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Netflix e a previsão nuclear
Netflix e a previsão nuclear
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Netflix e a previsão nuclear

Que a série Simpsons vem prevendo o futuro desde a sua criação, nós já sabemos. Estima-se que a sitcom, cujo objetivo é retratar a vida de uma família típica norte-americana e seus desafios de forma bem irônica e satírica, já conseguiu prever [dados publicados na internet] vinte e um acontecimentos a nível mundial, encenando assim, um oráculo cinematográfico. Entretanto, que essa prática de profecias esteja influenciando até mesmo a Netflix, já é novidade!

Nos últimos dois anos, a Netflix tem produzido programações incríveis, super produções marcadas por um grande número de visualizações, sendo assim, um sucesso que gera ansiedade em todos a cada episódio assistido.

Stranger Things [2016] e Dark [2017] são séries que retomam a atmosfera dos anos 80 e a influencias de usinas químicas em suas histórias. Direta ou indiretamente, o tema “nuclear” aparece em questão e demonstra ser um dos pilares da construção das sitcoms.

Já no início do ano de 2018, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América e Kim Joung-un, líder ditador da Coréia do Norte, tem trocado farpas na política internacional por meio de redes sociais. O presidente dos EUA e os parlamentos da ONU, não concordam com o investimento pesa que o líder ditador da Coreia do Norte tem feito em bombas nucleares.

Kim Joung-um chegou a dizer para Trump tomar cuidado, pois tem um botão vermelho bem perto de sua mesa, em resposta, Trump disse que também tem um só que com uma diferença, o dele funciona.

Será que, ao “estourar” a Terceira Guerra Mundial usando todos esses armamentos nucleares investidos pelas grandes potencias, descobriremos que a 11 [Eleven} tem fugido do governo ao descobrir do conflito e encontrado Jonas passando pelas brechas do tempo na tentativa de encontrar as respostas de seus questionamentos?

Brincadeiras a parte, que 2018 tem se revelado como um ano repleto de mistérios, crises e promessas de guerra, é inegável. Pelo menos em ambas as séries, todos os personagens possuem alguém ou uma brecha no tempo para recorrer durante o surto nuclear ou invasão do mundo invertido… E nós, o que faremos se a terceira guerra explodir com química nuclear para todos os lados?

Autoria: tempo, por Gustavo Machado
Autoria: tempo, por Gustavo Machado
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Autoria: tempo


Leia Ouvindo: Young Blood, Noah Kahan

Alice: Quanto tempo dura o eterno?
Coelho: As vezes apenas um segundo.

Lewis Carroll –  Alice no País das Maravilhas, 1865

mestiço criado a solta e arredio que não padece em ser contido, preso. o eterno vir-a-ser arisco que, ás vezes passa despercebido, mas sempre está presente.

seu grande coração flamejante ilumina parte, bombeia impulsos, clareia caminhos, dá oportunidades para serem colocados em prática todos os planos, sonhos, desejos; sua alva consciência, selênica, cobre outra, aconselha mentes mal dormidas, acompanha amores não correspondidos, silencia pensamentos barulhentos, organiza listas de desejos, cria planos, abraça ismálias assoladas. sempre o tempo, sempre há tempo, sempre foi o tempo que se passou… e não tratou de voltar mais.

tudo tão azul.

tem-se vários caminhos a frente durante a caminhada da vida, alguns largos e outros bem estreitos, mas nenhum desses caminhos nos leva ao trajeto do tempo que foi perdido ou não vivido. o não vivido parece ser mais dolorido.

negar a vontade de te encontrar é uma angustia marcante, acontece que sempre temos o tempo para nos dizer que ainda não é o tempo certo. estamos um olhando ao outro, agora, neste exato momento. marcados pelo desejo do encontro. tempo.

o tempo que me diz, o tempo que gastei longe, o tempo que fiquei sem falar. o tempo que decidi me afastar, o tempo que decidi me silenciar, o tempo que decidi me encontrar. o tempo que ajudei a construir, o tempo que ajudei a destruir, o tempo que olhei a todos passar.

tempo sempre companheiro, quem me dera deixar marcas nesse aguaceiro…

de lágrimas lacrimejadas com sabor de amargura, de lágrimas pranteadas pela abertura de uma bela gargalhada. lágrimas de felicidade, um dos paradoxos mais desprecavidos de reparo, reparo não meu caro, atenção mesmo. tempo.

tique, taque. tique, taque. tique, taque. minutos, horas, dias, semanas, meses, anos. tique, taque. tique, taque. tique, taque.

sete dias por semana, trinta dias por mês, trezentos e sessenta e cinco dias por ano. o tempo não para, o tempo não brinca, o tempo apenas se dissipa em sua própria existência.

esvair, escorrer por entre os dedos, voar para longe, bem longe.

o tempo vive, assim como nós, o tempo nasce, o tempo cresce e o tempo morre. sim, ele acaba.

estou usando meu tempo para me reconstruir e te esperar. como você está usando o seu tempo?

ROMANCES ERÓTICOS e a leve voz de Octávio Paz
ROMANCES ERÓTICOS e a leve voz de Octávio Paz
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Romances eróticos e a leve voz de Octávio Paz

A Pornografia é pura e simplesmente uma descrição dos prazeres carnais; o erotismo é a mesma descrição revalorizada, com base em um ideal de amor ou da vida social. Tudo o que é erótico é também necessariamente pornográfico. É mais importante fazer a distinção entre o erótico e o obsceno. Neste caso, considera-se que o erotismo é algo que torna a carne desejável, a mostra em seu esplendor e florescimento, inspira uma sensação de saúde, beleza e prazer, enquanto que a obscenidade desvaloriza a carne, que é associada com sujeira, imperfeições e palavras sujas.

Autor desconhecido

Contemporaneidade é desconstrução, este é o casamento da vez. O “hoje” se apresenta como um completo sistema de desconstrução, construção e reconstrução de sentidos, e a literatura está aí como corpus de pesquisa e análise palpável para estudo e, principalmente, observação de que as mudanças estão no código genético da atualidade.

A sociedade contemporânea está conseguindo [aos poucos, mas está sendo um processo de “luta” contínua] quebrar todos os tabus sociais [pelo menos está caminhando para este objetivo, a generalização continua não sendo a intenção, mas o reconhecimento das conquistas de liberdade sim], inclusive, derrubando um preconceito do tamanho da muralha da china que é em relação aos romances eróticos.

A sua propagação está tão influente que hoje, tanto na literatura quanto no cinema, a temática “libidinosa” e “sensual” ultrapassa qualquer limite de vendas e quebra qualquer índice de bilheterias e entra em várias listas de best sellers, como o caso da trilogia dos 50 Tons de Cinza. Fenômeno em livro e em filme, também.

Autores como Gustave Flaubert e Oscar Wild sentiram na pele e na carreira literária a repercussão negativa dessa temática. Quantas Madames Bovary não se esconderam atrás de suas imagens sociais para ler um bom romance onde a mulher explora seus desejos carnais e se tona uma mulher realizada.

Cabe uma crítica a este posicionamento filosófico-social: a sociedade vem se tornando cada vez mais sexual e sensual? Por isso, uma abertura gigantesca a este tema? A sociedade está se corrompendo a cada dia ou se libertando? A sociedade está deixando de ser conservadora e está se reconstruindo numa ideologia libertina e autor reflexiva?

De qualquer jeito, daqui alguns bons anos, o cânone literário ainda terá uma produção artística totalmente antropocêntrica e voltada aos desejos carnais e sexuais, Freud teria inúmeros objetos de análise para fundamentar sua pesquisa, isso certamente.

Para te ajudar teoricamente neste tipo de leitura, aconselho a escrita de Octavio Paz a respeito da erotização. Paz disserta que, a principal ênfase numa escrita erótica é o desejo profundo da conquista do corpo do amado. É preciso inferir que, toda crítica e posicionamento do romance erótico não será o mesmo que a intenção de escrita de um romance clássico. Portanto, a linguagem, a temática, o enredo e o espaço será voltado para o “acasalamento”, para a concretização do ato sexual do casal. Não leia um livro da Sylvia Day com os mesmos olhos críticos que você lê Jane Austen ou Rosamunde Pilcher.

Outra ajuda importante, ainda dentro da teoria discutida e escrita por Paz, por ora explicado com uma linguagem bem simples, a leve diferença entre erótico e pornográfico:

– erótico: linguagem implícita que não entrega ao leitor a cena do ato sexual ás claras. Comumente, o nível erótico é usada na poesia, pois instiga o leitor a imaginar, pensar e concretizar na imaginação o vulto embaçado que está sendo narrado.

– ponográfico: linguagem explítica que entrega ao leitor tudo que se passa na cena durante o ato sexual. Comumente é usado palavras de baixo calão para enfatizar o teor do conteúdo do capítulo, presente tanto na prosa quanto na poesia. O leitor não precisa interpretar ou inferir, a imagem é entregue a mente do leitor detalhadamente.

Leituras eróticas conhecidas:

Trilogia 50 tons de Cinza, E. L. James

Voraz, Barbara Shenia

Leitura em desenvolvimento:

– O Lado Feio do Amor, Colleen Hoover [resenha em breve no Beco]

E você? Qual romance erótico está lendo?

Retrospectiva Beco Literário 2017
Retrospectiva Beco Literário 2017
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Retrospectiva Beco Literário 2017

Dando continuidade à tradição que começamos no ano passado, chegou a hora da retrospectiva! Estão dizendo que 2017 durou demais e demorou para ir embora, mas, apesar das coisas não tão boas, 2017 do Beco pelo Beco está aqui para mostrar que este ano teve coisa boa sim! 2017 teve filmes incríveis, livros incríveis e polêmicas de cair o queixo! A equipe Beco, com todo o carinho do mundo, separou os posts mais marcantes e que ostentaram mais views para relembrarmos juntos o que foi 2017. Confere com a gente:

28/01 – Ator de Harry Potter falece aos 77 anos

01/02 – SOS: Beyoncé está grávida de gêmeos!

21/04 – Multishow disponibiliza episódios do Lady Night para não assinantes

02/02 – Rumor: Selena Gomez está grávida e planejando casamento no México?

16/04 – Tudo o que sabemos sobre Star Wars: Battlefront II

14/08 – Conheça os ganhadores do Teen Choice Awards 2017

16/08 – CCXP 2017 tem recorde de vendas e primeiros ingressos esgotados

22/08 – Justin Bieber tem vídeo comprometedor de momento íntimo com pastor divulgado no Twitter!

23/08 – Conheça o título e a capa do novo álbum de Taylor Swift

23/08 – Suposto trailer de “High School Musical 4” cai na Internet e deixa todo mundo louco!

28/08 – Lauren Jauregui confirma indireta para Camila Cabello no VMA

31/08 – Sam Smith anuncia seu retorno a música!

05/09 – As 50 melhores faculdades de medicina em 2017, segundo o MEC

20/09 – Resenha: O Ceifador, Neal Shusterman

23/09 – Crítica: Amores Canibais (The Bad Batch, 2017)

14/10 – Crítica: Jogo Perigoso (Gerald’s Game, 2017)

17/10 – U2 no Brasil: Tudo o que você precisa saber sobre a “The Joshua Tree Tour 2017”!

20/10 – Trixie Mattel dá a entender que ganhou Rupaul’s Drag Race: All Stars 3. Será?

21/10 – 1922 (2017)

27/10 – Autoria: HomemLiteratus – A arte de criar

28/11 – Shawn Mendes faz revelações amorosas em passagem pela Austrália

28/11 – Mulheres apagadas da História: Você conhece?

03/12 – Show final do Rouge em São Paulo tem gostinho especial

05/12 – Taylor Swift trará a Reputation Tour ao Brasil

05/12 – Melanie Martinez acusada de estupro

07/12 – Autoria: Segue o baile

12/12 – 18 filmes da Marvel para assistir antes do lançamento de “Vingadores: Guerra Infinita”

 

Bateu uma saudadezinha aqui 🙁 Que 2018 venha com muita paz e muita luz para todos nós! E que os babados continuem porque, se não é para causar, nem vale a pena! Feliz ano novo!

Autoria: Aconteceu de novo
Autoria: Aconteceu de novo
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Autoria: Aconteceu de novo

Leia ouvindo: Call it what you want, Taylor Swift

Querido diário,

O quão clichê é manter um diário? Não sei. Foi a terapeuta da Sara, que recomendou para ela, e eu senti como se fosse para mim também. Gosto de divagar, e contar essa história do meio. Você não sabe o que veio antes dela, nem tampouco saberá o que virá depois. Mas aconteceu de novo.

Sabe quando acontece aquilo que você diz, jura de pés juntos, promete a si mesmo, que nunca mais vai deixar acontecer? Então. Mas eu deixei, e eu nem sei o porquê. É como diz Taylor Swift, talvez eu estivesse apenas dançando nesse jogo inebriante com as mãos amarradas. Não li a última página, nem tampouco lerei ou farei questão de escrevê-la.

A gente se agarra a algo só pelas memórias, mas não deveríamos então nos agarrar às memórias e não aos algos? As memórias se agarram na gente, os algos vão embora para sempre.

De vez em quando paro e vejo minha parede de polaroids. Quantas memórias de algos que já se foram, talvez eu mesmo tenha sido um algo partido para alguém. Mas aconteceu de novo.

Não sei se o problema sou eu. O clichê do problema sou eu. Acho que não, sou legal demais para isso e minha fase de me culpar por tudo o que acontece no mundo já passou. Sou prepotente, talvez. Mas acredito no meu potencial e sei que eu sei me reinventar. Será que apenas sei que sei ou sei saber? Mas é, a vida é um ciclo vicioso. A gente acha que as coisas vão mudar, teme as mudanças e elas mudam para ser o que eram antes.

Estou melhor que nunca estive, sei que me basto, sei que aquele garotinho que dizia que seu mundo caiu por conta dos egoísmos alheios morreu. Aquele menino, de cabelos castanhos e que usava coroa na rua, e chapéu em casa morreu. Assassinado.

Não precisa chamar a polícia. Ele simplesmente morreu, pisou na coroa e a quebrou em zilhões de pedaços. Pisou assim como todos que o pisaram. Talvez tenha crescido, talvez não. Mas aconteceu de novo.

Aconteceu de novo toda a sua história antes da coroa, mesmo depois de usá-la com orgulho. Então, de que adianta mantê-la? Nada. De nada adianta manter um cadáver. Hora ou outra ele começa a feder.

Adeus, Garoto da Coroa. Descanse em paz.

Sempre, Gustav Albuquerque.

Atualizações, Cultura, Livros, Talks

Entrevista: Cinco minutos na vida sem filtros de Nah Cardoso!

No último domingo (17), a blogueira, youtuber e escritora Nah Cardoso, esteve em São José dos Campos para o último evento da turnê do seu primeiro livro, “A Vida sem filtros”, na Livraria Saraiva, do CenterVale Shopping.

Esse foi nosso primeiro encontro com a Nah, nos cinco minutinhos antes de ela começar a atender todo o público que a esperava desde de manhã, e conversamos com ela bem rapidamente sobre seu livro, seus projetos e em como ela lida com a influência que tem sobre os fãs, de todas as idades.

A sessão de autógrafos reuniu aproximadamente quatrocentas pessoas, e começou alguns minutinhos depois (foi culpa nossa!), aproximadamente às 15h20, mas todos os presentes queriam ter a certeza de um autógrafo, uma foto e um momento com a autora, e por isso, já perambulavam pelo shopping desde o meio-dia, quando abriu. Não conseguimos acompanhar todo o atendimento aos fãs, porque sério, eles são super calorosos! Foi feito todo um esquema de segurança dentro da livraria, para que um por vez, pudesse entrar com seu livro, pegar o autógrafo e tirar a foto com a Nah. Conversando com alguns antes da entrevista, vemos que são capazes de tudo, só para dar um “oi”.

Conheça mais sobre “A Vida sem filtros”:

Já imaginou como seria viver a vida sem filtros?
Não, não estou falando dos filtros das redes sociais. Estou falando de algo mais profundo, de algo que todo mundo faz e nem percebe: dos filtros que a gente coloca no dia a dia e que dificultam a nossa vida. Quem me vê nas redes sociais com milhões de seguidores, pode ter uma primeira impressão: ela é tão segura, não deve sentir medo, nem ficar triste, deve ter uma vida perfeita. Mas você já parou pra pensar que eu não sou diferente de você? Eu sinto tudo isso que você sente. O que aprendi ao longo dos anos, foi retirar todos esses filtros. Não é uma tarefa fácil e muito menos rápida, mas vale muito a pena. Você pode não acreditar. Mas não foi por acaso que de tantos livros você escolheu justo este aqui. Sentimos as mesmas coisas, passamos pelos mesmos problemas e lidamos com o mesmo mundo. Mas não se engane, este livro não é sobre a Nah que você acompanha nas redes sociais. É sobre você. Sobre nós! Afinal, estamos conectados.

Antes de Nah atender os primeiros da fila, tivemos exatamente cinco minutos com ela. Entramos no cercado sob gritos dos fãs, que a todo momento estavam com seus celulares para o alto, querendo uma foto exclusiva da autora ou um sorrisinho de canto. Ainda tinham mães, que acompanhavam os filhos e brigavam por um lugar para eles, próximo da Nah. Assim que entramos, uma delas grita “representa a gente aí, perto dela”! Esperamos ter feito o trabalho certo. <3

Beco Literário: Nah, vamos fazer um jogo rápido porque tem muita gente te esperando aqui, né?!

Nah Cardoso: (dando um pulinho de alegria) Uhum!

BL: Nós vimos que na sua fila hoje, tem um público que vai desde os mais novos até a galera mais adulta. Como você se sente falando com tantas pessoas diferentes e como você atinge todo mundo?

Nah: É demais porque eu vejo que o meu conteúdo não tem uma faixa etária própria assim… Atinge o coração de qualquer pessoa que se identifica com o que eu tenho a compartilhar. Então eu fico grata mesmo, eu gosto muito de saber que eu não tenho uma idade certa assim, sabe? É muito legal!

BL: Como e qual foi o momento que você parou e pensou “eu quero escrever um livro”? De onde veio essa ideia?

Nah: No ano passado, com a onda de muita gente escrevendo um livro, eu não achei que fosse o momento certo, porque eu falei “eu não sei, se eu fosse escrever um livro, o que eu teria para compartilhar e como compartilhar? E como escrever, já que eu nunca escrevi um livro e não deveria ser um processo fácil…” Então passou o ano inteiro com aquela leva de pessoas escrevendo livros e só no final ano que eu me dei conta que poderia compartilhar algo que realmente fosse importante para as pessoas. Eu tenho um conteúdo que eu treino todos os dias e que as pessoas sabem de uma forma ou outra, através de vídeos ou fotos minhas, ou snaps que eu fazia bastante, sobre um conteúdo existencial, sobre a vida. E eu falei, nossa, acho que seria um bom formato para eu poder compartilhar isso de uma maneira começo, meio e fim, sabe? O livro tem uma coisa mais estruturada e mais séria, e por isso foi uma maneira que eu encontrei de compartilhar isso.

BL: Nós vemos que você está sempre próxima ao Erick Mafra. Como foi a sua aproximação com o projeto dele, “O Garoto do Sonho”, e a aproximação dele com o seu?

Nah: Então, foi muito legal. O projeto “O Garoto do Sonho” foi algo que não veio propriamente do Erick, assim por se dizer, é algo que vem de um projeto que já é antigo, de muitos sábios que vieram trazer uma mensagem ao mundo, então, o Erick foi muito disponível porque ele escreveu ali muito inspirado nessa mentalidade e nessa proposta em levar para o mundo um conteúdo verdadeiro, uma forma de olhar para o mundo e para a vida. Então, quando eu recebi o convite e foi assim “Nah, você topa levar essa mensagem para as pessoas? Você topa ser uma ferramenta e uma ponte?” Eu topei. Da mesma forma como “A Vida sem filtros” faz parte desse grande projeto em relembrar as pessoas sobre o que tem no conteúdo do livro, né. Então se você ler, você vai ver que é tudo parte de um mesmo lugar. “O Garoto do Sonho” tem uma estrutura mas tem um conteúdo que leva para o mesmo lugar assim como meu. O Erick ficou muito próximo a mim porque ele já tem toda aquela pegada, toda a veia artística como escritor, então ele já me deu muito apoio.

BL: O seu livro é meio uma conversa. É uma delícia de ler. Por que você optou em escrever desse jeito, bem próximo da gente?

Nah: Ah, obrigada. (risos) É porque eu sou assim. Quando eu escrevo uma legenda ou faço um vídeo, eu penso nessa forma, como as pessoas vão se sentir falando comigo, como elas vão receber isso sem uma distância, então o livro foi tipo, conversando com as pessoas. Enquanto eu escrevia tinham pessoas na minha mente e eu estava conversando com elas. Então eu tinha isso assim, sabe? Os encontros me fortaleciam, enquanto eu estava escrevendo, eu fazia evento, aí eu lembrava de alguma pessoa específica, “nossa aquela menina, naquele evento… Vou colocar ela na minha cabeça agora, você meu amor…” Aí a pessoa vai ler e vai pensar, nossa, ela está falando comigo!

BL: Uma pergunta que nunca te fizeram e você gostaria de responder?

Nah: Uau. Hmmmm. (Rindo) Difícil! Olha, eu estava lendo Harry Potter agora no carro. (Pensando) Muita coisa do que eu não tinha contado, da forma que eu compartilhei, está no livro, então perguntas do tipo “Ai Nah, você nunca se sente rejeitada?” E no livro eu contei coisas que já aconteceram, acontecem e como eu lido com isso.

BL: Que livro você indicaria para os Becudos, leitores do Beco Literário?

Nah: No momento, eu terminei recentemente Extraordinário. Vi o filme, amei, mas o livro eu gostei muito porque me deixou mais aberta para sentir coisas e tal. E nesse momento eu estou lendo Harry Potter, nunca tinha lido nenhum e no primeiro de todo, e estou gostando muito. Eu indicaria o que estou lendo nesse momento e claro, A Vida sem filtros. 

Depois dessa entrevista incrível, falamos com alguns fãs e deixamos a Nah em paz para atender todos que esperavam ansiosamente na fila. Agora, só resta você conhecer o livro “A Vida sem filtros”, e entender tudo que ela conta em primeira mão, para os leitores. E já pode ficar animado porque em algumas semanas, teremos resenha do livro postada aqui no Beco e se você ainda não garantiu seu exemplar, aproveite para comprar o seu livro com desconto exclusivo nas opções aqui embaixo!

Um super obrigado a Nah Cardoso, que nos atendeu mesmo em meio a correria, a equipe da Editora Planeta, que tornou a entrevista possível e a toda equipe da Saraiva pela ponte e pelo super evento. Queremos mais coisas assim em São José, né?

Colunas, Filmes

18 séries para ver em 2018

O universo das séries está cada vez melhor e o ano de 2018 promete! Não só pelas séries novas como pelas novas temporadas. São tantas séries boas, novidades, que fica complicado escolher a próxima. Por isso selecionamos algumas séries, umas novas outras nem tanto, mas que com certeza valem aquela maratona básica.

1. Grey’s Anatomy 

Criada pela famosa Shonda Rhimes, a série retrata o dia a dia de um hospital recheado de dramas pessoais da equipe de médicos. A história gira em torno da cirurgiã Meredith Grey (Ellen Pompeo) e seus conflitos com familiares, amigos e pacientes. É preparar o coração, deixar um lencinho do lado e apertar o play. A série ainda está no ar, atualmente na sua 14ª temporada.

2. Sons of Anarchy

Conta a história de um grupo de motoqueiros que formam um clube (Sons of Anarchy) SOA ou SAMCRO como eles chamam, que se envolvem com tráfico de armas, drogas, brigas entre gangues e divergências até entre eles mesmos. Para quem gosta de um drama pesado e carregado de violência, esta é a série. A série acabou na sua 7ª temporada.

3. Sense 8

O nome da série faz referência a um trocadilho com a palavra inglesa sensate. Conta a historia de oito desconhecidos que após uma visão, acabam ligados mentalmente e emocionalmente, sendo capazes de se comunicar, sentir e apoderar-se do conhecimento, linguagem e habilidades alheias. A série é, na verdade, sobre as dificuldades de nos conectarmos intimamente com outras pessoas, principalmente no mundo de hoje. Enquanto tentam desvendar o que aconteceu com eles, os protagonistas se envolvem em situações que, quase sempre, os colocam em perigo.  O destaque fica por conta da diversidade nos papéis, que inclui uma mulher trans e lésbica, uma oriental, um negro e dois casais homossexuais. A Netflix irá lançar um episódio especial de encerramento da série, previsto para 2018.

4. Stranger Things

Baseada em elementos clássicos como suspense, terror e sci-fi dos filmes dos anos 1980, a história da busca por um garoto que desapareceu sem deixar rastros e em circunstâncias suspeitas. Explorando fenômenos sobrenaturais que envolvem o sumiço de Will Bayers (Noah Schnapp), a produção recria o ambiente dos anos 80 em uma cidadezinha dos Estados Unidos. Os amigos de Will decidem ir em busca dele e embarcam em uma aventura para encontrá-lo e no caminho, encontram uma estranha garota com poderes telecinéticos. A série foi oficialmente renovada para uma terceira temporada, ainda sem data de estreia.

5. Black Mirror

Centrada em temas obscuros e satíricos que avalia a sociedade moderna, criando discussões sobre a fidelidade ou o exagero com que retrata um futuro bastante próximo, no qual a tecnologia, em meio à tudo que proporciona, submete as pessoas a uma perigosa relação de passividade e dependência. O criador da série, Charlie Brooker disse que “cada episódio tem um elenco diferente, um cenário diferente, até mesmo uma realidade diferente, mas todos se tratam da forma que vivemos agora — e da forma que podemos estar vivendo daqui a 10 minutos se formos desastrados”. A 4ª temporada estréia em 29 de dezembro de 2017.

6. Narcos 

Criada por José Padilha e baseada em fatos reais, a série conta a verdadeira história de Pablo Escobar e da propagação da cocaína nos Estados Unidos e na Europa, graças à droga do Cartel de Medellín. Estrelada por Wagner Moura, foi a primeira produção da Netflix transmitida por uma emissora de televisão americana. A série acabou na sua 3ª temporada.

7. Game of Thrones

A série que entrou para o Livro de Recordes com a maior transmissão simultânea ao redor do mundo, se passa num tempo esquecido, onde uma força destruiu o equilíbrio das estações. Os verões podem durar vários anos e o inverno toda uma vida, as reivindicações e as forças sobrenaturais correm as portas do Reino dos Sete Reinos. A irmandade da Patrulha da Noite busca proteger o reino de cada criatura que pode vir de lá da Muralha, mas já não tem os recursos necessários para garantir a segurança de todos. Depois de um verão de dez anos, um inverno rigoroso promete chegar com um futuro mais sombrio. Enquanto isso, conspirações e rivalidades correm no jogo político pela disputa do Trono de Ferro, o símbolo do poder absoluto. Sete temporadas já foram exibidas e a oitava e última temporada ainda não tem data de estreia. “The winter is coming!”.

8. The Walking Dead

Umas das séries de maior sucesso nos últimos tempos, narra a eterna luta de sobreviventes de um mundo pós-apocalíptico e zumbis. A série é protagonizada por Rick Grimes ( Andrew Lincoln), um vice-xerife que acorda de um coma e percebe que o mundo que ele conhecia já não existe. Ele sai em busca de sua família e encontra vários outros sobreviventes ao longo do caminho. A série está na sua 8ª temporada.

9. 13 Reasons Why

A série gira em torno de uma estudante Hannah, que se mata após uma série de falhas culminantes, provocadas por indivíduos selecionados dentro de sua escola. Uma caixa de fitas cassetes gravadas por ela, antes de se suicidar relata treze motivos pelas quais ela tirou sua própria vida. Em maio de 2017, a série foi renovada para uma segunda temporada, programada para estrear em 2018.

10. Breaking Bad

Conta a história de um professor de química fracassado que é diagnosticado com um câncer no pulmão o que o leva a sofrer um colapso emocional e passar a vender metanfetamina para pagar pelo tratamento e para pagar suas dívidas hospitalares, além de deixar algum dinheiro para a mulher e o filho. Com uma atuação histórica de Bryan Cranston, a trama cresce a cada episódio e deixa o espectador quase sem fôlego ao mostrar a ascensão do protagonista rumo ao domínio do tráfico de drogas de Albuquerque. A série terminou na sua 5ª temporada.

11. Dexter

Conta a história do personagem de mesmo nome, interpretado por Michael C. Hall, um assassino em série com diferentes padrões que trabalha como analista forense especialista em padrões de dispersão de sangue no departamento da polícia do Condado de Miami-Dade. Dexter age conforme o “Código de Harry”, um código de conduta estipulado por seu pai adotivo para garantir que o filho sociopata não seja preso e mate apenas assassinos como ele. A série terminou na sua 8ª temporada.

12. 3%

Primeira série brasileira da Netflix, uma mistura de drama e ficção científica, se passa em um mundo pós-apocalíptico, no qual o Brasil é governado por um regime autoritário, com a população dividida entre os muitos que vivem na pobreza e os poucos que dispõem de recursos para viver bem. Nessa configuração, para fugir da pobreza as pessoas se candidatam a um criterioso processo de seleção para chegar à ilha de Maralto, onde, acredita-se, esteja a sociedade perfeita. Onde tudo é abundante e há oportunidades de uma vida digna. Mas somente 3% dos candidatos são aprovados no Processo, que testa os limites dos participantes em provas físicas e psicológicas, e os coloca diante de dilemas morais. Em 4 de dezembro de 2016, a Netflix confirmou a segunda temporada da série, prevista para estrear em 2018.

13. Supernatural

Quem não conhece os irmãos Winchester?! Sam (Jared Padalecki) e Dean (Jensen Ackles) e sua saga contra demônios e demais seres malignos. Há 20 anos,eles perderam sua mãe em um trágico e misterioso acidente, no qual as forças sobrenaturais estiveram envolvidas. Por esta razão, seu pai decidiu ensiná-los a lidar com a vida sobrenatural, ensinando-lhes técnicas de defesa contra as forças do mal, objetos amaldiçoados, vampiros, bruxas e entidades maléficas. A série foi renovada e está atualmente em sua décima terceira temporada.

14. Gilmore Girls

A série ganhou popularidade mundial no começo dos anos 2000, criada por Amy Sherman-Palladino, conta o cotidiano e a relação de amizade entre Lorelai Gilmore (Lauren Graham) e sua filha Rory Gilmore (Alexis Bledel). Com roteiro inteligente, referências pop e eruditas, além de personagens carismáticos, Gilmore Girls dosa entre o drama e a comédia. Exibida até a 7ª temporada, a série retornou em 2016 em quatro episódios especiais.

15. Orange is the New Black

A trama narra a vida de detentas na Penitenciária de Litchfield. Alternando entre drama e comédia, parte da história verídica de Piper (Taylor Schilling), uma mulher condenada por tráfico de drogas após transportar uma mala de dinheiro a pedido da ex- namorada, Alex Vause (Laura Prepon). As duas acabam se reencontrando na cadeia e juntamente com boas histórias das demais detentas, como Crazy Eyes (Uzo Aduba), Red (Kate Mulgrew) e Tastee (Danielle Brooks). Em fevereiro de 2016, a Netflix renovou a série para uma sexta e sétima temporada.

16. How I meet your Mother

O personagem principal, arquiteto Ted Mosby, está em 2030 narrando aos seus filhos a história de como conheceu a mãe deles, as pequenas pistas vão sendo distribuídas ao longo das temporadas. Entre histórias icônicas e bem divertidas com seus amigos e sua sintonia única. How I Met Your Mother recebeu críticas positivas na maior parte de suas nove temporadas e ganhou status cult ao longo dos anos, com seus milhões de fãs. O seriado foi indicado para 24 prêmios Emmy.

17. Dr. House

Aclamada série médica norte-americana, narra a vida de House (Hugh Laurie) um médico brilhante, infectologista e nefrologista que se destaca não só pela capacidade de elaborar excelentes diagnósticos diferenciais, que só se dedica a casos que lhe desafiam. Com seu sarcasmo e comportamento que beira à misantropia, vemos o doutor em cada episódio procurar a saída dentro de um labirinto de sintomas de seus pacientes que não fazem sentido, pois a maior parte de seus diagnósticos a respeito das doenças dos pacientes são baseados em hipóteses controversas e pouco prováveis. Durante suas 8 temporadas vemos House como um verdadeiro Sherlock Holmes da saúde.

18. Friends

Não tem como ela estar de fora! Friends é aquela série que você vai assistir pelo resto da vida. Várias e várias vezes! O sucesso da série foi tanto que, até hoje, depois de 10 temporadas’, ela ainda é exibida diariamente em diversos países do mundo. Ross, Rachel, Mônica, Chandler, Joey e Phoebe são um grupo de seis amigos que moram em NY. Seu humor inteligente e apoio mútuo incondicional fazem com sua amizade seja cada vez mais forte, superando assim todos os obstáculos que a vida lhes apresenta. Trabalho, família, responsabilidade, dinheiro, sexo, compromisso e, sobretudo, amor e amizade, são alguns dos temas que preocupam e, ás vezes, divertem esses personagens. “I’ll be there for you!!”

Sua lista para 2018 tem mais do que essas 18 séries? Está faltando alguma? Conta para a gente!

Colunas

10 sugestões de presentes para quem é Nerd

O Natal está chegando e, além dos tradicionais presentes trocados na ceia, também tem o amigo secreto. Seja da escola, da faculdade, do trabalho, da família, ninguém escapa do bom e velho amigo oculto. Aí surgem as dúvidas, o que comprar? Para você que vai presentear um nerd ou só quer fugir dos presentes tradicionais e comprar algo diferente, o Beco traz uma lista de 10 presentes que todo nerd gostaria de ganhar:

1 – Conjunto de LEGO Star Wars

Com a estréia do novo filme da franquia Star Wars, as lojas estão lotadas de produtos que variam desde bonequinhos colecionáveis até as naves mais sofisticadas. Que tal presentear o seu nerd preferido com um conjunto de LEGO do Star Wars? São várias opções e, além da diversão durante a montagem, ficam lindos expostos.

2 – Jogo de xadrez do Super Mario World

Um jogo de xadrez onde o tabuleiro é personalizado e as peças são os personagens do game Super Mario World. Todo mundo que já jogou esse jogo gostaria de ganhar um.

3 – Jogo de tabuleiro de Game of Thrones

Jogos de tabuleiro já fazem sucesso por si só, principalmente entre os nerds. Juntando com uma das séries de maior sucesso da atualidade, então, é sucesso garantido. Esse jogo é conhecido por ser um dos melhores do mercado brasileiro, pois combina elementos estratégicos com combate de cartas, além de oferecer uma grande longevidade.

4 – Caixa de som bluetooth da estrela da morte

Este speaker bluetooth traz o visual da arma secreta do Império utilizada no filme “O Retorno de Jedi” para reproduzir as suas músicas prediletas. Além de super estilosa, a caixa de som acende as luzes e flutua sobre a mesa.

5 – Monopoly do World of Warcraft

Se o seu nerd gosta de WoW, esse é o presente. Agora, além de ser viciado no Wow e ter ele em tudo quanto é lugar (inclusive no celular Android), ele poderá jogar o Monopoly. Nele, ele irá comprar territórios e conseguir itens raros da Aliança ou da Horda para sua empreitada. As duas cidades principais de cada lado estão presentes: Orgrimmar e Stormwind (Vento Bravo). O mais fantástico são as miniaturas de armas, runas e outras que o jogo dispõe. Na verdade, a escolha dos Tokens foi feita pelos jogadores no fórum oficial.

6 – Headset da Marvel

Para quem curte super heróis, mais especificamente, os Vingadores, a Turtle Beach lançou um headset dos heróis da Marvel em uma edição especial Super Heroes Infinity. Todo gamer precisa de um bom headset, não é?

7 – Luminária de mesa Tetris

São várias peças inspiradas no joguinho tradicional que nos diverte desde os tempos do minigame e que você pode montar do jeito que quiser. Até quem não é nerd vai querer ganhar uma dessas.

8 – “Torradeira” de pendrives

É isso mesmo, você não leu errado. Um dispositivo em formato de torradeira com 4 entradas USB e que acompanha 4 pendrives em formato de pãezinhos. Além de ser uma coisa muito fofa, é muito funcional para aquele seu nerd que fica sempre sem espaço para os pendrives.

9 – Interruptor de parede que também é uma placa de LEGO

Para quem gosta de LEGO, esse interruptor é multifunção, além de muito divertido e personalizado, já que cada um pode colocar seus legos do jeito que quiser.

10 – Supaboy

Por que ele é legal? Ele é um Super Nintendo portátil, que roda as próprias fitas do console, mas elimina a necessidade de tomadas. Diferente de um PS Vita ou um 3DS, este aparelho tem um fator nostalgia muito grande. Se o seu nerd é fã do Super Nintendo, ele vai adorar ganhar um desses.

Autoria: segue o baile
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Autorais

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Leia ouvindo: These memories – Hollow Coves

por que eu ficaria?

o violão apoiado no colo, dedilhei a única música que conhecia, apenas quatro notas. pensei muito antes de enviar aquela mensagem, dizer adeus nunca é fácil. corra o quanto puder, o destino sempre estará dois passos a sua frente, que ironia! olho para a parede, meu olhar percorre toda a sala. esqueci de tirar a poeira dos meus livros.  a sabedoria chinesa diz que encontramos nosso destino no caminho que tomamos para evitá-lo. estamos fadados, pre-destinados, arruinados em nossas histórias pré-fabricadas. não te culpo, já estava programada para me culpar, não te anulo, já estava destinada para me ensinar, não te afasto, já estava prometida para construir as barreiras entre qualquer pessoa e meus sentimentos, você me levou cativo. você arrastou em terra firme, cascalhos e ossos ralados o pingo de dignidade que me restava . afugentou todo meu eu dentro do esverdeado do teu olhar. você era demais para mim, só eu que não enxerguei. eu já estava prometido para me entregar, eu já estava marcado para me reconstruir, eu já estava anunciado para me tornar o que sou hoje. era o esperado para nós, sem estardalhaço, sem cara de surpresa. cumprimos bem nosso papel. por isso, carrego em meu coração a certeza de que tomei a decisão certa. sua voz ainda ecoa minha mente ao falar que estava infeliz, não quero passar por isso novamente. apesar das várias desculpas, inúmeras intrigas, um montante de mal-entendidos, ainda pensava que podíamos sobreviver. na verdade, não podíamos, você não podia. você não queria. todos temos nossas lutas, somos guerreiros de nossas próprias histórias. não suportei a ideia de te prender a mim, não sou calabouço, não sou cárcere, não sou gaiola, não sou trancas de ferro; sou  brecha de calmaria em um mundo acabado em dores e desilusão, sou paz em guerra e luz numa madrugada solitária, aconchego. sou pena e asas, sou aroma de casa após uma longa viagem, sou eu, eu sou eu, com erros, defeitos, mas amor, mesmo que na calada e talvez sem muita expressão, mas em essência, pura fragrância de ternura e afeição.  sou um mistério que eu pensava que era capaz de decifrar [pelo menos, me garantiu em suas palavras um amor eterno, juras! apenas um assoalho de mentiras]. mas tudo bem, sério. como diz aquele ditado, cada um oferece aquilo que tem, e o que eu tenho para lhe oferecer é felicidades! felicidades sempre! vejo como eu era antes de você e vejo também, como você era antes de mim, e olha, estou contente com o seu crescimento, afeito com o que me tornei.  não sei para onde a vida irá nos levar, entre encontros e desencontros, mudanças e permanências, seu lar sempre será o que eu fiz para você e de você, tem detalhes meus espalhados em sua existência, sem pormenores, tem um grande reflexo meu no seu amadurecimento. não vai ser eu aquele que ira aproveitar dos frutos da bela árvore que plantei em seu coração, mas seu coração sempre lembrará daquele que preparou a terra e aguou a pequena semente. viva, frutifique, aproveite o que você tem de melhor. Só isso, espera, um grande abraço e, não se esqueça: FELICIDADES SEMPRE!

Foto: Gabu Camacho
Atualizações, Música, Talks

Entrevista: Manu Gavassi nos deixou “muito muito” hipnotizados com seus planos (nada) impossíveis

Manu Gavassi: cantora, compositora, atriz e agora, também, uma excelente escritora. Apaixonada por histórias, tivemos a oportunidade de entrevistá-la após uma sessão de autógrafos de seu novo livro “Olá, Caderno” (Rocco), na livraria Maxsigma, em São José dos Campos.

Nesse primeiro encontro com a Manu, nossa equipe estava animada, já que somos super fãs de seu trabalho e crescemos junto com ela, acompanhando toda sua trajetória, mudanças de estilo e consolidação como referência para diversos assuntos.

A sessão de autógrafos reuniu mais de cem pessoas e começou aproximadamente às 20h30, mas os fãs que queriam ter certeza que conseguiriam um momento com a autora, começaram a chegar na livraria antes das 17h. Em sua chegada, muitos gritos, aplausos e Manu se mostra receptiva desde o início. Acompanho o atendimento aos fãs e fico surpreso com o carinho que ambos se tratam: são presentes, muitas fotos, conversas e, é claro, o autógrafo no livro de estreia de Manu.

Conheça mais do livro “Olá, Caderno”:

É uma ficção adolescente escrita a partir de entradas num diário. Ou melhor, caderno. É ali que Nina, uma garota de 17 anos, despeja seus pensamentos mais nobres e mais frívolos, além de desenhos, letras de música, poesias, e trata um retrato sincero de seus pais ausentes, de seus irmãos problemáticos, mas amorosos, de seus amigos e de outros personagens com quem convive. Como tantos adolescentes, Nina sabe o que quer da vida, mas não tem muita certeza sobre quem é ou como se encaixa no mundo. E a partir de sua perspectiva ácida e bem-humorada, divide com o leitor suas experiências, paixões, alegrias, dúvidas e tristezas.

Depois de todos os fãs devidamente atendidos, chegou a nossa vez de encontrar Manu Gavassi e começar essa entrevista incrível! Chegamos a parabenizando pelo incrível ano que ela teve, por todo o sucesso do álbum e agora com o lançamento do livro, com seu jeitinho todo fofo ela agradece e começamos às perguntas.

Beco Literário: Manu, na fila, nós observamos que você atinge uma faixa de público que vai desde crianças até uma galera mais adulta. Como você se sente tendo toda essa diversidade e como é o seu contato com essas crianças que atualmente te acompanham?

Manu Gavassi: Eu acho demais isso do público ser realmente diferente, tem uma galera que cresceu comigo e era bem novinho na época que comecei e agora tem uma galera mais novinha… Eu acho que a música pop é isso, ela é para todo mundo e eu fico muito feliz de ter essa diversidade de pessoas e de mundos. Amo criança, quero abraçar, quero morder todas, só tenho um pouco de medo delas lerem o meu livro, porque ele não é especificamente para elas, mas tirando isso, tenho um carinho muito grande por todas.

BL: Nós percebemos que você teve um grande amadurecimento neste novo álbum, em relação as músicas, ritmo, composições. Você sentiu a necessidade desse amadurecimento ou foi algo mais natural?

Manu: É natural, porque nós crescemos. Tipo, eu comecei muito novinha com 16 anos e agora vou fazer 25, é um processo de vida de amadurecimento, de mudança de gostos. A gente gostava de escutar uma coisa e passa escutar outra, outro estilo musical, de roupa… Para mim, foi um crescimento muito natural, muito pouco pensado. Não foi algo assim “agora tenho chocar todo mundo, vou tirar minha roupa”, foi tipo “to crescendo, to me sentindo bem comigo mesma, mais mulher, mais sexy”, então tem a ver com meus últimos anos de vida de me descobrir como uma jovem mulher.

BL: E você ta gostando de fazer shows que começam bem mais tarde, tipo às duas da manhã?

Manu: (bem-humorada, rindo) Disso eu não gosto muito, meu amor, porque três da manhã eu gosto de estar na minha caminha, vendo série. Isso para mim é um pouco diferente, estranho, mas ao mesmo tempo, a vibe desses shows é muito incrível, tudo isso é muito gratificante.

BL: Agora vamos falar sobre o que mais interessa hoje: o seu livro! Como foi o momento que você se encontrou e pensou “vou escrever um livro”?

Manu: Esse momento nunca existiu. Eu nunca falei “vou escrever um livro”, aliás, meu pai sempre falava “nossa você gosta muito de contar história, você precisa escrever alguma coisa”. Eu lia muito desde criança, tenho muito respeito por essa profissão e eu pensava que nem tinha capacidade de escrever um livro, não tenho organização para isso. Então foi muito engraçado, eu comecei escrevendo um roteiro de uma série, na época que morava no Rio e fazia novela, e minha intenção nunca foi transformar isso em um livro, acabei mandando o texto que tinha para um amigo roteirista e ele me disse “legal, você não sabe escrever roteiro, isso é uma narrativa, continue escrevendo, porque está super legal”.

BL:  E as histórias do livro? De onde surgiram?

Manu: Muitas histórias do livro são minhas, são coisas que eu vivi e outras são de amigas, da minha irmã, pessoas próximas que eu me envolvi de alguma maneira, mas não sendo protagonista dessa situação. Então, posso falar com propriedade que eu escrevi sobre coisas que eu sinto, que eu sei que são verdade.

BL: Então, a personagem principal, Nina, é uma mistura de várias pessoas?

Manu: Sim, ela tem muito de mim, mas de muitas pessoas que me cercam também.

BL: E a ideia do título? Por que “Olá, caderno” e não “Querido diário”?

Manu: Porque a Nina é muito cool para escrever “querido diário”, ela jamais escreveria isso. Também foi uma saída que encontrei para mim, porque quando eu comecei com essa história do livro, tive as primeiras reuniões com a minha editora, a Rocco, eu falei que escrevi diários minha vida inteira e conseguiria escrever bem nesse formato. Então, eu usei esse formato para a escrita e é por isso que o livro se chama “Olá, caderno”.

BL: E os questionamentos que você aborda no livro então são bem pessoais, nós queríamos saber quais são os principais que o público pode encontrar na leitura?

Manu: Muita vivência, se eu contar eu vou acabar estragando a história. Tem muitas coisas que eu vivi, tem muitas coisas eu não vivi. Até pedi permissão para algumas amigas próximas para contar algumas histórias mais fortes de vida que eu não passei com a minha família, mas sei de algumas amigas que passaram. Tem temas muito fortes, mas abordados de uma maneira tranquila, eu acho que é assim a vida, nós passamos e superamos muita coisa.

BL: A edição do livro está maravilhosa. Como foi esse processo de editar, escolher a capa?

Manu: A ilustração é da Nath Araújo, eu conheci o trabalho dela pelo Instagram e achei muito inteligente a forma que ela cria as ilustrações e o texto que ela colocava junto, então, fique de olho nela há um ano. Quando chegou o momento da ilustração falei “precisa ser ela, sou fã dessa menina, tem tudo a ver com meu livro, com a linguagem”, enfim, o jeito que ela faz as ilustrações são muito cute, no primeiro momento, mas quando você vai ver tem sempre uma mensagem por trás, nunca é um desenho bobinho. Isso tem tudo a ver com meu livro que pode parecer um livro bobinho para adolescentes, mas quando você realmente lê e entende a história se torna muito mais do que isso. Fiquei muito feliz que ela topou.

BL: O que você gosta de ler?

Manu: Eu gosto de ler histórias, por exemplo, eu nunca tinha lido um livro de auto-ajuda, mas esse ano eu estou lendo um livro do “Osho”, esse ano eu virei um buda (risos). Eu sempre gostei de ler histórias, desde muito novinha e eu acho que um dos meus livros favoritos que me ajudou a escrever “Olá, caderno” foi “As Vantagens de Ser Invisível” que eu li muito antes de ser filme.

BL: E qual livro você indicaria para os Becudos que vão ler essa entrevista?

Manu: Seria “As Vantagens de Ser Invisível” que é um dos livros que eu mais gostei e que tive a oportunidade de ler na minha adolescência e depois eu reli mais velha. Eu gosto muito desse lance de ser narrado em primeira pessoa e ter somente a visão do protagonista, você não sabe realmente o que aconteceu e tem que entender que aquilo é a história de uma só pessoa.

Imagem: Beco Literário

Entrevista: Manu Gavassi nos deixou “muito muito” hipnotizados com seus planos (nada) impossíveis

Antes de encerrarmos a entrevista, outras pessoas da equipe que me acompanharam tiveram mais um tempinho para a conversar com a cantora e fizerem perguntas super especiais para os fãs, vamos conferir?

BL: Como você se sente fazendo composições que falam sobre coisas que muitas pessoas passam? Além disso, suas letras são muito pessoais, você sempre quis cantar sobre suas vivências? Com isso, suas músicas acabam atingindo muitas pessoas que se identificam com a letra e as fazem relacionar com as fases que estão vivendo.

Manu: Eu consigo entender completamente o que você está me falando, porque eu também tenho um ídolo da mesma maneira, a Taylor, quando eu era muito novinha e eu comecei a tocar violão e a escrever sobre minha vida e vivência de treze, catorze anos e pensava que ninguém nunca vai querer ouvir isso… É tão pessoal, tão meu, porque outra pessoa vai querer ouvir sobre minha vida? Eu pensava muito nisso, muito! Tanto que demorei maior tempão para colocar minha músicas no Youtube, por isso eu fazia os covers no começo. Ai eu comecei a ouvir a Taylor e vi que ela escreve os detalhes da vida dela e é por isso que eu gosto daquilo, eu me identifico. Eu acredito que o mais poderoso quando a gente está crescendo é a identificação, saber que você não está sozinho nisso. O que sempre me encantou nas cantoras que eu gosto sempre foi a letra, então, eu consigo entender isso e sou muito grata, acho que é só porque eu tive esses ídolos que continuei escrevendo e eu gosto disso, é a parte que mais gosto do trabalho.

BL: Já passou para pensar na importância que você tem para os fãs?

Manu: Sobre essa importância minha para os fãs, eu tento não pirar muito nisso, se não você enlouquece, mas eu acho que eu uso muito isso de ser verdadeira, porque eu trabalho com a verdade, por isso que as pessoas recebem dessa maneira positiva… Porque eu realmente passei por aquilo, vivi aquilo, senti aquilo e coloquei em forma de música.

Depois dessa deliciosa entrevista, fizemos algumas fotos e fechamos a livraria, afinal, já beirava às 23h quando tudo terminou. Agora, só resta você conhecer o livro “Olá, Caderno” que Manu se dedicou por dois anos até chegar em seu lançamento, agora em novembro. E já pode ficar animado, em algumas semanas, teremos resenha do livro postada aqui no Beco e se você ainda não garantiu seu exemplar, aproveite para comprar o seu livro utilizando o Beconomize, só conferir as opções aqui em baixo!

Um super obrigado a Manu Gavassi, que ficou um pouquinho a mais só para conversar com a gente, a equipe da Rocco que tornou viável a entrevista e a Livraria Maxsigma do Shopping Colinas pelo super evento! <3