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Resenha: Hulk – Terra Arrasada, Jeff parker, Gabriel hardman & Ed McGuinness

“O alvoroço causado pelo Hulk Vermelho acabou – e agora é hora de ele provar ao mundo que realmente pode ser um herói. Seu primeiro objetivo é deter o protocolo de Terra Arrasada criado por MODOC e pelo Líder para causar o apocalipse. Mas mesmo com a ajuda do Bomba-A e do Hulk original, pode o mais novo guardião com poderes gama da Marvel completar sua missão antes que seja tarde demais?””

O Hulk é definitivamente a primeira criatura a ser criada a partir dos raios gama, mas, com certeza, não é a única. Desde que Bruce Banner sofreu seu acidente e ganhou superpoderes, várias outras pessoas, soldados, cientistas e aventureiros têm tentado usar essa mesma forma para dotar a si próprios ou a outras pessoas com poderes. Criaturas como o Abominável e o Líder são apenas alguns exemplos dos resultados de experimentos mal conduzidos com radiação gama.

Em 2008 mais uma criatura criada a partir dos raios gama fez sua estreia, o Hulk Vermelho. Escrito por Jeph Loeb e com a arte de Ed McGuinness, a nova série foi um sucesso com os fãs, principalmente o mistério que circulava em volta de seu alter ego humano, quem seria o homem por trás do Hulk Vermelho? A resposta veio dois anos depois do início da série, na edição vinte e dois, quando é revelado que a criatura é ninguém menos que um dos maiores oponentes do Hulk, General “Thunderbolt” Ross.

O roteiro de Jeff Parker e Gabriel Hardman é bem amarrado, mostrando constantemente o modo como os heróis tratam o General Ross, sempre com um pé atrás, muitos deles que ainda não sabem da nova posição do general sequer dialogam e já chegam atacando o Hulk Vermelho, irritando-o e trazendo-o ao limite. Os traços de Ed McGuinness é outro destaque, sua arte é sempre direta e detalhada, traços fortes e expressões marcantes.

O Hulk Vermelho, ou General Ross, agora luta ao lado de Bruce Banner, que outrora fora seu inimigo, mas que agora não passa de um desafeto. Antes disso Ross perdeu tudo quando o Hulk forjou sua morte, ele não poderia mais retornar a sua vida normal, ainda por cima, foi aprisionado na Base Gama, que fica no Vale da Morte, no estado de Nevada. Ficou aprisionado até ceder e colaborar com os super-heróis, levou um bom tempo até Ross perceber que não adiantava resistir e guardar rancor, pois ele só veria a luz do sol, quando Banner e os demais percebessem que ele estava pronto para mudar.

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Quando o Hulk Vermelho estava finalmente disposto a se tornar um herói, foi solto, com a condição de obedecer as ordens sem questionamentos. Assim que sai de sua cela, ele recebe todas as informações sobre sua primeira missão, Ross combaterá o projeto Terra Arrasada, um plano arquitetado por MODOC e o Líder para o caso de serem mortos ou derrotados. O projeto tem como objetivo destruir o mundo, já que eles não podiam conquistá-lo. Dessa forma Ross parte em sua primeira missão oficial.

Ao mesmo tempo, Rick Jones, ou Bomba-A, se dirige ao oceano pacífico, deve impedir que uma criatura gigantesca se aproxime da cidade de San Diego. Ele está conectado a Bruce Banner, que está guiando-o durante seu combate colossal. Rick sofre, mas derrota a criatura, em seguida recebe ordens para segui-la até seu ponto de origem. Conseguirão os heróis gama impedir o projeto Terra Arrasada? Ou será que MODOC e o Líder conseguirão atingir seus objetivos?

Hulk Terra Arrasada é uma ótima HQ, boa em todos os aspectos, a ação é constante e os problemas que Ross é obrigado a enfrentar, mostra o quão difícil será sua jornada para ser aceito por Banner e seus companheiros. Uma HQ recomendada a todos os fãs do golias verde, e a todos que simplesmente estão a procura de uma boa leitura.

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Consciência Negra: onde estão os protagonistas negros na literatura infanto-juvenil?

Estamos no dia 30 de novembro e o mês da consciência negra mais uma vez termina. A equipe do Beco Literário passou esse mês pesquisando as mais famosas sagas da literatura infanto-juvenil e percebemos que nelas não há um negro protagonista, por esse motivo decidimos problematizar a questão.

É inegável que muitas crianças nascidas a partir de 1970 aprenderam a ler com os gibis, afinal era isso que líamos nas cartinhas dos leitores à turminha de quatro amigos do bairro do Limoeiro. Quantos deles eram negros? E quais personagens secundários que, eventualmente, ganharam suas próprias coleções de histórias em revistas a parte eram negros? Nos contos infantis de Monteiro Lobato, os negros eram retratados como animais e Tia Nastácia era referida como “a negra de estimação”.

Harry, Bela, Percy, Katniss, Thomas, Tris e a lista continua. Os negros estavam presentes? Sim, como personagens secundários. É impactante perceber que, durante nossa formação, pouca foi a representatividade na literatura. Gramsci, um filósofo italiano, estudou o entretenimento como forma de educar a sociedade e combater o senso comum, de que forma então nosso entretenimento mais significativo, que é o mundo fictício em páginas, tem sido inclusivo?

Foi nesse debate que reconhecemos Hugo, ou Idá Aláàfin, de A Arma Escarlate, da escritora carioca Renata Ventura. A narrativa conta a história de um garoto de 13 anos, morador da favela de Santa Marta no Rio de Janeiro e que é negro, de olhos verdes e cabelos crespos que foge de ameaças do chefe do tráfego da favela onde mora e passa a desenvolver suas habilidades como bruxo. Além de ser diferente de outros protagonistas quanto a aparência, Kemen Wellisson, redator do Beco Literário e fã de A Arma Escarlate, o descreve como o oposto dos protagonistas de grandes sagas por sua origem que o forçou a se esforçar para alcançar seus objetivos, tornando Hugo um pouco desconfiado, inconsequente e egoísta.

A atitude traiçoeira, no entanto, não impede de Hugo ser descriminado por sua cor e origem, problema enfrentado por inúmeros jovens no Brasil. Kemen, entende tal papel dado à Hugo como um avanço na representação dos personagens negros que, ao menos nos últimos anos, ganharam espaço como personagens secundários já que sempre estiveram à margem da literatura: “A Arma Escarlate se passa no Rio e isso ressalta essa diferença da forma como são retratados. Acho que por ser um livro brasileiro é bem maior a quantidade de personagens negros nele, algo que não vemos em Harry Potter por exemplo (mesmo com a mudança realizada na peça onde vemos uma Hermione negra). Apesar de o Brasil ainda ser um país racista, é mais provável você encontrar personagens negros nos nossos livros, do que em livros norte-americanos.”

“A Arma Escarlate é um livro incrível que realmente me marcou bastante. Teve momentos em que determinado personagem me magoou tanto com determinada atitude que eu tive que passar uma semana sem olhar para o livro, e isso não é ruim, só nos mostra como os sentimentos são totalmente abalados ao ler esse livro. A Renata trouxe conflitos do nosso dia a dia, como tráfico de drogas, por exemplo, e os colocou dentro de um universo mágico onde nunca imaginaríamos que isso fosse chegar. O Hugo é um personagem singular, ele não é o garoto perfeito que lutará contra tudo para salvar seus amigos, ele não é “O Eleito”, o Hugo é um garoto egoísta, mas não por ser mal. Ele é egoísta porque cresceu em uma favela onde tudo é difícil e ele tem que se virar para não morrer a cada dia que decidi sair de casa para ir para a escola.” Kemen Wellisson

E, a partir de Hugo, concluímos que a literatura brasileira traz mais personagens negros que os grandes sucessos internacionais em infanto-juvenil e nomes como Machado de Assis ou Chimamanda Ngozi são poderosos na literatura nacional. Ainda assim, num país em que 53% da população é negra, o número de protagonistas negros só reflete a falta de representação da raça.

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04 dicas para quem busca inspiração para escrever

Conseguir inspiração para escrever é uma tarefa difícil para qualquer escritor. Pessoalmente acredito que escrever requer muito mais consciência do que faíscas de inspiração. O que chamo de inspiração neste texto, portanto, é apenas potencial material para a sua escrita. Sem mais delongas, vamos às dicas.

1. Tenha a mente aberta.

Faça uma autoanálise agora. Quais são os seus preconceitos no que tange às artes? Você detesta os livros clássicos? A audição de uma canção de um gênero que você desconsidera é capaz de lhe causar urticária? Assistir a um filme cult é uma tortura para você? Olhar um quadro de um artista abstrato é o maior exercício de tédio que você conhece?

Se você respondeu sim a alguma das perguntas acima, você tem a mente fechada para pelo menos uma forma de expressão de um veículo crucial, a arte. Se se recusa a ler os clássicos, por exemplo, você está jogando fora uma infinidade de temas que poderiam ser aproveitados nos seus textos, por mais diferentes dos clássicos que eles sejam. Se você se recusa a ver um filme pela primeira vez por qualquer preconceito você está literalmente jogando fora dezenas de cenas que poderiam inspirar boas descrições para os seus livros.

Sendo bastante direto: não limite o seu gosto. Experimente obras de arte fora da sua zona de conforto.

2.Tenha um método de leitura.

Não leia meramente por diversão o tempo todo. Não se prive de leituras divertidas, mas não negue a tarefa de analisar um livro minuciosamente sempre que puder. Leia devagar, leia em voz alta, pense em cada frase, guarde cada cena. Analise o estilo do autor. O que faz com que Machado de Assis e Clarice Lispector sejam tão diferentes? Você não precisa saber responder essa pergunta com a autoridade de um especialista em literatura, basta que você saiba, por exemplo, se um determinado parágrafo pertence a um ou outro autor quando o ler. Quando for capaz de fazer isso você terá se tornado um leitor sério.

3.Analise a si mesmo.

Reserve algum tempo do seu dia para pensar sobre você. Eu amo aquela pessoa ou sinto apenas uma atração efêmera? Quanto a minha convivência com outras pessoas afeta a minha personalidade? O que eu realmente quero para mim? Poucas pessoas pensam de fato em perguntas simples como essas. Elas podem parecer complicadas de início, mas, à medida que você exercita a sua capacidade de autoconsciência, elas se tornam tão simples quanto uma soma de números naturais. E, é claro, o quanto mais avançado você estiver nessa faculdade, mais fácil será observar a realidade como um todo.

4.Analise a sua realidade.

Sei que as suas questões íntimas parecem fúteis se comparadas às dos personagens que você ama; que os seus conhecidos, por sua vez, parecem banais demais para figurar num livro; e que o seu cotidiano parece tão entediante que você não acredita que alguém tenha paciência para lê-lo.

Todas essas impressões são falsas. A realidade é uma fonte de inspiração rica em qualquer lugar. Pode ser que algum russo nascido no século dezenove aspirante a escritor achasse sua vida anormalmente desinteressante. Não ouvimos falar desse sujeito, tanto que nem temos a sua existência como certa. Temos, porém, um nome bastante conhecido: Liev Tolstói, nascido na mesma época e no mesmo país que o nosso escritor imaginário, que nos presenteou com algumas das maiores pérolas da literatura universal. Portanto, esqueça a síndrome de vira-lata e ponha vida na sua obra.

Espero que tenha feito você pensar. Comece a exercitar a sua sensibilidade. Tenho certeza de que isso lhe trará frutos. Até o próximo post!

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04 dicas para quem quer começar a escrever

Há um tempo, depois de algumas mudanças na vida, redescobri em mim a necessidade de escrever. Como a faculdade  tinha terminado e todas as possibilidades estavam em aberto, resolvi tentar me dedicar um pouco a isso, à escrita. Comecei a procurar coisas que pudessem ajudar, não só com dicas, mas também com encorajamento, e agora divido algumas delas com vocês, leitores do Beco. Talvez essas referências ajudem a dar os primeiros passos na escrita; de qualquer forma, tenho certeza de que não vão atrapalhar.

1) AntiCast

A primeira dica é o AntiCast, um site que abriga vários podcasts interessantes. O primeiro que ouvi foi o “3 páginas”, onde os participantes lêem e comentam textos enviados pelos ouvintes. Além dele, você pode encontrar no site podcasts sobre filosofia, design, análise de filmes, entrevistas, discussões quanto aos acontecimentos no mundo da política e da arte, entre outros. Conhecer a técnica é importante, mas é preciso conhecer também os conteúdos, e lá você consegue um pouco dos dois.

2) Sobre a Escrita, de Stephen King

Esse livro é curto e muito interessante. A primeira parte é uma autobiografia, uma leitura bem tranquila que mostra a trajetória que levou King a se tornar um escritor. Ver um cara com uma carreira tão consolidada passando por dificuldades similares às de muitos de nós, é aquele tapinha nas costas que todos precisamos na hora do desespero. É como se ele dissesse “cara, não existe milagre. Se você precisa escrever, escreva! E chega de drama!”. A segunda parte dá algumas dicas quanto ao processo de escrita que vão desde a gramática até a fase de venda do seu trabalho. Apesar de o livro fazer mais sentido na realidade estadunidense dos anos 2000, ainda tem MUITO a oferecer.

3) Medium

Ah, que descoberta maravilhosa foi o Medium! Ele é uma plataforma na qual você pode criar um perfil que funciona como um blog, onde publica seus textos, fotos, HQ’s, entre outros; pode também “seguir” pessoas ou publicações, que são como revistas eletrônicas – lá tem várias ótimas em português. Mas o mais interessante do Medium, para mim, é a rede que ele proporciona. Tem muita coisa, de todo o tipo: crônicas, jornalismo, poesia, ficção… Dá para trocar informação com muita gente que está ou esteve em situação parecida em relação à escrita, além de ter acesso a mais fontes de informação, para além da mídia tradicional. Façam um perfil e dêem uma olhada, acho que vão gostar!

4) BecoClub

Uma das dicas que você verá em Sobre a Escrita é a importância de ler tudo que você puder, dos clássicos às novidades. Até mesmo um livro ruim, como coloca King, pode te ensinar muito do que não fazer, afinal, quando a gente lê bastante fica mais fácil identificar um diálogo meio forçado, uma descrição exagerada ou um personagem fraco demais e, assim, não cometer tais erros. O mesmo vale para não-ficção: ainda que seu desejo seja escrever na área do jornalismo, o ritmo de escrita e as formas de abordar um tema são essenciais. Por isso indico o BecoClub. É fácil encontrar dicas quanto aos livros clássicos, e é INDISPENSÁVEL lê-los. Mas quando se trata das novidades, que são muitas, fica mais difícil escolher, e é comum que, sem saber o que ler, acabemos por não ler nada. O BecoClub te envia mensalmente um livro, marcadores, revista e brindes, dando um empurrãozinho para que você não passe nem um mês sem ler um novo livro. Mas se a grana está curta, uma forma de conhecer esses livros é ler as resenhas que postamos aqui; assim você pode ter uma noção de seus conteúdos e escolher o que mais chamar a atenção.

Como bônus, dou um último conselho, que é algo que tenho dito constantemente a mim mesma: desligue a tv! Não digo isso em relação a filmes, documentários ou boas séries. Mas sabe aquele costume de ligar a tv aleatoriamente, só para esperar o tempo passar? Esse costume consome um tempo em que poderíamos estar lendo, vendo um filme interessante, ESCREVENDO ou mesmo “curtindo” um momento de solidão, desses que podem nos fazer repensar a vida ou, pelo menos, descansar o cérebro.

É isso. Boa caminhada para nós. Se quiser trocar uma ideia, comenta aqui e procura a gente nas redes sociais!

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Resenha: Terra das Sombras, Andy Diggle & Billy Tan

“A batalha pela alma de um herói começa. Maculado pelo clã ninha Tentáculo, o Demolidor abriu mão de seus princípios para trilhar um caminho mais sinistro – que pode muito bem acabar em desastre para a Cozinha do Inferno. Com Homem-Aranha, Motoqueiro Fantasma, Justiceiro, Punho de Ferro, Luke Cage e outros heróis lutando para salvar a cidade, pode o Homem Sem Medo encontrar uma maneira de impedir a própria queda nas trevas, ou sua alma está perdida para sempre?”

Desde a HQ, A Queda de Murdock de Frank Miller, as raízes católicas do Demolidor se tornaram parte integral de suas aventuras. Assim, pecado e redenção se tornaram temas corriqueiros em seus roteiros, e embora Matt já tenha saído em busca de sua alma em diversas ocasiões, ele nunca teve que literalmente lutar para salvá-la.

Andy Diggle Faz um grande trabalho em Terra das Sombras. Quando começou a escrever a série, o Demolidor se encontrava em um momento estranho, pois acabará de se tornar o líder do Tentáculo, um clã que sempre o infernizou. Matt aceitou se tornar o líder com a esperança de fazer com que os ninjas do Tentáculo lutassem por uma causa mais nobre. Com isso em mente, Andy teve uma grande sacada, Murdock tinha um plano de mudar o Tentáculo, mas graças a Diggle, quem realmente mudou foi o próprio Demolidor.

A arte de Billy Tan possui um grande papel na HQ, seus traços e sombreamento fortes combinam perfeitamente com o clima criado por Andy Diggle. As expressões desenhadas por Tan também transmitem toda a tensão que se desenrola em meio as páginas.

Matt Murdock, o Demolidor, é agora o líder do Tentáculo, e com esse novo poder, ele construiu um castelo no meio da Cozinha do Inferno, o local é conhecido como a Terra das Sombras. De seu castelo, Matt comanda os ninjas do Tentáculo, ordenando-os a enfrentar qualquer mal que invada sua região, mas ultimamente, até mesmo os que discordam com Murdock tem sofrido ataques severos. Em meio a essa confusão, o Mercenário consegue escapar das autoridades, e retorna para Nova Iorque para enfrentar seu nêmesis.

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Quando o Demolidor e o Mercenário se encontram, uma grande batalha tem início. Matt acredita que seus ninjas são capazes de enfrentar o inimigo sozinhos, mas não demora muito para o Mercenário provar que os capangas do Tentáculo não passam de peões, sendo assim, o próprio Demolidor decide enfrentar o vilão. Enquanto a batalha ocorre, Punho de Ferro e Luke Cage se aproximam para dialogar com Matt, afinal, o Demolidor tem mudado, e isso tem afetado a Cozinha do Inferno. Ao perceberem a batalha entre Murdock e Mercenário, Cage e o Punho de Ferro oferecem ajuda, mas são rechaçados pelo Demolidor. Sem escolha, eles apenas assistem ao combate.

Enquanto presenciam a batalha entre Matt Murdock e Mercenário, eles percebem algo de diferente, o Demolidor não está se contendo nem um pouco. Normalmente o herói enfrentava o Mercenário, e encontrava meios para neutralizá-lo, mas agora, está diferente. No ápice do combate acontece o inesperado, Matt quebra os dois braços de seu arqui-inimigo, o Mercenário encara a cena chocado, o Demolidor jamais fora tão violento. De longe, Luke e Punho de Ferro observam, torcendo para que o pior não se concretize, mas acontece, a moralidade de Matt fora corrompida, sem hesitar ele apunhá-la o Mercenário, matando-o a sangue frio. Agora só resta aos seus amigos tentar resgatar o antigo Matt Murdock, mas será que eles conseguirão derrotar o líder do Tentáculo? Ou ainda mais importante, será possível salvar a sua alma?

Terra das Sombras é uma HQ com um clima sombrio, pois o Tentáculo corrompeu o Demolidor, e em meio a esse cenário distorcido, o mal consegue se espalhar de forma natural. Seus amigos lutarão para salvá-lo, e seus inimigos lutarão para tomar o seu lugar, tudo isso acaba gerando um conflito a cada página. Andy criou uma história repleta de ação, onde ocorre uma troca de papéis, o Demolidor é agora o vilão, e o que outrora era vilão, acaba por se tornar vítima. Uma HQ altamente recomendada.

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Os 10 Melhores Poemas da História (parte 2)

Estou de volta com a segunda parte da minha pretensiosa lista. O leitor há de decifrar o meu gosto particular e deduzir os limites do meu conhecimento de poesia principalmente nesta segunda parte. Sem mais delongas, vamos a ela.

5. Poema de Sete Faces, de Carlos Drummond de Andrade

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

Uma confissão memorável da fraqueza do ser humano. A inteligência poética de Drummond é bastante notável nesse poema.

4. Timidez, de Cecília Meireles

Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve. . .

Resistência do eu lírico em confessar o seu amor à pessoa amada. Não se sabe se algum dia a pessoa notará ser objeto de afeição da poetisa. Só se tem certeza de que o tempo – a única coisa certa – há de pôr fim à existência de quem ama.

3. Canção do Exílio, de Gonçalves Dias

Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem que ainda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Memorável retrato do sentimento de um exilado. Talvez um clichê, mas pela importância histórica, pela beleza dos seus versos e pelo patriotismo do autor deste texto, mereceu um lugar nesta lista.

2. Amor é fogo que arde sem se ver, de Luís de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;

Soneto do grande poeta da língua portuguesa sobre as contradições do amor.

1. A Divina Comédia, de Dante

 

Acabara o ladrão, e, ao ar erguendo

as mãos em figa, deste modo brada:

“Olha, Deus, para ti o estou fazendo!”

E desde então me foi a serpe amada

pois uma vi que o colo lhe prendia,

como a dizer: “não falarás mais nada”.

Outra os braços na frente lhe cingia

com tantas voltas e de tal maneira

que ele fazer um gesto não podia.

Ah! Pistóia, porque numa fogueira

não ardes tu, se a mais e mais impuros,

teus filhos vão nessa moral carreira?

Poema épico que narra a imaginária passagem de Dante pelo Inferno e pelo Purgatório até chegar ao Paraíso. As geniais alegorias tornam o poema atemporal.

Encerro aqui a minha módica lista. O leitor pode encara-la como um incentivo e um guia para adentrar no maravilhoso universo da poesia. Uma ótima leitura a todos.

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Os 10 Melhores Poemas da História (Parte 1)

Escolher os melhores poemas da história é difícil, limitar a escolha a apenas dez poemas é mais difícil ainda e qualquer um que se engaje nessa tarefa é indiscutivelmente pretensioso. De qualquer forma, aqui está a primeira parte da minha lista dos dez melhores poemas da história.

10. Soneto de Fidelidade, de Vinicius de Moraes

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

O nosso poetinha fala do amor de uma forma peculiar. Ciente de que não há de viver para sempre, confessa que deseja apenas vivê-lo em cada “vão” momento.

9. How do I love thee, de Elizabeth Barret Browning

Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.
Amo-te até nas coisas pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quiser,
Ainda mais te amarei depois da morte. (tradução de Manuel Bandeira)

Soneto de Elizabeth Barrett Browning dedicado ao seu marido, Robert Browning, também poeta. Na opinião deste humilde colunista, a mais bela declaração de amor já feita por alguém. Robert se apaixonou por Elizabeth antes mesmo de conhecê-la pessoalmente, apenas lendo seus poemas.

8. The Raven, de Edgar Allan Poe

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
	É só isto, e nada mais." (tradução de Fernando Pessoa)

O mais célebre poema de Edgar Allan Poe. O poema retrata magistralmente o crescente desespero do eu lírico face à misteriosa ave que aparece em sua janela. Influência determinante na vida de autores como Machado de Assis, Fernando Pessoa e Charles Baudelaire.

7. Tabacaria, de Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa)

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Uma das muitas personalidades de Fernando Pessoa concebe um poema que não deixa de revelar um pouco da biografia de seu criador. Um tesouro do Modernismo que trata de forma intimista as sensações de frustração e conformidade resignada.

6. L’Éternité, de Arthur Rimbaud

De novo me invade.
Quem? – A Eternidade.
É o mar que se vai
Como o sol que cai. (tradução de Augusto de Campos)

O jovem poeta escreve brilhantemente sobre o desespero face ao infinito. Observamos a eternidade passar diante da nossa limitada vida como quem observa o Sol se pôr ou as ondas do oceano.

Espero que vocês gostem dos poemas e que eles sejam tão significativos para vocês quanto foram para mim. A segunda parte da lista será postada em breve.

Resenhas

Resenha: Mãos de Cavalo, Daniel Galera

Carregado de detalhes, Mãos de Cavalo é um livro que se você não soubesse que é de Daniel Galera, sacaria que era dele logo nas primeiras páginas. Muito bem narrado, ele demora para engrenar. A demora não é culpa do autor. Ele quis que fosse assim.

As frustrações do cirurgião plástico Hermano os fazem sumir alguns dias de sua rotina, de seus pacientes e de sua família em escapadas para escalar com um amigo, onde exploram as maiores montanhas da região sul país. Esta insatisfação com a vida atual é guiada também por memórias nostálgicas, de sua infância nos anos 90, que são a melhor parte do livro. Os conflitos, brigas, primeiro beijo, aventuras com amigos, e até a morte de um deles: tudo faz sentido e tudo remete a algo que acontece com ele aos 30 anos de idade.

Os capítulos alternados entre os tempos atuais e os tempos passados vão de capturando aos poucos. Demora para se captar a aura desta história dramática e cheia de personalidade. E é disso que Mãos de Cavalo fala: sobre a definição da personalidade de um homem. É como se a trinca de livros de Galera “Cordilheira” e “Barba Ensopada de Sangue” juntas se resumisse a nos dizer que temos que aceitar nosso destino e seguir em frente com eles. É tudo uma construção que vem sendo feita desde nossos primórdios aos tempos atuais.

Hermano resolve abandonar sua última aventura, que era escalar uma montanha de gelo na Argentina para correr atrás de sua base, voltar a sua infância e começo de adolescência e obter respostas, quem sabe, para reavaliar o seu futuro.

Não é um livro para altas expectativas. É apenas uma boa leitura que o fará pensar muito sobre si mesmo.

Atualizações, Cultura, Novidades, Talks

Entrevista: Nos apegamos à Isabela Freitas por alguns minutos e te contamos tudo!

Durante a última Bienal do Livro de São Paulo, tivemos a oportunidade única de entrevistar a rainha do desapego, Isabela Freitas. A musa, que deu uma palestra na Arena Cultural com duração de cerca uma hora, respondendo a perguntas de fãs do Brasil todo, que chegaram a viajar horas só para conhecê-la nos recebeu durante sua sessão extra de autógrafos para responder a algumas perguntinhas.

Vídeo da Isa na Bienal, e nós do Beco ali de relance assistindo ela.

Antes do evento, o site da organização da Bienal havia distribuído senhas para autógrafos dos seus livros Não se apega, não (resenha aqui) e Não se iluda, não (resenha aqui), que se esgotaram em minutos, deixando muitos fãs sem a oportunidade de conhecer a autora. Mas para Isabela, senha não quer dizer nada. Simpática com todos os presentes, a escritora arrumou um espacinho no estande de sua editora, Intrínseca, e pediu para que os fãs formassem uma fila, que dobrou esquinas. A mineira de 25 anos fez questão de atender todos os leitores presentes, assinar seus livros e tirar foto com cada um deles. Humildade, a gente vê por aqui. Não deixou o local enquanto o último leitor não realizou o tão esperado sonho de conhecê-la, a diva de uma geração desapegada, que não se ilude por pouco e que agora, foge de enrolações!

Sempre com um sorriso no rosto, Isa nos recebeu entre um fã e outro na sua mesa de autógrafos, por aproximadamente dois minutos, já que a quantidade de desapegados era quilométrica! Na época, seu terceiro livro, Não se enrola, não (resenha aqui), ainda não tinha sido lançado.

Beco Literário: O que podemos esperar da Isabela de “Não se enrola, não”?
Isabela Freitas: Eu sempre tento conciliar conselho e história, o primeiro foi muito conselho e eu achei que poderia explorar mais a história. No segundo, eu tentei mixar os dois de uma forma que não ficasse cansativo muita história e muito conselho e o terceiro eu melhorei mais um pouquinho. Estou sempre evoluindo como escritora, e vocês como meus leitores também.

E olha, deixando de lado toda a minha admiração pela autora, Não se enrola, não está magnífico! Óbvio que já li no dia em que comprei, e com certeza, já fizemos resenha aqui no site, que você confere clicando aqui.

BL: Como você acha que seus livros venderam tantos exemplares? Tem alguma fórmula do sucesso?
IF: Não sei, uma macumba talvez (risos). Eu acho que um pouco de sorte, às vezes, e era um livro que ainda não tínhamos visto. Falando de relacionamentos, ao mesmo tempo em que tem uma história, uma personagem divertida, um livro leve pra você ler bem rápido, as pessoas gostam disso.

Inovadora e destruidora mesmo! Confesso que conversar com a Isa é uma experiência única, e que entrevistar ela como um “simples jornalista” foi um desafio e tanto. Ela é um orgulho tremendo. <3

BL: Você acha que seu blog influenciou um pouco nisso?
IF: Na verdade, acho que não. Porque tem muita gente que tem sucesso com blog e não vende livros. Então acho que foi o boca-a-boca. Uma pessoa leu, contou para a outra e foi indo…

Com certeza, não podíamos deixar de perguntar sobre Nerve. Para quem não assistiu, Nerve conta a história de um jogo, onde você pode ser um watcher (observador) ou player (jogador). Os watchers enviam desafios aos players, que ao concluírem, recebem quantias exorbitantes de dinheiro. Mas claro que os desafios não são tão simples assim. Entre eles, tem roubar roupas de lojas caríssimas, dirigir uma moto em velocidade máxima com vendas nos olhos, beijar um desconhecido na rua…

BL: Isa, você assistiu Nerve. Você seria uma watcher ou uma player?
IF: Ahhh, eu sou player (risos). Eu sou player total, eu gosto de viver a vida intensamente. Eu sai do filme querendo jogar Nerve. A gente é muito preso a medos e a julgamentos e achei incrível essa história. Pensei, por que não tive essa ideia antes?

E claro, nada melhor que uma indicação aos nossos queridos Becudos, diretamente da nossa rainha.

BL: Indica um livro para os nossos leitores? Que você goste muito ou tenha lido recentemente?
IF: Recentemente eu li a coleção de “A Seleção”, eu amo A Seleção (da Kiera Cass).

Se você também não leu nossa resenha da série “A Seleção”, corre aqui!

BL: E pra finalizar: Uma pergunta que nunca fizeram pra você mas que você queria muito responder?
IF: Que nunca fizeram para mim… Ih, acho difícil (risos). Ai nossa… Essa pergunta! É a melhor e a pior pergunta, foi essa, nunca me fizeram, adorei!

Um amor de pessoa, não é? Foi uma honra entrevistar Isabela Freitas e de antemão, já agradecemos a ela pelo tempo que cedeu a nós, pelos fãs, que estavam na fila e aguardaram ansiosamente até que fizéssemos essa matéria e a Andressa, da Intrínseca, que tornou isso possível. Não se enrola, não, novo livro da autora já está a venda nas principais livrarias do país, e tem resenha no Beco Literário aqui.

Não se enrola, não, Isabela Freitas
Livros, Resenhas

Resenha: Não se enrola, não, Isabela Freitas

“Na sequência de Não se iluda, não, a vida de Isabela dá uma completa reviravolta depois do sucesso de seu blog, Garota em Preto e Branco. Decidida a perseguir seus sonhos, ela abandona o curso de direito, deixa a casa dos pais, em Juiz de Fora (MG), e se muda para São Paulo tão logo conquista um emprego numa badalada revista on-line. Enquanto se adapta aos novos tempos numa quitinete no Baixo Augusta, Isabela escreve seu primeiro livro.

Seria perfeito se no apartamento em frente não morasse o envolvente Pedro Miller e os dois não se embolassem regularmente sob o mesmo lençol. Não, não é namoro. Não, não é apenas amizade. É algo muito mais enrolado, um relacionamento sem um nome definido. Um “isso”, como diz a personagem. Embora não tenha coragem de confessar seus sentimentos, Isabela sabe que está perdidamente apaixonada pelo seu melhor amigo.

Em Não se Enrola, Não, os leitores poderão acompanhar os primeiros passos dos personagens na vida adulta, com toda a independência e as responsabilidades que ela proporciona.”

É sempre com muito receio que começo uma continuação de uma série de livros que gosto. Fico com medo de acontecer a mesma coisa que aconteceu em “A Maldição do Tigre”: um primeiro livro sensacional e uma sequência que me fez odiar personagens que eu tinha aprendido a amar. Então foi com empolgação e medo que  comecei a leitura de “Não se enrola, não”, o terceiro livro da série da autora brasileira Isabela Freitas.

Depois do fenômeno “Não se apega, não” – cuja resenha você encontra aqui – Isabela Freitas, que já era conhecida pelos seus textos no blog e em redes socais, explodiu como uma das autoras mais vendidas no Brasil. Após o lançamento de “Não se iluda, não” – cuja resenha você encontra aqui – Isabela bateu o recorde de mais de 1 milhão de cópias vendidas.  E não podia ser diferente: intercalando textos sobre relacionamentos e suas histórias engraçadas e trágicas de vida, a autora consegue criar uma dinâmica leve e ao mesmo tempo emocionante durante toda a leitura.

Completando a trilogia, “Não se enrola, não” traz uma Isabela diferente da que conhecemos. Mais madura e disposta a assumir novos desafios em sua vida, a personagem se muda da casa dos pais e vai para São Paulo, onde trabalha em uma revista online, respondendo as cartas de leitores enquanto trabalha em seu primeiro livro. Entre os desafios de morar sozinha (e lavar o próprio banheiro – miga, te entendo!), começar uma nova carreira, ser responsável por suas próprias contas e estar longe dos seus amigos, Isabela tem algo que a faz se sentir em casa: Pedro Miller. Seu melhor amigo não só se muda para a mesma cidade como é vizinho da nossa protagonista.

Com o tiro final angustiante que tivemos em “Não se iluda, não”, todos os leitores estavam com muitas expectativas para o destino do casal Pedro e Isabela, que começam este novo livro estabelecendo uma amizade colorida. Parece ser a melhor opção para Isabela, que não sabe o que esperar da relação com o melhor amigo: Pedro, o arrasador de corações que não acredita no amor em um relacionamento sério? Mas um coração que foi feito para se entregar por inteiro não sabe se doar em partes, porque quando se divide ele quebra.

“Tudo aqui é intenso. Do amor ao desprezo, sempre sinto muito”.

E é na tentativa de levar isso casualmente que Isabela percebe o quanto já está enrolada. Mas gente, que não estaria? Pedro Miller não dá uma bola fora. A autora criou um protagonista tão carismático e maravilhoso que posso afirmar que ela estragou o resto dos homens do mundo para nós, mortais. Às vezes eu fico torcendo para o Pedro fazer uma bobagem, só uma merdinha, mas não… ele vai lá e consegue ser ainda melhor.

“O amor não precisa de rótulos para existir, não precisa ser algo que podemos tocar com as mãos, não precisa ser um status nas redes socais, muito menos um metal que envolve os dedos. O amor não precisa ser declarado em voz alta, nem do toque nem do cheiro. Às vezes, só de estar perto de uma pessoa sabemos o quanto a amamos. O amor não precisa de um porquê, de uma justificativa. O amor existe, e é isso que o torna tão incrível.”

Sobre a edição eu não consigo pensar em palavras que não sejam elogios. Toda a trilogia mantém uma linha excepcional de organização e design: uma capa atual e colorida (com a nossa bonequinha do desapego sempre presente), páginas amarelas <3 e os famosos trechos em destaque (que estampam inúmeras fotos que vemos por aí). A Íntrinseca está de parabéns!

Não sei se foi o amadurecimento da personagem, os novos dilemas abordados ou apenas a minha fase da vida durante a leitura, mas acredito que este seja o meu livro preferido da série. Lembram que comecei essa resenha falando do meu medo de sentir que a história não teve o final que merecia? Pois bem, terminei a leitura realizada: Isabela Freitas concluiu com maestria uma coleção que todas as jovens desse mundo deveriam ler.

“Porque, quando não sei o que fazer, escrevo. Porque algumas coisas que nunca dizemos em voz alta precisam ser ditas. Ou escritas. Palavras se eternizam.”

Então eternizo aqui com as minhas: “Não se enrola, não” vai estar entre os livros mais vendidos do país, merecidamente. Leitura recomendada!