É sempre bom repensar o papel da mulher na sociedade e aqui está uma pequena lista de 5 livros com histórias de mulheres fortes e que pensam o empoderamento feminino.
O livro é uma autobiografia em formato de quadrinhos da iraniana Marjane Satrapi. Conta a história de uma garota que em 1979, aos 10 anos, vivenciou a revolução islâmica no Irã. Sob o forte regime Xiita, ela se viu obrigada a usar o véu islâmico pela primeira vez. A autora, vinda de uma família politizada e com forte consciência política, cativou a todos e escreveu Persépolis sobre a sua infância e a sua luta contra as opressões religiosas, sobretudo, contra a mulher.
O livro é construído ao redor das palestras dadas por Virginia, em 1928, nas faculdades de e Newham e Girton. Nelas, a inglesa discute o papel da mulher na literatura e , para isso, questiona o posicionamento feminino perante a sociedade, mostrando a dificuldade que a mulher tem de exprimir um pensamento livre e, por fim, colocá-lo em um livro.
A guerra não tem rosto de Mulher – Svetlana Aleksiévitch R$ 26,91
companhia das letras
Em um livro envolvente, a autora conta a história de algumas das mais de um milhão de mulheres que lutaram ao lado do Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial. Svetlana dá voz as guerreiras que lutaram em batalhas e sofreram com fome, violência e frio.
#Meuamigosecreto – Feminismo Além Das Redes R$ 17,01
O livro criado por integrantes do coletivo feminista Não me Kahlo tem como proposta estender o diálogo das pautas feministas e explicar, também, as raízes do machismo. A obra aborta temas como: aborto, feminismo negro, mães e entre outros assuntos.
O Conto da Aia (Handmaid’s Tale) – Margaret Atwood R$ 21,51
rocco
O livro escrito em 1985 voltou à mídia recentemente pela adaptação audiovisual feita pela série do streaming Hulu: Handmaid’s Tale. A história se passa em um futuro distópico, no qual a população é regida por um Estado teocrático e totalitário e neste, as mulheres são vítimas principais de opressão, sendo propriedades do governo são divididas em funções específicas e não possuem direitos. O enredo é ideal para se questionar a questão dos direitos das mulheres, apresentando um cenário no qual ele se faz ausente. Mesmo se tratando de uma ficção, as questões tratadas no livro são muito atuais e essenciais para se discutir o lugar da mulher na sociedade.
Adeus ano velho, feliz Ano Novo! Não importa a cor do look escolhido, o principal nesse momento é estar perto de quem se ama e celebrar com fogos, champanhe e tudo que tem direito. A verdade é que 2018 está batendo à porta e a escolha do local para se despedir do passado e dar boas-vindas àquilo tudo que está por vir é superimportante. Por isso, a ViajaNet fez um roteiro de dicas em diversas cidades. Confira:
São Paulo (SP)
Desistiu de viajar e ficou em São Paulo? Apesar de cheio, um dos lugares mais bonitos para se estar durante a contagem regressiva é a Avenida Paulista. Além do tradicional Show da Virada que leva artistas da atualidade em apresentações gratuitas ao decorrer do evento, há ainda a tão esperada queima de fogos. Durante essa noite, o policiamento é reforçado, então a segurança é garantida.
Alter do Chão (PA)
Localizado no município de Santarém, Alter do Chão é um vilarejo paraense conhecido por sua hospitalidade e já foi considerado pelo jornal britânico The Guardian como a melhor praia brasileira. O “Vai Tapajós” marca as festividades da época, com muito carimbó e comidas típicas. O destaque fica para a “Karua Ara Pyau”, que acontece em uma baía secreta próxima ao Rio Tapajós.
Rio de Janeiro (RJ)
Ao longo dos quatro quilômetros de orla da praia de Copacabana, aproximadamente 2 milhões de pessoas se reúnem todos os anos para passar o Réveillon na Cidade Maravilhosa. A queima de fogos tem duração de 12 minutos e os explosivos que pintam o céu são espalhados por 12 balsas que ficam no mar, deixando tudo mais bonito e seguro. A organização sempre disponibiliza um palco onde se apresentam bandas famosas e DJs para deixar a ocasião animadíssima.
São Miguel dos Milagres (AL)
As comemorações nesse pedacinho do paraíso começam cedo. Com início no dia 27 de dezembro, a festa nomeada como Réveillon dos Milagres se estende até a Virada. A 99 quilômetros de Maceió, é um destino para renovar as energias e entrar no novo ciclo com o pé direito. A vila de pescadores abriga diversos restaurantes de peso: não deixe de visitar o Polvo no Coco e se deliciar com as sobremesas do estabelecimento que fica na Praia do Marceneiro.
Guarapari (ES)
Se as mais de 30 praias paradisíacas de Guarapari não fizeram você arrumar as malas e embarcar para o Espírito Santo, com certeza, o Réveillon Privilège será o suficiente para querer fazer uma visita aos capixabas. A party deste ano acontece no Thale Beach, à beira-mar da Praia de Peracanga e tem pacotes open bar e food. Aproveite também para se maravilhar com as belezas naturais da Área Preta e de Castanheiras.
1 – Um robô não pode ferir um ser humano, ou por inação, permitir que um humano seja ferido.
2 – Um robô deve seguir todas as ordens dadas por seres humanos, exceto em casos que entrem em contradição com a primeira lei.
3 – Um robô deve proteger a própria existência, desde que isso não entre em contradição com a primeira e segunda lei.
São essas as leis que regem o universo ocupado por humanos e robôs criado por Isaac Asimov e que, teoricamente, são impossíveis de serem burladas. Não compare o livro com o filme de mesmo nome estrelado por Will Smith, embora o filme seja baseado, não se compara a grandiosidade do livro, é certo que diversos momentos do filme são inspirados em contos específicos do livro, como a cena no armazém de robôs, baseada no conto “Um robozinho sumido”, ou outras cenas que são de contos que nem sequer se encontram no livro, como quando o robô Sonny fala sobre seu sonho, que parece uma alusão ao conto “Sonhos de Robô”.Portanto, entenda filme e livro como obras distintas.
Eu, robô é uma coletânea de contos que já foram publicados em outras revistas, porém dessa vez são apresentados de forma a manterem um elo entre cada um, com uma entrevista a celebre Dra. Susan Calvin, personagem recorrente em vários contos de Asimov, em que ela fala um pouco de sua vida e relação com os robôs ao longo do tempo, começando o conto “Robbie”, que mostra um robô babá numa época que as maquinas ainda eram mais simples, alguns dos contos não a tem como protagonista, mas é ela uma das mais interessantes personagens mostradas.
O livro é subdivido em 9 contos, fora a história geral de ligação. São contos inteligentes, muitas vezes as três leis que a principio eram inquebráveis são postos à prova, necessitando de soluções inteligentes para concluir cada conto. Ainda que aparentemente sejam histórias sobre robôs, o foco são os humanos e suas interações com as maquinas inteligentes. A quem gosta de ficção cientifica, ou pretende conhecer a obra desse grande autor.
Narrado em primeira pessoa por Nael, filho da empregada Domingas, Dois Irmãos gira em torno da rivalidade entre Omar e Yaqub, irmãos gêmeos de origem libanesa que moram em Manaus. Apesar de idênticos na aparência, os gêmeos têm personalidades completamente diferentes.
Na tentativa de evitar o conflito entre os irmãos, Halim manda os filhos para Líbano. Mas Zana intervém para evitar que Omar vá embora. Dessa forma Yaqub parte para o exterior, retornando cinco anos depois, ainda ressentido ao constatar a rejeição da própria mãe.
Omar, o caçula, é protegido por Zana. Mimado e inconsequente, não estuda e não trabalha. Por outro lado, Yaqub é um rapaz responsável, que estudou em São Paulo para se tornar engenheiro.
Halim, esposo de Zana e pai dos irmãos, sofre com a obsessão da mulher com Omar. Desde o início do casamento, Halim rejeitava a ideia de ter filhos, pois temia o distanciamento da esposa.
Publicado no ano 2000, Dois Irmãos ganhou o Prêmio Jabuti no ano seguinte, e desde então vem sendo considerado um clássico da literatura contemporânea brasileira. Através do ódio entre os gêmeos, Milton Hatoum narra a ascenção e queda da família de Halim e Zana, e também conta um pouco da história de Manaus no início do século XX. Além disso, no decorrer da história, o narrador-personagem Nael busca descobrir a verdadeira identidade de seu pai.
Em 2015, a trama de Hatoum foi adaptada em uma graphic novel por Fábio Moon e Gabriel Bá – ironicamente dois irmãos. O trabalho recebeu diversos prêmios internacionais, entre eles o Eisner Awards, considerado o Oscar dos quadrinhos. Em breve, teremos um post exclusivo aqui no site mostrando apenas a graphic novel para vocês, então fiquem de olho! 😛
Dois Irmãos também foi adaptada para a televisão, numa minissérie dirigida por Luiz Fernando Carvalho, na Rede Globo. No elenco, grandes nomes como Eliane Giardini e Antônio Fagundes. Irandhir Santos interpretou Nael, e Cauã Reymond deu vida aos gêmeos Yaqub e Omar.
Prisioneiras é o terceiro livro de uma trilogia de livros de Drauzio Varella com histórias vividas em prisões – Estação Carandiru e Carcereiros. Desta vez, o médico se aprofunda nas histórias das detentas da Penitenciária Feminina da Capital de São Paulo. O fato de já ter trabalhado 30 anos em diversas penitenciárias fez que Drauzio desenvolvesse um olhar diferenciado para presos, funcionários e pessoas envolvidas em todo este processo. A habilidade de ver que ali existem vidas, sonhos, problemas de cotidiano e emoções que muitas vezes são ignoradas, até mesmo por eles mesmos.
Após uma apresentação bastante detalhada sobre os ambientes onde as vidas daquelas mulheres se desenrolam, os primeiros casos começam a ser narrados, como o dia de primeiro atendimento na penitenciária. É neste momento que fica mais explícito as diferenças deste para os outros dois livros da trilogia.
Mulheres, quando encarceradas, são esquecidas não apenas da sociedade, mas também por aqueles que a cercavam antes. Famílias, cônjuges, filhos e amigos raramente as visitam ou mantem algum tipo de contato, diferente do que acontece com homens na mesma situação. Conforme Varella diz no livro, a expectativa da sociedade é de ver as mulheres em seus devidos lugares, ‘recatadas e do lar’, e ser presa é algo que envergonha um marido ou um filho.
Prisioneiras vai te fazer repensar atitudes bem simples do seu dia. Te ajudar a enxergar melhor ao próximo. O trabalho desenvolvido por Drauzio Varella com esta parcela esquecida por todos é algo muito tocante. A sociedade tem muito a aprender com essas histórias, onde até mesmo aqui o preconceito sexual que existe no Brasil é escancarado. Uma leitura que nos faz mergulhar em um universo que parece estar diferente da nossa realidade, mas que no real, está bem próxima, já que podemos aplicar os ensinamentos em qualquer ambiente que estamos inseridos.
O Duelo dos Imortais é um livro prequel da série Deuses do Egito, isto é, se passa antes da história principal desenvolvida na série. É curtinho, e por isso talvez não haja muito sobre o que falar dele. Não interfere na leitura original, não tem spoilers, então é bem legal se você quiser começar por ele ou se quiser le-lo sozinho. Amo prequéis principalmente por isso.
Não li Deuses do Egito, mas comecei o primeiro livro, então sou um pouco situado na história. Mas, como esse livro não tem nada a ver com ela, é tranquilo de ler.
O Duelo dos Imortais, nos mostra a história de quatro irmãos deuses do Egito, Osíris, Néftis, Seth e Ísis, que ajudam o grande deus Amon-Rá (o Sol) a governar a terra. Exceto Seth, que quase não tem poderes, e mostra aquela velha narrativa do patinho feio tentando encontrar o seu lugar no mundo, descobrir qual é o seu talento, enquanto seus irmãos já estão a plenos pulmões se desenvolvendo.
Eu sou totalmente fascinado pelo Egito e por toda a mitologia, e apesar de não conhecer as histórias a fundo, eu amo o jeito que a Colleen escreve, misturando fantasia dela com a realidade mitológica, muito parecida com um Rick Riordan melhorado. O ponto alto desse livro, é o amor, já que deuses não podem ficar juntos, nem se apaixonarem. E Seth é obcecado por Ísis, que por ser a deusa da criação, tudo o que quer é se casar com seu amor e lutar contra o que for preciso para isso. Mas ela, só tem olhos para Osíris, assim como raiva e inveja, por ele ser o queridinho.
Mas o jogo vira, e o livro mostra uma história repleta de erros, vinganças, julgamentos, o poder de fazer o que quiser fazer, coisas mundanas acontecendo também entre os seres mais poderosos do mundo, os deuses. É muito legal de ver que são coisas naturais e intrínsecas a qualquer tipo de vivência e relacionamentos, seja entre humanos, deuses, semideuses… Algo que Riordan já havia nos provado no passado, através da mitologia grega (exceto pelo fato que ele não soube a hora de parar, sorry Rick. Espero que Houck saiba).
Particularmente, acho que estamos vivendo um momento riquíssimo de jovens interessados e sabendo sobre mitologias, mais do que nunca. Na minha época de escola, eu sofria tentando aprender história, e hoje, após ler Percy Jackson, eu vi que é tudo mais simples do que pensei. Colleen faz a mesma coisa agora, mas com a mitologia egípcia (que eu considerava mais fácil porque amava, mas nem todos os meus colegas eram assim). Isso é incrível.
Enquanto existem pessoas querendo tirar a disciplina da obrigatoriedade, existem outras contribuindo para que as crianças e jovens aprendam de maneira descontraída e verdadeira (além da decoreba) e ainda se interessem por isso. Agora, se me dão licença, vou voltar a ler Deuses do Egito porque esse prequel só alimentou a minha vontade que confesso, estava adormecida.
Campbell tem 17 anos. Ela não acredita em Deus. Muito menos em milagres. Cam sabe que tem pouco tempo de vida, por isso, quer viver intensamente e fazer tudo o que nunca fez no tempo que lhe resta. Mas a mãe de Cam não aceita o fato de perder a filha, por isso, ela a convence a fazer uma viagem com ela e a irmã para Promise um lugar conhecido por seus acontecimentos miraculosos. Em Promise, Cam se depara com eventos inacreditáveis, e, também, com o primeiro amor. Lá ela encontra, finalmente, o que estava procurando mesmo sem saber. Será que ela mudará de ideia em relação à probabilidade de milagres? A Menina que não Acredita em Milagres vai fazer você rir, chorar e repensar sua conduta de vida.
Um livro emotivo com toques ácidos de humor, transpassados através de personagens bem construídos que desenvolvem uma história que desperta o interesse em virar a próxima página quando as tramas começam a engrenar, é assim que podemos começar a definir a narrativa de “A menina que não acredita em milagres”.
Este foi o primeiro livro que li de Wendy Wunger e fiquei primeiramente com pouca expectativa em relação ao tema, afinal, já li várias obras que o câncer é abordado e me sinto marcado com o livro “A Culpa é das Estrelas” de John Green, não obstante, a leitura da obra de Wunger me surpreendeu positivamente em dados momentos.
No livro somos apresentados a Campbell, ou melhor dizendo, Cam. Ela é uma garota que passou por muitas coisas que deram errada em sua vida e é uma personagem que enfrenta um câncer terminal, dadas as circunstâncias, vemos que ela se demonstra cética a qualquer tipo de milagre que possa envolver a sua cura. A trama começa a se desenrolar quando somos apresentados a lista do flamingo de Cam, que é uma lista de coisas para realizar antes morrer que ganhou esse nome com uma brincadeira que ela fez com sua melhor amiga, Lily.
Sem tantos spoilers, elas começam a realizar a lista com o último de seus itens que é roubar alguma coisa de uma loja e esse fato vai gerar uma série de acontecimentos na narrativa que se relacionam com a lista no decorrer do livro. Confesso que não me empolguei tanto no começo da obra, mas com a evolução da narrativa e a mudança de cenário gerada pela decisão da mãe de Cam, Alicia, e a esperançosa irmã mais nova, Perry, me prenderam a prosseguir com a leitura.
Promise é uma cidade considerada milagrosa, localizada no Maine. Alicia e Perry tomam a decisão de levar Cam para lá e saíram em uma viagem para esse local que pode ser definido como uma grande jornada, afinal, é notório que Campbell não aguenta mais a rotina exaustiva de hospitais e que necessita essencialmente de uma aventura, independente de que seja com o objetivo que isso traga sua cura, afinal, nela não existe esperança.
Não obstante, na chegada a cidade, elas conhecem Asher que é um rapaz que oferece ajuda para conseguir um local para que elas fiquem hospedadas. Não preciso nem dizer que isso irá ocasionar em algumas páginas um romance super interessante que me fez sentir a química que um casal pode ter na literatura, além disso, é impressionante a história de Asher e as determinações que ele apresenta.
Nessa viagem fica evidenciada a forma que o livro quer apresentar a questão de “milagres” como alguma coisa não necessariamente relacionada a uma convenção religiosa e que tudo está mais para o significado a algo que pode ser espiritual ou não e de todos os tamanhos. É intrigante que esse sentimento chega para Cam durante a narrativa e a forma que ela amadurece e cria a determinação de fazer o milagre das pessoas que ela ama acontecer magicamente.
Com isso, não consegui largar o livro em seus últimos capítulos, pois é repleto de várias tonalidades emocionais e que concluem a obra de maneira mais que satisfatória. No geral, a apresentação estética da edição feita pela Editora Novo Conceito é incrível e combina com a magia que é encontrada dentro do livro, onde fui capaz de tomar para meu dia-a-dia a sensibilização do meu olhar para pequenas coisas e enxergar tudo o que a vida pode oferecer. Ps. Estava com saudade de ler um livro em terceira pessoa.
No último domingo (17), a blogueira, youtuber e escritora Nah Cardoso, esteve em São José dos Campos para o último evento da turnê do seu primeiro livro, “A Vida sem filtros”, na Livraria Saraiva, do CenterVale Shopping.
Esse foi nosso primeiro encontro com a Nah, nos cinco minutinhos antes de ela começar a atender todo o público que a esperava desde de manhã, e conversamos com ela bem rapidamente sobre seu livro, seus projetos e em como ela lida com a influência que tem sobre os fãs, de todas as idades.
A sessão de autógrafos reuniu aproximadamente quatrocentas pessoas, e começou alguns minutinhos depois (foi culpa nossa!), aproximadamente às 15h20, mas todos os presentes queriam ter a certeza de um autógrafo, uma foto e um momento com a autora, e por isso, já perambulavam pelo shopping desde o meio-dia, quando abriu. Não conseguimos acompanhar todo o atendimento aos fãs, porque sério, eles são super calorosos! Foi feito todo um esquema de segurança dentro da livraria, para que um por vez, pudesse entrar com seu livro, pegar o autógrafo e tirar a foto com a Nah. Conversando com alguns antes da entrevista, vemos que são capazes de tudo, só para dar um “oi”.
Conheça mais sobre “A Vida sem filtros”:
Já imaginou como seria viver a vida sem filtros?
Não, não estou falando dos filtros das redes sociais. Estou falando de algo mais profundo, de algo que todo mundo faz e nem percebe: dos filtros que a gente coloca no dia a dia e que dificultam a nossa vida. Quem me vê nas redes sociais com milhões de seguidores, pode ter uma primeira impressão: ela é tão segura, não deve sentir medo, nem ficar triste, deve ter uma vida perfeita. Mas você já parou pra pensar que eu não sou diferente de você? Eu sinto tudo isso que você sente. O que aprendi ao longo dos anos, foi retirar todos esses filtros. Não é uma tarefa fácil e muito menos rápida, mas vale muito a pena. Você pode não acreditar. Mas não foi por acaso que de tantos livros você escolheu justo este aqui. Sentimos as mesmas coisas, passamos pelos mesmos problemas e lidamos com o mesmo mundo. Mas não se engane, este livro não é sobre a Nah que você acompanha nas redes sociais. É sobre você. Sobre nós! Afinal, estamos conectados.
Antes de Nah atender os primeiros da fila, tivemos exatamente cinco minutos com ela. Entramos no cercado sob gritos dos fãs, que a todo momento estavam com seus celulares para o alto, querendo uma foto exclusiva da autora ou um sorrisinho de canto. Ainda tinham mães, que acompanhavam os filhos e brigavam por um lugar para eles, próximo da Nah. Assim que entramos, uma delas grita “representa a gente aí, perto dela”! Esperamos ter feito o trabalho certo. <3
A fila na porta da Livraria Saraiva momentos antes da Nah chegar.
Imagens: Gabu Camacho / Beco Literário
Beco Literário: Nah, vamos fazer um jogo rápido porque tem muita gente te esperando aqui, né?!
Nah Cardoso: (dando um pulinho de alegria) Uhum!
BL: Nós vimos que na sua fila hoje, tem um público que vai desde os mais novos até a galera mais adulta. Como você se sente falando com tantas pessoas diferentes e como você atinge todo mundo?
Nah: É demais porque eu vejo que o meu conteúdo não tem uma faixa etária própria assim… Atinge o coração de qualquer pessoa que se identifica com o que eu tenho a compartilhar. Então eu fico grata mesmo, eu gosto muito de saber que eu não tenho uma idade certa assim, sabe? É muito legal!
BL: Como e qual foi o momento que você parou e pensou “eu quero escrever um livro”? De onde veio essa ideia?
Nah: No ano passado, com a onda de muita gente escrevendo um livro, eu não achei que fosse o momento certo, porque eu falei “eu não sei, se eu fosse escrever um livro, o que eu teria para compartilhar e como compartilhar? E como escrever, já que eu nunca escrevi um livro e não deveria ser um processo fácil…” Então passou o ano inteiro com aquela leva de pessoas escrevendo livros e só no final ano que eu me dei conta que poderia compartilhar algo que realmente fosse importante para as pessoas. Eu tenho um conteúdo que eu treino todos os dias e que as pessoas sabem de uma forma ou outra, através de vídeos ou fotos minhas, ou snaps que eu fazia bastante, sobre um conteúdo existencial, sobre a vida. E eu falei, nossa, acho que seria um bom formato para eu poder compartilhar isso de uma maneira começo, meio e fim, sabe? O livro tem uma coisa mais estruturada e mais séria, e por isso foi uma maneira que eu encontrei de compartilhar isso.
Aglomeração e montagem da fila, após a chegada da Nah.
Pais e fãs se aglomeram para ver Nah Cardoso.
Imagens: Gabu Camacho / Beco Literário
BL: Nós vemos que você está sempre próxima ao Erick Mafra. Como foi a sua aproximação com o projeto dele, “O Garoto do Sonho”, e a aproximação dele com o seu?
Nah: Então, foi muito legal. O projeto “O Garoto do Sonho” foi algo que não veio propriamente do Erick, assim por se dizer, é algo que vem de um projeto que já é antigo, de muitos sábios que vieram trazer uma mensagem ao mundo, então, o Erick foi muito disponível porque ele escreveu ali muito inspirado nessa mentalidade e nessa proposta em levar para o mundo um conteúdo verdadeiro, uma forma de olhar para o mundo e para a vida. Então, quando eu recebi o convite e foi assim “Nah, você topa levar essa mensagem para as pessoas? Você topa ser uma ferramenta e uma ponte?” Eu topei. Da mesma forma como “A Vida sem filtros” faz parte desse grande projeto em relembrar as pessoas sobre o que tem no conteúdo do livro, né. Então se você ler, você vai ver que é tudo parte de um mesmo lugar. “O Garoto do Sonho” tem uma estrutura mas tem um conteúdo que leva para o mesmo lugar assim como meu. O Erick ficou muito próximo a mim porque ele já tem toda aquela pegada, toda a veia artística como escritor, então ele já me deu muito apoio.
BL: O seu livro é meio uma conversa. É uma delícia de ler. Por que você optou em escrever desse jeito, bem próximo da gente?
Nah: Ah, obrigada. (risos) É porque eu sou assim. Quando eu escrevo uma legenda ou faço um vídeo, eu penso nessa forma, como as pessoas vão se sentir falando comigo, como elas vão receber isso sem uma distância, então o livro foi tipo, conversando com as pessoas. Enquanto eu escrevia tinham pessoas na minha mente e eu estava conversando com elas. Então eu tinha isso assim, sabe? Os encontros me fortaleciam, enquanto eu estava escrevendo, eu fazia evento, aí eu lembrava de alguma pessoa específica, “nossa aquela menina, naquele evento… Vou colocar ela na minha cabeça agora, você meu amor…” Aí a pessoa vai ler e vai pensar, nossa, ela está falando comigo!
BL: Uma pergunta que nunca te fizeram e você gostaria de responder?
Nah: Uau. Hmmmm. (Rindo) Difícil! Olha, eu estava lendo Harry Potter agora no carro. (Pensando) Muita coisa do que eu não tinha contado, da forma que eu compartilhei, está no livro, então perguntas do tipo “Ai Nah, você nunca se sente rejeitada?” E no livro eu contei coisas que já aconteceram, acontecem e como eu lido com isso.
BL: Que livro você indicaria para os Becudos, leitores do Beco Literário?
Nah: No momento, eu terminei recentemente Extraordinário. Vi o filme, amei, mas o livro eu gostei muito porque me deixou mais aberta para sentir coisas e tal. E nesse momento eu estou lendo Harry Potter, nunca tinha lido nenhum e no primeiro de todo, e estou gostando muito. Eu indicaria o que estou lendo nesse momento e claro, A Vida sem filtros.
Depois dessa entrevista incrível, falamos com alguns fãs e deixamos a Nah em paz para atender todos que esperavam ansiosamente na fila. Agora, só resta você conhecer o livro “A Vida sem filtros”, e entender tudo que ela conta em primeira mão, para os leitores. E já pode ficar animado porque em algumas semanas, teremos resenha do livro postada aqui no Beco e se você ainda não garantiu seu exemplar, aproveite para comprar o seu livro com desconto exclusivo nas opções aqui embaixo!
Um super obrigado a Nah Cardoso, que nos atendeu mesmo em meio a correria, a equipe da Editora Planeta, que tornou a entrevista possível e a toda equipe da Saraiva pela ponte e pelo super evento. Queremos mais coisas assim em São José, né?
Jardins da Lua é um livro complexo de se comentar, então talvez essa resenha não consiga ficar com a profundidade que deveria. Mas vamos lá.
Desde que recebi o livro, da editora Arqueiro, notei uma certa semelhança com Crônicas de Gelo e Fogo, do George R.R. Martin, que deu origem a Game of Thrones. A edição, impecável, ainda vem com um mapa LINDO em formato de pôster e explicação dos personagens. Já logo entendi que seria complexo aí e fiquei apreensivo.
Jardins da Lua, é o primeiro livro da série “O Livro Malazano dos Caídos”, vemos e acompanhamos a expansão e eterna busca pelo poder do Império Malazano, sobre o continente de Genabackis, principalmente nas cidades livres que ainda resistem e ainda não foram conquistadas pelos invasores. Há citações de golpes, imperadores, imperatrizes e um personagem novo a cada página, sério. Para quem achou que seria fichinha um livro completo depois de Martin, se ferrou. Mas tem um glossário que me ajudou bastante durante a leitura.
É uma fantasia política, se é que podemos descrever assim. Temos muitos eventos relacionados a governança, moldados a feitiçaria, junto com massacres, guerras, batalhas. Confesso que não é muito meu estilo, que está acostumado a fantasias estilo Harry Potter, com final feliz e amor sempre vence.
“Por toda a nossa vida nós lutamos por controle, por um meio de moldar o mundo à nossa volta, uma caçada eterna e inútil pelo privilégio de sermos capazes de prever a forma de nossas vidas.”
Nós não somos apresentados aos personagens em banho-maria, eles já aparecem em ação, fazendo algo por si mesmo por por alguém próximo. Não tem um descanso, é como cair de paraquedas no olho do furacão. Não dá para você parar o livro, tomar fôlego e voltar. É uma leitura contínua, com muitas histórias paralelas, mitologia, detalhes… Ah, os detalhes. Parece que a qualquer momento vão sair do livro e dar um tapa na sua cara, fortalecidos principalmente pelos diálogos entre as personagens, que diga-se de passagem, um livro é feito pelos personagens e não pelo o que o narrador diz que está acontecendo, né?
Muita coisa está em jogo no livro, entre os personagens, entre os locais, principalmente quando o Império Malazano bate às portas. Confesso que é difícil se acostumar aos personagens, entender com clareza, mas uma vez que você engatou, é só alegria. A escrita do autor é totalmente cativante, e a profundidade da construção do enredo é o que te faz não desistir e permanecer até o fim, com tudo muito bem amarrado barrando a perfeição. Li em algum lugar, não lembro onde, que o livro é um poema sombrio em um universo caótico. Não há melhor descrição.
É um livro indicado para quem curte fantasia MESMO. Aquela raiz. Tem magia e feitiçaria, personagens de várias raças – mortais e imortais -, em que todos possuem um papel chave na construção do universo. Nos resta esperar pela continuação agora para saber qual é o próximo passo no mundo Malazano, e os fãs acreditam que a Editora Arqueiro dará um bom cuidado para a série, depois de arrebatar o livro das mãos da extinta “Saída de Emergência”. Achei interessante eu nunca ter ouvido falar do livro antes, e ele ter uma base de fãs muito forte no Brasil. Me desculpem se não consegui expressar o livro com a profundidade necessária, mas livros como Jardins da Lua, é só lendo para entender.
O natal está chegando e, para ajudar a entrar no clima, que tal ler um livro temático? Aqui está um lista com 3 livros que se passam no período natalino:
O Presente do Meu Grande Amor (organização Stephanie Perkins)
intrínseca
O livro é uma compilação de 12 contos natalinos narrados por diversos autores como David Levithan, Gayle Forman e Rainbow Rowell. É um livro bem tranquilo de ser lido e traz uma série de enredos muito variados e representativos, já que há personagens LGBTs e de diferentes etnias. Por mais que o livro traga a premissa do Natal, algumas histórias se passam no final de ano, outras na comemoração do Chanucá ou solstício de inverno.
Cada conto relata uma história de um casal diferente, trazendo o estilo do autor para as páginas, englobando sempre o amor como pano de fundo. Alguns contos, como “É um milagre de Yule, Charlie Brown” de Stephanie Perkins, encantaram mais o público do que outros, mas vale a pena conferir essas histórias de amor e final de ano.
Deixe a Neve Cair (John Green Maureen Johnson e Lauren Myracle):
extra
Esse livro reúne 3 contos de natal que se passam em Gracetown, uma cidade que foi atingida por uma grande nevasca. Mesmo se tratando de personagens diferentes, eles se interligam por diversos fatores além do cenário.
O Expresso Jubileu (Maureen Johnson): O primeiro conto narra a história de Jubileu – uma garota de 16 de anos que se vê obrigada a pegar um trem para a casa de seus avós na Flórida, ao invés de ficar com o namorado. Tudo isso, por culpa de um incidente ocorrido com os seus pais – eles foram presos. A garota, no entanto, não consegue chegar ao seu destino por causa da nevasca. A história tem um tom engraçado e envolvente que agradou boa parte dos leitores.
O Milagre da Torcida de Natal (John Green) : Esse conto do famoso autor narra a história de Tobin, JP e Duke, um grupo três melhores amigos, dois meninos e uma garota, que decidem sair para a Waffle House no meio da nevasca, onde líderes de torcida estão presas por causa das condições climáticas. O conto é sobre a aventura desses três jovens e tem uma premissa bem divertida.
O Santo Padroeiro dos Porcos (Laureen Myracle): Conhecemos nesse conto a história de Addie, uma garota que não está em seu melhor momento. Seu namoro com Jeb acabou logo dias antes do Natal. Em meio a muitas confusões , envolvendo um mini porco que prometeu dar de presente à amiga, muitas coisas dão errado e Addie parece tomar apenas decisões erradas. A garota, então, percebendo que muitas pessoas a consideram egoísta, decide tenta transformar algo em si mesma.
O Presente (Cecelia Ahern):
novo conceito
Nesse livro somos apresentados a Lou Suffen, um homem massacrado pela correria do dia a dia, que respira e vive pelo seu trabalho. Até que, um dia, ele encontra Gabe, um mendigo que está sentado sozinho no frio, perto de seu trabalho, e resolve oferecer-lhe o seu café. Lou, então, decide ajudar o homem lhe dando um emprego, por perceber que ele é muito observador e sabe muito acerca de seus colegas de trabalho. Com um personagem principal que tem atitudes muito egocêntricas, Cecelia cria uma história cheia de surpresas para o leitor, trazendo o clima natalino como pano de fundo.