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Citadel tem crescimento de 120% nas vendas na Bienal do Livro Rio
Dielin da Silva
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Citadel tem crescimento de 120% nas vendas na Bienal do Livro Rio

Os 10 dias do maior evento literário de 2023 no Brasil, a Bienal do Livro Rio encerrou com saldo positivo para a Citadel Grupo Editorial, que teve um crescimento nas vendas de 120% em relação à Bienal do Livro de São Paulo, no ano passado. Entre os autores que movimentaram o estande está o jornalista, filósofo e professor Clóvis de Barros Filho.

Durante a tarde de autógrafos, realizada na última terça-feira (5), o escritor aproveitou para conversar com o público sobre filosofia e os títulos publicados pela editora, além de gravar conteúdos com o público. Passaram pelo espaço da editora também os autores Mila Wander, Lilian Cardoso, André Vianco, Davi Lago, Colin Bryar, Juliano Pozati, Aurê Aguiar, Paulo Nascimento, Giulia Benite, Pedro Motta, Rodrigo Queiroz, William Douglas e Ricardo Fonseca.

De acordo com o editor-executivo do Grupo Editorial Citadel, Marcial Conte Jr., foi impressionante ver uma geração de novos leitores animados pelos corredores da feira, durante os eventos com horas de fila para autógrafos com os autores.  “Nós realmente alcançamos o próximo nível em vendas, posicionamento de marca e relevância mercadológica nesta bienal. Fizemos história”, afirma.

“Agradeço aqui meu parceiro e amigo Gorki Starlin pela colaboração e construção do projeto Citadel AltaBooks este ano. Foi simplesmente incrível ter a equipe das duas editoras juntas, fazendo o seu melhor e se complementando, para atingir um resultado majestoso. Aguardem, pois foi a primeira de muitas que faremos juntos”, acrescenta o editor que estende os agradecimentos a todos os autores que participaram dos eventos no estande, além dos parceiros Paris Filmes, Stone e GL eventos.

Novo livro de Ricardo Martins enfatiza patrimônio cultural e história da Itália
Ricardo Martins
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Novo livro de Ricardo Martins enfatiza patrimônio cultural e história da Itália

Um motorhome com três pessoas durante 30 dias na Itália. Essa foi a rotina do fotógrafo e apresentador Ricardo Martins enquanto produzia seu novo e 12º livro, “Itália, redescobrindo as influências culturais do Brasil”, que acompanha os registros pela Península Itálica, dos Pré-Alpes no extremo norte, aos mares do sul. O lançamento será dia 14 de setembro em São José dos Campos às 18h, no Espaço Acqua na Av. Possidônio José de Freitas Urbanova.

+ Ricardo Martins lança Pantanal em São José

As cidades, os povoados e até mesmo as pequenas vilas revelam cenários criados numa combinação de tempo, de povos e de grandes ciclos que mudaram a história tanto da Itália como de diversas partes do mundo. É ali onde construções milenares convivem com situações da modernidade.

Na companhia do diretor de cinema Fabio Tanaka, que registrou os momentos em vídeo,  transformando os bastidores da viagem toda em uma série de quatro episódios pela RM produções, Ricardo também dividiu o motorhome com Sam, um italiano próximo de um amigo pessoal do fotógrafo, que os guiou Itália à dentro durante um mês.

Dentre as fotos selecionadas para “Itália, redescobrindo as influências culturais do Brasil”, a que mais gostou retrata o canal principal de Veneza. Ricardo conta que a cidade sempre fez parte de seu imaginário devido à filmes como “O Conde de Monte Cristo”: “Sempre tive um fascínio pelo lado romântico, mágico e cinematográfico de Veneza. Quando cheguei lá, era muito mais do que imaginava, e isso foi encantador para mim,” explica ao relembrar como a cidade superou suas expectativas.

No mundo das imagens, Ricardo conta que não procurou nenhuma inspiração para as fotos e buscou ser totalmente autoral para evitar comparações. A viagem ocorreu em 2022 e já no mesmo ano o livro estava pronto. Todo ano o fotógrafo costuma estar com um novo projeto para ser lançado, sendo os próximos em formato de livro e série “Amazônia: Cultura e Tradição” , “Litoral Brasileiro” e “Os Últimos Filhos da Floresta” ainda sem data de lançamento.

Ricardo Martins é jornalista, fotógrafo, apresentador e sócio-fundador da RM Produções, produtora e editora pela qual lança seus projetos.

Considerado um dos principais nomes da fotografia de natureza e cultura do país na atualidade, é autor e editor de 12 livros, apresentou e produziu quatro séries passando pelo Pantanal, Amazônia, Itália e litoral brasileiro, onde mostra os bastidores de suas expedições.

Em 2012, foi honrado com um dos maiores prêmios da literatura brasileira, o Prêmio Jabuti, na categoria de melhor fotografia pela obra A Riqueza de um Vale.

Ricardo Martins promove exposições fotográficas divulgando a cultura e as belezas brasileiras no Brasil e no mundo; a última, intitulada  “Uma língua de várias faces”,  aconteceu em Paris na sede da Unesco, em comemoração ao dia da língua portuguesa.

Educação e arte na periferia: 9ª Feira Literária da Zona Sul acontece entre os dias 18 e 23 de setembro
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Educação e arte na periferia: 9ª Feira Literária da Zona Sul acontece entre os dias 18 e 23 de setembro

Entre os dias 18 e 23 de setembro, São Paulo receberá a 9ª edição da Feira Literária da Zona Sul (FELIZS). As atividades serão realizadas em espaços educacionais e culturais nas regiões de Campo Limpo, Jardim São Luís e Capão Redondo. A entrada é gratuita. Este ano, o evento tem como tema “Arte e educação – travessias e outras margens”. “Nosso objetivo é evidenciar a potência do encontro entre expressões artísticas e a educação escolar, para além da visão tradicional de formação de público. Reconhecer as subjetividades que estão lá, no cotidiano, pode ser uma via para transformar a escola em lugar de encontro com a diversidade ”, afirma Thania Rocha, atriz, terapeuta e integrante da produção da Feira Literária da Zona Sul.

Entre os princípios que a feira pretende debater, está a necessidade de as escolas e outros espaços educativos periféricos abrirem portões e quebrarem muros (literal ou metaforicamente) para seu entorno, e considerar os fazedores de cultura como parceiros e aliados na promoção de uma escuta dos sujeitos que lá estão presentes. “Isso envolve conhecer o território e suas expressões, investigar as mestras e mestres presentes na comunidade escolar, incentivar as manifestações de crianças, jovens e adultos e posicionar-se contra o racismo, o machismo, a LGBTQIA+fobia e outras opressões estruturais que aparecem na escola por estarem difundidas na sociedade”, ressalta Thania.

Entre os destaques da programação está a feira literária que reunirá mais de 60 editoras independentes de todo o Brasil no dia 23 de setembro, na Praça do Campo Limpo (Rua Aroldo de Azevedo, 100), em um dia com várias atrações para todos os públicos, da música ao teatro, distribuição e troca de livros, e participação das escolas. As escolas que levarem seus estudantes à Praça receberão a “moeda literária”, um crédito para que os alunos comprem livros dos autores que estarão na Feira. Além disso, as atrações da Feira Literária da Zona Sul acontecerão durante toda a semana,  em espaços culturais e educacionais, como escolas, Centros de Educação Infantil, bibliotecas comunitárias etc. A expectativa da organização é receber um público de 10 mil pessoas durante a semana.

Em sua 9ª edição, a Feira Literária da Zona Sul é uma das feiras pioneiras na valorização de autores da periferia. Para Silvia Tavares, que integra a equipe de produção e também é educadora na Zona Sul, a aposta nas linguagens artísticas, e especialmente na literatura periférica, acena com a possibilidade de transformação do currículo escolar em direção à consideração da diversidade: “Quando começamos a trazer os saraus, slams e literaturas periféricas para as vivências com crianças e jovens, vemos os cabelos mais livres, os corpos mais altivos e o interesse por leitura e escrita se torna voraz, pois é da vida delas e deles que passamos a falar. Isso provoca inclusive os educadores e educadoras a também terem contato com a expressão poética, e muda a qualidade da experiência de ser educador/a”.

“Mulheragem”  às educadoras Marilu Cardoso e Solange Amorim

Este ano, a FELIZS irá homenagear duas personalidades da Zona Sul, as educadoras Marilu Cardoso e Solange Amorim.

Marilu foi aluna das escolas públicas da região de M’boi Mirim, é professora de História e foi Diretora da Divisão Pedagógica da Diretoria de Educação do Campo Limpo, promovendo formações de professores e encontros com arte-educadores durante sua permanência nesse posto. Doutorou-se com um trabalho sobre a transição entre campo e cidade na obra de grandes autores da música brasileira dos anos sessenta. Solange Amorim também é uma “cria” da periferia da Zona Sul. Ativista da educação desde os anos 90, foi diretora da EMEF Sócrates Brasileiro, no território de Campo Limpo, e durante este período promoveu a articulação dos setores de cultura da região para a construção da proposta pedagógica “Território do Povo”, com forte presença dos equipamentos e grupos de cultura no cotidiano da escola. Também poeta e frequentadora dos saraus da região, Solange apoiou a fundação do Coletivo Territorialidades, de educadores articulados ao território da Zona Sul, e a jornada-manifesto “Ocupa a Cidade” (2020) defendendo um currículo escolar autoral e emancipador, contextualizado nos territórios paulistanos no auge da pandemia. Hoje atua como supervisora escolar na rede municipal e faz Mestrado na USP, além de movimentar um terreiro de umbanda e candomblé, dirigido por sua mãe, no município de Embu das Artes, como ẹ̀gbọ́n de Oxumarê.

As educadoras farão parte de um mini-documentário sobre suas vidas e conduzirão uma conversa literária no encerramento da Feira, na Praça do Campo Limpo, dia 23 de setembro,  às 14 horas.

A Feira contará ainda com a participação de educadores em todas as conversas literárias e de convidados como o ativista e influenciador digital Thiago Torres, conhecido como Chavoso da USP, falando sobre arte e saúde mental na educação no SESC Campo Limpo (dia 19, às 19h).  Outros temas, como a linguagem poética, a pedagogia dos saraus e slams e a literatura para bebês e crianças farão parte do roteiro temático da semana, com a presença de autores e projetos premiados em eventos como o Prêmio Jabuti e Prêmio Paulo Freire. No dia 22,  a líder guarani Jerá e o pesquisador e professor Salloma Salomão debaterão no CEU Feitiço da Vila o papel da arte periférica nos vinte anos da lei que instituiu o ensino de história e cultura africana, afrobrasileira e indígena no currículo.

Confira a programação completa da Feira Literária da Zona Sul

18/09

9h – CEI Jd. São Joaquim

Vivência “ Lendo com Bebês” com Juliana da Paz e Potyra Paz

Endereço: R. Bacabinha, 1100 – Jardim São Joaquim

14h – Praça do Campo Limpo

Leitura Surpresa e Bicicloteca

Endereço: R. Dr. Joviano Pacheco de Aguirre, 30 – Jardim Bom Refugio

15h – CEU Cantos do Amanhecer

Show ABRAKBÇA – com Renan Inquérito

Endereço: Av. Cantos do Amanhecer, S/N – Jardim Eledy

15h30 –  Cieja Campo Limpo

Show Trio Porão

Endereço: R. Cabo Estácio da Conceição, 176 – Parque Maria Helena

20h – Espaço Clariô de Teatro

Sarau do Binho com participação da Banda Preto Soul

Endereço: R. Santa Luzia, 96 – Vila Santa Luzia, Taboão da Serra

19/09

10h – EMEF General De Gaulle

Teatro – “ O chão não tá pra urso”- Brava Cia

Endereço: R. Mourisca, 16 – Jardim Ibirapuera

11h – Biblioteca Comunitária Luiza Erundina

Nyangara Chena | Conto Xona: Contação de Histórias com

Cia Chaveiroeiro Contos do Mundo

Endereço: Rua Acédio José Fontanete, 86 – Viela Química – Jardim Ibirapuera

13h30 –  SESC Campo Limpo

Oficina de escrita criativa com Dinha

Endereço: R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Vila Prel

14h – Biblioteca Marcos Rey

Conversa Literária: “Por uma Educação Libertadora: a poesia como um caminho dentro e fora da sala de aula”, com Lidiane Lima, Tawane Theodoro e Nicoly Soares

Intervenção poética de Ana Beatriz

Pocket Show de Potyra Paz e Dandara Pilar

Endereço: Av. Anacé, 92 – Jardim Umarizal

14h30 – SESC Campo Limpo

Oficina de Cordel com Varneci Nascimento

Endereço: R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Vila Prel

14h30 – EMEI Janete Clair

Vivência de Dança Afro com Ermi Panzo

Endereço: R. Dr. Azevedo Sodré, 114 – Vila Santa Lúcia

19h30 – SESC Campo Limpo

Conversa Literária: “Ninguém liberta ninguém. As pessoas se libertam em comunhão: Arte, Educação e Cuidado em Saúde”, com Thiago Torres( Chavoso da USP ) e  Andrea Arruda (Mães de Maio). Mediação: Tatiana Minchoni (UFSC e FELIZS)

Intervenção Poética – Helena Silvestre (Sarau do Binho e Escola Feminista Abya Yala)

Endereço: R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Vila Prel

20/09

10h – EMEF Ricardo Vitiello

Encontro com o autor Lucas Afonso

Endereço: R. da Solidariedade, 200 – COHAB INSTITUTO ADVENTISTA

13h30 – EMEF M’Boi II

Conversa Literária: “ Literatura do encantamento para a primeira infância”, com Viviane Vieira (Coletivo LINEBEIJU) e Nati Tazinazzo (CEI Jardim São Joaquim). Mediação de Elisângela Araújo (EMEF M´Boi Mirim II e mestre pelo DIVERSITAS/USP).

Intervenção Poética de Luan Luando

Endereço: R. José Manoel Camisa Nova, 552 – Parque Santo Antônio, São Paulo – SP, 05822-0

14h – EMEF Ricardo Vitiello

Teatro – Mamulengo da Folia – “Resenha de mamulengo”

Endereço: R. da Solidariedade, 200 – COHAB INSTITUTO ADVENTISTA

14h – E.E. Neide Aparecida Sollito

Show – Grupo Candearte – “Cocada do Candearte”

Endereço: Rua José Maria Pinto Zilli, 696 – Jardim das Palmas

14h30 – SESC Campo Limpo

Oficina de Cordel com Varneci Nascimento

Endereço: R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Vila Prel

20h – E.E. Francisco D´Amico

Conversa com convidado surpresa. Intervenção poética de Guinão Oliveira e Nicoly Soares. Mediação de Serginho Poeta e Binho.

Endereço: Av. Arlíndo Genário de Freitas, 85 – Jardim Saporito, Taboão da Serra

21/09

10h – Sarau do Binho – Matéria Poética

EMEF Cel. Palimércio de Rezende

Endereço: R. Manuel Ribeiro de Azevedo, S/N – Jardim Catanduva

10h – EMEF Paulo Freire

Oficina de fanzine com Roger Beats

Endereço: Rua Melchior Giola, 296 – Paraisópolis

15h – Casa de Cultura do Campo Limpo – Dora Nascimento

Conversa Literária “Pedagogia dos Saraus e Slams : o que aportam para a educação?”, com Binho (Sarau do Binho), Cristina Assunção (Slam da Guilhermina) e Rodrigo Ciríaco (Sarau dos Mesquiteiros  ). Mediação de Lucía Tennina.

Apresentação: Slam do 13

Endereço: R. Aroldo de Azevedo, 100 – Jardim Bom Refugio

19h30 – SESC Campo Limpo

Sarau Poesia de Todo Canto- com poetas de diferentes lugares

Endereço: R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120

22/09

10h – CEI Natália Rosemberg

Espetáculo Piorô Circo Show

Endereço: R. Aroldo de Azevedo, 50 – Jardim Bom Refugio

10h – Praça do Campo Limpo e entorno

Fuscalhaço com Deco Moraes

Endereço: R. Dr. Joviano Pacheco de Aguirre, 30 – Jardim Bom Refugio

14h – Fábrica de Cultura do Capão Redondo

Conversa com a autora Mídria

Intervenção Poética Zá Lacerda

Endereço: Rua Bacia de São Francisco, s/n – Conj. Hab. Jardim São Bento

16h – Biblioteca Comunitária Djeanne Firmino

Contação de Histórias com Will e Nati- Ateliê Afrocultural

Endereço: R. Carandazinho, 50 – Jardim Olinda

16h – CEU Feitiço da Vila

Conversa Literária: “Ensinar exige rejeição a qualquer forma de discriminação: Como a Literatura e a Arte podem contribuir com a Implementação efetiva da lei 10.639/03 e 11.645 nas escolas?”, com Jerá Guarani e Salloma Salomão.Mediação de Patrícia Cerqueira

Pocket Show de Fernanda Coimbra

Endereço: R. Feitiço da Vila, 399 – Chácara Santa Maria

17h – Praça do Campo Limpo

Cortejo na Praça: Leitura Surpresa- Bicicloteca, Homopoéticus, Verso Móvel Sound System, Grupo Candearte, Trupe Lona Preta, Sarau do Binho

Endereço: R. Dr. Joviano Pacheco de Aguirre, 30 – Jardim Bom Refugio

23/09

Palco

11h30 – Coco do Bonde Abya Yala

13h00 – Candongueiros do Campo Limpo

14h30 – Lona Preta

16h – Costela

17h – Sarau do Binho

18h – Encanto e Poesia

19h20 – Show Záfrica Brasil

20h50 – Show Clarianas

22h – Show RAPadura

Tenda das Crianças/Oficinas

11h30 – ” De Infâncias e Nuvens” – Contação de Histórias com Giba Pedrosa

13h – Contação de Histórias com  Giba Pedrosa

15h30 – Oficina “ A arte que vem Dulixo “ com Tubarão Dulixo

Tenda Literária

12h30 – 13h30 | Oficina de bonecos com meias, com Deco Moraes

14h – Conversa Literária: “Arte e educação: travessias e outras margens”

Solange Amorim, Marilu Cardoso

Mediação: Antônio Passaty

+

Performance poética – Dinho Lima Flor

Intervenções na praça

12h – 14h | Divertida kombi

Bruno Coqueiro

André Schule

13h – 15h | Praia Literária

Leitura Surpresa

Palhaços

12h30 | Oficina | Rager

Homopoeticus

Bicicloteca

Estátua Viva

13h – “Ester” com Odília Nunes

11h – 15h | Tranças Isabella

Grafitte com Carolzinha ITZA

Resenha: O príncipe cruel, Holly Black
Beco Literário
Livros, Resenhas

Resenha: O príncipe cruel, Holly Black

Eu gosto do trabalho da Holly Black há muito tempo. Desde criança. As crônicas de Spiderwick foi um dos primeiros livros que li na infância e sempre ficou intacto na minha memória o quanto eu amava a forma dela criar mundos mágicos. Quando saiu O príncipe cruel, fiquei meio relutante. Primeiro, porque ultimamente não me conecto tanto com livros de romance que não sejam LGBTQIAP+. Segundo, porque tinha medo de não gostar mais da escrita da Holly, levando em conta que hoje em dia sou um pouco mais crítico com isso (eu amo as histórias da Cassandra Clare, por exemplo, mas odeio a escrita dela).

+ Entrevista: Holly Black é a rainha de tudo e fala sobre seus gatinhos
+ Um oi da Holly Black!

Resolvi dar uma chance para O príncipe cruel na Bienal do Rio, quando descobri que ia entrevistar a Holly. E eu simplesmente devorei o livro em três dias. Voltei para a fase adolescente do Gabriel que deixa de comer, dormir e ir ao banheiro só para ler mais uma página e ainda, de quebra, me tirou de uma ressaca literária de ler ficção fantástica que eu estava há tempos.

“Nós somos filhos de tragédias.”

O príncipe cruel é um livro que conta a história de Jude, uma garota mortal, mudana, humana, que vê seus pais serem assassinados bem diante dos seus olhos e é levada junto com a irmã gêmea Taryn e a irmã mais velha Vivi ao Reino das Fadas. Quando a gente fala de fada, parece aquele mundo animado de fadinhas que voam e só fazem o bem. Se você espera isso, já vai tirando o cavalinho da chuva que o reino de Holly Black, chamado de Elfhame, é onde vive todo tipo de criatura feérica, cortes seelie e unseelie. E é justamente isso que eu mais gosto nas mitologias da Holly: ela brinca com cores de cabelo, cores de pele, características psicológicas e físicas… E isso é difícil de encontrar em livros que falam de seres feéricos.

“Se eu não puder ser melhor que eles, então vou ser muito pior.”

No mundo de Elfhame, Jude precisa entender que nunca será como os outros feéricos. Ela sempre será mortal e por isso, sempre mais fraca, sempre preterida… Mas ela quer conquistar o seu lugar na corte como guerreira. E é nessa jornada que a gente conhece o príncipe Cardan, perverso, otário, ridículo e que faz de tudo pra ela sofrer: desde palavras duras e vergonhosas até a obriga-la a se drogar com as comidas das fadas.

“Ele é uma faísca e você é altamente inflamável.”

O mais incrível da narrativa de O príncipe cruel é que os relacionamentos e afetos são tratados por uma ótica política. É um livro que tem romance, tem descoberta, tem vida, mas acima de tudo, é um livro que fala sobre relações políticas no reino das fadas e é isso que me deixou fascinado. Não preciso nem dizer que o plot twist de enemies-to-lovers de Jude e Cardan também me tirou alguns suspiros, mas isso só foi possível e eu só me conectei tanto com os personagens pela Holly saber manejar justamente as relações frias e superficiais, baseadas em interesses, que os seres feéricos estabelecem entre si e entre os mortais.

“O Reino das Fadas podia ser lindo, mas a beleza é comparável à carcaça de um corcel dourado cheio de larvas se contorcendo por baixo da pele, prontas para explodir.”

O livro tem capítulos curtos (eu amo!) e alguns mais longos que não ultrapassam as vinte páginas. Ele é escrito em primeira pessoa (exceto no prólogo), então conhecemos o mundo pelo ponto de vista da Jude. Apesar disso, não se torna cansativo de ler (como muitos em primeira pessoa). Ele é fluído. De início, você pode levar um tempo para engatar a leitura enquanto você se ambienta com Elfhame e os costumes de lá, mas depois de você passa da página trinta, você só consegue parar quando chega na 300.

“Você não é nada. A espécie humana finge ser tão resiliente. As vidas mortais são uma longa brincadeira de faz de conta. Se você não pudessem mentir para si mesmos, cortariam a própria garganta para acabar com sua infelicidade.”

Se eu já gostava da Holly Black na infância, agora na vida adulta parece que sua escrita e suas histórias me acompanharam. É um livro young adult, que não traz temas infantis como era em Spiderwick, mas também não deixa a desejar em nenhum momento quando o assunto é desenvolvimento de mundo e de personagem. Com certeza, uma leitura cinco estrelas.

Livro de estreia de Bia Crespo traz humor, amor e corações partidos
Mauro Figa
Livros, Novidades

Livro de estreia de Bia Crespo traz humor, amor e corações partidos

Romance sáfico, namoro de mentira, amadurecimento, situações hilárias e um pôster falante. Esses são os elementos que, combinados, dão vida a “Eu, Minha crush e minha irmã” livro de estreia da escritora e roteirista Bia Crespo, recém lançado pela editora Seguinte. A autora nos presenteia com uma história hilária e cativante sobre primeiros amores, o amor entre irmãs e o amor-próprio.

+ Bienal do Livro Rio bate recordes e se consolida como o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país

A trama é protagonizada por um trio de garotas: Tamires, Antônia e Júlia.

Tamires é uma jovem inteligente, bonita e popular — principalmente entre as meninas. Ela está sempre com uma ficante diferente, mas é tão gente boa que, mesmo depois de dispensadas, suas ex acabam virando suas amigas. Tamires com certeza é a protagonista da própria vida… só não é a protagonista deste livro.

Antônia, sua irmã caçula, que sente que não passa de uma versão sem graça da mais velha. As duas dividem um apartamento em São Paulo, onde fazem faculdade, mas enquanto Tami leva uma vida social pra lá de agitada, Tônia prefere ficar em casa assistindo séries. No curso de cinema, Antônia também não se encaixa muito bem: seus amigos só querem saber de filmes cult, mas ela prefere comédias e sucessos de bilheteria.

Num esforço para fazer a irmã se enturmar, Tami dá uma festa no apê das duas, e é aí que surge o terceiro elemento desta história: Júlia. Assim que vê a garota, Antônia fica encantada. Ela nunca beijou uma menina antes, mas suas experiências com garotos só confirmaram o que ela já sabia: ela é definitivamente lésbica, assim como a irmã. Num primeiro momento, Júlia corresponde o interesse de Antônia, mas tudo vai por água abaixo quando Tamires entra em cena.

Júlia, que adora um desafio, decide conquistar Tamires e se tornar a primeira a ter um relacionamento sério com a garota mais desejada da universidade. Para isso, recorre a Antônia: se as duas fingirem um breve romance, Júlia poderá se aproximar de Tami e mostrar o que ela está perdendo. A contragosto, Antônia acaba concordando com esse plano mirabolante só para passar mais tempo com Júlia. Mas quando sentimentos de mentira se confundem com sentimentos muito reais, alguém vai acabar de coração partido.

Bia sabe, como poucas, extrair da literatura LGBT+ um misto de risadas, lágrimas e fortes emoções. Seu dom para escrever deixa de ganhar vida somente nas páginas de roteiros e passa a viver no imaginário de suas milhares de leitoras fãs de “Eu, Minha Crush e Minha Irmã” e da autora.

“Minha missão como escritora é tentar mudar essa visão que vários jovens têm do que é ser LGBTQIAP+. É importante dar aos jovens a esperança de que o mundo pode ser um lugar agradável, dar exemplos de famílias homoafetivas felizes, e mostrar que o futuro tem tudo para ser melhor do que o presente.” – Bia Crespo, escritora

'O Beijo da Neve', décimo livro da escritora Babi A. Sette, chega às livrarias em setembro
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‘O Beijo da Neve’, décimo livro da escritora Babi A. Sette, chega às livrarias em setembro

Depois de 2 anos de seu último lançamento, a escritora Babi A Sette apresenta seu novo livro: “O Beijo da Neve”, décima obra de sua autoria chega às livrarias por meio da Verus Editora, selo romântico do Grupo Editorial Record, por onde publica seus livros desde 2017. A obra, um romance adolescente mesclado a temas atuais, devolve a autora à prateleira Young Adult após 5 anos se dedicando aos romances de época, marca registrada da escritora.

“O Beijo da Neve” conta a história de dois patinadores, sendo ela, Nina, filha de indianos e ele, Elyan, inglês. Porém, mais do que somente diferentes na nacionalidade, há um abismo emocional entre eles. Ela, uma jovem solar, alegre, e ele, um rapaz frio e introspectivo. Mas a paixão que brota dessa mistura é capaz de derreter qualquer chance desse amor não prosperar.

“O livro traz elementos atuais e relevantes, como cyberbullying, relacionamento entre pessoas de culturas diferentes e questões imigratórias. Além disso, dois casais LGBT’s engrossam o caldo e trazem pluralidade à narrativa” – Babi A Sette, escritora

Nina é uma jovem patinadora que ficou afastada das pistas por questões familiares. Agora, ela se vê diante do desafio de retornar às competições, dividindo seu tempo entre treinos intensos e trabalhos que paguem as contas. As coisas ficam ainda mais complicadas quando o patinador olímpico Elyan Kane — um cara frio e intenso, que desapareceu por cinco anos, após a morte trágica de sua parceira no esporte —, surge com uma proposta irrecusável para Nina. O que Elyan não sabe — e, se depender de Nina e dos deuses hindus e irlandeses de suas avós, nunca saberá — é que na adolescência ela nutria uma paixão platônica por ele.

Apesar das emoções conflitantes, Nina não pode perder a oportunidade de perseguir seus sonhos na patinação, mesmo que isso signifique lidar com a presença irritante de Elyan e com aqueles olhares longos e penetrantes, que vêm fazendo uma bagunça em seu coração. Entre as fascinantes auroras boreais do Canadá, um castelo com fama de mal-assombrado e as pistas de patinação, eles enfrentarão obstáculos, medos e sentimentos contraditórios. E tentarão provar que a paixão — pela patinação e talvez por alguém que está bem ao lado — pode superar qualquer adversidade.

“O Beijo da Neve” chega como uma ficção rica em lições sobre diversidade, amor e relacionamento. Um prato cheio para a Geração Z de leitores que tanto amam o trabalho de Babi e a forma como ela cria uma história cheia de amor, nuances, interrogações e, quem sabe um final feliz.

Elogios ao livro:

“Envolvente do começo ao fim, O beijo da neve vai te levar numa trajetória intensa e emocionante, daquelas que não tem como parar de acompanhar. (…)”  ― Bruna Calazans, repórter com passagem pela Atrevida, Yahoo Brasil e UOL

“Sensível, delicado e arrebatador. Não se surpreenda se você for de sorrisos a lágrimas em uma virada de página. Babi A. Sette segue escrevendo romances que nos fazem suspirar do início ao fim. (…)” ― Daniela Porazza, da página Meu Romeo

“O clássico clichê de inimigos a amantes é acompanhado de uma surpreendente profundidade, trazendo diversas referências ao mundo pop e nos apresentando o universo mágico da patinação artística. Elyan e Nina vão te deixar com o coração quentinho!” ― Ju Barcellos, da página Desaniversários

Maior selo jovem do Brasil celebra "debutância" com lançamento de antologia
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Maior selo jovem do Brasil celebra “debutância” com lançamento de antologia

Editora responsável pela publicação da obra de Colleen Hoover, a autora que mais vende livro no Brasil na atualidade, e de nomes como Cassandra Clare e Holly Black, atrações da Bienal do Livro do Rio 2023 no primeiro fim de semana, a Galera Record celebrou 15 anos junto aos seus leitores na sexta (8), em noite de autógrafos da antologia Finalmente 15”, organizada pela editora-executiva Rafaella Machado. Dez dos quinze autores participantes estiveram presentes no espaço dos expositores para conversa com o público e autografar o livro.

+ Entrevista: Holly Black é a rainha de tudo e fala sobre seus gatinhos

A Galera Record é atualmente o maior selo jovem do país e líder em no segmento de fantasia. Tornou-se, em 2022, a primeira editora do Brasil a conquistar o selo de verificação do TikTok por conta de sua capacidade de engajamento e de seus autores, entre os quais Colleen Hoover, maior fenômeno da literatura na atualidade. No TikTok, os vídeos marcados com #colleenhoover registravam em março deste ano 3 bilhões de visualizações e, no GoodReads, rede social de leitores, ela só perde em número de seguidores para Bill Gates e Stephan King.

Ao longo desses quinze anos, o selo jovem da Galera construiu uma relação de tanta cumplicidade com os leitores que alguns começaram a chama-la simplesmente de Gal. Não são raros os atuais colaboradores e autores que cresceram lendo obras como Dois garotos se beijando, de David Levithan, primeiro livro YA do Brasil com representatividade LGBTQIAP+ quando a sigla tinha apenas três letrinhas.

A Galera Record também foi a primeira editora a emplacar livros YA de protagonismo lésbico e trans entre os 20 mais vendidos da Veja, respectivamente O amor não é óbvio, da autora baiana Elayne Baeta, e Garotos do cemitério, do norte-americano Aiden Thomas. A editora inovou ao publicar o primeiro livro com linguagem neutra, o segundo livro de Aiden Thomas, O desafio dos semideuses.

Entre os profissionais do mercado editorial que cresceram lendo os livros da Galera estão as ilustradoras Isadora Zeferino, que assina o projeto do box Castelo animado, as capas das edições exclusivas dos livros de Roald Dahl e a nova edição de O diário da princesa, e Paula Cruz, responsável pela identidade visual do planner comemorativo da Galera Record.

Em Finalmente 15”, conheça os sonhos, os crushes, os dramas, as descobertas e as reviravoltas de se fazer quinze anos, tudo isso pela imaginação da nova geração de autores do selo jovem que estão definindo tendências no gênero YA nacional.

Elayne Baeta explora os bastidores de uma festa de debutante em que a aniversariante está apaixonada pela melhor amiga e sonha com o primeiro beijo das duas.

Giu Domingues relata o que acontece quando uma jovem usa um controverso plano tecnológico pra passar de ano e conseguir viajar com a crush.

Clara Alves imagina o terror que seria acordar no corpo de outra pessoa em plena festa de debutante.

Maria Freitas conta como uma fita cassete consegue levar um jovem trans até um passado distante, no qual reencontra alguém especial.

Stefano Volp fala das angústias de uma adolescente prestes a completar quinze anos que teve sua gravidez exposta para a escola inteira.

Arthur Malvavisco vai até o espaço em uma ficção especulativa na qual o dia e a noite duram quinze anos.

Glau Kemp também brinca com a distopia ao imaginar uma sociedade na qual irmãos gêmeos precisam competir entre si em provas excruciantes até completarem quinze anos.

Ray Tavares homenageia Meg Cabot e imagina uma princesa brasileira, mas com um divertido olhar político em relação ao movimento monarquista nacional.

Felipe Cabral entra na pele de um garoto que ainda não encontrou as palavras certas para admitir que é gay, mas que tenta reunir coragem em sua festa de aniversário.

Karine Ribeiro imagina uma festa de quinze anos interrompida por um apocalipse.

Vinícius Grossos oferece um emocionante conto que tem como protagonista uma cachorrinha prestes a completar quinze anos que precisa concluir uma última e importante missão.

Olívia Pilar se inspirou no universo do teatro para retratar o começo de um amor entre duas meninas.

Juan Jullian explora o que acontece quando uma enchente ameaça a festa dos sonhos, mas acaba lembrando a protagonista daquilo que realmente importa.

Pedro Rhuas celebra a esperança no amanhã em uma jornada entre as versões do passado e do futuro de um personagem aos quinze e aos trinta anos.

Lola Salgado coloca um sorriso no rosto do leitor ao contar como dois alunos desconhecidos se aproximam depois de serem esquecidos durante uma excursão da escola.

Sextou na Bienal do Livro Rio: pós-feriado de intensa movimentação nos pavilhões do Riocentro
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Sextou na Bienal do Livro Rio: pós-feriado de intensa movimentação nos pavilhões do Riocentro

Há quem curta um banho de mar em uma sexta-feira, pós-feriado. Outros, uma ida ao cinema. Para uma multidão, a Bienal do Livro Rio. Celebrando 40 anos, o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país – agora patrimônio cultural – registrou mais um dia de intensa movimentação pelos pavilhões do Riocentro, no 8º dia de programação da Bienal das Narrativas.

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Nesta edição de novos formatos e programação intensa e diversa para todos os públicos, circularam pelos corredores do evento, nesta sexta-feira, 8 de setembro, nomes, como Ana Paulo Araújo, Babi Dewet, Luis Antônio Simas, Thalita Rebouças, Paula Scarpin e Flora Thomson-Deveaux (da Rádio Novelo Apresenta), Deive Leonardo, Vítor diCastro, Fábio Cruz (Fabão), além de Ana Beatriz Nogueira e, para os pequenos, a trupe do espetáculo Lona na Lua.

Um dos destaques da programação, no Sextou com Simas, o professor e escritor Luiz Antonio Simas recebeu, no Café Literário, no melhor estilo botequim carioca, o escritor e professor Luiz Rufino, a cozinheira e dona de bar Luiza Souza e o carnavalesco Leandro Vieira. No Palavra-Chave, nomes da nova geração de astrólogos e tarólogos que conquistou o público na internet, como Vítor DiCastro, Andre Mantovanni, Mdama Brona e Maína Mello. Já o Estação Plural foi palco para um papo com o influenciador digital de conteúdos religiosos, Deive Leonardo.

Confira a programação deste sábado, 9 de setembro:

11h – Palavra-Chave – MAIS QUE AUTOR

11h – Estação Plural – INTEGRANDO O MUNDO DIGITAL E FÍSICO COM ÁLBUM DE FIGURINHAS DA LULUCA

11h – Infantil – PALCO ANIMADO: IVAN ZIGG – LER É UM ESPETÁCULO

12h – Café Literário – DARIA UM LIVRO

13h – Palavra-Chave – BLAKE CROUNCH EM CONVERSA COM ALICE BRAGA

13h – Infantil – MESA DO AUTOR: MANOEL SOARES

14h – Infantil – MESA DO AUTOR: CAROLINA SANCHES

14h – Café Literário – INVENTAR FUTUROS

15h – Palavra-Chave – ENTRA NA RODA COM JENNA EVANS WELCH

15h – Infantil – PALCO ANIMADO: IVAN ZIGG – LEWR É UM ESPETÁCULO

15h – Estação Plural – PÁGINAS NA TELA, COM RODRIGO TEIXEIRA, ANA PAULA MAIA, MANUELA DIAS, MARJORIE ESTIANO, XICO SÁ E MEDIÇÃO DE CLÉLIA BESSA

16h – Café Literário – PÁGINAS NO PALCO, COM CLAUDIA ABREU & VIRGINIA WOOLF

16h – Infantil – MESA DO AUTOR: ALEXANDRE DE CASTRO GOMES

17h – Palavra-Chave – ESCREVER (COM) SEU AMOR

17h – Infantil – PALCO ANIMADO: NINA RIZZI & EDSON IKE

18h – Café Literário – MEDITAÇÃO: UMA PAUSA PARA O CUIDADO – HELENA GALANTE ENTREVISTA MONJA COEN ROSH

18h – Estação Plural – PÁGINAS NA TELA COM LUCAS PARAIZO, GEORGE MOURA, ROSA SVARTMAN E MEDIAÇÃO DE TATIANA SICILIANO

19h – Palavra-Chave – LIVROS & MÚSICA & FESTA

Guia da Bienal 2023: mapa, como chegar, o que levar e mais
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Cultura, Livros

Autores de periferia celebram virada através da literatura e lançam livros na Bienal do Livro Rio

Ex-moradora de rua, influenciador literário, morador do Complexo do Alemão e atendente de lanchonete usam suas histórias para inspirar na Bienal

Quem hoje vê a trajetória do escritor Henrique Rodrigues, com 24 livros publicados, não imagina tudo o que passou. Nascido em uma família com poucos recursos, ele cresceu em Seropédica, na região metropolitana do Rio, enfrentando diversas dificuldades. Na juventude, conciliou os estudos com o trabalho no balcão de uma videolocadora e como atendente numa lanchonete, para ajudar à família, mas nunca desistiu dos seus sonhos e rascunhava desde então algumas linhas que se tornaram publicações de poesia, crônica, romance e obras para crianças e jovens.

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“Fui aluno de um Ciep e ganhei um concurso de frases em 1989. Ali tive o incentivo de uma professora e descobri que escrever era o que queria fazer da minha vida. Continuei trabalhando, mas não desisti de ser escritor”, lembra o autor, que é doutor em Letras e trabalha como gestor cultural na área da literatura. Henrique já teve um romance adotado em escolas de todo o país e traduzido na França e foi finalista do Prêmio Jabuti com “Rua do Escritor: crônicas sobre leitura. Este ano, ele lança “Áurea” na Bienal do Livro do Rio, que celebra 40 anos com uma programação intensa e que promete guardar lugar na memória afetiva das pessoas.

Até o próximo domingo, cerca de 600 mil pessoas devem passar pelos pavilhões do Riocentro, na Barra da Tijuca. São mais de 200 horas de programação e a participação de 380 autores, além de 300 editoras. Entre os presentes, o influenciador literário Adriel Bispo, de 16 anos, nascido e criado na periferia de Salvador, que criou o perfil no Instagram —@livrosdodrii —, para falar de livros e compartilhar suas leituras. Neste processo, sofreu um episódio de racismo nas redes sociais, o que o transformou em um escritor. Hoje, com 442 mil seguidores, ele está lançando seu primeiro livro, “Voando entre sonhos”, ressignificando o que que aconteceu e inspirando outros jovens por meio da literatura e de sua voz.

“Eu tinha um trato com a minha mãe que a cada livro que eu lia, ganhava um brinquedo. Foi assim que comecei a gostar de ler. Quando tinha 11 anos, li meu primeiro livro por espontânea vontade, que foi “O Pequeno Príncipe”. Escrevendo, eu posso atingir muitas pessoas e isso que me motiva. Minha vida mudou muito desde que comecei a escrever. Já fui em várias escolas e espero que esteja influenciando as crianças”, diz Adriel, que já está escrevendo seu segundo livro pela editora Record.

De moradora de rua à professora universitária com livro na Bienal

Clarice Fortunato é uma mulher negra, professora, pesquisadora, feminista e doutora em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina, que passou fome e viveu na rua. Suas histórias e dores são inspiração para o livro “Da vida nas ruas ao teto dos livros”, uma autobiografia, que virou romance pela editora Pallas e está sendo vendido na Bienal do Livro Rio.

“Eu sou de uma família de origem humilde. Meu pai morreu quando eu tinha 5 anos e minha mãe ficou cega. Passamos a morar na rua e a vida foi assim por quatro anos. Passamos fome, mas a fome que mais me doía era do conhecimento porque não ia para a escola. Aos treze anos, perdi minha mãe e fui morar na casa de uma família. Decidi contar a minha história porque queria discutir questões como os danos causados pelo racismo e machismo e as questões de desigualdade social”, conta Clarice.

Já o escritor e contador de histórias Otávio Júnior, morador do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, conta que o primeiro livro que teve acesso na vida estava no chão da favela. Ali ele se fez uma promessa de que as crianças na região teriam um contato diferente com a literatura. Pela terceira vez na Bienal o Livro Rio, ele distribui autógrafos e participa de atividades no Espaço Infantil.

“A literatura me ajudou bastante para que meus sonhos ganhassem corpo. Hoje faço uma retrospectiva e lembro de mim há 20 anos, um menino sonhador, que via na literatura uma grande possibilidade de mudança de chave na vida. Eu me preparei ao longo dos anos pra fazer a promoção de literatura nos complexos da Penha e Alemão e ganhei o apelido de Livreiro do Alemão”, conta Otávio Júnior, que é autor de 18 livros publicados como “Da minha janela”, de 2019, e “De passinho em passinho”, de 2021, ambos pela editora Companhia das Letras.

Pallas Editora volta à Bienal do Livro Rio após dez anos
Monica Ramalho
Cultura, Livros, Novidades

Pallas Editora volta à Bienal do Livro Rio após dez anos

Após dez anos sem participar da Bienal do Livro Rio, a Pallas Editora está de volta no stand P 17 do Pavilhão Verde, do Riocentro. Está dividindo o espaço com a Jandaíra, editora parceira, com autores coincidentes e de peso, como Conceição Evaristo, Lázaro Ramos e Eliana Alves Cruz, e assuntos afins.

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“Coisa boa é abrir as comemorações pelo meio século da Pallas, em 2024, participando agora do maior evento literário do país, que completa 40 anos”, diz a editora Cristina Fernandes Warth.

A Pallas veio para a Bienal com 14 autores e  ilustradores e cerca de 300 títulos combativos, para todas as idades. A maioria tem visitado o stand para autografar livros e dar um abraço na equipe da editora, que ainda preserva o jeito antigo e caloroso na recepção dos leitores e escritores.

Além dos supracitados Conceição, Eliana e Lázaro, a Pallas emplacou na programação oficial da 21ª edição do evento literário: Cidinha da Silva, Marcelo Moutinho, Luana Génot, Ondjaki, Janaína Tokitaka, Renato Noguera, Ynaê Lopes dos Santos, Rogério Athayde, Clara Zúñiga, Kiusam de Oliveira e Sonia Rosa.

“Nesses primeiros dias vendemos bastante os quatro livros de ficção da Conceição Evaristo. Dos infantis, o público levou para casa dois títulos da Sonia Rosa – ‘Antônia quer passear’ e ‘Capoeira’, que esgotou – e os três livros do Lázaro, principalmente o ‘Caderno de rimas do João’ e o ‘Caderno sem rimas da Maria'”,  conta a editora Mariana Warth.

“O desempenho da autobiografia “Assata”, da Pantera Negra Assata Shakur, foi outro título que surpreendeu”, completa Mariana, filha de Cristina e neta do fundador da Pallas, Antônio Fernandes.