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A história de como eu terminei com você e como você perdeu a minha versão que ninguém nunca teve
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A história de como eu terminei com você e como você perdeu a minha versão que ninguém nunca teve

Eu nunca contei a história de quando eu terminei com você. De quando eu senti, dentro de mim que tudo tinha chegado ao fim. Quando eu decidi botar um ponto final. Quando eu senti que, se transformasse o ponto final em ponto e vírgula, eu me sentiria aprisionado, murcho, triste.

Leia ouvindo: Babe, Taylor Swift (Taylor’s Version)

Era um dia ensolarado de julho, um feriado. Minha mãe me convidou para ir para a praia, onde nasci e cresci. Eu te convidei para ir junto, mesmo a gente não se falando tanto. Estávamos em um ciclo vicioso de brigas, silêncios, vácuos, espaçamentos. Mas, chamei. Minha mãe tinha te chamado também e ela nunca tinha feito isso. Você ficou feliz e eu também fiquei. 

+ Será que algo disso foi real?

Fomos todos de carro até a praia mais importante da minha infância. Eu, você, minha mãe. Sentamos ali na areia na cadeira de praia e conversávamos sobre a vida enquanto minha mãe comentava sobre o divórcio dela. Eu estava de coturno na praia. Eu odiava como a areia entrava no vão dos meus dedos do pé. Você, dizia que isso era ridículo. Minha mãe concordava, rindo. Eu não estava nem aí. 

Saímos para comprar protetor solar, para comprar sorvete, para tirar fotos… Voltamos. Ainda havia hostilidade nos nossos diálogos. Como um quebra-cabeças que luta para dar certo na peça errada. Parecia que estávamos forçando a barra. 

Sentei ali, quieto e abri meu Instagram. Vi que um amigo meu estava vindo para a praia com o namorado dele. Não era a mesma praia que a nossa, mas eles pareciam felizes com o sol e com o vento na cara enquanto passavam pela serra quente. Eu queria sentir aquela felicidade ali com você mas não tinha como forçar. Abri outro vídeo, e outro amigo estava também com seu namorado na praia. Amigo esse que já fora meu ficante um dia e que terminei tudo para ficar com você. Poderia ser eu ali com ele. Poderia ser eu sentindo aquela felicidade que o namorado dele agora sente no banco do passageiro. 

Mas estou com você nessa luta de tentar encaixar peças que não servem juntas. E não estou com aquele sorriso no rosto. Droga, será que escolhi a pessoa errada?

Já é fim de tarde e o sol começa a abaixar quando resolvemos ir embora da praia. Vamos dar uma volta no centro da cidade e voltar para a vida normal. Lá, você tenta agradar minha mãe, mas fala mal de mim com ela. Você não entende que ela pode falar mal de mim mas você não pode concordar? Você não entende que ela quer te ver ao meu favor e não contra mim? Não é assim que você vai ganhar.

Você parece arrogante. Superior. Minha mãe tem umas falas doidas, a gente sabe, mas não é pra você falar com ela assim. Eu sinto que tem algo apagado dentro de mim quando diz respeito a você, mas ainda não tenho coragem de jogar fora. Não sei como jogar fora.

Entramos no carro para pegar a estrada de volta e eu vou olhar para a janela, como sempre faço em viagens longas. Quando passamos naquela avenida da praia que tanto amo, vejo meu amigo saindo do shopping com o namorado. Os braços dele estão passados por cima do ombro do garoto e eles parecem rir, gargalhar como se o mundo fosse apenas um plano de fundo para um roteiro incrível que acontece ali, entre os dois. Poderia ser eu com as mãos dele em cima dos meus ombros. Poderia ser eu, ali, naquela trama, rindo como se não houvesse ninguém em volta.

Paramos no sinal e observo aquela cena. Olho para o terraço do shopping que dá para a praia e vejo os outros dois, que mais cedo vi no Instagram. Como que pode? Eles sequer se conhecem e estão no mesmo lugar, ao mesmo tempo. Um deles estica o braço para tirar uma selfie dos dois com a praia de fundo. Ali, não poderia ser eu. Éramos apenas amigos. Mas não consigo deixar de imaginar que poderíamos ser nós. 

Eu não sei em que ponto o quebra-cabeças se tornou impossível de ser montado, mas ali, vendo aquela selfie, aqueles braços sobre o ombro, as gargalhadas, eu tive certeza que poderia ser eu, mas nunca poderíamos ser nós porque eu não queria mais montar esse jogo com você. 

Seguimos viagem e o sol estava se pondo quando estávamos passando pela serra. Nesse dia ele demorou. Teve um eclipse no meio do caminho que fotografei tão ávido. Lembra de quando você me deixou sozinho no eclipse pra conversar com outro menino? Não, mas eu lembro. O sol se abaixava na linha do horizonte enquanto eu pensava repetidamente:

Poderia ser eu sorrindo naquele carro. Poderia ser eu com os braços no ombro. Poderia ser eu naquela selfie no terraço. Poderia ser eu, feliz na cidade que amo. Poderia ser eu sem coturno na praia não me importando com a areia no vão dos meus dedos. Poderia ser eu com alguém que minha mãe gostasse genuinamente. Poderia ser eu com alguém que eu não precise lutar, que eu não precise me afirmar todas as horas. Eu poderia ser eu se não fosse por você. 

Não me entenda mal. Eu gostava de verdade de você, apesar de achar que a recíproca nunca foi verdadeira. Era eu. Poderia ser eu em todos os cenários, mas em nenhum deles poderia ser você.

E quando o sol se pôs e o dia se fez noite, eu tive certeza de que não havia mais nenhum motivo pelo qual eu devia estar com você. Quando o sol se pôs, você perdeu a minha versão que ninguém nunca teve. E que bom que ninguém nunca teve porque em todos os cenários que imaginei, nunca poderia ser você.

Nunca poderia ser você porque eu não me orgulho da versão que eu era de mim mesmo quando estava com você. Eu não era eu. 

Eu só pude ser eu quando não pôde mais ser você. 

Pantanal
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Uma aventura no coração do Pantanal

Um dos principais nomes da fotografia de natureza do Brasil, Ricardo Martins conta como foi a sua expedição para produzir Pantanal, livro que será lançado em São José dos Campos no dia 13 de abril

Um dos principais nomes da fotografia de natureza e cultura do Brasil, Ricardo Martins lança seu livro “Pantanal“ no dia 13 de abril em São José dos Campos, em evento na loja P1 Motorsports, no Jardim Aquarius. O livro traz imagens que servem de alerta para a preservação do meio ambiente e foram feitas em uma expedição de 50 dias, um ano após os incêndios de 2020 que consumiram cerca de 30% da fauna e da flora local.

O evento tem apoio da Veibras, principal concessionária Chevrolet do Vale do Paraíba e Litoral Norte, e da P1 Motorsports. O patrocínio é do Grupo Comolatti.

“Minha expectativa com o lançamento é bem grande. Foram dois anos sem fazer lançamentos físicos e falar de Pantanal para mim é extremamente emocionante e importante. Meu pai é pantaneiro, passei grande parte da infância por lá e isso me inspirou a ser quem eu sou hoje. Primeiro entrou a natureza na minha vida e depois a fotografia. Viajar 50 dias pelo Pantanal, reviver e lançar um livro desse tipo é uma felicidade gigantesca, tanto que dediquei a obra aos meus pais. Quero ver as pessoas enxergando o Pantanal pelas minhas lentes, como eu enxergo”, disse o autor do livro.

Para a produção das fotografias, Martins cruzou o Pantanal utilizando diversos meios de transporte –automóveis, barcos, avião, quadriciclos e até cavalos. Aí entrou o apoio decisivo da Veibras e da P1 Motorsports nessa aventura. Trilhas e terrenos acidentados foram vencidas graças ao uso de uma S10 4×4, cedida pela Veibras. Áreas alagadas, corixos e rios foram cruzados utilizando um Seadoo, motonáutica jet fish pro, da P1.

“A Veibras é uma parceira de longa data e usar a S10 4×4 é uma ferramenta tão importante quanto a minha câmera. Para produzir esses tipos de fotografia, chegar nos lugares é complicado e, por isso, digo que ele já faz parte da minha mochila. O conforto que o carro me deu em longas horas de viagem foi indispensável para a qualidade do trabalho”, disse o fotógrafo.

Ferramentas que foram essenciais para que ele cumprisse a missão número 1 da expedição: fotografar uma onça, um dos animais símbolo do Pantanal.

“Com a P1 e a Seadoo, foi um novo desafio, já que a minha missão era de fotografar a onça que hoje, é a capa do livro. Fiz curso, tirei carta náutica, fiz treinamento e fui para o Pantanal acreditando que ainda precisaria de alguns dias até me acostumar e a onça aparecer. Logo no primeiro dia, no meio do rio Cuiabá, um lugar selvagem, com troncos e bancos de areia, a onça apareceu de ‘supetão’ e consegui fazer a foto”, conta Martins.

“Brinco que a onça foi muito gentil comigo. Ela apareceu de surpresa, eu consegui controlar a Seadoo, arrumar a câmera e fotografar. Ela esperou o tempo exato para eu me acostumar com as condições e disparar. Por isso, virou capa do meu livro e até minha tatuagem no braço, de tão importante que foi esse encontro para mim”, revelou ele.

O autor

Nascido em São José dos Campos, Ricardo Martins é um dos principais nomes da fotografia de natureza e cultura do Brasil. Jornalista de formação, é autor e editor de onze livros de fotografia, entre eles, “A Riqueza de um Vale” premiado com o Jabuti de 2012. Além disso, é sócio-fundador da RM Produções, produtora pela qual lança seus projetos. Em seu último livro, “Cafés da Mantiqueira”, Ricardo retratou de forma poética as belezas das plantações de cafés especiais da Serra da Mantiqueira, o esforço dos trabalhadores rurais e homenageia um dos grãos mais exportado do Brasil.

SERVIÇO

Data: 13 de abril. Horário: 19h. Local: loja P1 Motorsports, avenida Engenheiro Florestan Fernandes 500, Open Mall, Jardim Aquarius, São José dos Campos (SP). Apoio: Veibras, P1 Motorsports. Patrocínio: Grupo Comolatti. Venda do livro: https://bit.ly/LivroPatanal

Pantanal, Ricardo Martins
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Ricardo Martins lança Pantanal em São José

No evento, 600 exemplares da obra vão ser doados a bibliotecas e escolas públicas; interativo, livro traz QR Code que revela os bastidores da expedição que cruzou o Pantanal durante 50 dias

Um dos principais nomes da fotografia de natureza e cultura do Brasil, Ricardo Martins lança seu livro “Pantanal” no dia 13 de abril em São José dos Campos, em evento na loja P1 Motorsports, no Jardim Aquarius. A obra é o registro de uma travessia de 50 dias que o fotógrafo fez no Pantanal um ano após os incêndios de 2020, que consumiram cerca de 30% do bioma, e traz imagens que servem de alerta para a preservação do meio ambiente.

O evento tem apoio da Veibras, principal concessionária Chevrolet do Vale do Paraíba e Litoral Norte, e da P1 Motorsports. O patrocínio é do Grupo Comolatti.

“A minha expectativa com o lançamento é bem grande. Foram dois anos sem fazer lançamentos físicos e falar de Pantanal para mim é extremamente emocionante e importante. Quero ver as pessoas enxergando o Pantanal pelas minhas lentes, como eu enxergo”, disse Ricardo Martins, autor do livro.

Para a produção das fotografias, Martins cruzou o Pantanal utilizando diversos meios de transporte –automóveis, barcos, avião, quadriciclos e até cavalos. Aí entrou o apoio decisivo da Veibras e da P1 Motorsports nessa aventura. Trilhas e terrenos acidentados foram vencidas graças ao uso de uma S10 4×4, cedida pela Veibras.  Áreas alagadas, corixos e rios foram cruzados utilizando um Seadoo, motonáutica jet fish pro, da P1.

“A Veibras é uma parceira de longa data e usar a S10 4×4 é uma ferramenta tão importante quanto a minha câmera. Para produzir esses tipos de fotografia, chegar nos lugares é complicado e por isso digo que ele já faz parte da minha mochila. Com a P1, foi um novo desafio, já que a minha missão era de fotografar a onça que hoje, é a capa do livro. Fiz cursos, treinamentos e tirei carta náutica para pilotar a Seadoo e fui para o Pantanal. Com ela, consegui adentrar em lugares selvagens, de difícil acesso”, conta Martins.

Doação

Durante o lançamento, Ricardo Martins vai fazer a doação de 600 exemplares da obra para a Prefeitura de São José dos Campos, para serem distribuídos às bibliotecas e escolas públicas da cidade. Com 204 páginas e imagens belíssimas, o livro mostra um pouco do dia-a-dia dos pantaneiros, os animais que habitam o bioma (como onças, araras-azuis e tamanduás bandeira, entre outros) e belas paisagens do Pantanal. E tem outro atrativo: para tornar a experiência interativa, todas as páginas têm um QR Code, o que abre a possibilidade do leitor ter acesso aos bastidores da expedição e participar da aventura.

O autor

Nascido em São José dos Campos, Ricardo Martins é um dos principais nomes da fotografia de natureza e cultura do Brasil. Jornalista de formação, é autor e editor de onze livros de fotografia, entre eles, “A Riqueza de um Vale” premiado com o Jabuti de 2012. Além disso, é sócio-fundador da RM Produções, produtora pela qual lança seus projetos. Em seu último livro, :Cafés da Mantiqueira”, Ricardo retratou de forma poética as belezas das plantações de cafés especiais da Serra da Mantiqueira, o esforço dos trabalhadores rurais e homenageia um dos grãos mais exportado do Brasil.

SERVIÇO
Data: 13 de abril. Horário: 19h. Local: loja P1 Motorsports, avenida Engenheiro Florestan Fernandes 500, Open Mall, Jardim Aquarius, São José dos Campos (SP). Apoio: Veibras, P1 Motorsports. Patrocínio: Grupo Comolatti. Venda do livro: https://bit.ly/LivroPatanal

Foto: Divulgação/Ricardo Martins

Resenha: Talvez você deva conversar com alguém, Lori Gottlieb, o livro preferido de todos os tempos
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O meu livro preferido de todos os tempos!

Essa postagem vai ser um pouco diferente das habituais porque vim falar para vocês sobre o meu livro preferido de todos os tempos (até o presente momento).

Fui convidado pelo pessoal da mybest Brasil, um site de recomendações de produtos e serviços onde é possível encontrar guias de compra completos preparados com a ajuda de especialistas, rankings e indicações dos produtos favoritos de influenciadores de diferentes áreas a participar de uma lista com outros influenciadores literários e eleger meu livro preferido de todos os tempos.

Claro que, vocês como ninguém, sabem o quão difícil é escolher um só. Parece um pai escolhendo filho preferido, sabe? Minha primeira escolha era Os Sete Maridos de Evelyn Hugo, mas ele já tinha sido escolhido, então fui para Talvez Você Deva Conversar Com Alguém (ambos já tem resenha aqui no Beco, viu?)

Eis que depois de aceitar o convite, escrevi uma opinião sobre o livro e o artigo finalmente saiu! Clique aqui para ver o que eu falei do livro e conhecer as indicações dos livros preferidos dos outros criadores de conteúdo.

E para te deixar com vontade de ler, vou deixar um trecho da nossa resenha aqui:

Talvez você deva conversar com alguém é um livro que fala de Lori, a escritora. Ela é terapeuta. Logo de início, começamos a conhecer alguns de seus pacientes pela ótica dela e o que ela sente enquanto está os atendendo. Para quem faz terapia, é como ver o outro lado da moeda. Vemos Lori tentando compreender o que o paciente está falando, tentando ter empatia, tentando separar e afastar aquilo que é seu e o que não é… Um grande trabalho, que requer muita concentração. Ao mesmo tempo, Lori também é paciente de outro terapeuta, o Wendell. E nesse ponto, conhecemos as questões que ela tem e que ela trabalha em sua análise.

O livro permeia por mais de quatrocentas páginas dessa forma. Lori vendo seus pacientes semanalmente, com suas idas e vindas, e indo para Wendell, tratar suas próprias questões. Para quem é adepto da análise, Talvez você deva conversar com alguém é um prato cheio. Enquanto Lori ouve seus pacientes, nós nos encontramos nele e nas intervenções que ela dá. Eles parecem um pouco nossos pacientes também (ou talvez só me pareça isso porque sou psicanalista), ao mesmo tempo em que nos sentimos um pouco eles, um pouco elas. Será que é por isso que o subtítulo consta “uma terapeuta, a terapeuta dela e a vida de todos nós”? Provavelmente sim. É um livro que mais parece um espelho… Continue lendo

Dia Internacional da Síndrome de Down: como a literatura pode servir de instrumento para falar sobre inclusão e diversidade
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Dia Internacional da Síndrome de Down: como a literatura pode servir de instrumento para falar sobre inclusão e diversidade

Hoje, dia 21/03, comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Down, data promovida pela Down Syndrome International e celebrada desde 2006, que tem como objetivo exaltar a vida das pessoas com Síndrome de Down e disseminar informações para promover a inclusão de todos.

+ Asperger: Entenda a síndrome e seus sinais mais comuns

O que é a síndrome de Down?

A síndrome de Down é uma condição genética causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso faz com que as pessoas com síndrome de Down tenham 47 cromossomos em suas células ao invés de 46, como a maior parte da população. De acordo com o último censo do IBGE, existem aproximadamente 300 mil pessoas com Síndrome de Down no Brasil.

A literatura auxiliando no desenvolvimento dos pequenos e na disseminação de informação

Os livros infantis são ferramentas que podem colaborar muito com o desenvolvimento de crianças com síndrome de Down, seja no acompanhamento profissional ou no dia a dia da família. O estímulo relacionado à ludicidade da literatura pode ser uma ótima forma de desenvolver os pequenos. O hábito da leitura desperta as potencialidades das crianças com síndrome de Down, por meio de livros voltados para a estimulação de diversas áreas, como livros coloridos, lúdicos, sensoriais, interativos e que despertem o interesse. Por isso, é importante que a família introduza o hábito da leitura, desde cedo, em casa, lendo para seu pequeno, colocando-o em contato com os livros e dando a oportunidade de manuseá-los.

Além disso, livros que tratam sobre diversidade e inclusão e com protagonistas portadores de Síndrome de Down, ajudam a introduzir o assunto com crianças e a discutir a inclusão de todas as pessoas desde a primeira infância.

Como parte do projeto da Leiturinha de trazer diversidade e inclusão social para os seus conteúdos, confira abaixo livros selecionados que auxiliam neste debate:

Joca e Dado
Leituras como a de Joca e Dado são ideais para conversar com as crianças sobre inclusão. Você sabia que as personagens são inspiradas em pessoas reais? Além disso, as ilustrações do livro Original Leiturinha foram feitas por um estúdio com profissionais diversos. Dentre eles, pessoas com Síndrome de Down. Inspirador, não é mesmo? Converse com seu(a) pequeno(a) sobre as infinitas possibilidades que todos nós temos como pessoas. Além disso, incentive que ele(a) interaja com as atividades ao final do livro. Que tal brincar com Joca e Dado em outras histórias possíveis.

Yunis

Yunis é um menino com Síndrome de Down. Ele adora cozinhar. Faz doces e bolos maravilhosos e os decora com um desenho especial que virou sua marca. Todas as noites ele deixa alguns de seus deliciosos doces na porta de cada criança do seu vilarejo. Mas elas não sabem quem é o responsável por essas coisas tão gostosas e esse ato tão generoso. Elas só descobrirão depois… Yunis é uma história que promove a diversidade e a inclusão, e encoraja a gentileza e a aproximação entre as pessoas!

Não Somos Anjinho

As crianças com síndrome de Down são como qualquer outra criança! Ora estão felizes, ora estão tristes. Por vezes, são amorosas. Em outros momentos, fazem muitas travessuras! Por isso, de maneiras simples e lúdicas, o livro Não Somos Anjinhos desmente algumas crenças bastante difundidas sobre as crianças com síndrome de Down. E revela que, apesar das particularidades, elas são apenas crianças.

Alguém Muito Especial

O livro Alguém Muito Especial conta a história de Tico e China, irmãos que estão aprendendo a conviver. Isso porque, aos poucos, Tico passa a compreender seu irmão e, assim, surge uma bonita cumplicidade entre os dois!

Indicado para crianças a partir dos 8 anos de idade, Alguém Muito Especial é um livro delicado, poético e bastante sensível. Por isso, é uma ótima sugestão para falar com os jovens leitores sobre empatia e inclusão.

Pesquisas indicam as profissões mais promissoras de 2022
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Pesquisas indicam as profissões mais promissoras de 2022

Na contramão da crise financeira e do alto índice de desemprego, algumas profissões estão ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Empresas e recrutadores, porém, lidam com um problema específico para o preenchimento das vagas nesses setores: a falta de mão de obra qualificada. Atualmente no Brasil, 69% dos empregadores se queixam da falta de profissionais qualificados, segundo o Guia Salarial da empresa de recrutamento Robert Half.

Somente no setor de TI, 530 mil vagas de trabalho criadas no Brasil até 2025 não serão preenchidas, de acordo com levantamento da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom).

+ Ranking das 10 piores profissões

Para suprir esse gap, levando a muitos a transformação que é acessível a poucos por meio da educação, a Kroton, detentora da Faculdade Anhanguera, criou a Academia Tech, um pool de 19 cursos em tecnologia da informação para o ensino superior, com duração máxima de cinco semestres.

A Academia Tech surgiu com o propósito de oferecer cursos condizentes com a necessidade do mercado e alta qualidade de ensino. Para a sua criação, a Kroton entrevistou mais de 10 empresas do segmento de tecnologia para entender as lacunas entre o recém-formado x profissional mais preparado para o mercado. Esse benchmarking permitiu a criação de uma grade curricular alinhada às necessidades dos empregadores, garantindo que o aluno aprenda, desde o primeiro semestre, os desafios reais do mercado de trabalho.

Disponíveis principalmente na modalidade EAD, os cursos possuem grade curricular atualizada, que possibilita ao aluno ingressar no mercado de trabalho logo no primeiro ano de formação. Além disso, a Academia Tech tem cursos livres, preparatórios e complementares com certificação, realizados em parceria com grandes empresas de TI, que somados ao currículo do aluno, o ajudam no tão sonhado emprego na área.

“Acabamos de fechar uma parceria com o LinkedIn para a oferta de conteúdos como dicas para aproveitar ao máximo a rede de contatos profissionais, orientações para a criação de uma rede efetiva e temas relacionados à liderança e trabalho em equipe. No total, são 86 cursos disponíveis para auxiliar os alunos da Academia Tech a aprimorarem suas chances de empregabilidade”, afirma Rafael Ribeiro de Freitas, Gerente de Inovação e Novos Negócios da Kroton, detentora da Faculdade Anhanguera.

Os cursos oferecidos na Academia Tech foram listados como profissões de alta demanda para os próximos anos, segundo rankings e pesquisas de instituições reconhecidas como LinkedIn, Google e Robert Half, possibilitando formação em áreas que demandam capacitação específica como Computação em Nuvem, Devops e Blockchain, entre outras.
Segundo Rafael, o grande volume de vagas previstas para o setor até 2025 configura uma oportunidade para profissionais em busca de recolocação ou de melhores empregos. “Esses profissionais terão tempo para realizar uma graduação de qualidade, desenvolvendo as soft skills e se preparando para ocupar posições que almejam no mercado de trabalho”, explica.

Confira a lista de cursos oferecidos pela Academia Tech para novas profissões:

1. Engenharia de Software
2. Processamento de Dados
3. Blockchain, Criptomoedas e Finanças na Era Digital
4. Tecnologia em Jogos Digitais
5. Gestão da Tecnologia da Informação
6. Gestão de Sistemas de Informação
7. Sistemas para internet
8. Redes de Computadores
9. Computação em Nuvem
10. Inteligência de Mercado e Análise de Dados
11. Arquitetura de Dados
12. Ciência de Dados
13. Cibersegurança
14. Análise e Desenvolvimento de Sistemas
15. Marketing Digital
16. DEVOPS
17. Desenvolvimento Web
18. Desenvolvimento Back End
19. Desenvolvimento Mobile

Turma da Mônica ajuda a explicar funcionamento da Justiça brasileira e combater desinformação
Atualizações, Livros

Turma da Mônica ajuda a explicar funcionamento da Justiça brasileira e combater desinformação

O Supremo Tribunal Federal (STF) e as principais associações de magistrados do Brasil apresentaram nesta quarta-feira (16), às 11h, a nova campanha “Turma da Mônica e o Poder Judiciário”. A iniciativa pretende aproximar a Justiça do cidadão e explicar melhor o funcionamento de cada ramo do Poder Judiciário brasileiro, combatendo também a desinformação.

Não é a primeira vez que o STF firma parceria com os Estúdios Mauricio de Sousa em campanhas sobre o Poder Judiciário. A primeira ocorreu em 2008, durante a assinatura de um convênio com o Senado Federal sobre acessibilidade. Outra parceria foi firmada em 2015.

+ O Hopi Hari está mais vivo que nunca

Em 2018, um novo projeto foi realizado, com a criação da história em quadrinhos “A Turma da Mônica e o Supremo Tribunal Federal”, também com diversas informações sobre a atuação da Corte.

Nesta edição, a campanha reúne uma revista em quadrinhos (impressa e digital), quatro vídeos animados e 16 tirinhas para as redes sociais. O conteúdo foi produzido pelos Estúdios Mauricio de Sousa com patrocínio de Ajufe (Associação dos Juízes Federais), AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) e Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), sem custo aos cofres públicos.

Em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o STF distribuiu o conteúdo da campanha às secretarias municipais de ensino de todo o país para que seja trabalhado durante o ano escolar no Ensino Fundamental. O tribunal também pedirá a todas as emissoras de televisão apoio para exibição dos vídeos de forma gratuita durante a programação no período de três meses.

A cerimônia de apresentação da campanha ocorreu de modo presencial restrito, para manter o distanciamento social em razão da pandemia da covid-19. Participaram presencialmente o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, demais ministros da Corte e os presidentes da Ajufe, Eduardo André Brandão; da Anamatra, Luiz Antonio Colussi; a conselheira fiscal da AMB, Maria Isabel da Silva, além de dirigentes das três entidades. O criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa, participou com mensagem em vídeo, de forma remota. O evento foi transmitido ao vivo na TV Justiça e no Youtube do STF.

No Supremo, a campanha integra as estratégias do Programa Corte Aberta (PCA) e Programa de Combate à Desinformação (PCD), que têm como linhas de trabalho a difusão de dados corretos sobre a Corte. “É fundamental que a sociedade tenha cada vez mais informações sobre o funcionamento e a atuação da Justiça brasileira. A cidadania se fortalece quando informações verdadeiras são difundidas de maneira acessível”, afirma o presidente do STF, Ministro Luiz Fux.

Para Mauricio de Sousa, os personagens da Turma da Mônica ajudarão as crianças – e até os adultos – a compreenderem melhor seus direitos. “A formação de um cidadão consciente começa na infância. E a Turma da Mônica veio ajudar, neste esforço do STF, a que as informações corretas sobre o nosso sistema judiciário cheguem de uma forma simples e alegre a essas crianças e suas famílias.”

Sobre o conteúdo

A revista, que teve 450 mil exemplares impressos – além da versão digital que será amplamente distribuída -, fala sobre o funcionamento, as atribuições e a estrutura do Judiciário. A revista ainda aborda temas relevantes da atualidade, como a importância de não repassar informações de fontes desconhecidas ou das quais não se tenha certeza.

Já os quatro vídeos, de cerca de 30 segundos cada, tratam do papel do STF e da confiança na Justiça. O vídeo sobre a Justiça do Trabalho tem o enfoque no direito do cidadão de recorrer por verbas trabalhistas; o da Justiça Federal fala sobre os direitos previdenciários; e o vídeo da Justiça Estadual tem foco no direito do consumidor.

As tirinhas, que serão publicadas nas redes sociais, também abordam o funcionamento dos ramos da Justiça brasileira, da liberdade de expressão e do combate às notícias falsas.

Todo o material da campanha está disponível no portal do STF, na seção “STF Mirim”, que reúne informações sobre a Corte voltadas para o público infantil. Acesse as peças da campanha “Turma da Mônica e o Poder Judiciário”.

Casa de Incertezas: novo livro faz um convite ao autoconhecimento
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“Casa de Incertezas”: novo livro faz um convite ao autoconhecimento

O livro “Casa de Incertezas”, da autora Ana Carla Longo, entrou em pré-venda pela Editora Ascensão essa semana. A obra reúne crônicas e poesias que falam sobre lar e amor-próprio. A proposta da autora é trazer a sensação de acolhimento, através de uma leitura simples e textos curtos. “Esses textos nasceram de diversos momentos da minha vida em que eu precisava me conectar comigo mesma. A escrita vem sendo uma grande aliada nesse exercício de olhar pra mim com mais cuidado e carinho, porque a gente tem a tendência a se cobrar muito. Por isso eu espero que os leitores se sintam abraçados e recebam um convite a fazer o mesmo.”, explica a autora.

+ Resenha: A Elite, Kiera Cass

Ana Carla é jornalista formada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e mestranda em comunicação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Amante da literatura desde que foi alfabetizada, vem estudando em sua pesquisa a representação das mídias nas distopias literárias. Como autora, já organizou também as antologias femininas “Cartas para elas” (2022) e “Sexo Fr(ágil)” (2021), ambas publicadas pela Editora Ascensão.

“Casa de Incertezas” é seu primeiro livro solo e está em pré-venda com frete grátis para todo o Brasil no site da editora até o dia 07/4.

Sozinho de novo
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Sozinho de novo

A gente precisa cuidar das coisas para que elas possam durar. Ainda mais quando algo não é só nosso. A gente precisa, assim como o outro, cuidar. Cuidar sozinho não adianta. E é nessa posição que me sinto nessa relação de novo: sozinho. 

+ Aconteceu de novo

Você não percebe que a história cíclica se repete? Exceto pela parte de que agora não há mais cacos meus. Estou decepcionado, sim, mas não quebrado. De que adianta gritar ao mundo sobre seu orgulho se você não está ali? Se estou sozinho de novo? 

Leia ouvindo: Acontece, Jão

Você gastou a mesma desculpa, inventou a mesma história. Você ligou de novo no meio da noite e de novo eu atendi e de novo você me quebrou como se quebra uma promessa. De novo. De novo. De novo, de novo, de novo, de novo, de novo…

De novo, não tem nada. Só as velhas narrativas e as velhas artimanhas que você usa pra disparar esses gatilhos que, bom pra mim, ruim pra você, eu aprendi a desarmar. Eles não existem mais. Aquele eu não existe mais, eu sinto muito. Talvez você queira dar flores pra ele, agora que é tarde. Agora que ele se foi. 

Deixa na sepultura. 

De novo. Deixa secar ali. Ele se sentiria feliz por elas. 

Porque pra mim, infelizmente, elas não valem de mais nada e podem secar sozinhas nessa lápide que traz a mentira que tentamos tão desesperadamente fingir ser verdade. A mentira de que dentro dela eu nunca estaria sozinho. 

Mas eu estava, de novo. 

Obrigado por tudo, mas dessa vez eu não vou aceitar de novo. De novo… Novo em quê? Nada disso é novo e nunca foi novo. Nunca vai ser novo. De novo aqui só o fantasma das minhas expectativas frustradas mais uma vez porque sequer minhas lágrimas são novas. 

Então, obrigado por tudo, obrigado por nada. De novo. De nada.