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MIS exibe “A hora da estrela”, filme baseado no clássico de Clarice Lispector
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MIS exibe “A hora da estrela”, filme baseado no clássico de Clarice Lispector

No dia 25 de julhoàs 19h, o MIS realiza mais uma edição do Clube do Filme do Livro, programa mensal que reúne cinema e literatura. A cada mês, um convidado elege um filme, baseado em um livro, e o museu exibe a produção, seguida de um bate-papo. A convidada da vez, a escritora Andréa del Fuego, escolheu o filme “A hora da estrela”, baseado no clássico livro homônimo de Clarice Lispector. Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados com uma hora de antecedência na bilheteria física do museu.

O propósito do novo programa do MIS (instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo) é tratar do filme sob a ótica da adaptação, sobretudo a partir de impressões, reflexões e abordagens do convidado de cada edição. O público pode participar com perguntas e comentários ao longo da conversa.

Sobre o filme

“A hora da estrela” (dir. Suzana Amaral, Brasil, 1985, 96 min, 12 anos, arquivo original restaurado) – Macabéa é uma migrante nordestina semianalfabeta que trabalha como datilógrafa numa pequena firma e vive numa pensão. Ela conhece o também nordestino Olímpico, um operário metalúrgico, e os dois começam a namorar. Mas Glória, uma colega de trabalho de Macabéa, rouba-lhe o namorado, seguindo o conselho de uma cartomante. Macabéa faz uma consulta à mesma cartomante, Madame Carlota, que prevê seu encontro com um homem rico, bonito e carinhoso. O filme venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim, e Marcélia Cartaxo recebeu o prêmio de Melhor Atriz.

Sobre o livro

“A hora da estrela”

(Clarice Lispector, 1977, José Olympio Editora) – “A hora da estrela” é o último livro de Clarice Lispector, publicado originalmente em 1977 pela José Olympio Editora, pouco antes de seu falecimento. Esse é o nono romance da escritora, uma obra que se destaca pela sua profundidade narrativa e estilo introspectivo, combinando uma prosa poética com uma análise filosófica da condição humana. A adaptação cinematográfica de 1985, dirigida por Suzana Amaral, contribuiu bastante para o reconhecimento e a difusão da obra, destacando a atemporalidade e a universalidade de sua mensagem.

Sobre a convidada

Andréa del Fuego é uma escritora paulista. Sua carreira literária começa com contos e crônicas. Seu primeiro romance, “Os Malaquias”, foi vencedor do Prêmio José Saramago em 2011. Seus escritos frequentemente exploram temas de família, memória e mitologia, combinando realismo mágico com uma prosa lírica. Além de “Os Malaquias”, del Fuego também é autora dos romances “As miniaturas”, “As fantasias eletivas” e “A pediatra”, que continuam a consolidar sua reputação como uma das vozes mais originais e emocionantes da literatura brasileira contemporânea.

A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MIS tem patrocínio institucional das empresas Livelo, B3, John Deere, NTT Data, Vivo, TozziniFreire Advogados, Grupo Comolatti e Sabesp e apoio institucional das empresas Grupo Travelex Confidence, PWC, Colégio Albert Sabin, Unipar e Telium. O apoio operacional é Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima, Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças, Renaissance São Paulo Hotel, Pipo Restaurante, illycaffè, Sorvetes Los Los e Água Mineral São Lourenço.


Serviço | Clube do Filme do Livro – “A hora da estrela”

Local: Auditório MIS | Museu da Imagem e do Som – MIS

Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo

Data: 25.07, às 19h

Ingresso: gratuito (retirada com uma hora de antecedência na bilheteria do MIS)

Classificação indicativa: 14 anos

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Cultura, Filmes

4º Festival Educa Claquete Ação celebra a diversidade e a criatividade do Cinema Brasileiro

O Festival Educa Claquete Ação está de volta este ano com uma programação diversificada que promete encantar e inspirar os amantes do cinema. Em sua quarta edição, a mostra acontece de 1 a 31 de agosto de 2024, em sessões presenciais, na região metropolitana de São Paulo. Serão exibidos 18 curtas-metragens, sendo dez filmes competitivos, um filme convidado, e sete filmes realizados nas oficinas produzidas pelo Festival.

Selecionados entre 266 obras de todo o Brasil, 11 curtas-metragens de ficção, animação e documentário dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia disputam a mostra competitiva. Todas as produções abordam temáticas relacionadas à educação, cultura, esporte e meio ambiente, oferecendo um panorama diversificado e enriquecedor da produção cinematográfica contemporânea no país.

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“Festivais e oficinas como do Educa Claquete Ação desempenham um papel crucial ao abrir portas para realizadores de todo o Brasil, oferecendo uma plataforma para a exibição de suas obras, estimulando a criatividade e promovendo a valorização da diversidade cultural e a inclusão social pelo cinema”, afirma Alba do Vale Martins, coordenadora do projeto.

Temas contemporâneos

Os filmes selecionados na quarta edição do Festival oferecem uma rica variedade de temas que espelham a diversidade cultural, educacional, social e ambiental do Brasil. Entre os temas explorados estão o racismo, a biodiversidade, as ameaças enfrentadas pelas atividades humanas, a ditadura militar no Brasil, o ativismo indígena e ambiental, a infância, entre outros.

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Documentário e exposição celebram legado de José Luis Zagati 

Na Abertura do Festival, será exibido o documentário Zagati (Edu Felistoque e Nereu Cerdeira-2001) que conta a inspiradora história de José Luis Zagati (6/10/50 -26/10/2016), um catador de sucatas, que montou na garagem de sua casa, em Taboão da Serra, um cinema com cadeiras, cartazes e filmes que encontrou no lixão. Zagati dedicou sua vida a proporcionar experiências cinematográficas únicas para crianças que não podiam pagar ingresso de cinema. O Mini Cine Tupy foi, por muitos anos, o único cinema na cidade da região metropolitana de São Paulo.

O público também poderá conferir uma exposição que reúne fotografias, objetos e testemunhos que capturam a essência de Zagati e seu impacto duradouro na comunidade.

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Jovens cineastas

A abertura do 4º Festival de Cinema Educa Claquete Ação (ECA) apresenta ainda o making off dos curtas-metragens produzidos por 75 jovens entre 12 a 18 anos de Taboão da Serra e Embu das Artes durante os meses de maio e junho de 2024. Os sete filmes produzidos também serão exibidos durante o Festival.

“O público poderá realizar uma imersão na sétima arte em sua forma mais autêntica e inspiradora, onde curtas-metragens produzidos nas oficinas destacam a união essencial entre cultura e educação”, salientou a curadora do Festival, Vitoria Soares.

Premiação

A escolha dos filmes vencedores na categoria competitiva do 4º Festival de Cinema Educa Claquete Ação (ECA) será realizada por um júri técnico composto por profissionais do audiovisual brasileiro com troféu para o melhor roteiro, ator, atriz e filme.


Serviço:

4º Festival de Cinema Educa Claquete Ação ( ECA)

1 a 31 de agosto de 2024

Centro Municipal de Recreação e Cultura Carlos Drummond de Andrade – CEMUR

Endereço: Praça Nicola Vivilechio, 334 – Jardim Bom Tempo, Taboão da Serra – SP

Cerimônia de abertura: 1º de agosto de 2024, a partir das 18h

Exposição José Luis Zagati – Catador de Sonhos

Exposição audiovisual sobre os 100 anos da imigração japonesa em Taboão da Serra

Apresentação musical Projeto S/A

Mostra de Cinema – 2 e 3 de agosto de 2024, a partir das 15h

Centro Cultural Mestre Assis

Largo 21 de Abril, 29, Centro, Embu das Artes – SP

9 e 10 de agosto de 2024, a partir das 16h.

Estação Cidadania

Rua Ursa Maior, s/nº – Jd. do Colégio, Embu das Artes – SP

16 e 18 de agosto de 2024, a partir das 14h

Centro Cultural Parque Pirajuçara 

Av. Aimara, 001 – Parque Pirajussara, Embu das Artes – SP

21 e 22 de agosto de 2024, a partir das 13h

CEU Campo Limpo

Av. Carlos Lacerda, 678 – Vila Pirajussara, São Paulo – SP

Encerramento do 4º Festival Educa Claquete Ação.

31 de agosto de 2024, a partir das 18h

Enem: livros e períodos literários que caem na prova
Filmes

Enem: 5 filmes para assistir e ampliar o repertório para a redação

No universo dos estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), expandir o repertório cultural e os conhecimentos gerais é uma das tarefas fundamentais para garantir uma boa nota na redação. E uma das formas consideradas eficazes neste preparo é assistir a filmes. Essa mídia, rica em narrativas e contextos variados, oferece uma oportunidade única de explorar temas relevantes para diversas áreas do conhecimento cobradas no exame.

+ Atualidades no Enem: 10 obras para se preparar para as provas

De acordo com Leonardo Baroni, assessor pedagógico da plataforma Redação Nota 1000, a importância do repertório temático se dá pela Competência II da prova de redação do Enem. Quando um aluno apresenta um repertório pertinente, externo aos textos motivadores e com uso produtivo na redação, ele garante 200 pontos neste quesito. ‘’Esse repertório pessoal pode auxiliar fortemente na construção e no bom desenvolvimento dos argumentos que defendem a tese da redação, garantindo, assim, uma coerência das informações veiculadas”, afirma.

Os filmes podem servir como repertório para a redação do Enem, mas também, a depender da obra, para estimular uma reflexão sobre o mundo atual e momentos históricos da sociedade. Além disso, essa reflexão, seguida de uma pesquisa histórica, quando couber, pode ajudar também o aluno em outros momentos da prova, já que, em geral, podem tratar de assuntos em alta na sociedade e que se conectam com eventos históricos ou sociais.

De acordo com o especialista, os filmes oferecem uma maneira acessível de explorar e entender situações que envolvam a diversidade do mundo e os diferentes contextos sociais e históricos. “Podemos pensar, nessa situação, no filme Que horas ela volta? (2015), de Anna Muylaert, que ilustra a dinâmica entre o patrão e a empregada doméstica no Brasil. Ainda nessa linha de raciocínio, para conhecer uma cultura diferente, O Poderoso Chefão (1972) mostra um pouco sobre o funcionamento da máfia italiana. Contudo, é necessário relembrar sempre que os filmes são representações ficcionais”, destaca.

Confira 5 filmes que ajudam a aumentar o repertório para a redação do Enem, segundo Baroni:

  1. Divertida Mente (2015)

Enem: 5 filmes para assistir e ampliar o repertório para a redação Fonte: Reprodução/X/Pixar 

A animação da Disney aborda de forma didática como as emoções funcionam e se organizam no cérebro da personagem Riley. O filme é muito interessante para falar sobre um bom entendimento das competências socioemocionais e como certas emoções, como a tristeza, são essenciais para atingir o bem-estar e a saúde mental.

Sociedade dos Poetas Mortos (1989)

Foto: Divulgação 

A obra, que conta com o grande ator Robin Williams, destaca a importância do papel do professor na vida dos alunos e como a valorização dessa classe de trabalhadores pode ser significativa para a formação do indivíduo.

Eles não usam Black-tie (1981)

Enem: 5 filmes para assistir e ampliar o repertório para a redaçãoFonte: Agência Brasil 

O filme de Leon Hirszman conta a história de um movimento grevista que se inicia em uma indústria e os desdobramentos desse fato, como as consequências de quem teria aderido à greve e daqueles que optaram por continuar trabalhando. A obra é interessante para entender o contexto histórico da época, bem como para refletir sobre temas relacionados ao papel do trabalhador em sociedade.

Matrix (1999)

Foto: Divulgação 

A obra das irmãs Wachowski ainda possui relevância no contexto atual, porque vemos a trajetória de Neo (Keanu Reeves), um jovem programador, que entra em um movimento de resistência contra as máquinas, já que estas dominam a humanidade. O filme traz perspectivas interessantes em relação à tecnologia e como essa ferramenta pode afetar as relações humanas.

Acquaria (2003)

Foto: Reprodução/Acquária 

Estrelado pelos irmãos Sandy e Junior Lima, o filme de Flavia Moraes retrata um futuro longínquo e distópico, em que a água é escassa no planeta Terra, por conta das constantes agressões à natureza. Assim, é possível estabelecer uma reflexão sobre as ações do ser humano em relação ao meio ambiente e como esse tipo de atitude pode gerar resultados alarmantes, como a falta de água, comida ou vegetação.

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Festival Filmes Incríveis do Belas Artes Grupo começa em 1° de agosto em São Paulo

Entre 1° e 14 de Agosto o REAG Belas Artes, em São Paulo, será o centro de uma volta ao mundo em produções cinematográficas de 20 países que formam a seleção da primeira edição do FESTIVAL FILMES INCRÍVEIS, realizado pelo Belas Artes Grupo. Todos são inéditos no circuito brasileiro, e apresentam as novas obras de cineastas renomados, como o brasileiro Karim Aïnouz e o cambojano Rithy Pan, além de um longa do célebre cineasta polonês Krzysztof Kieslowski. O festival é patrocinado pelo Desenvolve São Paulo, Secretaria do Estado de São Paulo e o Ministério da Cultura.

Dezessete longas já estão confirmados para o festival – quinze filmes de quinze países diferentes, mais dois longas convidados como exibições especiais, sendo eles Motel Destino, de Aïnouz, e Spokój/The Calm, de Kieslowski, originalmente lançado em 1976, mas ainda inédito no Brasil. Os filmes do festival foram escolhidos por uma curadoria que valorizou a qualidade artística das obras e filmes que valem a pena serem vistos no cinema. Além disso, esses 20 longas trazem histórias bem contadas com um apuro estético e formal. São filmes que nem sempre chegam ao circuito nacional, por isso ressalta-se a importância de assistir no FESTIVAL FILMES INCRÍVEIS. Outra novidade é o prêmio do público, que irá escolher seu filme favorito por meio de uma votação.

Imagem do filme Norah

O festival será uma oportunidade para ver longas premiados, como o canadense Universal Language, de Matthew Rankin, ganhador do principal prêmio da Quinzena dos Realizadores em Cannes, e a coprodução entre Espanha e Costa Rica, em Memorias de un Cuerpo que Arde, de Antonella Sudasassi, vencedor do Prêmio do Público na mostra Panorama do Festival de Berlim 2024; além de filmes de diretores veteranos e renomados, como Meeting Pol Pot, de Rithy Panh; e novos e promissores cineastas, como Animale, da franco-argelina Emma Benestan, ambos exibidos no último Festival de Cannes.

Krzysztof Kieslowski marca presença dupla no festival. Além da exibição da cópia restaurada de Spokój/The Calm, de 1976, no qual um jovem ex-detento é alvo de perseguição por seus colegas de trabalho quando desconfiam que ele seja um traidor numa greve, o cineasta polonês está ligado ao filme iraniano Café, de Navid Mihandoust, no qual um cineasta sonha com um filme de Kieslowski, porém, proibido pelo governo de fazer filmes, ele passa os dias em um café. O diretor Mihandoust foi condenado a três anos de reclusão com acusações injustas resultantes de um documentário que ele realizou em 2009, centrado na vida profissional de Masih Alinejad, uma jornalista iraniana e ativista dos direitos das mulheres.

Imagem do filme The Cloud And The Man

A volta ao mundo do FESTIVAL FILMES INCRÍVEIS continua, passando por países como Geórgia, com Gondola, de Veit Helmer; Irlanda, com Lola, de Andrew Legge, exibido em Locarno; o indiano The Cloud and the Man, de Abhinandan Banerjee, premiado em Calcutá e Caracas; Nepal, com Shambhala, de Min Bahadur Bham, que foi exibido em competição no Festival de Berlim deste ano; e Bélgica, com Soundtrak to Coup d’Etat, de Johan Grimonprez, vencedor do Prêmio Especial do Júri por Inovação Cinematográfica no Festival de Sundance 2024, vencedor do Grande Prêmio de Melhor Documentário Internacional no Festival Internacional de Cinema de Sófia 2024, e vencedor do Persistence of Vision Award no Festival Internacional de San Francisco 2024.

O Peru é representado por Reinas, de Klaudia Reynicke-Candeloro, que foi ganhador do Grand Prix Generation Kplus International no Festival de Berlim 2024; a Arábia Saudita por Norah, de Tawfik Alzaidi, exibido no Un Certain Regard, em Cannes, onde levou o prêmio de Melhor Atriz; Tunísia por Mé el Aïn/Who do I belong to, de Meryam Joobeur, que parte do curta da diretora chamado Brotherhood, indicado ao Oscar; os EUA por All Dirt Roads Taste of Salt, da estreante Raven Jackson, produzido e distribuído em seu país pela A24; e o Japão por O Homem Com a Caixa de Papelão, de Gakuryu Ishii, que teve uma sessão especial no Festival de Berlim de 2024, e é inspirado num romance clássico de Kobo Abe.

O único filme brasileiro na competição oficial do Festival de Cannes, Motel Destino, de Karim Ainouz, será o filme de encerramento do festival em 14 de agosto. O longa é protagonizado por Fábio Assunção, Iago Xavier e Nataly Rocha, e se passa no estabelecimento que dá nome ao filme, na beira de uma estrada, no litoral do Ceará, onde moram o dono e sua jovem esposa, mas a chegada de um rapaz transformará a vida de ambos.

Em breve lista completa com 20 longas serão divulgados.


SERVIÇO: FESTIVAL FILMES INCRÍVEIS 

Abertura: 31 de julho às 19h30

Quando: 1 a 14 de Agosto

Onde: REAG Belas Artes

Endereço: R. da Consolação, 2423 – Consolação

Ingresso: R$ 5 e R$ 10 – na bilheteria e no site

Passaporte: R$ 75 – válido para cinco sessões

 

Censurado pela ditadura, clássico "Onda Nova" será exibido em Locarno em cópia restaurada
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Atualizações, Cultura, Filmes

Censurado pela ditadura, clássico “Onda Nova” será exibido em Locarno em cópia restaurada

Segundo longa de uma trilogia dos diretores Ícaro (Francisco) Martins e José Antonio Garcia, em que constam os premiados O Olho Mágico do Amor (1981) e Estrela Nua (1985), ONDA NOVA será exibido, em cópia restaurada e remasterizada, no Festival de Locarno, que acontece entre 7 e 17 de agosto, na Suíça. A obra faz parte da seção “Histoire(s) du Cinéma”, espaço do festival dedicado ao resgate de clássicos raros e filmes que lançam uma nova luz sobre a história do cinema. Este ano, a seção conta também com obras de grandes cineastas como Quentin Tarantino, Jane Campion e Alberto Cavalcanti.

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ONDA NOVA teve sua primeira exibição no Brasil na 7ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 1983. Logo em seguida, foi proibido pela Censura do regime militar e só pôde ser lançado quase um ano depois, o que prejudicou muito sua carreira comercial.

Protagonizado por Carla Camurati e Cristina Mutarelli, o filme, que tem roteiro assinado pelos diretores, traz a história das jogadoras do Gayvotas Futebol Clube, no ano em que o futebol feminino foi regulamentado no Brasil, após ter sido banido por 40 anos, até 1979. Esse time de jovens paulistanas desafia a moral vigente sobre gênero e sexualidade, ao mesmo tempo em que as jogadoras lidam com seus problemas pessoais. No campo, contam com o apoio de jogadores renomados, como Casagrande e Wladimir, fundadores da famosa “Democracia Corintiana”, e Pitta. Também participam do filme artistas como Caetano Veloso, Regina Casé e o locutor Osmar Santos.

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Apesar de não ser uma “pornochanchada” tradicional, ONDA NOVA foi produzido de forma semelhante, na Boca do Lixo. Seu lançamento comercial tardio, quando esse ciclo já havia acabado, de certa forma o coloca como o último do gênero. Entretanto, como nas outras obras dos diretores, o filme rechaça o moralismo sexista dessas produções comerciais.

É um filme onde o desejo assume o protagonismo, define e conduz as personagens e a narrativa. Mesmo não tratando diretamente de política, ao colocar o desejo como afirmação de identidade e de vida, ONDA NOVA é a própria negação da ditadura vigente na época. Por isso a censura não foi apenas a uma cena ou outra, mas ao filme inteiro. Foi considerado ‘amoral’ e interditado integralmente”, conta Martins.

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A seleção do filme para a seção “Histoire(s) du Cinéma” do 77º Festival de Cinema de Locarno, deu à produtora Julia Duarte – sobrinha de José Antonio Garcia, que infelizmente faleceu em 2005 – a oportunidade de iniciar um projeto de restauro das obras de um cinema brasileiro que era pouco acessível, mas muito representativo.

Trazer ONDA NOVA novamente para as as telas com a merecida qualidade, envolveu também refazer trailer e cartaz, que tinham desaparecido. A nova identidade visual ficou a cargo de Helena Garcia, artista gráfica e uma das filhas de José Antonio, e o trailer, ficou a cargo de Marina Kosa (Tanto Produções). O apoio da Cinemateca Brasileira para a digitalização dos negativos originais e da parceria com a JLS, a Zumbi Post, a família do diretor falecido, e os esforços de Francisco Martins, uniram-se no intuito de preservar uma obra leve – e livre, que trata de questões muito presentes no Brasil atual.

Em 1984, numa entrevista a Leon Cakoff, fundador e então diretor da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Zé Antonio declarou: ‘Nosso filme é de vanguarda, só será entendido daqui a dez anos’…Talvez tenha demorado um pouco mais, mas ele tinha razão”, conclui Martins.

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Entrevista com o Demônio, de Colin Cairnes e Cameron Cairnes, estreia nesta quinta-feira

ENTREVISTA COM O DEMÔNIO (Late Night With The Devil) é um dos filmes de terror mais aguardados do ano. O longa é dirigido por Colin Cairnes e Cameron Cairnes e chega aos cinemas nesta quinta-feira, 4 de julho, com distribuição da Diamond Films. A classificação indicativa da obra é de 16 anos. A trama se passa em uma noite de terror na TV, no qual o programa Night Owls com Jack Delroy (David Dastmalchian) encontra o sobrenatural em plena noite de Halloween.

 

O filme teve estreia no Festival SXSW e contou com uma ótima performance de bilheteria no circuito alternativo no exterior. Além disso, ENTREVISTA COM O DEMÔNIO tem uma pontuação de 97% no site de críticas Rotten Tomatoes. Com distribuição da Diamond em todo território brasileiro, sua estreia está confirmada para o dia 4 de julho.

ENTREVISTA COM O DEMÔNIO é sucesso de crítica. Para o jornal The Guardian, a jornalista Wendy Ide escreveu que o longa é “inteligente, cínico e às vezes diabolicamente engraçado, o longa oferece uma quebra da ideia já definida do gênero possessão demoníaca”; Alissa Wilkinson, ao The New York Times, disse que o filme é “um horror elegante e eficaz de forma rara. Enquanto eu assistia, no meio da exibição, me perguntava se estava assistindo (vendo o programa) na minha TV”; E Dennis Harvey, da Variety, disse que “o novo filme da dupla de diretores aumenta o nível do talento deles em trazer reviravoltas inovadoras para um gênero já familiarizado”.

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Na trama, Jack Delroy (David Dastmalchian), apresentador de um talk show que, vendo a audiência do programa despencar e muito desmotivado após a morte de sua esposa, fica desesperado por uma reviravolta em sua carreira. Determinado a resgatar a fama e reconquistar o público, Jack planeja um especial de Halloween que promete ser inesquecível. No entanto, o que ele não imagina é que está prestes a desencadear forças malignas que ameaçam a sua vida e a de todos os envolvidos no programa.

O filme possui em seu elenco, além do protagonista David Dastmalchian, Laura Gordon, Ian Bliss, Fayssal Bazzi, Ingird Torelli, Rhys Auteri e Georgina Haig.

ENTREVISTA COM O DEMÔNIO conta com distribuição da Diamond Films.

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“Cidade Correria” estreia no Canal Brasil nesta sexta (28/06)

Estreia no Canal Brasil nesta sexta-feira, dia 28, às 21h, o documentário “Cidade Correria”, escrito e dirigido por Juliana Vicente, idealizadora da Preta Portê Filmes e diretora do documentário “Racionais: Das ruas de São Paulo pro Mundo”. O filme conta sobre o processo de criação do coletivo carioca teatral Bonobando, formado por jovens atores de diversas comunidades e favelas do Rio de Janeiro. Temas como a formação desse público, a ampliação de suas vozes, o direito de ocupar diferentes espaços, o ensino da arte como forma de educar, entre outras questões, são relatadas pelo longa-metragem a partir das falas de quem as vivencia.

Esse encontro na frente das câmeras surgiu da experiência da cineasta paulista ao assistir a um espetáculo do grupo em 2014 e que, após dez anos, terá a história do coletivo compartilhada na televisão. “‘Cidade Correria’ já participou de festivais e mostras e pra nós é uma alegria imensa ter esse filme no maior canal de cinema Brasileiro, um parceiro de muitas outras obras da Preta Portê Filmes. O Canal Brasil potencializa e amplifica essas vozes pretas de artistas jovens brasileiros e contemporâneos que estão construindo potência e beleza a partir dos territórios periféricos do Rio de Janeiro. É maravilhoso conhecer e procurar mais sobre a continuidade de cada um desses artistas, eles são realmente muito gigantes e estão ocupando muitos espaços da cultura, do entretenimento no Brasil e também do mundo,” conta Juliana Vicente.

O elenco traz os nomes de Daniela Joyce, Hugo Bernardo, Igor da Silva, Jardila Baptista, Karla Suarez, Livia Laso, Marcelo Magano, Patrick Sonata, Thiago Rosa, Vanessa Rocha, Adriana Schneider e Lucas Oradovschi.

A produção, lançada em 2020, já passou por diferentes mostras nacionais e internacionais, como o Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul – Brasil, África, Caribe e Outras Diásporas, no Rio de Janeiro, em 2020; o Festival de Cinema de Petrópolis em 2020; a 6ª edição do MEXE – Encontro Internacional de Arte e Comunidade em 2021, nas cidades de Lisboa e do Porto, em Portugal; e no Circuito Spcine de 2022, em São Paulo.

Tô de Graça - O Filme
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Estreias, Filmes

Liderado por Rodrigo Sant’Anna, “Tô de Graça – O Filme” estreia nos cinemas nesta quinta-feira

Baseada na série de sucesso do Multishow que teve seis temporadas, “Tô de Graça – O Filme” estreia nesta quinta-feira, em 27 de junho, nos cinemas. Protagonizado por Rodrigo Sant’Anna, o longa é dirigido por César Rodrigues (“Minha Mãe É Uma Peça 2”) e traz no elenco os principais nomes da produção televisiva, além de diversas participações especiais.

A história do filme mostra como, depois de ganhar uma indenização inesperada, Graça (Rodrigo Sant’Anna) decide torrar o dinheiro levando metade dos seus 14 filhos e filhas para um feriadão num resort luxuoso. A ideia é fazer uma grande surpresa para a filha mais velha que está namorando o playboy dono do estabelecimento. Mas o plano vai por água abaixo e, entre trapalhadas e confusões, a família acaba tendo que se acomodar num camping perto de uma praia onde Graça reencontra um antigo crush.

Integram o elenco Isabelle Marques, Roberta Rodrigues, Andy Gercker, Evelyn Castro, Gracyanne Barbosa e Eliezer Motta, além de João Fernandes, Faiska Alves e Valentina Leão. “Tô de Graça – O Filme” traz participações especiais de MC Soffia, Estevam Nabote, Dhu Moraes, Roney Villela e Luisa Thiré.

Dirigido por César Rodrigues, conhecido por seu trabalho em “Minha Mãe É Uma Peça 2”, o longa é produzido por Leonardo M Barros e Eliana Soarez, com produção executiva de Juliana Capelini, Tania Pacheco e Renata Brandão, e roteiro de Rodrigo Sant’Anna, Junior Figueiredo e Sabrina Garcia. Com distribuição da Paris Filmes nos cinemas brasileiros, a produção é da Conspiração em coprodução com Globo Filmes, Multishow e Telecine.

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Museu da Imagem e do Som recebe “SING ALONG – Priscilla, a rainha do deserto”

No dia 30 de junho, o MIS (instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo) e a Alcateia Produções convidam o público a participar de uma experiência cinematográfica musical, com o programa SING ALONG. Durante a projeção, nos números de música do filme, a plateia é convidada a cantar e dançar junto com atores, que guiam a sessão cantando e interagindo com os presentes, numa espécie de “open-karaokê” coletivo.

O aniversário de 30 anos do lançamento de “Priscilla, a rainha do deserto” é o mote para esta atividade especial chegar ao MIS, no dia 30 de junho, às 17h. A trilha sonora do filme, composta de grandes clássicos como “I will survive” (Gloria Gaynor), “Fernando” e “Mamma mia” (ABBA) e muitas outras, é a oportunidade que todo fã espera para fazer uma verdadeira imersão na obra. Os ingressos (R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada) já estão disponíveis no site: https://megapass.com.br/mis


Sobre o filme

Priscilla, a rainha do deserto (The adventures of Priscilla, Queen of the Desert, dir. Stephan Elliot, 104 min, Austrália, digital) – A história acompanha uma road trip dos amigos Mitzie, Bernie e Felicia pelos desertos australianos a caminho de um grande show em Alice Springs. A viagem é feita a bordo de um ônibus adaptado chamado “Priscilla”. No caminho, descobertas, aventuras e sentimentos transbordam entre as artistas em meio a perrengues e surpresas inusitadas. A trilha sonora do filme é repleta de grandes sucessos, como “I will survive” (Gloria Gaynor) e “Fernando” e “Mamma mia” (ABBA).

A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MIS tem patrocínio institucional das empresas Livelo, B3, John Deere, NTT Data, TozziniFreire Advogados, Grupo Comolatti e Sabesp e apoio institucional das empresas Vivo, Grupo Travelex Confidence, PWC, Colégio Albert Sabin, Unipar, Lenovo e Telium. O apoio operacional é Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima, Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças, Renaissance São Paulo Hotel, Pipo Restaurante, illycaffè e Sorvetes Los Los.


Serviço | SING ALONG – “Priscilla, a rainha do deserto”

Local: Auditório MIS (172 lugares) – Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo

Data: 30.06, às 17h

Ingresso: (R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada) já estão disponíveis no site: https://megapass.com.br/mis

Classificação indicativa: 14 anos

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Atualizações, Estreias, Filmes

A Flor Do Buriti ganha pré estreia especial com debate em São Paulo no dia 27 de junho

A FLOR DO BURITI, de Renée Nader Messora e João Salaviza, ganha uma sessão especial no dia 27/06, às 20h, no CineSesc. Além da presença dos diretores, a escritora Veronica Stigger e o  Professor Eduardo Sterzi participarão do debate após a exibição do longa. A sessão é gratuita e a retirada dos ingressos acontece a partir das 19h na bilheteria do CineSesc.

https://www.youtube.com/watch?v=t5DA-iuR3hk

Exibido em mais de 100 festivais ao redor do mundo e vencedor de catorze prêmios, entre eles o prêmio coletivo para melhor elenco na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes, A FLOR DO BURITI chega aos cinemas brasileiros em 04 de julho, com distribuição da Embaúba Filmes.

Novamente com os Krahô, no norte do Tocantins, o filme traz um dos temas mais urgentes da atualidade: a luta dos Krahô pela terra e as diferentes formas de resistência implementadas pelas comunidades indígenas no Brasil.

O filme nasce do desejo em pensar a relação dos Krahô com a terra, pensar em como essa relação vai sendo elaborada pela comunidade através dos tempos. As diferentes violências sofridas pelos Krahô nos últimos 100 anos também alavancaram um movimento de cuidado e reivindicação da terra como bem maior, condição primeira para que a comunidade possa viver dignamente e no exercício pleno de sua cultura”, explica a diretora.

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A Flor do Buriti atravessa os últimos 80 anos dos Krahô, trazendo para a tela um massacre ocorrido em 1940, onde morreram dezenas de pessoas. Perpetrado por dois fazendeiros da região, as violências praticadas naquele momento continuam a ecoar na memória das novas gerações.

Filmar o massacre era um grande dilema. Se por um lado é uma história que deve ser contada, por outro não nos interessava produzir imagens que perpetuassem novamente uma violência. Percebemos que a única forma de filmar essa sequência era a partir da memória compartilhada, a partir de relatos, do que ainda perdura no imaginário coletivo desse pessoal que insiste em sobreviver”.

A FLOR DO BURITI foi filmado durante quinze meses em quatro aldeias diferentes, dentro da Terra Indígena Kraholândia, e assim como no filme anterior da dupla,  Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, a equipe era muito pequena e se dividia entre indígenas e não indígenas. Relatos históricos baseados em conversas e a realidade atual da comunidade serviram de base para a construção da narrativa do filme.

A gente não trabalha com o roteiro fechado. A questão da terra é a espinha dorsal do filme. Propusemos aos nossos amigos na aldeia trabalharmos a partir desse eixo, imaginar um filme que pudesse viajar pelos tempos, pela  memória, pelos mitos, mas, que, ao mesmo tempo fosse uma construção em aberto que faríamos enquanto fossemos filmando. A narrativa foi sendo construída com a Patpro, o Hyjnõ e o Ihjãc, que assinam o roteiro”, explica João.

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O reconhecimento do filme em diversos festivais internacionais, mostra que o mundo está realmente de olho nas questões dos povos originários no Brasil. “A importância dos povos originários não reside apenas no conhecimento ancestral, mas também na elaboração de tecnologias totalmente sofisticadas de defesa da terra. Eles ocupam radicalmente a contemporaneidade” ressalta João Salaviza.

Além do Festival de Cannes, o filme foi premiado em importantes festivais como Munique (Cinevision Award), Lima (Prêmio Signis), Mar del Plata (Prêmio Apima Melhor filme Latino-Americano), Festival dei Popoli (Melhor Filme), Huelva (Prêmio Especial do Júri e Prêmio Melhor Filme Casa Iberoamérica), RIDM Montreal (Prêmio Especial do Júri), Biarritz, Viennale, e forumdoc.BH.

A FLOR DO BURITI é distribuído no Brasil pela Embaúba Filmes.