzadas sobre a cintura e o peito. Armas estavam presas a elas- adagas, facas dobráveis e coisas que pareciam lâminas de gelo…

Depois que Tessa é salva por Will, é levada ao Instituto de Londres, e descobre o mundo dos Caçadores de Sombras, que em inglês são chamados de Shadowhunters, e vai tentar entender sua própria história e o que ela é. No instituto vai entendendo o que é o Mundo das Sombras, e as criaturas que existem nesse mundo, desde caçadores de sombras, que nada mais nada menos são matadores de Demônios, a lobisomens, vampiros, feiticeiros e anjos.

Tessa quando era mais nova herdou de sua mãe um colar de um Anjo Mecânico, este colar vamos ver ao decorrer do livro, que é um porto seguro da Tessa.

Tessa não conseguia se lembrar de uma época em que não tenha amado o anjo mecânico. Outrora pertencera à sua mãe, que o usava no momento de sua morte. Depois disso tinha permanecido na caixa de joias, até que seu irmão Nathaniel, um dia o pegou para ver se ainda funcionava.

O que vemos neste livro, é a história da Tessa conhecendo este novo mundo e tentando entender o que ela própria é, e o que ela pode fazer. Mesmo com tudo isso acontecendo, esses descobrimentos de novas coisas, tem seu maior problema, O Magistrado, que a quer á qualquer custo, e não desistirá tão fácil.

Com tudo isto acontecendo, Tessa ainda não tem nenhuma noticia de seu irmão, e tem medo de fazer qualquer coisa e refletir nele, que também está sendo refém. 

E como toda boa história, temos um romance, mais precisamente, um triângulo amoroso. William Herondale, um rapaz charmoso e atraente mas que guarda um grande segredo, e James Carstairs, um garoto atraente de seu modo, que tem um passado triste, e por causa deste passado, está condenado a morte.

Anjo Mecânico, da trilogia As Peças Infernais, de Cassandra Clare é, em minha opinião um dos livros mais cativantes, interessantes, e encantadores de todos! Cassandra consegue fazer um trabalho incrível e esta, sem dúvida, é a trilogia que eu mais amo.

Narrado por uma terceira pessoa, temos os acontecimentos por completo, e as discrições das cidades e lugares na Inglaterra, e isto é maravilhoso, pois além de termos a história, as ações, o romance e tudo mais, temos também uma visão ampla deste país.

A trilogia começou muito bem com este primeiro livro, além de a história ser maravilhosa, as capas dos livros são lindas também. Recomendo este livro para qualquer um que goste de coisas sobrenaturais, ou até mesmo um bom romance.

Resenhas

Resenha: Bela Maldade, Rebecca James

Após uma horrível tragédia que deixou sua família, antes perfeita, devastada, Katherine Patterson se muda para uma nova cidade e inicia uma nova vida em um tranquilo anonimato. Mas seu plano de viver solitária e discretamente se torna difícil quando ela conhece a linda e sociável Alice Parrie. Incapaz de resistir à atenção que Alice lhe dedica, Katherine fica encantada com aquele entusiasmo contagiante, e logo as duas começam uma intensa amizade.No entanto, conviver com Alice é complicado. Quando Katherine passa a conhecê-la melhor, percebe que, embora possa ser encantadora, a amiga também tem um lado sombrio. E, por vezes, cruel.Ao se perguntar se Alice é realmente o tipo de pessoa que deseja ter por perto, Katherine descobre mais uma coisa sobre a amiga: Alice não gosta de ser rejeitada…

Katherine é uma garota de 17 anos que vive uma vida conturbada, marcada pela perda de Rachel, sua irmã mais nova. A garota está agora recomeçando sua vida ao lado da tia, em Sidney, em uma escola diferente e com novas pessoas. Ela tenta viver no anonimato, sem aproximações, já que quanto mais discretamente conseguir viver sua vida, melhor será para si mesma.

Durante um intervalo na escola, uma garota chamada Alice se aproxima de Katherine e a convida para sua festa. Não acostumada a receber tais convites, muito menos de uma pessoa como Alice, Katherine fica sem saber o que responder e, após muita insistência, Alice consegue convencê-la a aceitar o convite.

A partir deste dia as duas começam a nutrir uma amizade forte. Katherine está se sentindo novamente feliz, coisa que não sentia desde o dia da tragédia com sua irmã. Aos poucos, elas vão se conhecendo melhor, e passam a compartilhar segredos. Katherine, então, se depara com uma verdade que até então estava escondida: Alice não é somente uma garota bondosa, popular e festeira. Ela é também uma garota cruel e sem limites, disposta a pagar o preço que for para arruinar a vida de alguém.

Já ouvi dizer que as pessoas encantadoras, poderosas, têm o dom de nos fazer sentir como se fôssemos a única criatura no mundo, e agora sei exatamente o que isso significa. Não sei bem o que ela faz, – outra pessoa teria parecido excessivamente ávida, até obsequiosa -, mas quando Alice me dá atenção dessa maneira, eu me sinto radiante, reconfortada pela certeza de ser plenamente compreendida.

O livro é dividido em duas partes, narrado em primeira pessoa do singular em sua maioria, apesar de apresentar trechos em segunda pessoa, o que contribui para o clima de suspense. Rebecca James, a autora, conseguiu intercalar com maestria os capítulos com fatos no presente e passado, mostrando a história em duas épocas diferentes.

Eu particularmente gostei da ideia do livro, cujo enredo o deixou mais envolvente a cada página, a autora deixou-o com uma fácil compreensão e fez personagens com fortes personalidades, o que nos faz pensar que não são apenas simples personagens de livros, e sim pessoas que vivem em algum mundo paralelo. A editora fez um ótimo trabalho com os detalhes da capa e das páginas, assim como a lombada e indico o livro para maiores de treze anos, devido a narrativa marcante que a autora segue.