É tempo de festividade em Velaris. Nesta história do universo de Corte de Espinhos e Rosas, o primeiro Solstício de Feyre como Grã-Senhora se aproxima, mas as consequências da guerra ainda assolam a Corte. De Sarah J. Maas, autora best-seller de Trono de Vidro, esta edição especial de colecionador conta com capa dura e projeto gráfico especial.
Ser Grã-Senhora ainda é uma novidade para Feyre, e ela precisa entender seu papel enquanto luta para reconstruir uma Velaris devastada pela guerra contra Hybern. A muralha que separava o mundo feérico do humano se foi, Keir está prestes a deixar a Corte dos Pesadelos para uma visita à Cidade de Luz Estelar e os illyrianos parecem insatisfeitos com o resultado da guerra.
Divididos entre as tentativas de retomar a vida após a grande batalha, as responsabilidades de liderar a Corte Noturna e a preparação para o rigoroso inverno, o trabalho de Feyre, Rhys e o Círculo Íntimo parece nunca ter fim. Mas com o Solstício de Inverno enfim se aproximando, chega a promessa do descanso conquistado com muito esforço.
No entanto, nem mesmo a alegria das festividades consegue impedir que as sombras do passado se aproximem. Enquanto Feyre vive seu primeiro Solstício como Grã-Senhora, a Quebradora da Maldição descobrirá que sua família e seus amigos carregam feridas ainda mais profundas do que imaginara.
Corte de gelo e estrelas é uma história do universo de Corte de Espinhos e Rosas.
Corte de Gelo e Estrelas (Vol. 3,5 Corte de espinhos e rosas – Edição especial)
Sarah J. Maas é a autora best-seller #1 do New York Times por trás das séries Trono de Vidro, Corte de Espinhos e Rosas e Cidade da Lua Crescente. Seus livros já venderam mais de um milhão de exemplares no Brasil e foram traduzidos para mais de 38 idiomas. Sarah vive com a família em Nova York.
No dia 10 de junho, às 19h, o escritor, roteirista, tradutor e produtor editorial Stefano Volp participa de um bate-papo literário online na BibliON – a biblioteca digital gratuita de São Paulo. Stefano é autor de Nunca vi a chuva, Homens pretos (não) choram, O beijo do rio, e O segredo das larvas, além de fundador da editora Escureceu e do Clube da Caixa Preta. Já escreveu dezenas de contos, traduziu diversos romances e contribuiu para veículos como VEJA e Folha de S. Paulo. Hoje, o escritor trabalha como produtor associado e autor roteirista em projetos para audiovisual, bem como na adaptação de todas as suas obras literárias para as telas.
O bate papo será mediado por Milena Enevoada, produtora de conteúdo no Instagram e Youtube, onde aborda temas sobre cultura pop com foco em literatura. Já trabalhou no Omelete, o maior site de cultura pop do Brasil, e Papel Pop News, jornal diário sobre cultura pop na DiaTV. É apaixonada por fantasias, suspense e terror, e sempre antenada nas novidades, discussões e resenhas de obras com representatividade negra e diversidade.
Não perca tempo e se inscreva para essa incrível conversa:
Bate-papo Literário com Stefano Volp – atividade online
Os interessados em participar das atividades devem acessar https://www.biblion.org.br/agenda/ e se inscrever. Lembrando que as ações possuem vagas limitadas, por isso não perca tempo e corra para participar.
No dia 12 de junho é celebrado o “Dia dos namorados” no Brasil e esse, não só é o momento perfeito para declarar todo o seu amor para a pessoa amada, como também possibilita uma programação recheada de momentos especiais. E por que não ler um bom romance e se apaixonar pelos protagonista? A Disal, referência no mercado editorial, selecionou obras para quem busca dividir essa data com alguém ou na sua própria companhia.
De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o Dia dos Namorados deve levar 96 milhões de brasileiros às compras, com uma movimentação de R$ 23 bilhões no comércio e os livros de romance estão entre os presentes mais escolhidos. Para a advogada Fernanda Silveira, esse gênero faz com que o leitor se envolva em muitas emoções, além de trazer ensinamentos profundos sobre a vida e esperança para quem ainda sonha em viver um amor verdadeiro.
“Há uns 10 anos eu leio livros de romance, contados em diversas facetas, e até hoje, o livro que eu mais amo é o que mais me fez chorar. O final feliz não era aquele que estamos premeditando quando começamos a ler, o final feliz é sempre aquele em que o amor fala mais alto, independentemente dos protagonistas terminarem juntos ou não. Os livros de romance são sobre isso, sobre um amor incurável, insuperável, mas acima de todas as coisas sobre o amor mais genuíno que existe entre os seres humanos”, explica Fernanda.
Um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado na revista especializada Brain Connectivity, mostra que ler um romance causa mudanças nas conexões neurais similares às que ocorreriam se a pessoa realmente tivesse vivido as experiências dos personagens fictícios.
Confira qual será sua escolha para essa data:
É assim que acaba – Colleen Hoover
Um romance sobre a força necessária para fazer as escolhas corretas nas situações mais difíceis. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine, se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora e não consegue tirar seu primeiro amor e a ligação com o passado que deixou para trás da cabeça. Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora, que não tem medo de discutir temas como abuso e violência doméstica. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais.
Depois de anos alimentando sua imagem de “princesa do pop”, Amelia Rose, conhecida por sua legião de fãs como Rae Rose, está completamente esgotada. No auge do desespero, Amélia foge no meio da noite a caminho de Roma, quando seu carro quebra na frente da casa de Noah Walker, o sujeito ranzinza deixa claro que não tem tempo nem paciência para lidar com celebridades. Sem muita escolha, porém, ele acaba deixando que a cantora fique em seu quarto de hóspedes.
Depois da morte da mãe, Lina fica com a missão de realizar um último pedido: ir até a Itália para conhecer o pai. Do dia para a noite, ela se vê na famosa paisagem da Toscana, morando em uma casa localizada no mesmo terreno de um cemitério memorial de soldados americanos da Segunda Guerra Mundial, com um homem que nunca tinha ouvido falar. Apesar das belezas arquitetônicas, da história da cidade e das comidas maravilhosas, o que Lina mais quer é ir embora correndo dali. Mas as coisas começam a mudar quando ela recebe um antigo diário da mãe. Nele, a menina embarca em uma misteriosa história de amor, que pode explicar suas próprias origens.
Eliza Lin, de dezessete anos, acaba de se mudar para Pequim, deixando para trás seus amigos e a vida nos Estados Unidos. Quando seu exercício de sala de aula — uma redação sobre ter encontrado sua alma gêmea — viraliza inesperadamente, a vida dela muda ainda mais da noite para o dia. O problema é que Eliza esconde um grande segredo: o garoto não existe, que dirá o relacionamento. Ela faz, então, um acordo de namoro falso com um ator famoso de sua turma, o charmoso e indiferente Caz Song.
Charlie é um aluno dedicado e bastante inseguro por conta do bullying que sofre no colégio desde que se assumiu gay. Já Nick é super popular, especialmente querido por ser um ótimo jogador de rúgbi. Quando os dois passam a sentar um ao lado do outro toda manhã, uma amizade intensa se desenvolve, e eles ficam cada vez mais próximos. Charlie logo começa a se sentir diferente a respeito do novo amigo, apesar de saber que se apaixonar por um garoto hétero só vai gerar frustrações.
Que comecem as celebrações! O mês do orgulho LGBTQIAPN+ acabou de chegar já com o novo lançamento do autor bestseller Vinícius Grossos. Cruzeiro do amor, sua nova comédia romântica, será publicada pelo selo Livros da Alice e promete conquistar o público com uma história leve e envolvente sobre amor, auto aceitação e descobertas. O livro marca um momento crucial na trajetória do escritor, que comemora uma década de carreira no mercado literário e sua estreia no Grupo Ediouro.
Em “Cruzeiro do Amor”, acompanhamos a história de Alessandro, um famoso influenciador digital que, prestes a embarcar em um cruzeiro LGBT+ especial para o Dia dos Namorados para uma publicidade, descobre a traição de seu namorado. O problema? Ele precisa de um parceiro para acompanhá-lo nessa jornada conforme o contrato exige. E sua única salvação será um fake dating com um belo desconhecido…
Com uma grande carga de humor, Vini Grossos cria situações e personagens inesquecíveis – todos em busca do amor verdadeiro, mesmo que nem todos estejam certos disso. O livro também representa um marco na evolução da literatura LGBTQIAPN+ no Brasil, mais leve e diverso e que têm cativado o coração do público nos últimos anos.
Livros da Alice é o selo de ficção da Ediouro, lançado com grande sucesso durante a última Bienal do Livro no Rio, em 2023, com uma grande receptividade tanto por parte dos leitores quanto do mercado editorial. Voltado para promover e acolher vozes autorais e títulos direcionados ao crescente segmento de jovens adultos, o selo representa uma aposta firme da editora em um dos setores mais promissores e engajados do mercado literário, tanto no Brasil quanto no mundo.
Vinícius Grossos começou sua carreira em 2014, publicando de forma independente o livro Sereia Negra. De lá pra cá, de forma tradicional, publicou O garoto quase atropelado (2015), 1+1 – A matemática do amor (2016), Feitos de sol (2019), que venceu o Prêmio Ecos da Literatura na categoria de melhor livro nacional, e o mais recente Não foi por acaso (2021), que estreou na lista dos mais vendidos da Veja. Participou de algumas antologias como O verão em que tudo mudou (2017) e Eu chamo de amor (2021).
Detalhes do livro:
Cruzeiro do amor
Editora: Livros da Alice, selo do Grupo Ediouro; 1ª edição
“Se há homens que a pátria agradecida confere oficialmente o título de grande de Pai, eu creio, Senhor Presidente, que nosso idolatrado Brasil viu a luz uma mulher de tal modo excepcional na sua época, de tal modo ilustre(…), que bem merece, agora que seu corpo terreno se desfaz em pó que vejo e que o espírito liberto luminosamente se lhe integra na alma nacional, o título mais que qualquer outro enaltecedor, entre todos belo título de Mãe da Pátria.”
Trecho do discurso de posse de Afonso Lopes de Almeida, filho de Julia, na Academia Carioca de Letras em 1939
Qual desfecho possível para uma trama que envolve o furto de moedas de um cofre em que a única guardiã da chave é a maior interessada em manter os bens a salvo e portanto a única que não pode ser acusada do delito? Essa é a pergunta que norteia o enredo de “O Funil do Diabo” (Janela Amarela Editora, 191 pág.), o último romance da carioca Julia Lopes de Almeida, falecida em 1934. É a primeira vez que a trama é apresentada nos formatos de livro e digital — anteriormente foi publicada como novela no Jornal do Commercio. A obra está em pré-venda pelo site de financiamento coletivo Catarse. Somente 100 cópias numeradas serão disponibilizadas na plataforma, com previsão de envio aos apoiadores a partir da segunda quinzena de junho. Posteriormente, o livro será disponibilizado em formato físico e digital nas principais livrarias e marketplaces.
Divulgação
O lançamento é mais um passo no resgate da bibliografia de uma das autoras de maior relevância do cenário nacional, patrona da cadeira 26 da Academia Carioca das Letras e idealizadora da Academia Brasileira das Letras. A escritora viveu e criou sua extensa bibliografia entre os séculos 19 e 20, num mundo em profunda transformação. Temas que pautaram a discussão política e social naquele momento, como educação feminina, divórcio e abolição do regime escravocrata estavam presentes em suas obras.
Vale ressaltar que a intelectual atravessou também os principais movimentos literários brasileiros como o Romantismo, Realismo e Pré-Modernismo. Em especial “O Funil do Diabo” é escrito na migração para o Modernismo, e isso parece ter contribuído para acentuar algumas das características literárias da época, como o interesse pela psicologia e a crítica à elite burguesa.
No livro, Juliana, uma jovem-adulta casada e sem filhos, se vê diante de um mistério a princípio insolúvel: dos 12 rolos de Libras (moedas inglesas) que sua mãe pediu para ela guardar no cofre, seis desaparecem sem deixar vestígios. A personagem mantém o fato em segredo e tenta descobrir o autor do crime. O marido, a mãe, o padrasto, os sobrinhos e a prima-empregada da protagonista são envolvidos na trama. A história se passa em um bairro afastado do município do Rio de Janeiro, longe da movimentação do centro urbano, na década de 1930.
Um dos méritos da obra é colocar a suspeita do furto ora em um, ora em outra personagem. Dessa forma o leitor acompanha, pelo olhar da protagonista, a caracterização e ambições de cada um ali. Juliana, e posteriormente a mãe, vão pouco a pouco duvidando das próprias certezas nessa busca pelo ladrão. Assim como nos thrillers de suspense que inevitavelmente apontam ao final para alguém que estava no rol de personagens centrais, aqui, somos levados a crer que um familiar é o responsável pelo delito, ainda assim, o desfecho da história tende a deixar atônitos não só a jovem vítima da ação criminosa mas também o leitor.
A importância do resgate e lançamento da obra agora, 90 anos depois de ter sido veiculada em jornal, é tanto conduzir o público a essa volta no tempo para os arranjos sociais e modos de vida daquele período do país, quanto apresentar a engenhosidade e criatividade da escritora.
Nascida para a pena e o papel
Julia Lopes de Almeida nasceu no Rio de Janeiro em 1862 e ainda pequena mudou-se com a família para Campinas (SP). Passou a infância e juventude na cidade paulista, depois retornou a então capital do país, sua cidade de nascença. Em 1887, aos 25 anos, casou-se com o poeta português Francisco Filinto de Almeida. Juntos tiveram seis filhos, dois deles falecidos ainda crianças. A escritora morreu em 1934, aos 71 anos, por complicações da malária.
Proveniente de uma família da elite com pai e mãe dedicados à literatura e canto, respectivamente, desde pequena Julia foi incentivada a ingressar no universo das artes. Aos 19 anos publicou seu primeiro texto, uma crítica, no Jornal Gazeta de Campinas, e a partir daí entregou-se ao ofício. Julia tem uma produção literária ampla que contempla crônicas, contos, peças teatrais, novelas e romances. A composição literária que inicia essa jornada pode ser lida ao final do “O Funil do Diabo”, como anexo do livro.
Mais dois textos compõem esse epílogo e são assinados pelos filhos da escritora. O primeiro é um trecho do discurso de posse de Afonso Lopes de Almeida na Academia Carioca de Letras em 1939, na qual Julia foi homenageada sendo patrona da cadeira 26, ocupada por seu filho. Na fala, Afonso elenca, em ordem de publicação, as obras da mãe e as descreve evidenciando a inventividade e talento da autora carioca.
O outro texto, escrito por Margarida Lopes de Almeida em 1962, revela momentos significativos da vida e obra da autora. Ali estão as influências e inspirações, o encontro de almas e casamento com o poeta Filinto e a participação ativa de ambos na promoção da cultura. Eles, junto a outros intelectuais, foram os idealizadores da Academia Brasileira de Letras, fundada em 1987. Inspirada na Academia Francesa, que não permitia mulheres em sua composição, só o marido recebeu uma cadeira como acadêmico. Ainda assim, a filha elenca os inúmeros reconhecimentos que Julia teve ainda em vida por sua bibliografia e relevância no cenário nacional.
Esses três textos a mais que fazem parte de “O Funil do Diabo” retratam o esmero e cuidado que a editora Janela Amarela tem com a obra da autora carioca. É a 14ª produção da escritora que a editora leva ao público. A novela foi encontrada no Jornal do Commercio depois de uma intensa busca. O processo de revisão e atualização textual contribuem para aproximar o leitor da obra. O empenho demonstra, acima de tudo, o reconhecimento da produção assinada por mulheres como parte fundamental da diversidade e riqueza da literatura brasileira.
“Estava certa: se confessasse ao marido as suas desconfianças ele as rebateria com veemência ou com uma gargalhada. Seria até capaz de as comunicar ao padrasto… e ela ficaria na humilhante situação de uma doente…Estaria louca realmente? Por que torturar sua pobre cabeça com pensamentos tão confusos?…Confusos…sim…mas que não tinham germinado de pura fantasia, mas de alguma coisas igualmente imponderável, mas de uma realidade tremenda. As suas percepções vagas e indecisas começavam agora a ter um ponto de apoio. A ameaça de um perigo ignoto, que pressentia de longe, tomava uma forma positiva de perseguição. Quem poderia negar que ela tivesse sido roubada Quem poderia negar que esse roubo não tinha sido cometido por dinheiro, mas como um aviso de intuitos misteriosos?”
Vivian é uma típica jovem da periferia brasileira: batalhadora, estudiosa, sonhadora e resiliente. No entanto, sua vida se complica ainda mais quando precisa lidar não só com os desafios do cotidiano, mas também com os sentimentos conflitantes que ainda nutre pelo ex-namorado, Vinícius – especialmente quando ele se envolve em um acidente de moto e a família da moça decide acolhê-lo em casa durante a recuperação. Este é o início da jornada da protagonista de Recalculando a Rota, novo romance contemporâneo da premiada autora carioca Aimee Oliveira, publicado pela Plataforma21.
É no subúrbio do Rio de Janeiro que Vivian enfrenta as lutas diárias por uma vida melhor, ao lado de quatro mulheres fortes e unidas: a mãe, a avó, a irmã e a sobrinha. Porém, com a chegada de Vinícius, o cotidiano da protagonista vira de cabeça para baixo, desafiando-a a enfrentar questões do passado e a lidar com provocações constantes do ex, que ela passou a odiar. Mas essa reaproximação dos dois será capaz de reascender a paixão entre eles?
Em meio ao turbilhão de emoções e à rotina atribulada, a protagonista passa a olhar mais para si mesma e a perseguir seus sonhos – o maior deles é abrir a própria clínica estética a fim de atender os moradores da periferia. Sempre com uma alegria inabalável, boa música na cabeça e samba nos pés, Vivian vai descobrir como cultivar a liberdade, amar-se em primeiro lugar e a nunca desistir dos próprios desejos, mesmo quando o mundo parece estar contra ela.
– Você sabe como os sonhos são, Viv… – Sei? – perguntei, num sussurro. – Nem sempre eles dão certo. – Ele levantou a cabeça para me olhar. Retorci as mãos para não demonstrar com o resto do corpo o quanto aquilo mexeu comigo. Eu também tinha sonhos que não deram certo. E mais um monte que não sabia no que ia dar. Mas ouvir algo assim da mesmíssima pessoa com quem sonhei tanta coisa junto, e também a mesma que me fez acordar e correr atrás dos meus objetivos, me soou muito triste […] – Alguns dão. Você só vai saber se tentar.
(Recalculando a Rota, p. 178)
Nesta história de amor ao estilo amantes-para-inimigos-para-amantes, Aimee Oliveira, também autora de Ladeira Abaixo e vencedora de dois prêmios Wattys do Wattpad, traz para o centro da narrativa diversas referências do dia a dia dos brasileiros. Regada a músicas de rap, samba e pagode, ela descreve passeios de moto, o amor pelo time de futebol e, claro, os corriqueiros perrengues de pegar ônibus lotado para ir trabalhar.
Com uma escrita bem-humorada e personagens fidedignos, Recalculando a Rota, que conta com o design de capa da artista Paula Cruz, é uma história de amadurecimento que valoriza a sororidade, a amizade e o fortalecimento entre os laços familiares. A obra também é uma ode a todas as jovens brasileiras que estão no corre em busca de igualdade e que nunca desistem de seus ideais.
Ficha técnica: Título: Recalculando a Rota Autora: Aimee Oliveira Selo: Plataforma21 Capista: Paula Cruz ISBN do livro físico: 978-65-88343-76-0 ISBN do e-book: 978-65-88343-75-3 Edição: 1ª ed./2024 Gênero: Romance contemporâneo Público-alvo: Jovem adulto 16+ Número de páginas: 244 Onde encontrar: Amazon
O Dia Nacional da Adoção foi criado para promover a conscientização e o debate sobre o acolhimento de crianças e jovens em situação de abandono. A data foi comemorada pela primeira vez em 1996, durante o I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção.
Hoje, mais de 5 mil crianças e adolescentes estão aptas para o processo adotivo no Brasil e cerca de 36 mil famílias manifestam disposição para adotar . Um levantamento feito pelo Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), de 2020, mostra que, desse total, apenas 2,7% das famílias demonstram interesse na adoção de crianças acima dos dez anos, fazendo com que, muitas vezes, elas cresçam em casas de acolhimento.
A inserção de filhos adotivos em suas respectivas famílias ou a novos ambientes escolares podem ser delicadas, pois nem sempre os pequenos compreendem o conceito, ou então, quando acolhidos na adolescência, podem não saber lidar com seus sentimentos e frustrações. Nesse contexto, o diálogo e a paciência são as melhores das alternativas, oferecendo a esses jovens todo o suporte necessário.
Dessa forma, os livros cabem como a ferramenta perfeita para se discutir a diversidade familiar, seja em casa ou até mesmo no ambiente escolar. De acordo com Laura Vecchioli do Prado, coordenadora editorial de literatura e informativos da SOMOS Educação, livros infantis e juvenis sobre adoção são ferramentas cruciais para promover empatia e inclusão. “Ao apresentar narrativas que exploram as experiências e emoções envolvidas nesse processo, esses livros não apenas oferecem suporte emocional para crianças adotadas, mas também promovem a compreensão e aceitação por parte de outras que podem não estar familiarizadas com essa realidade”, afirma Laura . “Além disso, tais histórias oferecem oportunidades valiosas para discutir questões complexas, como identidade e pertencimento”, destaca.
Neste contexto, a SOMOS Literatura, unidade de literatura da SOMOS Educação, selecionou quatro livros sobre adoção, que abordam o assunto de formas diversas.
4 livros sobre adoção para ler com crianças e adolescentes
1. “A Galinha que Criava um Ratinho”, de Ana Maria Machado – Editora Ática
O livro da coleção Barquinho de papel conta as aventuras de um galo e uma galinha que não tinham filhos biológicos, até que um ratinho aparece em suas vidas e conquista o coração do casal de aves. Um dia, a mamãe galinha se vê aflita com a invasão de uma raposa faminta à casa da família. De forma simples e divertida, Ana Maria Machado explica a adoção para crianças de 0 a 5 anos.
2. “Diário ao Contrário”, de Sônia Barros – Editora Atual
Nessa emocionante trama de Sônia Barros, Eduardo narra sua vida em forma de diário pessoal de um jeito inusitado: ele é escrito de trás para frente! Na obra da coleção Entre linhas e letras, os momentos e memórias mais felizes de Eduardo são coloridos pelas ilustrações de Roberto Weigand, conduzindo o leitor ao 24 de dezembro em que o menino ganhou tudo o que mais queria: uma família.
3. “Ganhei Uma Menina!”, de Tereza Yamashita e Luiz Bras – Editora Scipione
Nesse livro da coleção Dó-Ré-Mi-Fá, os autores contam a história do cãozinho Quiuí, que vive o melhor da vida junto ao seu casal de estimação, Pedro e Paula. No dia de seu aniversário, o alegre cachorro ganha um presente inesperado: Érica, sua mais nova irmãzinha adotada pelo casal. Agora Quiuí tem com quem compartilhar suas caminhadas, sonecas e brincadeiras! Com humor e leveza, a obra é uma ótima forma de debater o tema da adoção com os pequenos.
4. “A Voz do Silêncio”, de Giselda Laporta Nicolelis – Editora Scipione
O livro de Giselda Laporta Nicolelis nos apresenta Samara, uma professora que vive com o marido e o filho. Ao conhecer Nádia, a filha de sua faxineira, a professora fica muito comovida por sua história: a menina, de apenas 6 anos, é surda de nascença por conta da rubéola que acometeu sua mãe na gravidez e não tem condições de passar por um tratamento adequado. Baseada em uma história real, a emocionante obra narra a história professora que adotou uma criança surda e lutou por sua integração.
Alexandre Patricio e Liana Ferraz se uniram para escrever um livro singular e profundo. A obra Poemas de amor no divã, lançada pelo selo Paidós da Editora Planeta, mescla a psicanálise e a poesia e explora temas como amor, desilusão, reconstrução e autoconhecimento. Alexandre é autor de Psicanálise de boteco, finalista do prêmio Jabuti 2023, enquanto Liana Ferraz é escritora de Sede de me beber inteira, contado com mais de 140 mil seguidores nas redes sociais. O livreto possui uma proposta única ao mostrar o encontro entre os sentimentos intensos e conflituosos, por meio da poesia e das teorias e conceitos técnicos da psicanálise.
O livro é escrito em duas linguagens distintas: o estilo lírico dos poemas de Liana e o linguajar analítico de Alexandre Patricio. Na trama, Liana encarna a identidade de Cecilia, uma personagem intensa criada através de versos que sintetizam os sentimentos, as angústias e as crises existenciais que permeiam os seus pensamentos. Alexandre assume o papel do psicanalista, dedicando-se a interpretar a voz de Cecilia, analisando cada palavra e verso enunciado. Ele reúne as peças que a tornam real, referenciando grandes pensadores, como Freud, Melanie Klein, Winnicott, Lacan, entre outros.
As ilustrações que acompanham a obra foram criadas especialmente para se relacionarem com os textos e poemas de Liana, ao abordar as confusões que a aflige, há o retrato de uma mulher com nuvens turbulentas no lugar da cabeça; ao se expressar sobre um amor fantasma, há uma delicada ilustração de um fantasma com um buque de flores. Aliadas às análises detalhadas de Alexandre, o livro contribui para uma nova perspectiva, na qual a psicanálise e a poesia andam de mãos dadas.
“Este é um livro sobre amores. Sobre o amor de Freud à literatura e à ciência que desembocou na psicanálise, sobre o amor entre psicanálise e literatura que desemboca na continuidade da psicanálise no mundo e, sobretudo, sobre os amores aos quais a psicanálise e a literatura nos conduzem. Esses tantos amores aparecem materializados na dança da escrita e da amizade entre Liana e Alexandre. Este livro é também um presente a quem se nutre de palavras!”, escreveu a psicanalista e escritora Ana Suy sobre a obra.
Poemas de amor no divã é o encontro de dois inventores de palavras poéticas e de inconscientes. Cada um com sua singularidade, mas que juntos desafiam as leis da natureza e fazem uma revolução ao derrubar muros estreitos que, supostamente, separariam a psicanálise e a poesia. A obra convida os leitores e leitoras a quebrarem os paradigmas que os aprisionam e ampliarem suas perspectivas para conquistarem o mundo.
EVENTOS
São Paulo: Dia 7 de junho a partir das 19h na Livraria Megafauna – Av. Ipiranga, 200 – Loja 53 – República – São Paulo/SP
Rio de Janeiro: Dia 19 de julho a partir das 19h na Livraria da Travessa – Leblon. Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Leblon – Rio de Janeiro/RJ.
Curitiba: Dia 27 de julho a partir das 16h na Livrarias Curitiba – Shopping Palladium. Av. Pres. Kennedy, 2047 – Curitiba/PR.
Best-seller do Sunday Times, Tinta Sangue Irmã Escriba, livro de estreia da autora Emma Törzs, é lançado no Brasil pela coleção Minotauro da Editora Planeta. A obra narra a história de duas meias-irmãs, separadas pelo tempo, que precisam se reencontrar após a morte do pai. Elas são encarregadas de guardar a biblioteca mágica da família, mas, para além do zelo do local, acabam precisando trabalhar juntas para desvendar um segredo mortal que coloca em risco a vida de todos.
A história inicia mostrando as meias-irmãs, Joanna e Esther, afastadas e com vidas diferentes. Joanna mora na casa que viveu na infância e é a única protetora dos livros mágicos, por isso, não pode sair por muito tempo. Esther passou anos viajando e se estabeleceu em uma estação de pesquisa na Antártica, porém, ao presenciar uma matança na base, ela descobre que está sendo caçadas pelas mesmas pessoas que buscam a biblioteca de sua família. Além das protagonistas, há um terceiro personagem marcante para o decorrer da história. Nicholas é guardião de outra biblioteca mágica e é o último escriba – pessoas que através do sangue detém o poder de escrever magias. Quando os caminhos são entrelaçados, acabam se envolvendo em uma história sombria de mentiras e segredos.
Para conferir singularidade aos personagens, Törzs escreve cada ponto de vista com um tom diferente. A visão de Joanna é escrita como um conto de fadas, já de Ester possui um estilo contemporâneo com diálogos espontâneos, enquanto Nicholas detém um tom acadêmico. Em cada capítulo, as irmãs recordam memórias da infância, recriando cenários de quando a família era unida até o momento em que a ambição e a busca pelo poder os separam. Expondo os segredos em doses homeopáticas, a autora entrelaça a narração com um tom divertido, ao mesmo tempo que utiliza figuras sombrias.
Emma Törzs combina elementos contemporâneos com clássicos dos contos de fadas, passando de forma sutil por encantamentos, espelhos mágicos até atingir problemas familiares reais. Tinta Sangue Irmã Escriba é uma história de lealdade e traição familiar que transporta os leitores e leitoras para um mundo onde a magia é real e que transcende as páginas e transborda a imaginação. “Acompanhe este romance até onde ele pode nos levar, e você ficará perdido em meio a um feitiço encantador. Um livro mágico sobre livros mágicos, e pessoas que acabam emaranhadas ao lê-los.”, escreveu Marlon James, autor de Leopardo negro, lobo vermelho.
Seamus Heaney, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1995, é amplamente reconhecido como um dos grandes poetas do século XX, com sua obra tendo um impacto significativo na literatura mundial.
Na antologia 100 poemas, que abrange toda sua vida de escritor, seus principais textos, como os famosos “Cavando” e “Andaimes”, vêm acompanhados de escolhas menos óbvias, como o seu último poema, escrito poucos dias antes de sua morte, em 2013.
A cuidadosa curadoria poética foi realizada por sua família e chega ao Brasil em edição bilíngue, com tradução habilidosa da professora e premiada poeta Luci Collin, e prefácio da professora Laura Izarra, da USP. Um lançamento da gaúcha Isto Edições.
Seamus Heaney foi e ainda é reconhecido como um dos principais contribuintes para a poesia na Irlanda. O poeta americano Robert Lowell descreveu-o como “o poeta irlandês mais importante desde Yeats”, e muitos outros, incluindo o acadêmico John Sutherland, disseram que ele era “o maior poeta de nossa época”. O jornal The Independent descreveu-o como “provavelmente o poeta mais conhecido do mundo”.
100 poemas é uma coleção singular de textos de Heaney, acessível agora a novos leitores brasileiros que têm a oportunidade de fazer uma bela viagem pela obra poética do autor.