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Rafa Brites narra 'Síndrome da Impostora’ Foto: Divulgação/Helder Fruteira
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Rafa Brites dá voz ao livro ‘Síndrome da Impostora’

O livro ‘Síndrome da Impostora’, escrito pela apresentadora Rafa Brites e publicado pelo selo Academia da Editora Planeta, acaba de ganhar uma versão em audiobook. Disponível no aplicativo Skeelo, o audiolivro mantém uma das características mais marcantes da obra: o tom de conversa. Agora, literalmente com voz, os leitores podem acompanhar os relatos pessoais da autora sobre perfeccionismo e baixa autoestima.

+ Como descobrir se tenho “Síndrome do Impostor”?

A obra fala muito bem sobre a sensação comum, principalmente entre as mulheres, de não se ver boa o suficiente ou de se sentir uma fraude. Rafa detalha esses sentimentos e aponta como a síndrome pode realmente afetar a vida das pessoas. O livro ainda traz dois pontos curiosos, sendo um deles a citação da ex-primeira dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, que sofria com a síndrome, e o outro relacionado ao que a autora chama de Sociedade Secreta de Impostoras Anônimas, já que mesmo sendo comum, muitas pessoas não expressam esse sentimento.

A escritora lembra que a proposta da obra é de trazer reflexões a partir de situações que aconteceram com ela ao longo da vida e da carreira e o audiobook reforça ainda mais a linguagem adotada por ela na escrita. “Parecia que eu estava conversando comigo. E foi assim que eu escrevi mesmo, em tom de conversa. Agora que gravei falando, senti isso mais forte ainda. Foi uma bela conversa”, relata ela.

Rafa ainda lembra que mesmo se conhecendo e percebendo esse processo, a síndrome insiste e é preciso buscar técnicas para lidar com ela. “Como eu falo no livro, a Síndrome da Impostora é uma sensação interna com reflexo de um cenário externo. Então, enquanto os problemas forem estruturais, dificilmente uma mulher não vai se deparar com essa sensação na vida. Mas sim, existem várias técnicas para não deixarmos ela nos empacar”.

Atualmente, Rafa Brites, que é formada em administração de empresas e pós-graduada em neurociência e comportamento, desenvolve o projeto Transformando Sonhos em Realidade com foco em atividades motivacionais, de liderança e desenvolvimento pessoal direcionado às mulheres.

Cinco curiosidades da segunda temporada de Euphoria que vão fazer você amar ainda mais a série
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Cinco curiosidades da segunda temporada de Euphoria que vão fazer você amar ainda mais a série

A segunda temporada de Euphoria já passou da metade dos episódios e uma coisa é certa: a mais nova trama da série é envolvente, e o público aguarda ansiosamente pelo sexto episódio. Enquanto contamos as horas para saber o paradeiro de Rue, listamos algumas curiosidades da segunda temporada de Euphoria que vão despertar ainda mais o interesse do público pela série.

+ Quem é Dominic Fike, que dá vida a Elliot em Euphoria

Zendaya é a nova produtora executiva da produção

Após levar o Emmy em 2020 de melhor atriz pelo papel da protagonista Rue, na primeira temporada de Euphoria, Zendaya entrou para o time de produtores executivos da série. Ela está cada vez mais envolvida nas produções nas quais atua. Sam Levinson, o criador de Euphoria, quer inclusive que ela dirija alguma produção. Será que teremos Zendaya também como diretora na terceira temporada de Euphoria? Fica a dúvida.

O primeiro episódio da segunda temporada fez história

O episódio de estreia da segunda temporada de Euphoria, intitulado “Trying to Get to Heaven Before They Close the Door”, foi o episódio de uma série de TV mais comentado nas redes sociais até hoje, superando inclusive o final de Game of Thrones, que até então tinha o título. Os espectadores brasileiros ajudaram. O Brasil está entre os 15 países que mais procuraram por “Euphoria” durante as 24 horas após o episódio de estreia da nova temporada.

Lana del Rey lançou uma canção nessa temporada

A cantora Lana del Rey lançou “Watercolor Eyes” no terceiro episódio. Além de ser a trilha do trailer desse episódio, ela fez o lançamento oficial da música dois dias antes do episódio inédito ir ao ar em um vídeo com letra em seu canal no Youtube. Foi uma escolha do produtor musical Labrinth, que assina a trilha sonora da série.

Os posts da Zendaya nas redes sociais

Se você ainda não segue Zendaya nas redes sociais, agora é a hora. Semanalmente, em sua conta no Instagram, ela posta mensagens, vídeos e fotos exclusivas do backstage referentes ao episódio que irá ao ar naquela semana. Recentemente publicou a seguinte declaração sobre o quinto episódio: “se você pode amá-la, então você pode amar alguém que está lutando contra a mesma coisa, e talvez ter uma maior compreensão da dor que elas estão enfrentando, que muitas vezes está fora de seu controle. Isso, para mim, é o mais importante.” Profundo, né?!

Ano novo, crush novo – ALERTA SPOILER!

Desde que começou essa temporada, há também um clima de (novo) romance no ar. Logo no primeiro episódio, a internet shippou – e com razão – o casal Lexi e Fez. Foi nessa festa também que Cassie fica pela primeira vez com Nate, o ex-namorado de sua melhor amiga Maddy. Para completar, ainda apareceu o novo personagem Elliot, vivido pelo músico Dominic Fike, que agora está ficando com Jules. Casais improváveis? Com certeza.

A segunda temporada de Euphoria tem oito episódios. Os novos são lançados todo domingo até o dia 27 de fevereiro, tanto na HBO Max como na HBO.

Lembra que é valente como as águas do mar
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Lembra que é valente como as águas do mar

Algumas semanas aparecem pra gente lembrar o quão valente a gente é. E com grandes responsabilidades e realizações, vem grandes dores e sofrimentos também. Nada é tão quentinho fora da nossa zona de conforto. Essa foi uma semana daquelas e eu me peguei dando voltas pra responder “por quê?”.

+ Meus quase 20 anos

Será que tudo isso vale a pena mesmo? Será que mereço tudo isso? Será que não posso só deitar na cama, chorar, desistir e esperar que as coisas aconteçam? Assim, pelo menos eu vou ter o controle, nem que seja na sabotagem. Quando eu me saboto, eu não realizo o que eu quero, mas pelo menos escolho meu destino. Quando vivo, levanto da cama e dou às caras, eu não tenho controle do que vai acontecer. E se eu não for tão valente assim?

Leia ouvindo: Valente, Mc Tha
Eu sei que sou. Eu sei que consigo. Mas preciso? Será que quero? Será que é autossabotagem ou será que é só falta de vontade? Ou será que excedi no ponto? Quantas perguntas sem respostas girando nessa mente ansiosa que voz fala. Eu sei que a gente tem que sentir tudo: alegria, tristeza, tudo é importante. Mas pra quê? Vale a pena mesmo?

Esse é o preço de ser humano, eles dizem. Que preço caro a se pagar só porque nos anos 90 duas pessoas resolveram se entender no Carnaval e que ocasionou meu nascimento. Eu pedi pra nascer? Meu Deus, agora tô sendo ingrato? Será que tô sendo ingrato com tudo o que eu conquistei?

Será que vou perder tudo isso se eu questionar? É, eu não sou tão valente assim. Eu não sei se consigo ser tão valente assim, eu não sei se consigo sorrir agora que vejo que tudo deu certo. Não foi fácil. Quem disse que seria fácil?

Tem que ser Valente, Thaís. Vai. 

Big Brother: como George Orwell influenciou o reality show
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Big Brother: como George Orwell influenciou o reality show

O famoso reality show “Big Brother” se popularizou não só no Brasil, mas também em vários outros países ao redor do mundo. Esse fenômeno televisivo vigia seus participantes 24 horas por dia e transmite as imagens gravadas ao vivo para todo o país. O verdadeiro Big Brother – ou Grande Irmão – porém, teve sua origem na literatura! Ele é apresentado pela primeira vez no livro 1984, escrito pelo jornalista britânico George Orwell, que  apresenta o slogan: “O Grande Irmão está de olho em você”.

+ Resenha: 1984, George Orwell

Nesse romance de ficção científica, o Grande Irmão é o líder supremo da fictícia Oceania, que controla toda a população. Na narrativa, todos os lugares, sejam eles públicos ou privados, estão ligados a uma espécie de câmera projetada pelo governo capaz de monitorar, gravar e espionar a intimidade da sociedade — assim como acontece na casa vigiada do Big Brother Brasil. Publicado em 1949, pouco antes da morte do autor, 1984 é considerado um drama distópico que cristalizou a mítica do Grande Irmão, além de refletir uma crítica ao totalitarismo, uma vez que os moradores não poderiam, de forma alguma, contestar o sistema criado pelo regime.

“Nesses momentos, seu ódio secreto contra o Grande Irmão se convertia em adoração, e o Grande Irmão parecia se agigantar, invencível e destemido protetor, como um rochedo contra as hordas da Ásia, e Goldstein, apesar de seu isolamento, de seu desamparo e da dúvida que pairava sobre a própria existência, parecia um feiticeiro sinistro, capaz de, apenas com o poder da própria voz, arruinar toda a estrutura da civilização.” (Livro 1984, p. 18)

Este clássico atemporal de Orwell ganhou, em janeiro de 2021, uma edição especial pelo selo Via Leitura, da Editora Edipro, com tradução direta do original assinada por Alexandre Barbosa de Souza, tradutor e editor com passagem por algumas das maiores editoras do país. A edição também conta com apêndice “Os princípios da novilíngua”, também escrito pelo autor, e evidência que 1984 continua sendo uma leitura atual, precisa e afiada. A capa e os brindes da edição foram desenvolvidas pelo artista plástico Carlo Giovanni. Brasileiro radicado em Portugal, Carlo cria ilustrações tridimensionais com recortes em papel, desenvolvendo projetos gráficos nas Américas e na Europa.

Escritora utiliza fantasia para levantar reflexões sobre autoaceitação
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Escritora utiliza fantasia para levantar reflexões sobre autoaceitação

Muitas das vezes, a fantasia pode ser uma releitura lúdica da realidade, e se apropriar dessa possibilidade pode transmitir grandes reflexões para o público. Aos 22 anos de idade, a escritora Rafaella Marques iniciou a saga Eleita Pela Magia ao lançar “Quase Bruxa”, seu livro de estreia, pelo Grupo Editorial Coerência, a qual se propõe a apresentar uma história de fantasia que levanta reflexões sobre autoaceitação.

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“A protagonista passa por uma jornada de aceitar a sua identidade, consequentemente também aprendendo a ter confiança”, a autora acredita que diversos leitores, principalmente os jovens em fase de descobertas, passam por momentos complicados envolvendo autoaceitação. “Mesmo tratando de uma bruxa, a narrativa faz alusão às diferenças reais, também podendo ajudar inúmeras pessoas em processo de autoconhecimento”.

Rafaella Marques tem contato com o universo literário desde pequenas por meio de histórias infantis e gibis, e foi por meio dessa conexão com as narrativas literárias que ela decidiu escrever Eleita Pela MagiaDecidi criar meu próprio mundo por meio da arte da escrita ao me pegar desenvolvendo subtramas na minha mente”, informa.

Com o primeiro título lançado em 2021, a artista se prepara para lançar “Quase Guardiã”, o segundo livro, nos próximos meses. A sequência do enredo agregará toda camada de elementos fantasiosos envolvendo ao mundo da protagonista, aprofundando os assuntos envolvendo amizade, força, bondade e lealdade, que também são temáticas predominantes da saga.

Na história do primeiro livro acompanhamos a protagonista Luna, uma jovem de 16 anos, embarcando em uma jornada ao lado de Damra, uma bruxa poderosa que a ajudará nas melhores decisões para descobrir sua verdadeira identidade e não correr risco de morte. Porém, nesse universo mágico, ela precisa ter coragem de abandonar seus amigos e familiares, correndo o risco de sair perdendo ou ganhando.

Paulistana de 20 anos transforma solidão da pandemia em livro de poesias sobre amor-próprio e superação
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Paulistana de 20 anos transforma solidão da pandemia em livro de poesias sobre amor-próprio e superação

A pandemia foi um período que marcou redescobertas para milhares de pessoas, seja sobre uma nova autopercepção, a noção do que realmente é prioridade, a verdadeira vocação, paixões escondidas, a força de superação e o renascimento do amor-próprio. Com todos estes temas se misturando, a escritora Louise Ramas, de 20 anos, lança seu primeiro livro de poesias, Só dou flores aos vivos que não tem pressa.

A obra de poesias compila textos escritos pela universitária durante a pandemia, certamente um dos períodos mais desafiadores de parte da população mundial. De acordo com ela, escrever nestes tempos foi uma forma de lidar com sentimentos e angústias e principalmente canalizar a energia em uma produção artística.

+ Carpir ramas é pesado. Pagam pouco por muito trabalho…

E apesar de muito jovem, Louise carrega várias experiências de vida. Na carreira acadêmica, por exemplo, chegou a fazer um curso na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, tendo inclusive a oportunidade de visitar a Assembleia Geral.

A jovem escritora também tem uma veia empreendedora aguçada desde muito cedo.  Louise participou, em 3 oportunidades, do Dell Women’s Entrepreneur Network (DWEN), evento sobre a rede de capacitação de mulheres empreendedoras da Dell. Na edição 2017 do DWEN, realizada em São Francisco (EUA), quando tinha apenas 16 anos, participou com garotas de diversos países do programa “Girl’s Track”, voltado para jovens entre 12 e 18 anos e teve o projeto do seu grupo escolhido para uma apresentação de um plano de negócios para todas as empreendedoras presentes no evento.

Na vida artística, Louise escreve pensamentos, poesias e poemas desde a adolescência. Além de servir como uma espécie de válvula de escape para os desafios do dia a dia, a entrada neste universo foi uma homenagem ao pai.

“Ele também escrevia poesia quando tinha a minha idade, mas acabou perdendo todos os textos em uma enchente. Por causa disso, meu início no mundo literário está sendo uma realização de sonho para ele também, que junto da minha mãe e meus familiares me apoiaram em todo o processo”, ressalta Louise.

Concepção das poesias

Em tempos de pandemia, tirar um novo projeto da gaveta e colocá-lo no mundo pode ser uma tarefa complicada. Louise confessa ter passado por essa dificuldade. Ela conta que há um bom tempo nutre esse sonho de escrever, mas que o medo da rejeição fez com que a missão ficasse guardada por um bom tempo.

“No final das contas, se nós não fizermos aquilo que sonhamos, ninguém fará pela gente. Eu entendi que aquilo que eu estava produzindo poderia impactar as pessoas. A partir disso dei conta de como seria gratificante receber a notícia de que alguém se identificou com as minhas palavras”.

O projeto Só dou flores aos vivos que não tem pressa durou cerca de 1 ano, contando desde os rascunhos iniciais até a edição final do livro. Assim como toda obra em andamento, ele passou por alterações ao longo do caminho até tomar a forma atual.

No processo, a jovem teve mentoria de Luna Vitrolira. A artista da música e do texto é autora de Aquenda: o amor às vezes é isso, livro finalista do Prêmio Jabuti 2019, e do álbum homônimo, lançado em 2021.

Louise, que tem o sonho de se tornar uma escritora profissional, comenta que o trabalho com Luna foi essencial para transformar o compilado de poesias em uma obra coesa com início, meio e fim. Além disso, o processo fez com que o livro ganhasse uma protagonista, que passa por uma jornada particular de dificuldade até o ápice da superação.

Inspirações

Entre as inspirações da jovem autora estão poetas como a portuguesa Matilde Campilho e a norte-americana Sylvia Plath. Ela diz que além de se identificar com as obras das escritoras, considera que suas temáticas a estimularam a enxergar o mundo de maneira diferente. A brasileira Natália Parreiras Rubra e O livro que não escrevi foi outra fonte de criatividade para a jovem, que se considera feminista desde muito cedo.

Apesar de ter a obra destes artistas na cabeça, ela afirma que Só dou flores aos vivos que não tem pressa carrega um tom bastante autoral, possuindo linguagem e vozes próprias.

“O livro vem de uma perspectiva feminina, mas não é só para mulheres. Todo mundo passa, ou passou, por relacionamentos pesados e merece encontrar de novo o amor. E apesar de carregar algumas experiências que eu passei, a personagem central não sou eu. Qualquer pessoa consegue se identificar com o que está escrito ali”, argumenta.

Louise faz questão de ressaltar também que o chileno Pablo Neruda é outra inspiração. O poeta vencedor do Nobel de literatura de 1971 é referenciado principalmente por obras como Cem sonetos de amor.

“A poesia é sempre bastante pessoal, então escrever esses textos é uma forma de verbalizar sentimentos que muitas vezes não estão claros nem para nós mesmos. No meu caso, eu me inspirei muito em todos esses autores e comecei a escrever como se fosse uma terapia”.

O amor tem saída

O livro tem 25 poesias com versos e estrofes que mostram várias facetas do amor, entre elas a perda e  reconquista. Ao final de tudo, a temática central é o amor-próprio.

“Eu queria que as pessoas entendessem que vai ficar tudo bem. Às vezes a gente está numa situação difícil e achamos que não tem saída. Mas as coisas aos poucos vão se encaixando e melhorando. Depois de um relacionamento complicado, chega o momento em que nós nos apaixonamos por nós mesmos novamente”.

A autodescoberta da personagem central vem acompanhada com a percepção de que o “amor tem saída”, argumenta a própria escritora.

E mesmo não sendo uma obra biográfica, já que Louise explica que não é a protagonista, o livro tem toques pessoais e uma homenagem familiar bastante especial. Uma das poesias é dedicada diretamente à avó paterna da escritora.

“A escrita e publicação do livro estão sendo experiências muito fortes e marcantes para mim. Tudo tem um significado muito poderoso particularmente e na ideia central. Eu quero passar ao leitor a ideia da beleza da redescoberta de si mesmo e que ele precisa se apaixonar completamente pelo que é e pelo seu próprio processo. Quero que ele saiba, principalmente neste momento difícil que atravessamos, que é possível estar bem consigo mesmo”, finaliza a jovem escritora.

Resenha: Além do princípio de prazer, Sigmund Freud
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Resenha: Além do princípio de prazer, Sigmund Freud

Além do princípio de prazer é um livro de Sigmund Freud, criador da psicanálise, que trata de um assunto que me interessa bastante, enquanto psicanalista e enquanto analisado. A compulsão pela repetição. Calma, vou explicar mais adiante nesse texto e você vai ver como ela faz bastante sentido.

De leitura curta, mas não rápida ou tampouco fácil, em Além do princípio de prazer, Freud investiga os nossos padrões inconscientes e nos mostra que tendemos a repetir comportamentos, mesmo sem perceber. Sabe aquela pessoa que só cai de relacionamento abusivo em relacionamento abusivo e dizem que tem dedo podre? Então, eis um exemplo da compulsão pela repetição. A gente repete tudo aquilo que ainda não foi elaborado conscientemente. Mas, o que a gente repete?

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+ Um olhar sobre a pulsão de morte: o famoso dedo podre

A gente repete tudo. A forma como aprendemos a nos relacionar na infância. A forma como nossos pais nos criaram. A forma como reagimos aos nossos sintomas. Tudo na nossa vida é uma repetição inconsciente. Sabe aquela pessoa que você odeia? Provavelmente, ela te faz lembrar (conscientemente ou não) alguém que te fez mal, você não gosta e que te causa os mesmos sentimentos. A nossa repetição normalmente tem raízes na infância e chegam até a vida adulta. E nós continuamos a repetir, repetir, repetir…

Para Freud, precisamos traduzir em palavras tudo aquilo que encenamos e repetimos no ato, por meio do processo psicanalítico. Precisamos rastrear e compreender nossas repetições, para que elas sejam acessíveis à consciência e assim, possamos falar várias vezes, até elaborar e racionalizar o que falamos, para poder então, perlaborar, isto é, substituir um sintoma pela palavra. Claro que, nada é tão fácil quanto parece.

Um comportamento repetido por várias vezes durante uma vida é um sintoma forte. E o sintoma não vai embora, ele não desaparece. Por isso, ao tornar acessível à consciência a nossa repetição, passamos a ter ciência de que ela acontece, quando ela acontece. E nesse ponto, passamos a ter escolha: vamos repetir ou vamos tentar mudar a rota? Sim, precisamos parar, respirar e agir. Nunca de imediato. A repetição faz parte de nós como seres humanos e possivelmente sempre continuará fazendo, mesmo que ela esteja além do princípio de prazer que internalizamos.

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Escritor depois dos 50: os desafios e a importância de tomar uma decisão
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Escritor depois dos 50: os desafios e a importância de tomar uma decisão

Tornar-se um escritor é um processo que une talento, disciplina, determinação e, claro, a tomada de uma decisão. Além da facilidade que algumas pessoas apresentam desde tenra idade com a palavra escrita, escrever é uma descoberta que pode surgir em qualquer momento da vida, inclusive depois dos 50.

É o caso do escritor, palestrante, especialista em negócios e tomada de decisão Uranio Bonoldi, que atua dando suporte a empresas que desejam crescer de forma estruturada e que, hoje, também é um escritor de best-seller.

+ Decisão fácil e difícil: Como escolher qual caminho seguir?

Foi a partir da sua longa experiência executiva em cargos de alta gestão que ele observou a dificuldade das pessoas em tomar decisões, não só nos negócios, mas também na vida pessoal. Tal constatação o levou a integrar sua experiência profissional, suas reflexões pessoais e seus estudos, gerando a ideia para o seu primeiro livro.

“Escolhi trilhar pelo caminho de escrever para o público mais jovem, que representa o futuro do país e é onde estarão os futuros gestores de empresas e de projetos, seja em qual for o campo. E como despertar o interesse dos jovens sobre o tema? Decidi escrever uma história — uma ficção do gênero thriller, que o público jovem adora. Assim nasceu a série A Contrapartida!”, diz.

O livro, que é considerado um dos principais thrillers nacionais dos últimos anos, desde seu lançamento, alcançou o ranking dos mais vendidos na Amazon. A Contrapartida conta a história do menino Tavinho, um jovem que para não frustrar a mãe e honrar a memória do pai, vítima da violência da cidade de São Paulo, opta por cortar caminhos durante sua adolescência. Com a ajuda de sua governanta, Iaúna, nascida em uma tribo indígena já extinta, ele aceita tomar o elixir da sabedoria. No entanto, a decisão para se tornar mais astuto tem um alto preço: o assassinato de pessoas em série.

Uranio conta que a decisão de escrever um livro foi fácil, porém ele precisou superar todas as outras decisões que vieram a partir dela, sem recuar e mantendo a disciplina na implantação daquilo que precisa ser feito. “É claro que tive diversos desafios pelo caminho, principalmente com diversas jornadas duplas de trabalho. Precisei decidir e conhecer o mundo literário, – traçando estratégias, busquei experts, mentores e fui superando cada obstáculo sem desistir. Sete editoras me disseram ‘não’. Depois que encontrei o meu ‘sim’, passei por outras decisões que foram tomadas: capa, prefácio, subtítulo, contracapa, revisões, – foram muitas, e todo o processo que envolve a publicação de um livro”, conta Bonoldi.

A jornada literária não parou por aí: após dois anos desde o lançamento do seu primeiro livro, Uranio acaba de lançar A Contrapartida II – O contra-ataque, onde o leitor seguirá envolvido por um clima de suspense e mistério, mas também vai conseguir preencher inúmeras lacunas propositalmente deixadas em aberto no primeiro livro.

Uranio completa dizendo que a grande decisão da sua vida, até este momento, foi trilhar a jornada como escritor literário. “Em poucas palavras, a ideia da escrita surgiu ao perceber, como especialista em Gestão, quanto tempo as empresas e pessoas perdem e se angustiam em não decidindo ou buscando escolhas em campos que não dizem respeito a seus valores, sua missão e sua visão e, no caso de pessoas, a sua essência”.

Livro fala sobre os motivos e consequências da traição
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Livro fala sobre os motivos e consequências da traição

Trair o(a) parceiro(a) em um relacionamento amoroso é um assunto difícil de se abordar. Cheio de espinhos, preconceitos, julgamentos. Por isso, a Matrix Editora resolveu encarar o desafio de frente e lançou o livro-caixinha® Vamos falar sobre traição (R$ 43,00). São 100 perguntas elaboradas pelas psicólogas Denise Miranda de Figueiredo e Marina Simas de Lima que levam a uma reflexão importante.

+ Manual: Você sabe identificar um boy lixo?

As perguntas foram elaboradas com o intuito de ajudar os casais a encarar a traição, compreender a dor que isso causa e buscar formas de trilhar novos caminhos, com o intuito de restabelecer a confiança e o equilíbrio nas relações.

Alguns exemplos:

– Separações fruto de traições trazem consequências diferentes de outros motivos que levam à separação?

– Você diria que quem trai é o vilão e quem é traído é a vítima? Comente.

– Você acha que a insatisfação na relação leva à traição?

– Na sua visão, por que as pessoas traem seus parceiros?

Sobre as autoras de Vamos falar sobre traição:

Denise Miranda de Figueiredo

Doutora em em Psicologia Clínica – PUC/SP, Pós Doutorando — UNIFESP, mestre em Psicologia Social – PUC/SP, especialista em Psicodrama e Sociodrama, especialista em Terapia de Casal e Família. Cofundadora do Instituto do Casal.

Marina Simas de Lima

Doutoranda pela UNiFESP e mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP; especialista pelo CRP em psicologia clínica em psicologia organizacional; especialista em sexualidade humana Faculdade de Medicina da USP e especialista em terapia de casal e família pela PUC-SP. Certificada internacionalmente em práticas colaborativas e dialógicas Instituto Galveston e Houston e Instituto Taos e formanda em EMDR — Dessensibilização e reprocessamento por meio do movimento ocular para Associação Internacional de EMDR.

Resenha: Talvez você deva conversar com alguém, Lori Gottlieb, o livro preferido de todos os tempos
Livros, Resenhas

Resenha: Talvez você deva conversar com alguém, Lori Gottlieb

Vou iniciar essa resenha dizendo que ela vai ser complicada de escrever. Talvez você deva conversar com alguém é um livro complexo, emocional e feito para ser sentido e por isso, nesse texto, quero me atentar mais a descrever o que ele me fez sentir, as feridas que ele abriu e menos a história, porque na verdade, ela não é tão relevante assim para o bom andamento. O que conta é a história que ele cria com a gente.

+ As melhores frases de “Talvez você deva conversar com alguém”

Talvez você deva conversar com alguém é um livro que fala de Lori, a escritora. Ela é terapeuta. Logo de início, começamos a conhecer alguns de seus pacientes pela ótica dela e o que ela sente enquanto está os atendendo. Para quem faz terapia, é como ver o outro lado da moeda. Vemos Lori tentando compreender o que o paciente está falando, tentando ter empatia, tentando separar e afastar aquilo que é seu e o que não é… Um grande trabalho, que requer muita concentração. Ao mesmo tempo, Lori também é paciente de outro terapeuta, o Wendell. E nesse ponto, conhecemos as questões que ela tem e que ela trabalha em sua análise.

O livro permeia por mais de quatrocentas páginas dessa forma. Lori vendo seus pacientes semanalmente, com suas idas e vindas, e indo para Wendell, tratar suas próprias questões. Para quem é adepto da análise, Talvez você deva conversar com alguém é um prato cheio. Enquanto Lori ouve seus pacientes, nós nos encontramos nele e nas intervenções que ela dá. Eles parecem um pouco nossos pacientes também (ou talvez só me pareça isso porque sou psicanalista), ao mesmo tempo em que nos sentimos um pouco eles, um pouco elas. Será que é por isso que o subtítulo consta “uma terapeuta, a terapeuta dela e a vida de todos nós”? Provavelmente sim. É um livro que mais parece um espelho.

+ As 100 primeiras páginas de Talvez você deva conversar com alguém

Dividido em quatro partes, vamos avançando. Vemos pacientes melhorarem, evoluírem, regredirem, viverem, morrerem, desistirem da terapia, começarem um processo analítico… Ao mesmo tempo em que vemos Lori como o ser humano além da analista. Vemos ela colocando de lado seus próprios sentimentos para ajudar a desatar os nós dos seus pacientes, enquanto vemos ela desatando seus nós com seu terapeuta depois. É um livro que, entre frase e outra, nos traz uma avalanche de autorreflexão e autoconhecimento. Essa é a terceira postagem que faço dele aqui no Beco, já fiz outras duas só de frases. Eu tenho certeza que grifei quase o livro todo e ainda levei algumas passagens para a minha terapia.

Em Talvez você deva conversar com alguém, sentimos a necessidade de conversar e de nos salientar como seres humanos enquanto seres relacionais. Nós sentimos vontade de conversar com alguém. De falar, de escutar e de ouvir e ser ouvido. É um livro que vai ressoar de formas diferentes em cada pessoa, tratando de assuntos como compulsão à repetição, traumas, morte, vida, luto, luto em vida, mudanças… Como Wendell diz em uma passagem, a tendência da vida é de mudar e a nossa é de resistir a mudança. Eu daria todo o céu de estrelas para esse livro porque cinco não são suficientes.

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