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Resenha: Feitiço, Sarah Pinborough

Você se lembra da história da Cinderela, com sua linda fada madrinha, suas irmãs feias e um príncipe encantado? Então esqueça essa história, pois nesta releitura de Sarah Pinborough ninguém é o que parece. Em um reino próximo, a realeza anuncia um baile que encontrará uma noiva para o príncipe e parece que o desejo de Cinderela irá ganhar aliados peculiares para ser realizado. Contudo, não será fácil: ela não é a aposta de sua família para esse casamento real, e sua fada madrinha precisa de um favorzinho em troca de transformar essa pobre coitada em uma diva real. Enquanto isso, parece que Lilith não está muito contente com os últimos acontecimentos e, ao mesmo tempo em que seu reino parece sucumbir ao frio, ela resolve usar sua magia para satisfazer suas vontades.Feitiço é o segundo volume da trilogia iniciada com Veneno, um best-seller inglês clássico e moderno ao mesmo tempo em que recria as personagens mais famosas dos irmãos Grimm com personalidade forte, uma queda por aventuras e, eventualmente, uma sina por encrencas. Princesas, rainhas, reis, caçadores e criaturas da floresta: não acredite na inocência de nenhum deles!

A Saga Encantadas é uma trilogia, o primeiro volume, Veneno, está centrado na história de Branca de Neve e sua madrasta e já foi publicado aqui no Beco. Já Feitiço, conta a história de Cinderela e retoma a trama onde o livro anterior parou, porém em outro reino, com outro foco, mas trazendo personagens de Veneno, vou falar melhor sobre isso mais tarde.

No começo, aparentemente a história segue como a conhecemos, Cinderela é uma jovem simples, de família humilde, excluída e maltratada. Ela mora com seu pai, que costumava ser editor de um jornal, mas desde que este fechou, passa a maior parte do tempo isolado escrevendo livros e tentando sustentar a família como pode. Com sua madrasta, uma mulher que antes fora casada com um nobre que não amava, por isso o largou para ficar com o pai de Cinderela, mesmo sofrendo com sua nova condição financeira e fazendo de tudo para conseguir voltar a fazer parte da nobreza.

Vive também com sua meia-irmã Rose, uma jovem educada, gentil, bondosa e muito pressionada pela mãe para que case com algum nobre e melhore as condições de vida da família, sua irmã mais velha, Ivy, casou-se recentemente com um visconde e desde então mora com ele, mas isso não foi o suficiente, pois continuam vivendo na miséria.

Cinderela logo se mostra diferente do que eu pensava e do que estava acostumada. Nos filmes da Disney, a personagem, embora seja muito maltratada pela família, continua sendo boa, humilde e até meio bobinha. Essa Cinderela não, ela é egoísta, se faz de vítima sempre, odeia Rose e a madrasta, quer mais do que tudo largar sua família e casar com o príncipe e está disposta a fazer qualquer coisa para que seu sonho se realize.

Você vai se surpreender, porque não é a madrasta ou a meia-irmã que vão te causar raiva, é a própria Cinderela! Ela consegue ser bem chatinha, pelo menos no começo.

Surge então, a oportunidade que Cinderela estava esperando, o príncipe decide realizar um baile no castelo, e convidar todas as moças do reino para que ele escolha uma e se case. Esme, a madrasta, ficou tão contente quanto Cinderela, era a grande chance dela fazer Rose entrar para a realeza e ter sua boa vida de volta.

Mas Cinderela não poderia ir, todos os esforços e gastos estavam sendo feitos para Rose, eles não tinham dinheiro suficiente para as duas e na realidade, nem passou pela cabela de Esme que a enteada queria ir, até poque ela não disse nada, só se fez de coitadinha como sempre.

Porém, estamos em um conto de fadas, não é mesmo? Então, eis que surge a fada madrinha para ajudar Cinderela a realizar seu grande sonho. Mas como tudo nessa história, nem sempre as coisas são como parecem. A fada madrinha é a Rainha do Gelo, Lilith, que ajuda Cinderela, desde que ela faça algo em troca, vasculhe o castelo do príncipe todos os dias até achar o que ela precisa, e só descobrimos o que é, no final, e te garanto, você vai ficar de queixo caído.

Cinderela confronta com a realidade, e vê que nada do que ela imaginava e fantasiava aconteceu, a vida no palácio não é tão boa assim, tudo o que ela fez para chegar ali, todas as mentiras que contou, prejudicaram e muito sua família.

A construção dos personagens foi maravilhosa, Sarah sabe fazer isso muito bem. Não tem como odiar a madrasta, que sim, não trata Cinderela como deveria, mas ela largou tudo o que tinha por amor, e chega a dar uma peninha dela. Minha personagem preferida é Rose, você vai se apaixonar por ela, é super fofa, inteligente, se preocupa com as causas sociais e com o bem-estar do reino, não se importa com casamento, achar um marido e ser feliz para sempre, ela quer fazer o bem e melhorar a vida das pessoas.

O caçador do livro anterior também está presente na história, embora ele tenha feito umas coisinhas que eu não gostei, é difícil não gostar dele e tenho quase certeza de que você vai shippar ele e Cinderela, como eu fiz. Temos ainda o príncipe, que é um mimado, chato demais, e Buttons, amigo de Cinderela, que ajuda a sustentar sua família e abastecer sua casa com carvão durante o frio inverno, e que revela ser um personagem bastante conhecido nosso, mas você terá que descobrir por conta própria.

Eu, particularmente, adorei esse livro, gostei mais do que o primeiro. Li apenas em dois dias, a leitura é muito rápida e te prende com facilidade. Novamente percebi uma erotização excessiva, realmente não tinha necessidade, talvez a autora tenha feito isso para atrair ainda mais o público adulto, mas isso não me agrada. O final é surpreendente, totalmente fora do esperado, ele se encaixa com o que ficou pendente em “Veneno” e é impossível não ficar com vontade de ler o próximo e último (infelizmente) volume, que em breve estará aqui no Beco. Não perca.

A Culpa é das Estrelas
A Culpa é das Estrelas
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13 Curiosidades sobre ‘A Culpa é Das Estrelas’

Você ri, você chora, você se surpreende, você tenta supera-lo. Eu não sei em vocês, mas em mim esse livro causou todas essas emoções. É claro que estou falando do best-seller ‘A Culpa é das Estrelas’. Livro de maior sucesso do autor John Green, que em 2014, ganhou uma adaptação cinematográfica estrelada por Shailene Woodley e Ansel Elgort, nos papeis de Hazel Grace e Augustus Water, respectivamente.

A história gira em torno de Hazel, uma jovem diagnosticada com câncer que durante a reunião de um grupo de apoio, conhece Augustus Waters, um garoto de uma perna só que está em remissão do câncer. Os dois acabam se apaixonando, e o resto da história você provavelmente já sabe! Mas existem alguns detalhes sobre essa história que você provavelmente não saiba. Confira:

1- O titulo do livro foi baseado em uma frase do livro Julius Ceasar, de William Shakespeare que diz: “A Culpa, meu caro Brutus, não está nas estrelas, mas em nós mesmos”

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2- Shailene Woodley (Hazel no filme), escreveu diversas vezes para o autor John Green e o diretor do filme Josh Boone. Ela estava bem determinante em ser uma boa Hazel Grace, e até cortou seu cabelo e o doou para uma instituição que produz peruca para pessoas com câncer. 

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3- John Green quase sempre estava presente no set de filmagens. Ele dava dicas para os atores captarem melhor os personagens. Diversas vezes John se emocionou durante a gravação de certas cenas. 

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4- A cena do elogio fúnebre foi a que mais demorou para ser filmada. O elenco ficou acordado a noite toda para faze-la da melhor forma possível. 

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5- Sempre quando acabam as filmagens, alguns atores costumam levar algo do set de recordação. Shailene levou a camiseta de Bulldog usada em diversas cenas por Augustus. 

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6- Nat Wolff (Isaac no filme) usou lentes de contato durante parte das filmagens. As lentes embaçavam muito a sua visão, então quando estava a usando, ele realmente não via nada. 

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7- A cena mais emocionante de ser filmada, foi quando Hazel recebe a noticia da morte do Gus. Aparentemente todos os presentes no set choraram durante a gravação.

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8- John Green fez uma pequena participação no filme. Porém a cena foi tirada da versão original. Alguns DVD’s (versão estendida) contam com essa cena extra. 

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9- A cena no restaurante Oranjee em Amsterdam, na verdade foi filmada nos Estados Unidos. 

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10- A primeira cena filmada, foi a que Augustus chega de limousine para buscar Hazel Grace. 

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11- O museu ‘Casa de Anne Frank’ não autorizou a equipe a filmar no interior do local. Então eles construíram uma réplica em Hollywood. 

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12- A cena mais difícil de ser filmada, foi a no banco em Amsterdam. Era para ser uma cena super emocional, pois é onde Augustus conta de ser câncer terminal para Hazel, mas os fãs presentes no local e o barulho da rua acabaram atrapalhando as filmagens. 

THE FAULT IN OUR STARS, l-r: Ansel Elgort, Shailene Woodley, 2014. ph: James Bridges/TM and ©Fox 2000 Pictures. All rights reserved.
13- Em Divergente, Ansel Elgort interpreta o irmão de Shailene Woodley. Quando questionado sobre interpretar o irmão dela em um filme e o namorado em outro, ele disse que preferiu interpretar o namorado.

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Você conhecia todas essas curiosidades? Bateu até aquela vontade de assistir ou ler ‘A Culpa é das Estrelas’ novamente. Se você é um fã da história, não deixe de compartilhar esse post! Okay?

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Livros, Resenhas

Resenha: Espada de vidro, Victoria Aveyard

Neste segundo livro, Mare Barrow, Cal, Farley, Shade e seus companheiros se lançam em uma busca incansável pelos Sanguenovos, pessoas que são prateadas e vermelhas. O objetivo do grupo é reunir o máximo de sangue novos possível e tirar o rei Maven do trono.

Muito mais do que em A rainha vermelha, o segundo livro provoca uma montanha russa de emoções no leitor. Uma característica muito forte da escrita de Victoria Aveyard é fazer as personagens se movimentarem o tempo todo. O cansaço, sofrimento, angústia, dor, desconfiança e muitos outros sentimentos que as personagens viveram eu consegui sentir na mesma intensidade. O livro te faz sentir conectado às personagens durante toda a narrativa. É impossível ler um prateado sendo sufocado e não sentir um par de mãos gigante envolvendo seu pescoço. Espada de vidro é um livro que tem o objetivo claro de provocar sensações em quem estiver lendo, um trabalho muito bem feito.

Um dos pontos mais importantes desse segundo livro foi eliminar aquela velha ideia de heróis e vilões. Na trama, todos têm chances de serem bons ou ruins, depende unicamente da situação e do que eles são capazes. Mare é uma verdadeira confusão na narrativa. Aqui, vemos a protagonista se transformar radicalmente e entrar em conflito com quem era e quem está se tornando. Todos os acontecimentos do livro giram em torno dela, é ela quem toma as decisões. Ela salva ou mata. O processo de finalmente assumir a posição de liderança obriga a garota elétrica a se transformar em uma pessoa que passa por cima de todos e pouco a pouco se torna um mártir.

O clima de tensão do livro é inteiro baseado em correr ou ser pego. Por diversas vezes o grupo precisa ser ágil, fazer o que tem que ser feito e ir embora o mais rápido possível. Não há tempo para pensar, a narrativa é bem clara quanto a isso, é necessário agir puramente pelo instinto de sobrevivência. Nesse jogo de pega – pega, infelizmente alguns personagens queridos vão ficando ao longo do caminho, e mais uma vez Mare tem que aprender a lidar com os sentimentos de tristeza sem ser afetada por eles.

Dentro de toda a narrativa sem descanso e corrida, destaco as aparições de Maven. Apesar de estar presente em poucas passagens, todas as cenas em que o rei aparece me fizeram estremecer e ter calafrios. Espero que no próximo livro (e devido ao final isso tem muitas chances de acontecer)  ele seja mais explorado e  que possamos ver finalmente o que ele é capaz de fazer. Quando se trata de Mare, assim como seu irmão, Maven têm sentimentos conflituosos. O livro insinua o tempo todo que Maven não teria coragem de eliminá-la totalmente, o que torna a narrativa ainda mais interessante e intensa.

Espada de Vidro oferece ao leitor tudo o que ele precisa para ficar chocado e curioso para o próximo livro. Com um final esmagador e surpreendente, a única pergunta que fica na vem na boca com um gosto amargo é:  E agora?

E você? Já leu A Rainha Vermelha ou  Espada de Vidro? Conta pra gente a sua opinião aqui nos comentários! Eu já estou completamente ansiosa e apavorada para a continuação!

 

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Resenha: Thor o Deus do Trovão – Bomba Divina, Jason Aaron, Esadribic & Butch Guice

“Em algum lugar no fim do tempo, todos os deuses do Universo estão escravizados, trabalhando para construir uma colossal máquina que transformará para sempre toda a criação. Enquanto o tenebroso plano de Gorr se desfralda, toda a esperança dos cativos se perde quando Thor é acorrentado junto deles. E à medida que a sombria origem do Carniceiro dos Deuses é revelada, assim como a verdade por trás de sua obsessão em massacra toda e qualquer deidade que cruze seu caminho, as versões passada, presente e futura de Thor se unem para liderar o exército de divindades escravas numa batalha contra Gorr – um confronto que deve ser vencido antes que a Bomba Divina leve tudo pelos ares!”

Em “Bomba Divina” vemos nada menos do que três Thors, em três continuidades diferentes, enfrentando um novo vilão, cujo objetivo é dizimar todas as divindades existentes incluindo muitos conhecidos de Thor, um deles é Volstagg, grande amigo do Deus do Trovão e que agora sofre aprisionado por Gorr.

O roteiro de Jason Aaron é a continuação direta de “O Carniceiro dos Deuses”, também escrito por este. A história nos mostra de cara que sua fase será uma das melhores do Deus do Trovão, muito bem estruturada e com um grande clímax, sem se perder em meio aos vários acontecimentos. A arte de Esadribic é sensacional, não há outra palavra que possa descrever o seu trabalho, os traços de Guice por sua vez são mais robustos, usados para retratar o passado de Gorr, um passado violento e infeliz.

Tudo começa três mil anos atrás, com Gorr ainda criança em seu planeta, um lugar que não tem noite, nem água e nem comida, apenas deserto e morte. O jovem vive questionando sua mãe sobre os deuses, o porquê de eles rezarem e nunca serem atendidos, o porquê de nunca poderem vê-los, ao que ua mãe responde dizendo que ele não deve desistir de sua fé, que deve honrar os deuses, pois assim eles o abençoarão. Em seguida ambos são atacados por tigres da areia, o jovem Gorr se salva, mas sua mãe tentando proteger seu filho perece diante das bestas.

Anos depois, Gorr, que é agora um adulto, se encontra em uma caverna na encosta de uma montanha, ao lado de sua esposa grávida, ele reclama pela falta de comida, falta de vida e a presença infinita do sol escaldante e sua esposa o acalma, falando que os deuses hão de prover. Cético, Gorr observa mais uma tragédia ocorrer em sua vida, um deslizamento joga sua esposa grávida montanha abaixo, não há nada que o jovem Gorr possa fazer.

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Alguns meses depois, Gorr vê seu último filho morrer em seus braços, desnutrido e desidratado, ele o enterra e estarrecido, volta todo seu ódio e fúria contra os deuses. Seus gritos ecoam, e todos os seus semelhantes ouvem as blasfêmias, horrorizados. Gorr incita a indignação do povo, que o apedreja por tais palavras e largam-no sozinho sob o sol escaldante, em meio ao deserto sem fim.

Arrastando-se e a beira da morte, Gorr presencia algo caindo do céu e provocando uma grande explosão no solo e com esforço ele se aproxima do local, encontrando na cratera dois deuses brigando entre si e mortalmente feridos, um deles pede ajuda para o jovem Gorr, que tomado pelo ódio, nega. Sem hesitar ele mata os deuses e rouba a espada negra de um deles, uma arma maleável e feita de sombras. Desse modo ele consegue poder o suficiente para sair de seu mundo e executar sua vingança tão desejada, matar todos os deuses do universo. Assim nasce o Carniceiro dos Deuses.

“Bomba Divina” é de longe uma das melhores HQs que eu tive o prazer de ler, sua história é envolvente, interessante e muito bem executada, sem contar com a arte espetacular. Gorr é um vilão digno e extremamente perigoso, se você acham que um Thor é o suficiente para derrotar Gorr, o carniceiro dos Deuses, melhor pensar duas vezes.

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Neil Gaiman anuncia novo livro

Neil Gaiman, a mente brilhante por trás de Deuses Americanos e Coraline, surpreendeu a todos nesta quarta-feira (29) com o anuncio de um novo livro, livro esse onde Neil Gaiman dará a sua própria visão sobre mitologia nórdica. O livro que foi intitulado simplesmente como Norse Mithology (Mitologia Nórdica, em tradução livre) vai chegar as livrarias em fevereiro de 2017.

“Eu nunca vou esquecer a primeira vez que encontrei os mitos nórdicos. Eu era um menino pequeno com um livro emprestado no quarto de um amigo, mas eu também estava caminhando com Thor e Loki através de uma floresta de pinheiros, a caminho de ser feitos de bobos por gigantes de gelo astutos”, Gaiman disse em um comunicado. “Esses contos nórdicos têm me acompanhado através de praticamente tudo o que fiz: eles correram como uma veia de prata através de Sandman, que era a base de Deuses Americanos”.

“Ter a oportunidade de recontar os mitos e poemas que herdamos dos nórdicos era quase bom demais pra ser verdade para mim. Eu espero que o conhecimento seja bom, mas muito mais que isso, espero que eu tenha recontado histórias que leem como uma coisa real: às vezes profunda, às vezes engraçado, às vezes heróico, às vezes sombrio, e sempre inevitável.

Norse Mithology contará com as histórias clássicas de figuras familiares – como Odin, Thor e Loki – mas agora infundido com a propensão de Gaiman para calafrios, emoção e inteligência. O livro promete reanimar estes deuses nórdicos como “divindades falíveis” agarrados as consequências de suas ações destrutivas.

O autor revelou ainda um pequeno detalhe da capa do livro que você pode ver abaixo:

 

 Norse Mithology

 

O livro será lançado pela W. W. Norton & Company em uma edição capa dura em fevereiro de 2017 e custará US$ 25,95 (por volta de R$84). Até o momento nenhuma editora brasileira se pronunciou sobre o lançamento do livro aqui no Brasil.

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Resenha: Entrelinhas, Tammara Webber

Reid Alexander, um dos jovens atores mais bem pagos da atualidade, está acostumado a conseguir o que quer – e o que ele quer agora é Emma Pierce, a atriz novata que vai fazer par romântico com ele no próximo filme. Os astros parecem estar se alinhando para realizar o seu desejo, até que ele se vê diante de dois obstáculos inesperados: uma ex-namorada ressentida e um rival que vai disputar o coração de Emma. Emma Pierce acaba de receber uma oportunidade de ouro após anos atuando em comerciais e filmes para TV. Fazer o papel principal em um filme de grande orçamento, contracenando com o lindo Reid Alexander, deveria ser a realização de um sonho. Mas o coração de Emma esconde uma fantasia secreta: ela quer ser uma garota normal. Entrelinhas é o primeiro volume da série homônima de Tammara Webber, autora que já conquistou os leitores brasileiros com livros como Easy e Breakable. Embarque em mais esta história arrebatadora, que vai deixar você querendo muito mais.

É meio chocante quando uma das suas autoras preferidas escreve um dos livros mais decepcionantes que você já leu. Acontece que nós, brasileiros, conhecemos Tammara Webber pela sua obra prima, “Easy”, um livro tão tocante, delicado e que aborda temas importantes de uma maneira ao mesmo tempo leve e impactante (a resenha de Easy você encontra aqui). “Entrelinhas” é na verdade, o primeiro romance da autora, mas foi publicado posteriormente no Brasil, e podemos ver claramente a diferença no amadurecimento da autora.

O livro nos apresenta Emma Pierce, uma jovem atriz que luta para ser reconhecida pelo seu talento. Tendo participado de pequenos filmes e alguns comerciais de TV, Emma se dedica integralmente a carreira de atriz, inclusive tendo aula com tutores ao invés de frequentar uma escola regular. Emma vive com o pai e a madrasta, pessoas que não a entendem bem e querem que ela fique famosa acima de tudo, enquanto a menina quer distância disso. Eis aqui o primeiro problema de “Entrelinhas”: Emma é uma mocinha entediante. É aquele personagem passivo e sem carisma, ficando muito improvável torcer por alguém assim. Quando Emma é contratada para protagonizar um filme hollywoodiano, sua vida vira de cabeça pra baixo.

O par romântico de Emma no filme é o galá adolescente Reid Alexander, um jovem prodígio do cinema que conquista tudo e todos. Criado em berço de ouro mas tendo uma família que não se importa muito com ele, Reid foi educado entre cenários de gravação, fugindo de paparazzis e tendo o mundo aos seus pés. Eis aqui o segundo problema do livro: a autora abusou do clichê. Ao conhecer Emma, Reid se encanta por toda a ingenuidade da garota, e resolve conquistá-la.

O que ambos não esperavam era o aparecimento de Graham, um jovem responsável, dedicado e atencioso, que também entra na batalha pelo coração de Emma. Eis aqui o terceiro problema do livro: um triângulo amoroso onde, em momento nenhum o leitor fica em dúvida para quem torcer. A pessoa certa é óbvia, mas a mocinha é muito lerda para perceber isso. Emma, um pouco traumatizada por tudo que viveu e extremamente cautelosa com a loucura do mundo da fama tenta se destacar em seu trabalho enquanto sofre as investidas de seu parceiro de elenco Reid e seu novo amigo Graham.

“Eu devia ser grata, devia me sentir sortuda – e sou grata, me sinto sortuda. Mas, mesmo que você tenha tudo que todos desejam, se não for o que você deseja, não é o ponto-final.”

Embora a história não seja diferente ou inovadora, a autora consegue nos manter lendo pela sua capacidade de escrever muito bem e produzir uma leitura fluída mesmo quando o conteúdo não tão interessante. Talvez eu esteja sendo um pouco dura com o livro, mas acredito que o componente adolescente muito forte deixou a leitura um pouco superficial. A autora poderia elaborar mais os problemas familiares, tratando temas como alcoolismo e infidelidade, mas preferiu dar foco aos dramas adolescentes e o mundo da fama.

O final é uma das melhores partes da leitura e deixa o gancho para a continuação. “Entrelinhas” é uma série com mais três livros: “Onde você está” já publicado no Brasil e em breve aqui no Beco, “Good For You” e “Here Without You” ainda sem data de lançamento.

O livro é narrado em primeira pessoa, se dividindo entre os pontos de vista dos personagens, com a separação bem identificada, o que é ótimo para a leitura. Com relação a edição, a capa mantém o padrão da americana, folhas amarelas (<3), parágrafo e fonte agradáveis.

“As pessoas estão certas quando dizem que o tempo cura as feridas. Mas as cicatrizes estarão sempre lá, esperando alguma coisa cutuca-las.”

 

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Resenha: Melancia, Marian Keys

A obra de Marian Keys lançada em 2003 melancia nos vem como uma bela comédia de 489 emocionantes páginas, lançado pela editora Bertrand Brasil, foi alvo de diversas críticas positivas. Traz consigo uma trama muito divertida, que faz os leitores gargalharem e se emocionarem.

Este livro conta a história de Claire, uma mulher de 29 anos que acaba de ganhar um bebê quando na sua vida, repentinamente, toma um rumo diferente do planejado. Morava em Londres, tinha uma vida aparentemente estável e tinha vários planos para o futuro, mas seu marido James a abandona logo após o parto, justificando-se que havia se apaixonado por outra mulher e que seu envolvimento amoroso era forte de mais. Sem rumo, Claire decide voltar para casa dos seus pais em Dublin.

E assim, faz as malas com sua bebê recém nascida nos braços, e pega um voo para tentar se estabilizar emocionalmente junto de seu pai, sua mãe e suas duas irmãs mais novas. Este momento fez com Claire passasse por grandes fases de choro, depressão e bebedeiras, incrivelmente engraçadas para os leitores, a autora Marian Keys realmente caprichou em fazer um bom humor com a situação da personagem.

O mais interessante é acompanhar a recuperação de Claire durante o livro, se fazendo parte da história, como se você estivesse ouvindo sua amiga chorar por causa de algo triste que aconteceu, eu realmente me surpreendi muito na maneira como eu me envolvi durante a leitura.

Concluindo, esta é uma leitura fácil e divertida, ótima para momentos de tristeza porque ao mesmo tempo que você se identifica com os sentimentos da personagem você se diverte, também super recomendada para pessoas que gostam de livros de comédia. Em suma, o tipo de livro que te deixa com saudade.

Eduardo Cilto
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Eduardo Cilto anuncia ‘Traços’, seu primeiro livro

Eduardo Cilto, conhecido pelo seu canal ‘Perdido nos Livros’, anunciou em seu último vídeo o lançamento do primeiro livro. Um romance intitulado de ‘Traços’. Para quem o acompanha, sabe que esse projeto vem sendo trabalhado há mais de um ano, e é bastante aguardado pelos fãs do canal.

O livro vai contar a história dos amigos Matheus e Beatriz, que participam de um ritual místico, cujo resultado acaba os fazendo “fugir” para São Paulo. No vídeo abaixo, o autor conta um pouco mais sobre a história de ‘Traços’. Confira:

Quando Matheus aceitou acompanhar Beatriz na festa do colégio, jamais imaginou que terminaria a noite participando de um ritual místico (de veracidade duvidosa) para saber o que o futuro reservava para ele e a amiga. Assim que as velas que os cercavam se apagam e uma resposta esquisita encerra a cerimônia, Beatriz leva o resultado a sério e entende que deve fugir da cidade pequena para se encontrar com seu destino nas ruas da capital de São Paulo. Perdido no meio de tudo, Matheus é obrigado a repensar o que considera certo ou errado quando é convidado para participar do plano maluco de fuga e decide que precisa passar por cima dos limites impostos pelos pais para finalmente ser capaz de entender quem realmente é. Os dois amigos partem sozinhos para São Paulo e carregam consigo não somente as malas nas costas, mas também o peso de todos os problemas que achavam que estavam deixando para trás. Sem ter ideia do que estão enfrentando, Matheus e Beatriz descobrem mais sobre si mesmos, criam, quebram laços e encaram desafios que jamais pensaram que confrontariam enquanto contavam as moedas para realizar esse grande plano que iria mudar suas vidas para sempre.

Capa do Livro

O lançamento de ‘Traços’ está previsto para 19 de Julho, mas você já pode garantir o seu através da pré-venda, basta clicar aqui. A autora de livros juvenis, Thalita Rebouças, já leu a obra e compartilhou a primeira impressão sobre:

“De um momento para o outro, quando menos se espera, Eduardo, autor de mão cheia, tira o fôlego da gente. Um livro cheio de reviravoltas e com final surpreendente.”

Atualizações, Resenhas

Resenha: Em busca de Cinderela, Collen Hoover

Neste conto da bem-sucedida e adorada série Hopeless, o leitor conhecerá melhor dois personagens secundários de “Um caso perdido”. Daniel está no breu do armário de vassouras da escola – o perfeito esconderijo para quem quer fugir do mundo real –, quando uma garota literalmente cai em cima dele. Às cegas, os dois vivem um curto romance, mesmo sem acreditar muito no amor. No fim a garota foge, como se realmente fosse a Cinderela e tivesse uma carruagem prestes a virar abóbora. Um ano depois, Daniel e sua princesa se reencontram, e percebem que é possível nutrir um amor de conto de fadas por alguém completamente real. Juntos, os dois irão perceber que fora do faz de conta, ficar juntos é bem mais difícil e os problemas de um casal são muito reais.

Não se deixem enganar pelo título. Sério. Quando soube pela primeira vez da existência de um conto pós-Hopless, fiquei logo empolgada. Acho que já escrevi inúmeras vezes como Hopless/Um Caso Perdido foi minha melhor leitura de 2014 e entrou pra categoria de livros favoritos, contando a história de Sky e Holder, um casal que supera vários problemas do passado juntos (você pode conferir a resenha de Um Caso Perdido AQUI)

Durante a leitura da série Hopeless, conhecemos dois personagens secundários que logo nos chamam atenção: Six, a melhor amiga de Sky, e Daniel, o melhor amigo de Holder e eles são os protagonistas dessa nova e emocionante história. Daniel, um jovem irônico, engraçado e impaciente, se vê um pouco solitário depois que seu amigo Holder muda de cidade. Em seus dias entediantes no colégio, ao perceber que seu quinto horário de aulas está vago, ele resolve ficar escondido no armário de vassouras, onde nenhum professor pode encontrá-lo e preencher seu horário com mais uma aula. Matando o tempo ouvindo música ou dormindo, Daniel é surpreendido quando uma menina praticamente cai em cima dele quando entra no armário.

Como  o armário é muito escuro e eles não conseguem se ver, Daniel e a menina misteriosa conversam e são surpreendidos com suas semelhanças. Desde então, todo quinto horário Daniel vai para o armário na esperança de reencontrar a garota. Quando ela volta ao armário, novamente eles conversam e acabam se beijando. Como não sabem nem como se parecem, eles começam a fingir: como são fisicamente, como se conheceram, como seriam suas vidas e fingem se amar.

“Amo seu cheiro. Amo sentir seu corpo. E, apesar de eu nem ter dado um beijo de verdade nela ainda, já sei que amo a maneira como ela beija.”

Embora Daniel tente, a garota não diz seu nome e some para sempre. Daniel segue sua vida normalmente, mas nunca deixa de procurar em todas as meninas que fica, a garota do armário. Após muitas buscas frustadas e um namoro desastroso, um ano depois do ocorrido encontramos Daniel indo a casa de Sky para se encontrar com Holder, e lá conhece Six, a melhor amiga de Sky, que estava fazendo intercâmbio na Itália. Six é linda, engraçada e consegue acompanhar seu senso de humor meio maligno, coisa que logo o atraí. Mas Holder o avisa para manter distância, pois não queria que ele quebrasse o coração da melhor amiga de Sky.

A grande questão é que Six também sente algo por Daniel, e as escondidas de Holder e Sky, eles saem juntos e começam a se ver escondidos. A química entre os dois é tão forte e tão inexplicável, que eles não vêem outro caminho a não ser começarem a namorar escondidos.

“Isto é a realidade, mas nem mesmo na nossa realidade imperfeita as pessoas se apaixonam desse jeito. Elas não têm sentimentos tão fortes assim por alguém que mal conhecem.”

Entre os hilários momentos escondidos e os mistérios que Six traz da Itália, o livro vai acabando tão rápido e ficando cada vez melhor que é com o coração partido que chegamos ao fim. Novamente Colleen não decepciona e traz um romance divertido e apaixonante para as suas leitoras! Leitura recomendada demais!

“Estou fazendo isso com ela há um dia e não faço ideia do que está acontecendo. Não sei se é lua cheia ou se meu coração está tomado por um tumor ou se ela é mesmo uma bruxa. Seja lá qual for o motivo, isso não explica como é que coisas desse tipo podem existir entre duas pessoas com tanta rapidez… e durar.

 

Resenhas

Resenha: A Trégua, Mario Benedetti

O uruguaio Mario Benedetti (1920-2009) escreveu o belo romance que nos faz entrar nas páginas do diário de Martín Santomé no ano de 1960, conta a história desse homem que estava quase completando cinquenta anos quando decide escrever um diário no período em que espera pela sua aposentadoria.
Martín vive um momento bastante interessante, durante a leitura podemos identificar as suas incertezas, desejamos de fato conhecê-lo, durante a construção deste personagem observamos parte da sua insegurança, de como suas emoções fluem de maneira discreta no decorrer dos seus relatos, vemos quão impotente se sente em relação ao tempo que parece ter escapado de suas mãos.
Viúvo a vinte anos e pai de três filhos que dividem a casa com o pai no qual mantêm um relacionamento caótico, seus sentimentos para com eles eram bem restritos, porém, podemos visualizar em meio a descrição direta e breve que ele sempre faz, e nas entrelinhas o personagem deixar escapar alguns traços de seu amor paterno.
No escritório de contabilidade onde trabalha leva uma vida monótona, mas a chegada de uma funcionária nova, a envolvente Laura Avellaneda, que é uma jovem mulher, que faz Matín se encantar novamente por alguém, lhe encoraja a conhecer o amor novamente, trazendo pra ele até uma certa esperança por tudo que ele achava que tinha perdido.

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O relacionamento entre esses dois personagens é sutilmente descrito nas páginas do seu diário, o que surpreende cada vez mais, há uma mudança radical no personagem no decorrer dessa história, no começo era um personagem ranzinza, conformado e parcialmente massante e os fatos começam a acompanhar esta metamorfose que transforma Martín em alguém cheio de vida.
Ao fim dessa história pude me emocionar, acredito que por ser um personagem mais velho, pode trazer algumas reflexões válidas pra minha vida, posso concluir que esta é uma leitura proveitosa que causa amadurecimento e emoção.