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3 livros imperdíveis da literatura portuguesa

Este texto está escrito em português de portugal.

Como neste mês foi comemorado, no dia 10, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, deixo aqui 3 livros, de muitos, que são alguns dos melhores da literatura portuguesa. Uns intemporais e outros de grande sucesso.

1. Os Lusíadas, Luís Vaz de Camões 

Porque não começar por este tão aclamado livro que retrata a história de Portugal, e além disso neste dia também é comemorado o dia de Camões. Os Lusíadas é uma poesia épica, considerada epopeia portuguesa. Dá-nos a conhecer a viagem de Vasco da Gama até á Índia, onde enfrentam grandes perigos, inimigos e deuses. Também fala-nos de grandes histórias de Portugal, que Vasco da Gama contou ao Rei de Melinde. Esta é uma obra que demora “três vezes mais” para ser compreendida, por isso é necessária muita atenção aos detalhes.

2. Os Maias, Eça de Queiroz 

 Os Maias encerra uma crónica de costumes, retratando, com rigor fotográfico e muito humor, a sociedade lisboeta da segunda metade do século XIX. Publicado em 1888, e uma das mais importantes obras de toda a literatura portuguesa. É um romance realista (e naturalista), onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a catástrofe próprios do enredo passional.
A obra ocupa-se da história de uma família (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois na última geração e dando relevo aos amores incestuosos de Carlos da Maia e Maria Eduarda.
Mas a história é também um critica á sociedade do país em que o autor vivia

3. Amor de Perdição, Camilo Castelo Branco

Amor de Perdição é uma novela , escrita em 1861 e publicada em 1862. É considerada a obra principal de Camilo Castelo Branco, e uma das mais importantes durante a fase do Romantismo em Portugal. É uma obra equilibrada, com enredo conciso, sem episódios dispersivos, sem um número excessivo de personagens, quase sem considerações do autor, com uma linguagem adequada, substancialmente romântica, na correspondência trocada entre Simão e Teresa, mas saborosamente popular em João da Cruz, franca, viva, cheia de conceitos populares, e, por outro lado, intencionalmente irónica, caricatural, entre as freiras do convento.

Livros, Resenhas

Resenha: A cantiga dos pássaros e das serpentes, Suzanne Collins

Lançado na última sexta-feira (19) pela Editora Rocco, A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes é o mais novo livro da tão conhecida autora de Jogos Vorazes, de Suzanne Collins. Ambientado mais de 60 anos antes dos eventos ocorridos em sua famosa trilogia, Collins nos leva agora, por 576 páginas, algo bem diferente dos seus livros anteriores que eram mais curtos, a conhecer o passado tortuoso daquele que viria se tornar o tirano e genocida Presidente Snow. Dessa vez, ela nos leva a conhecer a vida na Capital e como os Jogos Vorazes funcionavam nos primeiros anos após os Dias Sombrios, mais precisamente como foi a 10° edição do Jogos, onde o jovem Snow é escolhido como mentor de um dia tributos.

Bem longe da vida cheia de luxos de Coriolanus Snow vista por Katniss em Jogos Vorazes, vemos A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes ser iniciado com um jovem Snow que outrora fora muito rico, mas que agora leva uma vida de pobreza tendo que se alimentar apenas de repolho e preocupado por não ter uma roupa decente para o dia da Colheita. Depois da perda total da fortuna investida pelo pai em armamentos no Distrito 13 nos anos pré-guerra, tudo na vida de Coriolanus, da porta para fora de casa, é uma farsa para que as pessoas não descubram a decadência em que se encontra a família Snow. Sua maior ambição se torna, portanto, reconquistar tudo aquilo que eles perderam, tendo até um lema de família que o motiva a acreditar ser melhor que todos:

“Snow cai como a neve, sempre por cima de tudo”

Ao receber a notícia de que na edição dos Jogos Vorazes daquele ano os jovens da Academia onde Snow estuda, na Capital, serão responsáveis pela mentoria dos Tributos, ele percebe ali uma oportunidade de tentar reconquistar todo o poder e prestígio que uma dia sua família teve.

Diferente do espetáculo que os Jogos são quando Katniss participa, Suzanne Collins nos mostra agora algo bem mais brutal. Nada de transportes confortáveis, apartamentos luxuosos ou um prêmio para o Tributo vitorioso existe ali, há somente um jogo cheio de sofrimento e brutalidade que nem mesmo a Capital gosta de assistir. E é exatamente por isso que os jovens da Capital recebem o trabalho de, como mentores, tornar tudo aquilo em um programa mais atrativo para toda Panem.

Por ser um dos melhores alunos da Academia, Coriolanus já está preparado para ser escolhido como mentor para algum dos melhores distritos e com isso poder conquistar sua glória como o responsável por aquele que sairá como vitorioso dos jogos. No entanto, ele vê seus planos serem totalmente frustrados ao descobrir que será o responsável pela mentoria da garota vinda como tributo do Distrito 12, o qual ele acredita ser o pior entre todos os distritos. Mas as coisas não serão totalmente como Snow espera.

Ao iniciar a Colheita no 12, Lucy Gray, a garota sorteada para representar o distrito, causa um grande tumulto ao jogar uma cobra dentro da roupa da filha do prefeito. Além disso, a garota consegue ainda pegar o microfone e cantar uma canção, algo que impressiona a todos. É nesse momento que Snow percebe que nem tudo está perdido para ele, pois ainda há a esperança de, mesmo que ela não saia como vitoriosa dos jogos, transformar a garota em algo muito maior e poder aproveitar disso para garantir sucesso e alcançar prestígio na sua caminhada pelo poder.

Se eu tivesse que definir rodo esse livro em uma só palavra, ela seria “Escolhas”. Tudo que acontece na história nos leva refletir sobre as escolhas tomadas por Snow, principalmente as más. Em A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, Suzanne Collins nos leva a conhecer a mente de alguém ambicioso e sem nenhum escrúpulo para conquistar o que quer, tudo em sua vida é baseado em uma forma de fazer com que a sorte esteja sempre a seu favor e mesmo as coisas boas que ele faz são sempre feitas pensadas no proveito que ele pode tirar daquilo.

Quando o anúncio sobre a história do livro ser sobre o jovem Coriolanus, muitas pessoas ficaram preocupadas com a forma que a autora poderia retratar isso, visto que ela correria o risco de tentar justificar, de alguma forma, todos os atos terríveis cometidos por ele durante sua vida toda ou até mesmo tentar criar uma empatia no leitor para com a vida do jovem Snow.

No entanto, Suzanne Collins conseguiu criar uma história muito consistente que nos mostra que apesar de ter feito coisas boas, ter vivido momentos agradáveis e ter tido sempre a oportunidade de escolher fazer o bem, Coriolanus sempre fez somente aquilo que lhe trouxesse benefícios e poder. Em todos os momentos nós vemos que ele sempre foi uma pessoa fria e calculista e mesmo com as pessoas de quem gostava sua relação era sempre entremeada pela ideia de obter vantagens com aquilo.

Seu preconceito com os distritos também sempre esteve presente em sua vida. A ideia de que todas as pessoas que viviam fora da Capital eram selvagens é constantemente debatida em sua cabeça, com seus colegas de classe e com a terrível Dra. Ghaul, a idealizadora chefe dos Jogos. Em vários momentos podemos vê-lo se questionando sobre o estado de natureza das pessoas e acreditando plenamente na necessidade de se ter um poder soberano exercido pela Capital para evitar o caos e a guerra em Panem.

” – O que aconteceu na arena? Aquilo é a humanidade despida. Os tributos. E você também. Como a civilização desaparece rapidamente. Todas as suas boas maneiras, a educação, a formação da família, tudo de que você se orgulha, arrancado num piscar de olhos, revelando o que você realmente é.

[…]

Quem são os seres humanos? Pois quem somos determina o tipo de governo de que precisamos.”

Outro ponto importante a se destacar no livro é a música e toda a sua simbologia. Por Lucy Gray ser uma cantora no seu distrito, vemos em vários momentos ela apresentando canções que representam coisas muito importantes para o momento que está vivendo, nos levando a conhecer também a história de algumas das  canções anteriormente apresentadas na trilogia Jogos Vorazes.

A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes se desenvolve de forma fluída assim como os livros anteriores e a leitura corre muito bem, no entanto, como nem tudo é totalmente perfeito, acredito que o único erro de Suzanne Collins foram as 576 páginas que o livro possui. A história, apesar de muito bem escrita, alcança seu ápice em 50% do livro nos fazendo enxergar um final muito claro ali e tudo o que vem depois disso parece ser um livro novo. Essa quebra no ritmo da leitura acaba causando uma certa estranheza e a impressão que fica é que a intenção da autora era publicar dois livros, mas tudo acabou sendo compilado em apenas um.

Tendo em vista tudo isso, a leitura de A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes pode se tornar uma surpresa muito boa para quem o lê. Collins nos envolve em uma trama muito bem escrita sobre disputas por poder e estado de natureza tornando o livro uma agradável aula sobre política. E não precisa se assustar ao ler isso, porque tudo é muito bem inserido e você se vê imerso em questionamentos que talvez nunca houvesse pensado sobre.

Para finalizar, deixo como indicação para aqueles que quiserem ouvir as músicas cantadas por Lucy Gray no livro, ou para quem já quiser escutar antes da leitura, três versões de canções do livro  que a cantora Maiah Wynne gravou e postou em seu canal no YouTube (elas estão listadas abaixo por ordem de aparição na história):

Livros, Resenhas

LGBTQ+: Leia com orgulho 🏳️‍🌈

Como estamos em junho mês do orgulho LGBTQ+ trago pra vocês dicas de literatura LGBTQ+, mas pra contextualizar do porquê de junho ser o mês do orgulho. Alguns sabem, outros não, que a escolha da data 28 de junho se deve aos fatos que aconteceram há mais de 50 anos, mais precisamente em 1969, nos EUA. Na madrugada desse dia, homossexuais que se encontravam no bar Stonewall Inn resolveram enfrentar a ação da polícia, permanecendo por vários dias confinados dentro dele e recebendo o apoio de uma multidão de LGBTQ’s que, do lado de fora apoiavam a resistência. Desde então, o dia 28 de Junho passou a ser reconhecido inicialmente como Dia Internacional do Orgulho Gay, hoje já conhecido como Dia do Orgulho LGBT. (Fonte: Midia Ninja)

Após uma abertura de pauta na nossa comunidade fechada, vi que muita gente nunca leu algo relacionado a literatura LGBT, e como eu de um bom tempo pra cá comecei a ler livros desse gênero, pois assim eu consigo uma identificação maior com aquela história. Trago livros que eu tenho na minha estante:

Will & Will (John Green e David Leviathan, 2010) – Foi de fato o primeiro livro LGBTQ que eu li, e o que me abriu portas para ir em busca de mais livros desse gêneros. Conta a história de dois garotos chamados Will Grayson um gay e outro hétero, que até então não se conhecem. Os dois Wills ao mesmo tempo que são completamente diferentes, são bastante complementares, a amizade dos dois é algo surreal, e um livro sendo contado por dois protagonistas, é uma experiência incrível. E tem um personagem secundário, Tiny
Cooper, que ele é extremamente perfeito. Quem lê se apaixona por Tiny no primeiro momento. Tiny escreve um musical que David transformou em livro: Me Abrace Mais Forte: A História de Tiny Cooper.

Over The Rainbow – Um Livro de Contos de Fadxs (Milly Lacombe, Renato Plotegher Jr, Eduardo Bressanim, Maicon Santini e Lorelay Fox, 2016) – Livro com releituras de contos de fadas já conhecidos tais como Cinderela, João e Maria, A Bela e a Fera, Rapunzel e Branca de Neve sendo escritos por cinco representantes da comunidade LGBTQ. Na contracapa do livro vem escrito: E se a Cinderela se apaixonasse por uma garota e não um príncipe encantado? Ou se os irmãos João e Maria, ambos LGBTs enfrentasse a ira de uma madrasta religiosa que só pensa em “curá-los”? Ou, ainda, se Branca de Neve, abandonada numa cidade bem distante de sua terra natal, fosse acolhida por… sete travestis?
E de longe a última de Branca de Neve no meu ponto de vista como leitor é a melhor história do livro, que aborda diversos temas sociais, e o que mais preenche o contexto que a ideia principal do livro teria a oferecer. É o maior conto do livro. No final cheguei a conclusão que há 4 contos bons e 1 excelente. Mas eu sempre recomendo também.

Garoto Encontra Garoto (David Leviathan, 2003, 2013)“Quando um primeiro encontro dá certo, é assim: Você sente a emoção de abrir a primeira página de um livro. E sabe, instintivamente, que vai ser um livro bem longo”. É com esse trecho que traz a contracapa. Aqui trazemos Paul que encontra o amor de sua vida e depois estraga ele da maneira mais catastrófica possível. Com a ajuda de seus amigos, uma líder de torcida transexual, seu melhor amigo gay enrustido por conta dos pais, e seu ex namorado obsessivo, ele se lança nessa aventura de reconquistar o seu amor de volta. Aqui temos mais uma personagem secundária que você se apaixona a primeira vista, Infinite Darlene. Garoto Encontra Garoto é uma leitura leve, e que dá um quentinho no coração, e a escrita de David é algo que você começa a ler sem ver o tempo passar.

Confissões de Um Garoto Tímido, Nerd e (Ligeiramente) Apaixonado (Thalita Rebouças, 2017) – Eu tenho uma história bem curiosa com esse livro, eu ganhei de um amigo o marcador de página do livro antes de ver o livro, ele disse que eu me parecia com o personagem da capa. E aí surgiu a minha saga pra querer comprar o livro, e quando eu vi sobre o que era a história aí foi que me apaixonei mais. O livro conta a história de Davi, um garoto que está no segundo ano do ensino médio e que finalmente tomou coragem de iniciar o curso de astrologia que tanto sonhou em fazer. Nesse curso ele conhece Milena, uma garota incrível que ele se apaixona no primeiro momento. Sua melhor amiga, Tetê o incentiva a investir nesse relacionamento, e Davi é um garoto extremamente tímido. E ele sempre está disposto a ajudar Zeca, seu melhor amigo que sempre está com problemas amorosos, mas o lance é que Davi é extremamente inexperiente nesse assunto. Entretanto, no final do semestre Davi e seus amigos ficam sabendo por Samantha, que é amiga deles, que Gonçalo viria de Portugal passar férias. Mas com a chegada de Gonçalo, dentro de Davi tem efeitos inesperados.
Eu acredito que seja o primeiro livro LGBT da Thalita, que é tão conhecida por escrever pra garotas adolescentes, eu amei muito esse livro e foi mais um que eu devorei rapidamente. Há um livro antes desse, que conta a história de Tetê, mas que não é voltado pro LGBT (Confissões de Uma Garota Excluída, Mal Amada e (um pouco) Dramática). O que me deixa bem contente é que, como Thalita é autora para livros adolescentes, introduzir esse assunto desde cedo ajudar a formar opiniões e caráter para o futuro.

Fake (Felipe Barenco, 2014) – Fake conta a história de Téo, um garoto de 19 anos que acaba de entrar na tão sonhada faculdade de direito, gay, e que não se assumiu para os pais com medo da reação deles. Felipe Barenco, nos presenteia com esse livro sobre descobertas, aceitação, drama, e comédia. Fazia muito tempo que eu não lia algo que eu ficava num looping infinito de emoções. É um livro que deveria ser lido por todos.

De Mal a Pior (Simon James Green, 2017) – Pobre Noah Grimes, seu pai desapareceu há anos, o tributo de homenagem à Beyoncé da sua mãe é visto por Noah como algo de extrema vergonha, sua avó já não é a mesma. Ele só tem um único amigo, Harry e a escola, bom, pra um adolescente é sempre um inferno. Noah é um adolescente confuso, inocente e muito azarado. Tudo que ele quer é que sua mãe pare de o envergonhar, que seu pai apareça, que sua avó melhore e que Sophie vire sua namorada. Mas acontece que seu melhor amigo o beija numa festa e isso desencadeia ainda mais confusão. Vão de ruim para um absoluto caos. O primeiro momento da história causa uma vergonha alheia vivida pelo personagem que você se pergunta se é possível isso ocorrer tanto com Noah, principalmente porque em alguns momentos tudo se resume a sexo. Mas tudo melhora muito quando o autor deixa de lado esse fato do azar de Noah e passa a contar mais sobre as descobertas dele. O personagem é apaixonado por Agatha Christie, e isso é constantemente inserido na história. Um livro leve, engraçado sobre descobertas, romance e aceitação. Só o começo que é bem conturbado, mas prometo que melhora. Há uma sequência para a história já lançada lá fora Noah Could Never, ainda sem previsão pra vir ao Brasil (palavras do próprio autor que eu todo no meu inglês do Google Tradutor fui questionar).

Ainda tenho aqui na estante para ler: O Homem de Lata – Sarah Winman; Um Milhão de Finais Felizes – Vitor Martins; Moletom – Julio Azevedo; Especial – Ryan O’Connell; Minha Versão de Você – Christina Lauren; E Se Fosse A Gente? – Becky Albertalli & Adam Silvera (Esse último estou lendo, assim que terminar venho contar a vocês o que achei).

Outras sugestões de livros na minha estante virtual do Skoob que eu quero ler: Aristóteles e Dante Descobrem o Segredo do Universo – Benjamin Alire Sáenz; Fera – John Boyne; A Lógica Inexplicável da Minha Vida – Benjamin Alire Sáenz; Supernomal – Pedro Neschling; As Desventuras de Arthur Less – Andrew Sean Greer; Boy Erased, Uma Verdade Anulada – Garrard Conley; Todas as Cores de Natal – Vitor Martins, Alliah, Bárbara Morais, Lucas Rocha e Mareska Cruz; Quero Andar de Mãos Dadas – Victor Lopes; Querido Ex (que acabou com a minha saúde mental, ficou milionário e virou uma subcelebridade) – Juan Jullian; Um Livro Para Ser Entendido – Pedro HMC; Lembra Aquela Vez – Adam Silvera; Feitos de Sol – Vinicius Grossos; Caminho Longo – Vinicius Fernandes; Com Amor, Simon – Becky Albertalli; Os Dois Mundos de Astrid Jones – Amy Sarig King; George – Alex Gino; Carry On – Rainbow Rowell; O Garoto Quase Atropelado – Vinicius Grossos; Dois Garotos Se Beijando – David Levithan.

Celebre o mês do orgulho! ♥

Colunas, Livros

Como incentivar os jovens para que leiam mais livros?

As palavras têm muita força. Por isso, devemos prestar atenção quando falamos algo, já que uma opinião inadequada sobre algo pode desestimular o processo de cada um. Isso acontece muito durante os incentivos que despertamos em nossos filhos ou na falta dele, no decorrer do aprendizado ou interesse por determinada atividade, principalmente a leitura de livros.

A leitura quando inserida desde cedo aflora a criatividade e o desenvolvimento cognitivo, além de nos ajudar a estabelecer outro nível de qualidade de interação com o nosso entorno. A última edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, de 2016, revela que crianças, adolescentes e jovens concentram as maiores proporções de leitores na população. Na faixa de 5 a 10 anos, 67% são leitores; o topo do índice está na faixa de 11 a 13 anos, com 84%; 75% entre os jovens de 14 a 17 anos; e 67% são leitores na faixa de 18 a 24 anos .

Diante do cenário de um mundo cada vez mais conectado, o trabalho dos pais em incentivar a conexão dos filhos com os livros fica cada vez mais desafiador, principalmente da adolescência em diante, como aponta a pesquisa. Porém, uma vez que o hábito de leitura seja inserido desde cedo, e os filhos sejam estimulados a ler não só livros recomendados por pais e professores mas também aqueles de sua livre escolha, há muito boas chances do gosto pela leitura perdurar por toda a vida. Por exemplo, temos visto um interesse crescente e espontâneo da juventude pelas obras de ficção de fantasia e thrillers.

Um dos grandes dilemas dos pais atualmente é conciliar a rotina de home office com as necessidades dos filhos. Nesse contexto, pode passar despercebida a necessidade de contribuir para que eles não percam o interesse pela leitura durante esse momento de pandemia, visto que em casa existem outras possibilidades de entretenimento (TV, videogames e internet). Assim, dialogar com os filhos é fundamental: converse com eles, fale sobre alguns de seus livros favoritos, o que aprendeu com eles, como a sua leitura mudou a sua vida para melhor; e demonstre interesse genuíno pelos livros que seus filhos estão lendo nesse momento .

Outra dica é organizar uma agenda em comum acordo com os filhos. Separe o horário da lição de casa, dos videogames, da conversa em família e da leitura. Sugiro também você se lembrar daqueles livros que te marcaram na adolescência e juventude e presentear seus filhos com eles. Você pode, inclusive, ler alguns deles junto com eles. Além de criar um vínculo maior pai/mãe-filho, também é uma estratégia interessante para despertar a curiosidade, potencializar a imaginação e ajudar no desenvolvimento deles para que se tornem seres humanos e cidadãos melhores.
Autorais, Livros

Conto: Pronome relativo invariável, por Gabu Camacho

Se eu me perdi em outros lábios, foi pra te prender me odiando. Foi um grito, ainda te espero pra escrever latino-americano. Eu tento, mas nunca me lembro do que eu era antes de você….

– “:( (Nota De Voz 8)”, Jão

O ensino médio não é aquilo que a gente espera. Desde que comecei, quase dois anos atrás, minha vida virou de cabeça pra baixo. Me mudei para os dormitórios da escola. Sim, eu nem sabia que a escola tinha dormitórios. Eram pequenos apartamentos, em que eu era obrigado a dividir com mais dois meninos e mais três meninas. Cada um tinha seu quarto, mas as áreas comuns eram um verdadeiro inferno.

Prazer, me chamo Filipe. Moro com Marcela, Ariana e Yuko, três meninas da minha sala e com João e Guilherme, dois meninos do terceiro ano. Marcela tem a minha idade, 17 anos, Ariana e Yuko devem estar perto dos 19. As duas começaram a namorar no final do primeiro ano e desde então viraram uma coisa só. Aparecem em casa só para dormir e de vez em quando, dar um oi para a gente. João tem 23 anos e está tentando a carreira de músico. Ele repetiu os últimos semestres por conta disso, e por isso ainda não conseguiu se formar. Ele começou a namorar recentemente com Guilherme, que deve ter uns 20. Não me dou muito bem com ele, nem Marcela. De família rica, seus pais já produziram shows de vários artistas famosos como Ivete Sangalo, RBD e Demi Lovato. Acho que ele usa isso para aproximar João dele.

– E aí, cóe a boa para o final de semana? – Marcela interrompeu meu diálogo interno, se sentando no sofá amarelo ao lado do meu. Cores da escola, que me dão nervoso.

– Nenhuma. Eu acho que quero ficar em casa mesmo. – Falei, olhando para as minhas mãos, torcendo para que ela não percebesse. Mas ela percebeu.

Ihhh, tem coisa aí! Me conta! – Ela sorriu, se ajeitando no sofá e olhando para o meu rosto, se sentando em cima das próprias pernas cruzadas.

– Ah, não é nada…. – Hesitei, sentindo meu rosto arder. Droga, eu devia estar corando.

Huuuum, você está vermelho. Desembucha! – Marcela era a minha melhor amiga. Na nossa situação atual, eu só podia confiar nela e ela em mim. O resto dos nossos amigos (ou parceiros de casa) estavam namorando entre si.

– Ontem o João chegou de um show, sozinho…. E eu estava acordado. ­– Comecei, com a voz baixa, mesmo sabendo que não tinha ninguém em casa além de nós dois.

AI MEU PAI! E aí? – Ela gritou.

– Calma! – Eu ri. – Nós ficamos conversando sobre planos futuros, sobre a vida. A gente já fazia isso quase todo dia antes do… bom, antes do Guilherme e ele acontecerem, sabe… – Falei com dificuldade. Marcela olhou para mim desconfiada.

Arrã.

– Ontem ele dormiu, no meu colo. Eu estava fazendo cafuné no cabelo dele. ­– Falei rápido demais, me arrependendo logo em seguida. Agora que eu tinha falado em voz alta, aquilo parecia mais real.

– JESUS, o Guilherme vai surtar se descobrir! – Ela mudou de postura. – Mas achei fofo, vocês combinam. – Ela sorriu.

– É, eu gosto dele, mas… – Comecei de novo, mas a porta de casa escancarou em um baque ensurdecedor.

– Ah, você está aí! – Era Guilherme, apontando para mim. Ele era magro, bem magro, daquele jeito feio. Muito alto, com cabelo espetado para cima, castanho claro e com luzes loiras na ponta. Muito branco. O tipo de pessoa que tinha tudo para ser bonita, mas por alguma ironia do destino saiu feia. Tremi. Marcela assumiu sua pose de pavão pronto para a briga. Ela era barraqueira.

– Que foi? – Consegui falar, baixo demais para o que eu queria.

– Como assim, o que foi? – Ele riu, irônico. – Fica longe do João, ouvindo? – Ele apontou o dedo para mim. – Eu vou dar um futuro pra ele como músico. Meus pais já estão tramando tudo. Além disso, a gente se ama. Não preciso de um pirralho no meu caminho.

– Pirralho? Se enxerga aí, Guilherme! – Marcela falou, rindo dele. – Se o Filipe é uma ameaça pra você, mesmo com tudo isso aí… – Ela gesticulou, se referindo a ele e suas posses milionárias que ele fazia questão de colocar em qualquer assunto que falasse. – Talvez não tenha tanto amor assim.

Nesse momento, eu vi seus olhos crescerem como fogo. Um lampejo de raiva passou pela sua face dura e eu podia jurar que ele ia avançar para cima de nós dois de uma vez só e dar uma surra. Mas não. Ele virou de costas e saiu, batendo a porta e os pés.

– Porra, o que o João vê nesse menino? – Desabafei, me sentando no sofá de novo, sem reparar que eu havia levantado.

– Interesseiro o João não é, tenho certeza. Mas eles fazem muito barulho de madrugada. – Marcela riu, mas o comentário dela me atingiu como uma faca na boca do estômago. Senti vontade de chorar, mas me limitei a levantar e ir para o meu quarto, enquanto Marcela foi para a cozinha, lavar a louça.

Peguei meu celular e liguei para a Ariana. Ela poderia me ajudar em uma coisa que eu precisava muito.

– Ari? Oi, sou eu. Filipe. – Falei, assim que ela atendeu no terceiro toque.

– Fala, Fi! Precisa de alguma coisa? – Sua voz estava preocupada. Eu nunca tinha ligado antes.

– Preciso saber se tudo o que o Guilherme fala que fez é verdade. Pode me ajudar? – Minha voz estava mais desesperada que eu gostaria. Mas sei que Ariana e Yuko eram um túmulo e sabiam muito de computadores. Poderiam rastrear a vida dele em segundos.

– Podemos. Yuko também dentro. Exposição é com a gente mesmo. – Senti uma pontada de esperança dentro de mim.

– Beleza. Obrigado, Ari. – Falei, mais aliviado. – Vou cuidar do resto, beijo. – Desliguei o telefone e voltei para a sala, no balcão que a separava da cozinha.

– Cela, pode alugar a tela e o Datashow da escola e trazer aqui em casa hoje? Quero fazer uma noite do cinema. – Falei, cínico, esperando que ela comprasse minha ideia. – Ari e Yuko vão estar com a gente. Vou convidar o Jô.

– Jô, hein? Que fofo. – Ela disse, olhando para mim enquanto secava um prato. – Deixa comigo que eu já busco. O Robson vai liberar. – Ela sorriu maliciosamente. Marcela estava pegando o professor Robson já tinha uns três meses. Saí da sala e voltei para o meu quarto, pensando em continuar meu plano.

Liguei para João.

– Jô? Oi! Sou eu, Filipe! – Ok, agora minha voz estava mais entusiasmada que o necessário. – Pode falar?

– Claro, Fi. Manda! – Sua voz era serena, tranquila. Guilherme não deveria estar por perto.

– Estamos organizando uma noite do cinema hoje aqui em casa. Com Datashow e tudo. Bora? A gente te espera. – Falei, tentando passar a sensação de que não me importava tanto assim com a presença dele.

– Ah, Fi, obrigado! – Sua voz ponderava e ficou em silêncio por alguns minutos.

– Pode chamar o Gui, também, claro. – Falei, com toda a falsidade que habitava em mim, para que ele não descobrisse o que tinha acontecido hoje mais cedo.

– Estarei aí. – Ele respondeu finalmente e fez silêncio de novo. – Guilherme não vai, não.

– Aconteceu algo? – Minha preocupação era genuína.

– Te conto de noite. Um beijo.

– Outro. – Respondi, delirando, ao mesmo tempo em que desliguei o celular e Marcela abriu a porta do meu quarto de forma abrupta.

tudo aí. – Ela disse. – Vamos fazer nossa ceia de Natal hoje? Eu preparo as comidas. ­– Rolê para a Marcela não era rolê sem comida e daqui a algumas semanas era no Natal de verdade. Todo mundo iria para a casa dos pais assim que as aulas terminassem e só voltaríamos a nos ver no próximo ano. Alguns, com sorte, não veríamos mais.

Bora! – Respondi, gostando da ideia de verdade. – Vou procurar minhas luzinhas para enfeitar tudo. – Eu adorava luzes de Natal.

– VOCÊ É TÃO GAY! – Ela disse, jogando os braços para cima, rindo e fechando a porta do meu quarto. Meu celular começou a tocar. Era Ariana.

– Fi? – Ela falou, quase na mesma hora em que apertei aceitar.

– Oi. – Respondi, aflito.

– Conseguimos algumas coisas. A família do Guilherme não trabalha com música. Na verdade, eles têm um bufê de casamento. – Ela começou a falar e me senti aliviado, ao mesmo tempo em que algo dentro de mim realmente se sentia mal. E se Marcela tivesse razão? E se João realmente gostasse do Guilherme? Se ele não estivesse nessa só por desespero ou interesse de fazer sua carreira musical acontecer? – Além disso, eles são bem conservadores. Tem uma foto que mostra o Gui ao lado de uma menina, dizendo que eles são prometidos um para o outro. – Ok, esse era um bom material.

. Achei ótimo. Mas será que consigo expor ele com isso? – Ponderei.

– Só com isso, não tenho certeza. – A voz de Ari era séria. – Mas Yuko ligou para ela. Eles têm casamento marcado para depois do Natal, depois que o Guilherme terminar a escola.

– ISSO SIM É MARAVILHOSO! – Gritei. – Acha que consegue me mandar tudo isso pra eu editar nosso filme de hoje a noite? – Ri de forma maliciosa.

– A noite estarei aí, com o DVD. Deixa a pipoca pronta. – Ariana era escorpiana, assim como eu, só um pouco mais vingativa pelo ascendente em áries.

– Marcela vai fazer ceia de natal. – Respondi, aliviado.

– Amei. Beijos. – Ela desligou antes que eu pudesse responder.

O resto do dia passou arrastado. Deixei minhas luzes separadas, ajudei Marcela com as comidas da ceia de Natal e estava tudo pronto quando Ariana e Yuko chegaram. Só faltava o João.

– Olá, sumidas! – Marcela disse, comemorando, dando um beijinho em cada uma. Segui o gesto.

– Migo, aqui está o devê – Yuko me entregou uma capinha azul com um CD dentro. Ela era chinesa, ainda estava aprendendo a falar as palavras em português.

– Deu tudo certo? – Eu perguntei, apreensivo, olhando para as duas.

– Deu. – Ariana respondeu, seca.

Que que tá rolando? – Marcela entrou no meio da gente, com seu sotaque carioca.

– Vamos expor alguns hoje. – Sorri, de forma maliciosa.

– QUEEEEE? – Ela surtou. – E você nem disse nada! Traidor. – Achei que ela estava brava de verdade, até que explodiu em gargalhadas. – Mal posso esperar.

João chegou logo em seguida, sozinho. Seu cabelo preto estava um pouco desgrenhado, enrolado. Estava sem barba. Seus olhos eram negros feito jabuticaba e seu rosto era muito branco e angelical. Sua voz deveria ser linda cantando.

– Oi. – Eu disse, tímido.

– E aí? – Ele respondeu, meio desanimado. – tudo bem com você? – Sua preocupação parecia genuína.

– Está. Por quê? – Falei, preocupado, ao mesmo tempo em que me toquei que sequer tinha trocado de roupas.

– O Gui disse que passou por aqui hoje a tarde e você estava abalado… – João falou, sério. Eu ponderei e resolvi que não falaria nada para ele. Mas era tarde demais. Marcela já tinha começado a falar.

– O Guilherme é surtado! – Ela gritou. O semblante de João ficou duro, bravo. – Veio aqui hoje a tarde e falou poucas e boas para o Filipe. Acabou com ele, por sua causa, João… e tem mais!

– Marcela, para! – Gritei, e ela percebeu que tinha falado demais.

– Isso é verdade, Filipe? – Ele olhou fundo nos meus olhos. Não respondi. – Isso aqui é algum tipo de pegadinha contra meu namoro? – Ele estava mal-humorado agora. – O Guilherme jamais faria isso! Ele é uma pessoa boa e está me ajudando muito, ao contrário de todos vocês, que sempre me tacharam como um relé repetente! Ele acredita no meu talento! ­– João estava vermelho, de tanto gritar.

– João, eu acredito em você…. – Comecei, mas era tarde demais. João estava com lágrimas nos olhos.

– Não, não acredita. Ninguém acredita! – Sua raiva era misturada com frustração. – Não quero ficar para a tal ceia e cinema…. – Ele se virou para sair do apartamento, mas Ariana e Yuko foram mais rápidas. De repente, a luz da casa estava apagada e o telão exibia cenas dos pais de Guilherme falando do seu trabalho para um vídeo do Youtube.

“Olá! Somos Antônia e Augusto, donos da Casamenteria, o melhor bufê de casamento do Brasil. Estamos há mais de 30 anos no mercado….”

O semblante de João parou, incrédulo. O vídeo continuou e se transformou em um clipe de prints e fotos. Os pais de Guilherme montando casamentos. Fotos em família. Guilherme e uma menina da sua idade. O print mostrando que eles se casariam no final do ano.

– O que…. Não entendo. Isso é montagem? – João olhou para mim, como uma criança indefesa. Antes que eu pudesse responder, o vídeo se transformou em uma tela de ligação do Skype, que mostrava Yuko e Ariana em uma telinha pequena, ao canto, e a garota da foto, falando na tela, maior.

“Sim, nós vamos nos casar após o Natal. Estou grávida de Guilherme….”

Neste momento, João saiu do seu estado de estupor e deixou o apartamento. Fui atrás e o encontrei sentado no chão, perto da janela do hall de entrada.

– Ei, Jô. – Falei, em pé, antes de me ajoelhar. – Você está bem?

– Estou, Fi. – Sua voz era fofa, como sempre. Não parecia estar com raiva de mim. – Como eu pude ser tão burro? Tão interesseiro? – Ele falava alto, enquanto chorava.

– Você não é nada disso. – Falei.

– Sou sim. Eu nem amo o Guilherme. Ele ia me ajudar e eu entrei nesse relacionamento, mesmo gostando de outra pessoa, e…. – Ele percebeu que falou demais e parou, com a cabeça apoiada nos joelhos dobrados.

Guilherme saiu do elevador e se assustou com a cena. Ele empalideceu e avermelhou, em frações de segundos.

– Que palhaçada é…. – Ele começava a falar, mas João se levantou, na altura do seu rosto e o interrompeu.

– Eu é que te pergunto, Papai. Achou que ia me enganar por quanto tempo? – João gritou. – Achou que eu não ia encontrar na internet? Que eu não ia descobrir que você nunca teve nada relacionado a música na sua família? – Guilherme se desarmou.

– É, tem razão. Fui um idiota. – Sua voz parecia ter uma pitada de arrependimento. – Me deixa explicar, João. Eu sou um fodido. Mas eu gosto de você de verdade, eu quero te ajudar…. – O arrependimento se transformou em desespero.

– Fora daqui. Agora. – João esticou o braço para o elevador. Eu fiquei parado, perto da parede oposta. Guilherme olhou com raiva para mim e entrou no elevador. João se jogou no chão mais uma vez.

– Estou aqui. – Falei baixinho.

– Eu sei, você sempre está. ­– Ele voltou a chorar. Eu o abracei, de uma forma desajeitada, enquanto tentava consolar. – É por isso que eu deveria ter ficado com você, desde o início. ­– A frase saiu, sem que ele permitisse.

– Comigo? – Falei, confuso.

– É. Eu amo você, Filipe. Desde que você chegou nessa casa. – Fiquei confuso. Pela manhã, João era só um sonho distante. Pela noite, ele estava se declarando para mim.

– Calma, você está confuso. – Falei, incrédulo. – Posso ir ali dentro buscar uma coisa? – João assentiu.

Me levantei e entrei no apartamento. As meninas estavam na cozinha, como se nada tivesse acontecido. Peguei meu conjunto de lâmpadas de Natal, embolei na mão e troquei de roupa. Levei as luzes acesas para fora, onde João estava sentado da mesma forma, com a cara de choro, olhando para mim.

– Vamos começar do zero. – Falei.

– Eu adoraria. – Ele respondeu, sorrindo, em meio ao seu rosto vermelho e sua voz de choro. – Vem, me abraça de novo. – Corri, com as luzes vermelhas iluminando meu rosto e as coloquei no chão, para que pudesse iluminar seu rosto angelical também. Ele abriu seu braço e eu me sentei dentro deles, no chão, ao seu lado. Passei meu braço pela sua barriga, abraçando-o, colocando meu rosto na altura do seu coração. – Você me abraçou assim para me cumprimentar quando chegou em casa, lembra?

– Lembro. Gosto de cumprimentar com abraços. – Falei, tímido.

– É. Estou bem informado sobre isso. – Ainda saíam lágrimas dos seus olhos. – Vamos… com calma?

– Arrã. – Falei, sem me soltar do abraço, apertando um pouquinho mais. – Prazer, eu sou Filipe.

– Muito prazer, Filipe. Este chorão aqui é o João. – Ele sorriu com os olhos.

– Prazer, João. – Falei, com minha boca bem próxima da dele.

Desempenho do mercado livreiro nacional
Colunas, Novidades

Desempenho do mercado livreiro nacional aponta mudança de comportamento do leitor

O levantamento Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro – realizada pela Nielsen Book e coordenada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e Câmara Brasileira do Livro – aponta que houve um crescimento de 7,7% nas vendas para o mercado nacional. Esse dado significa que, descontada a variação do IPCA no período, o aumento real foi de 3,3%. O melhor resultado foi registado em Obras Gerais, que obteve um aumento real de 14,8%. Um dado interessante, na minha opinião, está na comercialização: destaque para um aumento relevante em livrarias exclusivamente virtuais; vendas pela internet e marketplace; e para escolas e colégios. A venda online cresceu de 0,74% para 5,2%.

Em 2019, o setor livreiro produziu 395 milhões de exemplares, sendo que 80% deles foram reimpressões. O comparativo entre 208 e 2019 revela que houve um aumento de 7,5% no número de títulos e 13% em exemplares. O faturamento foi de R$ 5,7 bilhões – R$ 1,6 bilhão é resultado das vendas para o governo. No ranking de gênero, o melhor desempenho, excetuando didáticos, está nos livros religiosos, seguidos por literatura infantil e adulta, respectivamente.

Desde 2014 não temos um resultado tão positivo. Claro que estamos longe do ideal e que a pandemia terá um impacto considerável no setor – a estimativa é que as perdas acumuladas, até o presente momento, sejam de 13% – mas os dados indicam a reação do setor, sobretudo uma mudança comportamental do leitor brasileiro. Com o isolamento social e a impossibilidade de comprar livros diretamente nas livrarias, os leitores brasileiros têm investido na aquisição de e-books. Essa é a aposta da Primavera Editorial que desde 2015 passou a fazer a conversão do catálogo de títulos para o digital e adotar, para os novos títulos, o lançamento de versões on-line e impressas. Hoje, com 89 obras no portfólio de e-books, a editora registrou 4.853 downloads da obra O livro dos negros, em apenas 12 dias; esse foi o primeiro título a integrar a ação de marketing, exclusiva para o período de quarentena.

O aumento nas vendas de dispositivos eletrônicos de leitura, nos últimos anos, fez com que a Primavera Editorial investisse no lançamento e na conversão do catálogo para atender a esse público crescente. Além da versão digital, investimos em audiolivro que, segundo estimativa, aumenta dois dígitos ano a ano. Mesmo quando as editoras não estavam dispostas a investir para criar um portfólio sólido de títulos, fomos na contramão. Desde 2015 temos feito um trabalho que tem por objetivo dar ao leitor de língua portuguesa opções de obras em diferentes plataformas – do impresso ao on-line; essa estratégia de estreitar relacionamento com os leitores, via downloadgratuito de títulos, tem se mostrado acertada. Ao ter acesso a um livro gratuito, esse leitor fica curioso em saber mais sobre a Primavera Editorial e se sente instigado a adquirir mais obras.

Que ao término do distanciamento social e vencida a pandemia do covid-19, possamos lembrar que os livros foram – para muitos de nós – grandes companheiros para vencer um dos momentos mais difíceis da humanidade. E eles serão, também, grandes conselheiros da fase que está por vir.

Livros, Resenhas

Resenha: Ricardo & Vânia, Chico Felitti

Conheci Ricardo & Vânia há algum tempo, por intermédio da minha amiga Stephanie. Na época, por algum motivo, entramos no assunto do livro, Ricardo – antes conhecido como Fofão, personagem caricato da Rua Augusta. Eu não sabia da repercussão da sua matéria no Buzzfeed, não sabia sequer de sua história. Mas já tinha o visto em uma das minhas passagens por São Paulo, a trabalho.

Não sendo de São Paulo, quando o vi, eu achei curioso mas não sabia que era uma figura tão caricata da cidade, que era tão conhecido por todos. Li a matéria do Buzzfeed durante alguns dias, era extensa e eu aproveitava os intervalos no meu trabalho para entender aquela história. Sentia um misto de querer saber tudo com ler com cuidado pra não acabar logo e não apreciar da forma correta. Sequer sabia sobre o jornalista que a escrevera também.

Tempo depois, Stephanie virou amiga do autor e me indicou o livro variadas vezes. Numa dessas indicações, resolvi comprar o e-book e jogar no Kindle, pra ver quando eu teria tempo de ler. Acabei na mesma semana.

Ricardo & Vânia conta a história do Fofão, apelido ofensivo que ganhara e quase virou seu nome, mas felizmente não virou e esse livro traduz perfeitamente o porquê e o porquê de nós, jornalistas, temos que cumprir nosso papel social. Seu nome é Ricardo Correa da Silva. Circulava pela rua Augusta há 20 anos, anônimo por muitos (exceto pelo apelido), onde panfletava, pedia esmola e às vezes, assustava algumas pessoas com o seu jeito, para não dizer aparência.

O que a gente não sabia, ao ver aquela figura, é que Ricardo foi um cabeleireiro disputado nos anos 70 e 80, mas que sua história foi ao céus ao mesmo tempo em que atingiu o inferno. Frequentador do underground, esquizofrênico, drag queen, artista de rua e muitas outras coisas, Ricardo chegou do interior e viveu sua vida no auge, por muito tempo, atendendo famosas e a elite paulistana.

Sua história, sobretudo a sua relação com o silicone que injetava na face, é curiosa. Ele tinha a obsessão pela fama, ao mesmo tempo em que sua doença o fazia acreditar que já era muito famoso (o que não deixa de ser uma verdade) e Chico consegue ir fundo na sua história e trazer de volta sua identidade, que há muito havia sido esquecida, inclusive pela família.

Nessa investigação, ficamos boquiabertos com as descobertas ao mesmo tempo em que sentimos raiva e gratidão. Pelo menos eu. Raiva pelo descaso. Ricardo esteve no meio de gente influente e terminou sem ninguém ao seu lado. Ele era indomável, nisso podemos concordar, mas ainda sim abre o parêntese da reflexão por todo o descaso em que passou em vida. Lhe fora negado seu nome, sua identidade, seu status como ser humano. Ricardo, chamado de Fofão, sequer era um ser humano para as pessoas que passavam ao seu lado.

Gratidão pela reportagem de Felitti. Por ir tão fundo e devolver a identidade a Ricardo, por recusar veementemente a chama-lo de Fofão e ir ao infinito para descobrir seu nome. Todos tem um nome e tem direito a ele. Gratidão por não transformar sua história em um espetáculo que faria todos se divertirem às custas de alguém que não está ouvindo a mesma música. E sequer teve uma mão amiga que perguntou se queria que trocassem o som.

Perguntamos onde ele aprendeu a falar línguas. “Eu já corrigi erros de tradução da Bíblia antiga. Quando a Bíblia era transmitida através de mantras.”

Nessa investigação, também conhecemos Vânia, que um dia se chamou Vagner e foi o grande amor da vida de Ricardo. Vânia foi o amor da vida, não para a vida. Ela seguiu em frente, foi morar na Europa e reconstruiu sua vida de incontáveis maneiras. Ela é o contraste e isso que torna tudo tão especial.

Acompanhamos os últimos dias de Ricardo em vida e o recomeço de Vânia, cuja história poderia ser coadjuvante com a história de Ricardo, mas o acaso é algo que não conseguimos prever.

Ricardo & Vânia tem histórias que beiram a fantasia. É incrível reviver tantas memórias, de pessoas comuns, de forma que você para alguns minutos para digerir e imaginar como aquilo pode realmente ter acontecido na vida real, porque a gente só vê em filmes. A escrita de Felitti é leve e te leva na viagem na busca da identidade, junto com ele e sua mãe, personagem presente nas páginas.

É uma leitura que, se ainda não é, deveria ser obrigatória nos cursos de Jornalismo por aí. Não li na faculdade, mas sinto que se tivesse lido, minha visão e relação com as fontes seria outra.

Atrás de cada fonte, há uma pessoa. Atrás de cada pessoa, há uma história, há amores, há desencontros, há acasos. E se é uma pessoa, se é uma história… ela vale a pena ser contada.

Livros

5 livros sobre racismo para ler esse mês

Nas últimas semanas, diversas manifestações foram feitas após o assassinato de George Floyd, um homem negro de 46 anos,  sufocado por um policial branco nos Estados Unidos. O acontecimento trouxe à tona um assunto que tanto os Estados Unidos como o Brasil precisam resolver há séculos: o racismo. Como forma de ajudar a trazer mais conhecimento o tema, o time do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação da América Latina, selecionou alguns livros. Confira:

1 – Branquitude, Música Rap e Educação. Compreenda de uma vez o racismo no Brasil a partir da visão de rappers brancos, Jorge Hilton

O autor, ativista e pesquisador negro, se aventura no mergulho aprofundado desse território expondo e analisando esta tensão racial. A obra não é sobre lugar de fala dos rappers brancos, mas sim o lugar de reflexão sobre o que essas falas revelam: O que eles e elas pensam sobre relações raciais e racismo? A autodeclaração racial que fazem, condiz com seus olhares de como a sociedade os percebe racialmente? Quais suas visões sobre privilégio branco? Conclui discutindo o papel da educação racial na mudança de pensamentos e atitudes, educação pela abolição do racismo, como processo fomentador da alteridade, sociabilidade e respeito às diferenças.

2 – O Debate Nacional do Preconceito e da Discriminação, Conrado Luciano Baptista

A discriminação e o preconceito no Brasil são práticas amplamente proibidas por várias leis, normas, princípios e atos de governo. A CRFB/1988, por exemplo, em seu art. 3º, especialmente no inciso IV, declara que o Estado precisa “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.” Particularmente, interessa ao estudo saber se o art. 3º, inciso IV da CRFB/1988 é ou não eficaz socialmente, ou seja, se ele produz os resultados e os efeitos desejáveis.

3 – Relações Étnico-raciais Educação e Sociedade, John Land Carth

Essa obra é um conjunto de textos que abordam a problemática da educação e da formação da sociedade brasileira em seus conflitos de gênero, étnica, racismo, política e currículo. Durante anos o professor John Carth acompanhou de perto as transformações sociais e educacionais vendo e vivendo próximo aos dilemas sociais. Trata-se apenas de reflexões que possibilitam entendimentos sobre as necessidades da sociedade neste Terceiro Milênio.

4 – Relações Étnico-Raciais e Diversidade Cultural, Organização: Bruno G Fellippe 

Trata-se de uma coletânea de artigos onde é reunido quatro professoras pesquisadoras, no presente volume cada uma apresenta um pouco de seus estudos e pesquisas com referência às relações étnico-raciais.A Face Negra do Brasil Multicultural – Dulce Maria Pereira; Restinga Seca/RS: uma identidade que se conformou pela diversidade étnico-cultural – Elaine dos Santos; Experiências bem sucedidas: inserção dos estudos da história e cultura da África e afro-Brasileira – Luciene Ribeiro da Silva; A experiência de material didático próprio na Rede Municipal de Santo André: A abordagem da Educação das Relações Étnico-Raciais entre 2010 e 2012. – Regina Maria da Silva

5 – No Limiar das Raças: Sílvio Romero (1870-1914), Cícero João da Costa Filho

A discussão em torno da unidade do gênero humano fomentou, desde os primórdios da existência humana, calorosos debates na busca pelo centro de criação. Se o homem surgiu num único centro, qual a razão para as diferenças? O que explica e como se explica que seres da mesma espécie ao longo da história se diferenciam de tal modo que se torna impossível encontrar o ponto de partida deste surgimento? Quais são os fatores que interferem na diferenciação entre as espécies segundo os cientistas? As espécies já nascem diferentes ou é a interação entre estas e as forças naturais que explicam as variações entre as raças? As raças constituem espécies separadas ou são apenas variações de uma espécie?

Livros

Dia dos Namorados: confira dicas de eBooks para ler com a sua companhia especial

No dia dos namorados, não há nada melhor do que apreciar uma boa leitura com o seu amor, e com as infinitas possibilidades que os eBooks na Loja Kindle trazem. Se gosta de futebol, ou de culinária; se prefere ficção para se transportar para outro universo, ou o relato documental para se manter terreno; se gosta de contos curtos ou de verdadeiros livrões (mas sem o peso), está muito fácil achar a leitura perfeita para o seu namorado ou namorada, juntos ou distantes, sem precisar sair de casa. O Kindle separou 6 dicas de livros que podem ser lidos em e-readers Kindle ou pelo app.

Um dia, de David Nicholls
Atendo-se ao tema que o Dia dos Namorados evoca, o amor, a primeira dica é o clássico romance de David Nicholls, Um Dia, que conta a história de Dexter Mayhew e Emma Morley, que depois de um dia especial juntos, não parecem conseguir se afastar nem por obra do destino. Ao longo dos vinte anos que seguem, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Para quem gosta de um dramalhão daqueles que dá vontade de comer pipoca enquanto lê, esse é a escolha perfeita.
Cozinha a quatro mãos, de Rita Lobo
Existe maneira melhor que comemorar um Dia dos Namorados do que preparar um jantar especial junto com o seu amado? Nesse livro da Rita Lobo, Cozinha a quatro mãos, você aprende dicas preparar refeições práticas a dois, em menos tempo e sem pesar para ninguém. Além de ajudar a organizar uma refeição especial, também é ótimo para a cozinha do dia a dia, ensinando a fazer um PF (prato-feito) perfeito e dicas para elaborar uma boa lista de compras.
Somos o Brasil, de Nelson Rodrigues
Para os apaixonados por futebol e literatura, o livro Somos o Brasil, de Nelson Rodrigues é uma ótima opção para os saudosistas do futebol brasileiro, e que apreciam a obra de um dos maiores cronistas de futebol do mundo. O livro reúne matérias de jornal do autor em ordem cronológica, mostrando também fotos e manchetes históricas do que estava acontecendo no Brasil e no mundo quando Nelson escreveu.
Falando sobre a realidade brasileira, uma ótima opção é a coletânea de contos Olhos D’Água, de Conceição Evaristo. A obra é considerada por muitos uma das mais importantes da renomada autora, retratando e trazendo para a literatura com grande talento narrativo a população afro-brasileira e as condições que ela enfrenta na pobreza e na violência urbana por meio das histórias de diversas personagens femininas, que apesar de viverem experiências diferentes, compartilham a dureza da vida. Uma leitura fundamental nos tempos em que vivemos.
A Guerra dos Tronos: As Crônicas de Gelo e Fogo Vol. 1, de George R. R. Martin
A Guerra dos Tronos é o primeiro livro da série best-seller internacional As Crônicas de Gelo e Fogo, que deu origem à adaptação de muito sucesso da HBO, Game of Thrones. A série de televisão já acabou, mas os livros recheados de detalhes de um universo assustador e magnífico ainda estão disponíveis, fazendo perdurar a tradição dos domingos (ou qualquer dia da semana) com Game of Thrones.
Larissa Start, de Rafael Caputo
Quem busca literatura brasileira contemporânea de qualidade tem um prato cheio com a obra independente Larissa Start. O livro de Rafael Caputo foi uma das 5 obras finalistas da 4ª edição do Prêmio Kindle de Literatura, um evento que prestigia os autores independentes do Kindle Direct Publishing, ferramenta gratuita de autopublicação da Amazon. A narrativa conta o romance entre Ricardo, um professor frustrado de educação física e Larissa Mueller. O que ele não imaginava é que a jovem e divertida bailarina de vinte e três anos fosse um algoritmo desenvolvido pelo CVV, Centro de Valorização da Vida, criado para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade mental. O romance diz respeito sobretudo ao amor, que mesmo às vezes impossível, continua sendo o melhor remédio para salvar vidas.
A história de Joe Shuster: O artista por trás do Superman, de Julian Voloj e Thomas Campi
Para os apaixonados por quadrinhos, a Loja Kindle também oferece diversas opções. A graphic novel A história de Joe Shuster: O artista por trás do Superman, escrita por Julian Voloj e ilustrada por Thomas Campi, é uma homenagem à vida de Joe Shuster, criador de um dos maiores super-heróis do mundo. Junto com Jerry Siegel, Shuster mudou para sempre a histórica das HQs de super-heróis, e é um marco da chamada Era de Ouro dos Quadrinhos. A obra mostra o que há por trás dessa criação, contando as origens secretas e o início dessa trajetória que já tem mais de 80 anos de publicações.
Todos os livros listados estão disponíveis na Loja Kindle em versão eBook, podendo ser adquiridos e lidos com o aplicativo gratuito Kindle para computadores, tablets e smartphones Android ou iOS, além de e-readers Kindle.
Livros, Novidades

6 livros para te ajudar a superar a crise nos negócios

Sabemos que esse é um momento muito difícil para todos, mas principalmente para os empreendedores e gestores, que se veem com as contas acumulando e baixa procura pelos produtos, serviços e soluções oferecidos por suas empresas no mercado. A pandemia do novo coronavírus está afetando todas as empresas, mas principalmente os pequenos e médios negócios. Por isso, no meio de tanto caos, o melhor a fazer é pensar em soluções para enfrentar o atual cenário e se preparar para a retomada dos negócios que, com certeza, acontecerá após a pandemia.

Pensando nisso, o Book Advisor Eduardo Villela, selecionou seis livros de gestão e negócios, que vão ajudar empreendedores e gestores, de forma positiva e saudável, a repensar seus negócios, evitando a tomada de decisões desfavoráveis neste momento. Confira:

Gerenciando a Crise: dominando a arte de prevenir desastres – Este livro, de Richard Luecke, auxilia gestores, líderes e empreendedores a lidar com os fundamentos da gestão de crises. Buscar antecipar as crises é a melhor escolha que uma empresa pode fazer: saber planejar é fundamental e é exatamente o que Richard propõe na obra.

Sem cortes: lições de liderança e gestão de um dos maiores especialistas do Brasil em salvar empresas – Aqui o assunto é a restruturação de empresas. Claudio Galeazzi fala sobre a importância de saber tomar decisões difíceis e como planejar e executar as mudanças necessárias para salvar empresas em dificuldades. O autor revela os bastidores do processo de recuperação de empresas nas quais atuou diretamente.

Dobre seus lucros: como reduzir custos, aumentar as vendas e melhorar drasticamente os resultados de sua empresa em seis meses – Um dos maiores clássicos da literatura de gestão e negócios, o conteúdo deste livro entrega exatamente o que se propõe em seu subtítulo. É um manual de referência seguido à risca por vários executivos e empresários de algumas das melhores empresas brasileiras.

Vendas em tempos de crise: como gerar resultados quando ninguém está comprando – As crises exigem estratégias, ações e atitudes específicas de todos aqueles que cuidam das vendas para a continuidade dos negócios de suas empresas. Uma das raras obras sobre como vender durante crises em língua portuguesa.

Como administrar o fluxo de caixa das empresas: guia de sobrevivência empresarial – Problemas de caixa são apontados entre as principais causas que levam tantas empresas ao encerramento de suas atividades. Este livro é uma obra de referência para uma gestão eficaz e profissional do fluxo de caixa.

Comunicação Inteligente e Storytelling para Alavancar Negócios e Carreiras – Rafael Arruda, a partir de uma linguagem acessível, envolvente e direta, traz a empreendedores, profissionais liberais e autônomos, colaboradores e gestores de pequenas e médias empresas as melhores e piores práticas em comunicação e storytelling, mostrando que o sucesso de carreiras e empresas encontra na comunicação um de seus principais pilares. O autor revela como as empresas e profissionais podem aumentar seus resultados por meio da comunicação e do storytelling.