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Exposição Hóspede na Casa Museu Ema Klabin
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Cultura, Teatro & Exposições

Exposição Hóspede na Casa Museu Ema Klabin vai até dia 20 de outubro

Até o dia 20 de outubro, a Casa Museu Ema Klabin, no Jardim Europa, em São Paulo, apresenta duas novas edições da série de arte contemporânea Hóspede, com curadoria de Gilberto Mariotti. Estão expostos trabalhos das artistas Mônica Coster e Estela Sokol, em diálogo com as obras Natureza Morta com Flores, Frutos e Cachorro, de Abraham Brueghel (séc. XVII) e No Campo (à La Campagne) e Noivos com Trenó e Galo Vermelho, de Marc Chagall (séc XX), que pertencem à Coleção Ema Klabin.

Desde 2015, a série Hóspede convida artistas contemporâneos a expor suas obras na casa museu, propondo uma relação entre trabalho hospedado e obra anfitriã. Já passaram pela série Hóspede artistas como Guga Szabzon, Romain Dumesnil e Flora Rebollo.

A residência onde viveu Ema Klabin de 1961 a 1994 é uma das poucas casas museus de colecionador no Brasil com ambientes preservados e uma importante coleção de artes visuais, artes decorativas, peças arqueológicas e livros raros que abrange 35 séculos de arte e cultura.

Foto: Maressa Andrioli Ateliê Selva

Sobre as Obras:

Ordenha (2024) e Digestão contínua (2021) de Mônica Coster 

A obra Ordenha está no pátio interno da Casa Museu Ema Klabin, em diálogo com o quadro Natureza Morta com Flores, Frutos e Cachorro (1677) de Abraham Brueghel, exposto na sala de jantar. A escultura, composta de cerâmica e ferro, remete à teta de uma vaca e está constantemente gotejando leite, simulando uma ordenha. Na sala de jantar, Mônica também expõe a obra Digestão contínua. Doutoranda em Artes pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Mônica Coster reflete sobre a alimentação humana e o consumo de produtos animais, destacando a desconexão entre os consumidores urbanos e a origem dos alimentos. A artista é ganhadora do I Prêmio Vozes Agudas para mulheres artistas.

Alvorada (2011) e Coleguinhas (2024) de Estela Sokol

A obra Alvorada está exposta no salão da casa, em diálogo com as obras No Campo (à La Campagne) (1925) e Noivos com Trenó e Galo Vermelho (1957) de Marc Chagall. As obras Coleguinhas estão na entrada da sala de música. Estela Sokol centra sua pesquisa em cor e luz, transformando materiais para aproximar o raciocínio pictórico de esculturas e objetos.

Ao lado das obras hospedadas, um texto de Gilberto Mariotti, curador da série Hóspede, aborda a relação entre as criações contemporâneas das artistas e as obras de Abraham Brueghel e Marc Chagall.

Mônica Coster apresenta a obra Ordenha no Jardim interno da Casa Museu Ema Klabin. Foto: Maressa Andrioli Ateliê Selva

Serviço

Hóspede com Mônica Coster e Estela Sokol

Curadoria Gilberto Mariotti

Até 20/10/2024

De quarta-feira a domingo, das 11h às 17h

Rua Portugal, 43, Jardim Europa, São Paulo.

Sesc Taubaté realiza em outubro 1ª edição da Lítera: Festa das Letras e da Voz
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Cultura, Lugares, Música, Teatro & Exposições

Sesc Taubaté realiza em outubro 1ª edição da Lítera: Festa das Letras e da Voz

De 16 a 20 de outubro, o Sesc Taubaté apresenta a 1ª edição da Lítera: Festa das Letras e da Voz, com uma programação que inclui intervenções literárias, mesas de debate, espetáculos e shows.

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Inspirada no termo latino Littera (letra), que representa a manifestação artística humana que comunica e conecta linguagem e criatividade, a Lítera reafirma o papel da instituição no incentivo à leitura, à cultura do livro e à literatura em suas diversas vertentes.

Entre as diversas atividades, destaque para o rapper Dom Crys e o artista de freestyle de Taubaté, Mano Zã, que abrem a programação no dia 16/10, quarta, às 19h, com a intervenção “Vozes da Periferia”, trazendo poesias autorais que refletem sobre a vida. Nos dias 17 e 18/10, quinta e sexta, Sérgio Vaz, junto com outros autores de perfis diversos, participam de mesas de debate sobre a literatura e sua relevância. A programação continua no sábado, dia 19/10, com mais debates a partir das 11h e a presença de Carla Akotirene e Márcia Tiburi. À noite, o show “José Paes De Lira Canta Lirinha” é o destaque, com o compositor e intérprete Lirinha revisitando sucessos de sua carreira. No domingo, a partir das 16h30, o espetáculo “Sarauzim”, de Rodrigo Ciríaco e grupo, encerra a programação com poesias recitadas por crianças, proporcionando uma experiência lúdica e poética para o público infantil.

Confira a programação completa:

Intervenções

VOZES DA PERIFERIA
Com Dom Crys e Mano Zã
Nesta atividade, dois artistas da poesia falada da região apresentam a voz forte da periferia – o rapper luizense Dom Crys com suas músicas e poesias autorais, aproximando o hip-hop da cultura caipira, e Mano Zã, artista do freestyle de Taubaté que participa de batalhas de rima e apresenta seu trabalho poético musical com reflexões sobre a vida.
Dia 16, quarta, 19h. Circo. Grátis. Livre

PERNACOTECA – A ENCANTADORA BIBLIOTECA SOBRE PERNAS
Com a Cia Eureka
Uma biblioteca sobre pernas que viaja o mundo convidando as pessoas a conhecerem melhor o universo dos livros. Criada com o objetivo de sensibilizar pessoas de todas as idades e fazer novos leitores, com uma abordagem que pode se apresentar em forma de poesia, narração de histórias, teatro de animação e outras formas literárias.
Dias 17 e 18, quinta e sexta, 16h. Circo. Grátis. Livre

MEU AMIGO ERA AMIGO DO SACI
Com Rúbia Konstantiny e Moreno Overá
O convite aqui é para ouvir estórias de uma perna só, juntadas por um sujeito nascido e criado no ermo do sertão de São Luiz do Paraitinga, Ditão Virgílio. Ele era amigo do Saci e de outros seres encantados. Vamos ouvir sobre os saberes sacizísticos das linhagens Saçurá, Trique e Pererê que Ditão juntou e transmitiu antes de se tornar encantado.
Dia 19, sábado, 16h30, e dia 20, domingo, 10h30 e 14h
Circo. Grátis. Livre

 

Mesa de glosas

MULHERES DE REPENTE
Com Erivoneide, Dayane, Elenilda, Thaynnara e Luna Vitrolira
Vindas da zona rural do Sertão do Pajeú (PE), as poetisas Erivoneide Amaral, Dayane Rocha, Elenilda Amaral, Milene Augusto, Francisca Araújo, Thaynnara Queiroz e a mediadora Luna Vitrolira, fazem uma apresentação que contempla modalidades poéticas do improviso, com a riqueza e a diversidade do sistema literário popular nordestino, com versos feitos na hora, inspirados em um mote definido.
Dia 18, sexta, 20h. Circo. Grátis. Livre

 

Mesa de debate

A POESIA FALADA
Com Sérgio Vaz, Jô Freitas e Brenalta MC
A voz poética das ruas representa importante segmento da literatura na atualidade e essa conversa será com Sérgio Vaz, poeta, escritor, agitador cultural, premiado e reconhecido nacional e internacionalmente; Jô Freitas, poeta, MC, escritora, produtora nordestina premiada, idealizadora de Saraus; e Brenalta MC, ganhador da Copa Lusófona e representante de São Paulo no SLAM BR 2021.
Dia 16, quarta, 19h30. Circo. Grátis. Livre

O LIVRO E SEUS LEITORES
Com Tiago Feijó, Nicodemos Sena e Teresa Bendini
Cada livro busca seu público e nessa mesa os autores vão conversar sobre suas estratégias para alcançar os potenciais leitores. Teresa Bendini é escritora de livros infantis; Tiago Feijó é professor, escritor e finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, do Prêmio Leya 2021 e vencedor do Prêmio Manuel Teixeira Gomes 2021; e Nicodemos Sena é jornalista, escritor, dono da editora Letra Selvagem e membro da Academia de Letras de Taubaté.
Dia 17, quinta, 14h. Circo. Grátis. Livre

SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA DE UM EVENTO LITERÁRIO
Com Daniela Correa e Sérgio Vaz. Mediação de Márcia Moura
Papo com realizadores de eventos literários sobre a sustentabilidade de feiras, festas e encontros. Sérgio Vaz, escritor e fundador da Cooperifa, idealizador da Semana de Arte Moderna da Periferia e Daniela Correa, realizadora da Feira Literária de São Luiz do Paraitinga, com mediação de Márcia Moura, realizadora do evento cultural Ligação.
Dia 17, quinta, 16h30. Circo. Grátis. Livre

A BIBLIODIVERSIDADE DAS LETRAS
Com Auritha Tabajara, Paulo Lins e Victor Narezi
Bibliodiversidade é um conceito que reconhece a pluralidade, a liberdade editorial e a diversidade cultural de publicações. O bate-papo propõe refletir sobre o tema com a presença da escritora e cordelista indígena Auritha Tabajara; Paulo Lins, roteirista, escritor de Cidade de Deus, pesquisador negro que relata a vida nas favelas do Rio de Janeiro, e Victor Narezi, autor de livros infantis, homem LGBTQIAPN+, educador, curador artístico e contador de histórias.
Dia 17, quinta, 19h30. Circo. Grátis. Livre

A PRODUÇÃO DE LIVROS E AS NOVAS GERAÇÕES
Com Guilherme Tauil, Lucas Afonso e Vana Campos
O bate-papo propõe pensar sobre a produção literária e a relação com as novas gerações, com a participação de Vana Campos, escritora, ilustradora e editora chefe na Cachecol Editora; Guilherme Tauil, autor, editor, curador literário e pesquisador; e Lucas Afonso, arte-educador que é MC, campeão do Slam Brasil 2015 e representante do Brasil na Copa do Mundo de Poesias 2016, na França.
Dia 18, sexta, 10h30. Circo. Grátis. Livre

VOZES DELAS NA LITERATURA
Com Mel Duarte, Mídria e Elizandra Souza
Conversa sobre a conquista da voz feminina na literatura com as mulheres poetas: Mel Duarte, cantora, escritora, poeta, compositora e produtora cultural; Mídria, poeta, cientista social e slammer que organizou o USPerifa; e Elizandra Souza, escritora, editora e poetisa, com livros lançados e projetos que giram em torno de literatura, poesia e música.
Dia 18, sexta, 14h. Circo. Grátis. Livre

DE REPENTE UMA RIMA: A VOZ DO POVO
Com Klevisson Vianna, Moreira de Acopiara e Dayane Rocha
Rima, poesia e a voz do povo são os temas do debate entre os escritores e cordelistas Klevisson Viana, Moreira de Acopiara e a poeta Dayane Rocha – atuante na mesa de glosas. A proposta é pensar sobre a poética das bordas, as temáticas da poesia popular e a diversidade presente na literatura produzida em todo Brasil, com boas pitadas de poesia para o desfrute do público.
Dia 18, sexta, 16h30. Circo. Grátis. Livre

POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO À REALIZAÇÃO DE EVENTOS LITERÁRIOS
Com Edmundo Carvalho e Vanderléia Barboza
Quais são as políticas públicas existentes na região para a realização de eventos literários? Esta será a pauta da conversa com Vanderléia Barboza, gestora do Espaço de Leitura e Arte Eugênia Sereno, organizadora da Semana Eugênia Sereno de Arte e Literatura, Festa Literária de São Bento do Sapucaí (SP) e Edmundo Carvalho, realizador da Festa Literária de Silveiras (SP).
Dia 19, sábado, 11h. Circo. Grátis. Livre

PARA CADA LIVRO O SEU LEITOR
Com Emerson Alcalde, Alexandre Gennari e Mirian Cris
Bate-papo sobre livros e leitores para discutir a diversidade possível no campo da escrita e dos públicos leitores, com Emerson Alcalde, arte-educador, ator e escritor; Alexandre Gennari, escritor, roteirista, jornalista e cineasta; e Mirian Cris, escritora, luthier, pesquisadora da cultura popular e violeira.
Dia 19, sábado, 14h. Circo. Grátis. Livre

ESCRITAS FEMININAS, FEMINISTAS E FILOSÓFICAS
Com Carla Akotirene e Márcia Tiburi
Uma conversa filosófica sobre a arte da escrita com Carla Akotirene e Márcia Tiburi, pesquisadoras feministas que discutem em suas obras temas pertinentes para a desconstrução do patriarcado, a construção da equidade de gênero e as interseccionalidades presentes em nossa sociedade.
Dia 19, sábado, 16h30. Circo. Grátis. Livre

GESTÃO DE FEIRA LITERÁRIA: DA CURADORIA À REALIZAÇÃO
Com Aline Damásio e Reynaldo Damazio
Este encontro tem como foco os processos de curadoria e a execução de feiras e eventos literários. A proposta envolve realizadores de eventos de médio e grande porte em diversas cidades da região. Com a presença de Aline Damásio, Secretária de Cultura de Guaratinguetá, responsável pela Festa Literária de Guaratinguetá, que acontece há várias edições, e Reynaldo Damazio, coordenador do Centro de Apoio ao Escritor da Casa das Rosas, em São Paulo.
Dia 20, domingo, 11h. Circo. Grátis. Livre

VOZES DA ANCESTRALIDADE E A LITERATURA
Com Cristino Wapichana, Cidinha da Silva e Allan da Rosa
O encontro propõe refletir sobre as interconexões entre passado e presente, promovendo um diálogo enriquecedor entre autores que representam vozes ancestrais fundamentais na cultura e literatura brasileira. Cidinha da Silva, Allan da Rosa e Cristino Wapichana trarão à tona a diversidade das vozes indígenas, negras e de homens e mulheres que hoje marcam a literatura contemporânea.
Dia 20, domingo, 14h. Circo. Grátis. Livre

 

Espetáculo

SARAUZIM
Com Rodrigo Ciríaco e grupo
Sarauzim é uma apresentação poética que convida o público a ouvir poesias recitadas por crianças: é a festa da poesia para a garotada. Rodrigo Ciríaco é educador, escritor e produtor cultural. Autor de cinco livros, entre eles Te Pego Lá Fora, Vendo Póesia e do infantil Vovó virou Semente, é fundador da Casa Poética e da Pedagogia dos Saraus.
Dia 20, domingo, 16h30. Circo. Grátis. Livre

 

Show

JOSÉ PAES DE LIRA CANTA LIRINHA
Show de 35 anos de carreira do poeta, compositor e intérprete José Paes de Lira. Conhecido como Lirinha, ele vem acompanhado de multi-instrumentistas, e incorpora canções fundamentais de sua carreira, recriações do seu trabalho na banda Cordel do Fogo Encantado, músicas e poemas de seus álbuns solo, além de composições de outras bandas e solistas contemporâneos. A banda é formada por José Paes de Lira (voz), Dizin (guitarra e voz), Rogê Victor (contrabaixo e voz) e Erick Chapa (bateria e voz).
Dia 19, sábado, 20h. Ginásio. Sem assentos. 16 anos. Ingressos à venda.Preços: R$ 60 (Inteira), R$ 30 (Aposentados, Maior de 60 anos, Pessoa com Deficiência, Estudante e Servidor de Escola Pública, com comprovante) e R$ 18 (Credencial Plena).

Íris Zanetti
Cultura, Teatro & Exposições

Orquestra Ouro Preto celebra o mês das crianças com apresentação do clássico “O Pequeno Príncipe”

Em celebração especial ao Mês das Crianças, a Orquestra Ouro Preto traz ao palco o encantador concerto cênico-musical O Pequeno Príncipe, baseado na clássica obra de Antoine de Saint-Exupéry. O espetáculo terá uma única apresentação no dia 20 de outubro, às 11h, no Grande Teatro do Sesc Palladium, com ingressos a preços populares.

Íris Zanetti

A Orquestra Ouro Preto, conhecida por sua abordagem inovadora e envolvente, propõe uma experiência única em seus projetos, sempre com o objetivo de formar novos públicos. Sob a direção do regente Rodrigo Toffolo, O Pequeno Príncipe extrapola a linguagem musical, incorporando elementos de teatro de bonecos, assinados pelo grupo Pigmaleão Escultura que Mexe, proporcionando uma viagem mágica ao universo do personagem e suas aventuras.

A obra literária narra a história de um jovem príncipe que vive em um pequeno planeta e parte em uma aventura em busca da amizade, um enredo atemporal que ressoa com públicos de todas as idades. Não é por acaso que o livro do escritor francês é considerado um dos mais lidos do mundo, com traduções em mais de 250 países. A temática universal e o profundo teor filosófico do texto fizeram com que ele atravessasse o tempo.

Íris Zanetti

Com música original de Tim Rescala, um dos compositores mais premiados do Brasil, o concerto oferece uma experiência sensorial, onde cada personagem é representado por um instrumento musical: o cravo simboliza o Rei, o xilofone representa o Homem de Negócios, e a flauta dá vida ao Geógrafo. Essa interação entre música e narrativa procura encantar tanto adultos quanto crianças.

A adaptação realizada pela Orquestra Ouro Preto, assinada pelo maestro Rodrigo Toffolo, mantém a essência da obra original, preservando frases marcantes que estimulam a reflexão. “O espetáculo não é apenas infantil; busquei fazer uma adaptação fiel, com a rica musicalidade de Tim Rescala, que também empresta sua voz à narração”, destaca o maestro.

Toffolo ressalta que a apresentação vai além da performance musical tradicional, criando uma experiência multimídia capaz de envolver o público dentro da narrativa. “Aqui, a história é contada através da música e dos bonecos, proporcionando um espetáculo dinâmico e envolvente”, explica.

Íris Zanetti

Desde sua concepção, em 2018, a versão da formação mineira tem sido acolhida com grande sucesso pelo público, com apresentações sempre lotadas. A recepção foi tão calorosa que a obra foi registrada, em versões em português e inglês, e disponibilizada em todas as plataformas digitais.

 

O espetáculo O Pequeno Príncipe vem cativando o público, revelando toda a sua poesia para os pequenos e reacendendo memórias de adultos que redescobrem a beleza da narrativa de Saint-Exupéry, desta vez, com a assinatura da Orquestra Ouro Preto.


Serviço

Orquestra Ouro Preto: “O Pequeno Príncipe”

Data: 20 de outubro, domingo

Horário: 11 horas

Local: Grande Teatro do Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1046, centro. BH)

Ingressos: R$15 e R$30, no Sympla e na bilheteria do teatro

Informações: www.orquestraouropreto.com.br

Busão das Artes retorna a São Paulo com exposição interativa inspirada na obra infantojuvenil de Clarice Lispector
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Cultura, Teatro & Exposições

Busão das Artes retorna a São Paulo com exposição interativa inspirada na obra infantojuvenil de Clarice Lispector

Com sua personalidade enigmática e uma linguagem poética e inovadora, Clarice Lispector (1920-1977) é, merecidamente, cultuada em todo o mundo como um dos maiores nomes da nossa literatura. Inspirado por suas obras, o Caminhão de Histórias, um caminhão-baú de 15 metros, adaptado para receber mostras culturais interativas, apresenta a exposição “A Casa que anda. Que mistérios tem Clarice?” baseada nos livros ‘A vida íntima de Laura’, ‘O mistério do coelho pensante’ e ‘A mulher que matou os peixes’. O projeto chega a São Paulo em 22 de julho, no Parque Horto Florestal, onde ficará até 29 de julho, seguindo para a Praça Alexandre Gusmão, entre os dias 1º e 8 de agosto, com entrada gratuita, e visa a atender ao público circulante, bem como um amplo programa para escolas públicas e privadas do Estado. Com o patrocínio do Instituto CCR, a entidade do Grupo CCR responsável pelos investimentos socioculturais que busca democratizar o acesso à cultura e à educação, o projeto visa incentivar a formação de novos jovens leitores.

Com curadoria de Eucanaã Ferraz, poeta, consultor de literatura do Instituto Moreira Salles (IMS) e professor de literatura brasileira na Faculdade de Letras da UFRJ, e com direção artística e cenografia de Daniela Thomas, cineasta, diretora teatral, dramaturga e cenógrafa, e intervenções artísticas dos artistas plásticos Maria Klabin, Marcela Cantuária, Raul Mourão e Mariana Valente, “A Casa que anda” apresentará atividades e reflexões sobre o universo infantojuvenil da criação de Clarice de Lispector a partir de histórias que dialogam com seus jovens leitores, despertando curiosidades sobre sentimentos e emoções, que evocam inúmeras reflexões.

Um projeto de educação gratuito, inclusivo e democrático, “A Casa que anda” sucede o exitoso projeto Busão das Artes, que trouxe “O Mundo Invisível”, concebido no pós-pandemia, e que abordava de forma lúdica o mundo dos fungos, vírus e bactérias, e é uma realização de Renata Lima, que dirige a Das Lima Produções, e da dupla Lilian Pieroni e Luciana Levacov, da Carioca DNA. “Um caminhão-baú transformado em espaço expositivo, que percorre praças e parques do Brasil, ‘O Busão das Artes’ nasceu da nossa vontade de educar, humanizar e sensibilizar o público em relação a temas importantes, sempre permeando questões ambientais. Esse projeto acontece em praças e outros espaços públicos, gratuitamente, e está aberto a todos”, afirma Luciana Levacov, sócia da Carioca DNA.

Segundo Eucanaã Ferraz, “a obra de Clarice Lispector tem um raro poder de atração, não importando a idade e outros traços particulares de quem a lê. Sua palavra é, nesse sentido, universal. Não há dúvida de que associar a escrita com a materialidade das artes visuais e as experiências propriamente lúdicas será impactante para todos que passarem pela ‘Casa que anda’. Também é importante observar que a maior parte das narrativas de Clarice se passa nos ambientes domésticos e, desse modo, criar um ambiente de experiências sensoriais e estéticas numa ‘casa’ trará para mais perto do público o mundo mágico e atraente da autora”, ressalta o curador.

Busão das Busão das Artes retorna a São Paulo com exposição interativa inspirada na obra infantojuvenil de Clarice Lispector

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O encantamento começa com o próprio baú do caminhão, totalmente adesivado com primorosas ilustrações de autoria de Mariana Valente, neta de Clarice Lispector, que abordam vários aspectos de sua vida, com imagens de cidades e países que visitou ou onde viveu, como Recife, Rio de Janeiro, Pisa, Genebra, e Washington, intercaladas com imagens da escritora cercada de crianças, jardins e animais.

Instalações artísticas e interativas apresentam dois ambientes da casa: interno e externo. Quem guia o visitante por esse universo é a “própria” Clarice, com mediadoras caracterizadas que incorporam a personagem, dando a ideia de que a autora os recebe em sua própria casa.

Daniela Thomas, que recriou o espaço interno da casa de Clarice Lispector a partir de fotos da residência da autora, reflete sobre como conduziu essa experiência: “Clarice tem a capacidade de revelar a profundidade da experiência humana nas situações mais banais e corriqueiras da vida. Com isso, nos desperta da alienação diária e somos tomados de uma hipersensibilidade para a nossa própria vida. Nosso objetivo é que os visitantes possam ter a experiência de olhar as mesmas coisas que sempre olham, só que agora com a sensibilidade renovada, surpreendendo-se com o que a literatura pode oferecer para a ampliar nossas perspectivas e nossa própria vida”.

Além da reprodução do ambiente onde viveu a escritora, que abriga inclusive sua mesa de trabalho, onde repousam manuscritos e uma máquina de escrever com um texto em andamento, o espaço inclui referências e curiosidades dos três livros abordados na exposição, como um aquário vazio – já que os peixes morreram por falta de alimento, quadros da galinha Laura, do Coelho e do peixe, além de vídeo gravado com câmera em primeira pessoa na visão dos animais – assim como fazia a escritora, que criava as histórias a partir da perspectiva dos bichos.

“Busquei replicar a experiência da leitura dessas obras recriando seu apartamento e povoando-o com suas reflexões escritas, cuidadosamente selecionadas por Eucanaã. Clarice, sentadinha em seu sofá com a máquina de escrever apoiada nos joelhos, digitava seus textos extraordinários, enquanto seu olhar não via mais do que as mesmas mobílias e animaizinhos que a cercavam, dia após dia. Uma imaginação fulgurante! Já do lado de fora, o quintal da casa foi reinterpretado por artistas contemporâneos. Também foi criado um filme, que me surgiu com furor quando li os livros pela primeira vez. Pensei: precisamos ver o mundo dos bichos como Clarice apontou, do ponto de vista deles”, ressalta Daniela.

Do lado externo, as três histórias se unem com diversas atividades de referência aos animais retratados, como o cercado do coelho – que dá algumas pistas para que as pessoas tentem descobrir como sua fuga ocorreu. A Casa do Coelho, projeto do artista Raul Mourão, é representada por uma pequena casa de aço criada para retratar o misterioso desaparecimento do coelho da ficção de Clarice. Segundo o artista, “uma gaiola/escultura sobre confinamento e fuga, confeccionada com o mesmo material das grades de segurança que nos acompanham nas grandes cidades brasileiras.”

Um lindo tapete, desenhado pela artista plástica Maria Klabin, transmite a sensação do piso de um quintal, com caracóis, tatus-bola, folhas, restos de comida, que podem ser explorados com o auxílio de lupas de aumento. “Esses três livros fazem parte das minhas melhores lembranças com meus filhos crianças”, conta Maria. “Líamos os três em série. É nítida a memória do momento em que eu abria a capa de ‘A mulher que matou os peixes’. A capa era dura, como um pequeno portão. E éramos conduzidos dos risos, gargalhadas à confusão, tristeza, ternura, apreensão, e algumas emoções cuja existência só descobrimos pelos livros da Clarice.  É um privilégio visitar esse quintal pelo qual já devo ter passado muitas vezes, dessa vez, olhando para o chão que deu origem a tantos voos”, completa a artista, sobre a experiência de criar o piso.

Ainda no quintal, o ovo da Galinha Laura, criado por Marcela Cantuária, leva os visitantes a uma reflexão sobre o mistério da vida e a promessa de futuro, “simbolizando de maneira lúdica a gestação e as inúmeras possibilidades que a existência nos traz”, explica Marcela. “Me senti honrada com o convite para participar da exposição, pois admiro imensamente o legado de Clarice Lispector. Uma mostra de arte circulante e interativa, como é o caso do Caminhão de Histórias, reforça o compromisso da arte com o coletivo, além de ser um movimento interessante e inovador”, completa a artista.

A experiência traz práticas educativas que remetem ao ofício da escritora, como o espaço de leitura, atividades com máquinas de escrever, oficinas criativas inspiradas nos enigmas das histórias, produção e envio de cartão postal entre outras dinâmicas a serem conduzidas por educadores formados pela equipe da Percebe – consultoria especializada em educativos de museus e exposições.  Os estudantes que visitarem a exposição receberão um caderno de atividades para continuarem a experiência na escola, orientados por seus professores, ou mesmo em casa com seus familiares.

Contando de forma lúdica e participativa a história e obras de Lispector para as crianças, a exposição busca democratizar o acesso à arte e à literatura em diversas localidades do País.  Em 2024, “A Casa que anda” passará por São Paulo (São Paulo e Osasco), Paraná (Londrina e Curitiba), Santa Catarina (Joinville), Goiás (Goiânia), Maranhão (Imperatriz), Bahia (Salvador), Minas Gerais (Belo Horizonte) e Rio de Janeiro (Rio de Janeiro e Niterói). A expectativa é que mais de 60 mil pessoas passem pelo Caminhão de Histórias nessa temporada.

Poesia em Presença - Entre Cenas, Slam, Spoken Word e Rap ocupa o Instituto Tomie Ohtake
Sérgio Silva
Atualizações, Cultura, Teatro & Exposições

Poesia em Presença – Entre Cenas, Slam, Spoken Word e Rap ocupa o Instituto Tomie Ohtake

Ministério da Cultura, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Nubank e Instituto Tomie Ohtake apresentam o festival Poesia em presença – Entre cenas, slam, spoken word e rap e a exposição Gira da Poesia  15 anos de slam no Brasil, que juntos inauguram o programa palavra palavra palavra, que contará ainda, no segundo semestre de 2024, com a mostra Mira Schendel – Esperar que a letra se forme e o lançamento da publicação Caderno-ensaio 2: Palavra.

Créditos: Sérgio Silva

O festival Poesia em presença ocupa os espaços do Instituto com uma série de atividades, enquanto a exposição Gira da Poesia, que é parte integrante do projeto, celebra o movimento ao apresentar um olhar sobre a trajetória do slam de poesia no país, desde sua chegada até a atualidade. O festival conta com o patrocínio do Nubank, através da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, via Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais e do Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura.

Com curadoria da atriz, MC, compositora e ativista Dani Nega, o festival Poesia em presença – Entre cenas, slam, spoken word e rap, oferece ao público uma oportunidade única de acompanhar diversas oficinas, debates e performances, além de alguns dos mais representativos slams do país, como Slam Coalkan, ZAP! SlamMenor Slam do MundoSlam da GuilherminaSlam das Mulé e o Slam do Corpo, numa programação que abraça não só a cena do slam na cidade, mas a quem interessar vivenciar a potência da poesia falada.

Nomes como a artista, roteirista e slammer Renata Tupinambá, a atriz e diretora de teatro Aysha Nascimento, a escritora, professora e ativista Amara Moira, o escritor Marcelino Freire, o slammer e rapper do lendário grupo de rap Záfrica Brasil, Gaspar e poetas como Pi Eta Poeta e Poliana Hérica (APÊAGÁ) são algumas das presenças confirmadas.

Dani Nega lembra que “o teatro, o slam, o spoken word e o rap, como a grande maioria das artes da cena, têm em comum a presença, essa mandinga ancestral. É na presença que as poéticas ressoam, é na presença que a gira se move e acontece.” “É urgente que essas vozes ecoem para além de seus territórios de origem; é urgente que esse ato de registrar, documentar e apresentar nossa linda e árdua história reverbere em todas as encruzilhadas possíveis.”, completa. Confira a programação completa no site do Instituto Tomie Ohtake.

Créditos: Sérgio Silva

Gira da Poesia  15 anos de slam no Brasil foi originalmente realizada no Museu de Arte do Rio – MAR, pela Festa Literária das Periferias – Flup, em 2023. Com curadoria de Julio Ludemir, Luiza Romão e Roberta Estrela D’Alva, a mostra ganha novos contornos na versão paulistana, expandindo-se por estruturas de andaime ao redor da arena/palco que abrigará as batalhas e outros encontros do festival Poesia em presença.

Com mais de 400 itens, a exposição é dividida em 10 eixos condutores, trazendo ao público um olhar sobre a trajetória do poetry slam desde sua chegada no Brasil em 2008, até a atualidade, destacando a produção, a circulação e a recepção do movimento no país. Do início do movimento em Chicago, nos EUA, passando pelos primeiros saraus em São Paulo, a disseminação pelas ruas do país, a criação de slams com recorte de gênero e outros novos formatos, a chegada nas escolas e nas universidades, os campeonatos estaduais, o nacional e os internacionais realizados no país são alguns dos eixos construídos por meio de recortes de memórias, depoimentos, flyers, folders, peças de vestuário, troféus e medalhas de campeonatos, fotos, vídeos, livros, zines, discos e recortes de jornal. Entre as obras apresentadas, destaca-se o grande tecido bordado pelo Coletivo Nós ReAle, com os nomes dos mais de 450 slams existentes no país.

Segundo Roberta Estrela D’Alva, “não se trata apenas de uma retrospectiva cronológica. A mostra destaca as relações das comunidades de slam e seus agentes, considerando os aspectos estéticos, políticos, sociais e culturais em meio a rapidez com que esse movimento se alastrou por todo o país com enorme impacto principalmente no público jovem e periférico”, comenta. Entre as imagens, ganha ênfase especial  os registros poéticos do fotógrafo Sérgio Silva que perpassam toda a exposição e colaboram de maneira decisiva na construção da narrativa da mostra.


Serviço:

Poesia em presença – Entre cenas, slam, spoken word e rap

Curadoria: Dani Nega

Gira da Poesia: 15 Anos de Slam no Brasil

Curadoria: Roberta Estrela D’Alva, Luiza Romão e Julio Ludemir

Abertura: 18 de julho, às 19h (convidados) 19 de julho, às 11h (público)

Em cartaz até 08 de setembro de 2024

De terça a domingo, das 11h às 19h – entrada franca


Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropé, 88) – Pinheiros SP

Metrô mais próximo – Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela

Fone: 11 2245 1900

MIS homenageia Frida Kahlo com programação especial em julho
Isadora Tricerri
Cultura, Teatro & Exposições

MIS homenageia Frida Kahlo com programação especial em julho, mês do nascimento e morte da artista

Entre os dias 11 e 13 de julho, o MIS, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, realiza a Especial Frida Kahlo. Em homenagem aos 70 anos desde o falecimento da icônica artista mexicana, o Museu traz uma programação especial com exibição de filmes que exploram a vida e obra de Frida, culminando no sábado, 13, com o espetáculo teatral “Frida Kahlo – Viva La Vida”.

Mostra de filmes – especial Frida Kahlo

Local: Auditório MIS 

Ingresso: gratuito, uma hora antes na bilheteria do museu 

11 de julho | quinta-feira

19h | “Frida – Viva la vida” – (dir. Giovanni Troli, Itália, 2019, 90 min, 12 anos) – O documentário conta as paixões e tormentos da icônica artista mexicana Frida Kahlo. Veja uma reconstituição da vida e da produção artística da pintora surrealista por meio de filmes e documentos de época.

12 de julho | sexta-feira

17h | “Frida” (dir. Julie Taymor, EUA/Canadá/México, 2002, 123 min, 18 anos) – Frida Kahlo (Salma Hayek) foi um dos principais nomes da história artística do México. Conceituada e aclamada como pintora, ela teve também um casamento aberto com Diego Rivera (Alfred Molina), seu companheiro também nas artes, e ainda um controverso caso com o político Leon Trostky (Geoffrey Rush) e com várias outras mulheres.

19h30 | “Frida, natureza viva” (dir. Paul Leduc, México, 1986, 108 min, 16 anos) – Em seu leito de morte, a pintora Frida Kahlo (Ofelia Medina) relembra sua vida. Em sua mente ela repassa situações importantes que vivenciou, como sua infância, a doença que teve, seu comprometimento político, sua agitada vida sentimental, a amizade que teve com Leon Trotsky (Max Kerlow) e com o pintor David Alfaro Siqueiros (Salvador Sánchez) e seu casamento com Diego Rivera (Juan José Gurrola).

Espetáculo teatral – 13 de julho, sábado, às 20h

Local: Auditório MIS 

Ingresso: R$ 20 (inteira) R$ 10,00 (meia-entrada) 

Classificação: 14 anos 

Duração: 55′ 

“Frida Kahlo – Viva la Vida” é um texto de Humberto Robles, considerado o maior dramaturgo mexicano vivo e mais montado no mundo, com um novo olhar sobre a vida da artista mexicana. Robles entrevistou vários amigos de Frida Kahlo para a construção do texto. A ação se passa no Dia dos Mortos, e Frida (interpretada por Christiane Tricerri) prepara um jantar para seus convidados: vivos e mortos. Diego Rivera, Trotsky e artistas contemporâneos da artista passam pela história. Poesia, paixão, comicidade em um espetáculo de extrema teatralidade.


Serviço | Especial Frida Kahlo

Local: Auditório MIS (172 lugares) – Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo

Data: 11 a 13 de julho

Ingresso: Mostra de filmes – gratuito | Espetáculo teatral – R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada

Mais informações: MIS (mis-sp.org.br)

 

“O gosto da guerra”: exposição no MIS traz fotografias de José Hamilton Ribeiro na Guerra do Vietnã
Keisaburo Shimamoto
Cultura, Teatro & Exposições

“O gosto da guerra”: exposição no MIS traz fotografias de José Hamilton Ribeiro na Guerra do Vietnã

No dia 10 de julho, o MIS, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, inaugura a exposição “O gosto da guerra”, que apresenta uma seleção de fotografias sobre a história do repórter José Hamilton Ribeiro na Guerra do Vietnã. No mesmo dia, em parceria com a Companhia das Letras, o Museu realiza o lançamento da nova edição do livro homônimo, seguido de um bate-papo com o autor e a jornalista Patricia Campos Mello.

Com curadoria de Teté Ribeiro, a exposição “O gosto da guerra” traz imagens registradas pelo premiado jornalista José Hamilton Ribeiro e pelo fotógrafo que o acompanhou na cobertura, o japonês Keisaburo Shimamoto. Além disso, a mostra destaca o trabalho de cinco outros correspondentes de guerra do século 20, que cobriram outros conflitos: André Liohn, Hélio de Campos Mello, Juca Martins, Leão Serva e Yan Boechat. As fotografias oferecem uma visão direta e impactante dos conflitos armados, retratando a realidade e os custos humanos da guerra.

Crédito: José Hamilton Ribeiro/Abril Comunicações S.A.

Sobre o livro “O gosto da guerra”

José Hamilton Ribeiro foi um dos raros jornalistas do país a entrar no Vietnã durante os conflitos que, por quase duas décadas, fizeram tremer o Sudeste Asiático — e abalaram o mundo, que não seria o mesmo depois da humilhante derrota da maior potência militar global, as forças armadas dos Estados Unidos.

Narrada em tom coloquial, na qual não faltam ironias, a reportagem sobre o Vietnã de José Hamilton Ribeiro (ele mesmo uma baixa do conflito, após pisar em uma traiçoeira mina na Estrada sem Alegria) capta toda a dimensão trágica dessa guerra desigual e insere o autor na tradição do jornalismo literário ao lado de grandes nomes da imprensa internacional.

Nesta edição revista e ampliada de “O gosto da guerra”, o texto original vem acompanhado por outra reportagem de José Hamilton, também escrita em 1968, em que ele narra seus primeiros dias no Vietnã, além de colaborações do autor para a revista Realidade, que dão uma amostra do tipo de jornalismo praticado por ele e explicam por que Hamilton é o repórter mais premiado do Brasil. Além disso, a obra conta com posfácio de Patrícia Campos Mello.

Sobre o jornalista e escritor

José Hamilton Ribeiro é paulista de Santa Rosa do Viterbo, onde nasceu em 29 de agosto de 1935. Ao longo de sua carreira, esteve à frente da criação da revista Realidade, que se tornou um paradigma do jornalismo brasileiro, e da Quatro Rodas. Trabalhou na Folha de S.Paulo, no Globo Repórter, no Fantástico e no Globo Rural, veículo onde exerceu as funções de repórter e editor. Considerado um dos maiores jornalistas do país, Zé Hamilton ganhou sete prêmios Esso, e, em 2006, recebeu o Maria Moors Cabot, a mais antiga honraria internacional do jornalismo, da Escola de Jornalismo de Columbia, em Nova York. Vive em Uberaba (MG).

Sobre a debatedora 

Patrícia Campos Mello é repórter especial e colunista. Vencedora do Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa e do Prêmio Rei da Espanha. Formada em Jornalismo pela USP, tem mestrado pela Universidade de Nova York (NYU). Foi correspondente em Washington de 2006 a 2010.


Serviço – Exposição “O Gosto da Guerra”

Abertura da exposição e lançamento do livro: 10.07, às 19h

Período expositivo: de 10 a 26 de julho

Local: Auditório MIS (lançamento) + Foyer Auditório MIS (exposição)

Ingresso: gratuito (retirada com uma hora de antecedência na bilheteria do MIS)

Classificação: livre

A Filha Perdida, livro de Elena Ferrante, estreia no Sesc Bom Retiro
Júlio Arack
Cultura, Teatro & Exposições

A Filha Perdida, adaptação do livro da escritora italiana Elena Ferrante, estreia no Sesc Bom Retiro

A Filha Perdida, livro de Elena Ferrante, estreia nesta sexta, às 20h, em temporada no teatro do Sesc Bom Retiro até o dia 28 de julho. No enredo, a história de Leda, tradutora e professora universitária que em viagem de férias na costa italiana rememora o seu passado, em episódios ligados à vida em família, com as filhas. Com uma estrutura difusa de temporalidade, a peça alterna tempo-espaço destacando a atmosfera de mistério do texto. No elenco estão as atrizes Juliana Araujo – também autora da dramaturgia – e Maristela Chelala. Elas dividem o palco com o ator e músico Alex Huszar, autor da trilha sonora original do espetáculo e que, além de interpretar os personagens masculinos, executa a trilha ao vivo. A direção é assinada pela dupla Fernanda Castello Branco e Paula Weinfeld da Companhia Delas de Teatro. A temporada conta com sessões extras no feriado do dia 9, terça, às 18h, e no dia 26, sexta, às 15h, além de sessão de acessibilidade com audiodescrição no dia 20, sábado, e Libras no dia 21, domingo.


Serviço – “A Filha Perdida” com Oceânica Companhia de Teatro

Estreia dia 28 de junho. Temporada até 28 de julho.

Sessão extra na terça 9/7, às 18h. E no dia 26/7, sexta-feira, às 15h.

De Sexta a domingo. Sextas e sábados às 20h. Domingo às 18h.

Valores: R$ 15 (Credencial Plena), R$ 25 (Meia) e R$ 50 (Inteira).
Local: teatro (297 lugares). 16 anos. Duração: 90 minutos.

Venda de ingressos disponíveis pelo APP Credencial Sesc SP, no site sescsp.org.br/bomretiro, ou nas bilheterias.

 

Espetáculo de dança com canções de Astor Piazzolla faz curta temporada no Centro Cultural Fiesp
Cristina Granato
Cultura, Teatro & Exposições

Espetáculo de dança com canções de Astor Piazzolla faz curta temporada no Centro Cultural Fiesp

O espetáculo Carlota – Focus Dança Piazzolla, da premiada Focus Cia de Dança, depois de ser aclamado pela crítica e pelo público no Rio de Janeiro (RJ), estreia em São Paulo, no Teatro do SESI-SP, parte do Centro Cultural FIESP (Avenida Paulista, 1313), e faz uma curta temporada, gratuita, entre os dias 5 e 14 de julho de 2024, com patrocínio da Petrobras, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O projeto também foi contemplado no edital Sesi Viagem Teatral.

Crédito: Elenize Dezgeniski

Coreógrafo e diretor, Alex Neoral toma como matriz 11 composições do bandoneonista e compositor argentino Astor Piazzolla para a criação do espetáculo, que celebra o corpo como obra de arte suprema. Por conceito, no conjunto de nove bailarinos, homens e mulheres são indistintos por figurinos. Funcionam como extensão uns dos outros, condutores da energia de movimentos arrojados e poéticos, sempre com excelência técnica, marca da Focus Cia de Dança. O tango, criado há quase 150 anos na Argentina, vai e vem em referências nos passos que exploram solos e aéreos, engates e até momentos de contornos acrobáticos entram em cena.

A obra Carlota – Focus Dança Piazzolla é dedicada às mestras que compõem os 30 anos de trajetória profissional de Alex Neoral – além de Carlota Portella, fundadora da Cia Vacilou, Dançou, também são celebradas Regina Sauer, da Cia Nós da DançaGiselle Tapias e Deborah Colker.

Os elementos do tango também servem de livre inspiração para os movimentos da coreografia, considerada uma das mais vigorosas da história da Focus Cia de Dança, que tem patrocínio oficial da Petrobras há uma década. “Ao mesmo tempo em que faço alusão à minha trajetória formativa, sou extremamente sensível à obra de Astor Piazzolla, sempre quis criar uma obra para suas composições. Outro aspecto interessante é que venho de uma jornada de obras imagéticas, criando roteiros ou partindo de obras de compositores, escritores e pintores. Agora, volto a trabalhar o corpo como folha em branco para escrever gestos a partir da obra de Piazzolla”.

No repertório da companhia, por exemplo, Vinte é sobre Clarice Lispector, o infantil Bichos Dançantes é uma fábula infantil que até se transformou em um livro escrito por Neoral, As canções que você dançou pra mim, é inspirada nas letras do ‘rei’ Roberto Carlos, e Saudade de Mim a partir dos quadros de Candido Portinari e canções de Chico Buarque. “Trata-se de um exercício único compor uma coreografia a partir da canção instrumental, se fosse comparar como Still Reich, dedicado às composições de Steve Reich”, destaca o diretor e coreógrafo.

Carlota – Focus Dança Piazzolla apresentou algumas cenas, ainda sem forma final, no Festival Quartiers Danses, em Montreal, no Canadá, em 2022, arrebatando a plateia. “Carlota se apropria da melancolia e rigidez do tango em cada momento da coreografia. Fala muito de abandono, seja pela atmosfera do gênero, seja por momentos que vivenciei ao longo da minha vida profissional, que faz parte também da vida de todos nós”, reflete.

Músicas 

Em cena, os bailarinos dançam ao som das obras do compositor argentino Astor Piazzolla. “Oblivion” (1982) é uma das peças mais populares, no estilo milonga, para oboé e orquestra. “As Quatro Estações Portenhas” (1965-1970) foram criadas para violino, guitarra elétrica, piano, baixo e bandoneón, divididas em “Verão Portenho” (1964), “Outono Portenho” (1969), “Primavera Portenha” e “Inverno Portenho” (1970).

Years of Solitude” foi gravada no álbum “Summit” em 1974, resultado do encontro entre

Piazzolla e o saxofonista Gerry Mulligan. “Fugata” e “Soledad” fazem parte do álbum “La Camorra: The Solitude Of Passionate” (1988), gravado com o New Tango Quintet. “Patchouli” e “Celos” também estão na trilha desta obra da companhia.

Oficina

Além da apresentação artística, a Focus Cia de Dança oferecerá uma oficina gratuita de Dança Contemporânea no dia 6 de julho, sábado, voltada a estudantes e profissionais. As informações sobre a oficina, data de inscrição e resultado estarão nas redes sociais da Focus Cia de Dança. As vagas são limitadas e os selecionados receberão a confirmação por e-mail.

Crédito: Cristina Granato

Sobre a companhia

Com 26 obras e 16 espetáculos em seu repertório, a Focus Cia de Dança se consagrou através da crítica especializada e sucesso de público. Apresentou-se em mais de 100 cidades brasileiras e levou sua arte para países como Colômbia, Bolívia, México, Costa Rica, Canadá, Estados Unidos, Itália, França, Alemanha, Portugal, Espanha e Panamá.

Logo quando a pandemia aquiesceu, em 2021, estreou o espetáculo Vinte e o seu primeiro infantil Bichos Dançantes. Em 2020, lançou Corações em espera, criação do grupo, que foi exibida ao vivo, através de streaming, pelo YouTube. A obra foi indicada ao prêmio APCA na categoria criação, ficando em cartaz por 17 semanas.

Em 2019, a Focus ganhou o 1º Prêmio Cesgranrio de Dança com a coreografia Keta parte integrante do espetáculo Still Reich e teve seu elenco indicado ao prêmio APCA durante a temporada na capital paulista, ainda no mesmo ano recebeu a indicação de melhor coreografia para Focus Dança Bach, além de indicações ao 2º Prêmio Cesgranrio de Dança.

Em 2017 se apresentou no Rock In Rio, ao lado de Fernanda Abreu. Em 2016 recebeu a Comenda da Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura, maior condecoração da cultura brasileira.

Selecionada por meio do Programa Petrobras Cultural, ela foi agraciada com um patrocínio de três anos para impulsionar suas atividades, marcando o início de uma parceria duradoura que já completa uma década.

Mais de 1 milhão de espectadores já se encantaram com a poesia e a capacidade técnica lapidadas nas coreografias inovadoras de Alex Neoral traduzidas no corpo de baile da companhia que é formada por bailarinos de todo o país.


Serviço – Espetáculo CARLOTA – Focus Dança Piazzolla 

Coreografia e direção artística: Alex Neoral

De 5 a 14 de julho de 2024

Quinta a sábado, às 20h

Aos domingos, às 19h

Classificação: 12 anos Duração: 65 minutos Sessão com audiodescrição dia 13 de julho

Local: Teatro do SESI-SP, no Centro Cultural FIESP

Endereço: Avenida Paulista, 1313 (em frente à estação Trianon-Masp do Metrô)

Os ingressos, gratuitos, são liberados às segundas-feiras que antecedem o evento, a partir das 8h. Podem ser reservados no site www.sesisp.org.br/eventos

Oficina de Dança Contemporânea Gratuita

Local: SESI-SP – Avenida Paulista, 1313 (em frente à estação Trianon-Masp do Metrô) Data: 6 de julho de 2024

La Bella História
Gustavo Monge
Cultura, Teatro & Exposições

“La Bella História”: conto que conecta Itália e Quiririm se apresenta no Museu Monteiro Lobato neste domingo

La Bella História promete despertar a curiosidade das crianças e resgatar as memórias de adultos. A sessão gratuita acontecerá no domingo, dia 23, às 14h, no Museu Monteiro Lobato (Sítio do Picapau Amarelo), em Taubaté.

A narrativa se desenvolve a partir de Ottávia, a bisneta de uma grande contadora de histórias, que, de posse de um mapa, irá descobrir muito mais do que um simples tesouro. Ao lado de Chiara, sua mais nova amiga, relembra toda a saga de sua família, da Itália ao Quiririm. Juntas, descobrirão os mistérios por trás dessas histórias, que terão o poder de mudar o futuro das duas amigas.

“A montagem é uma celebração da memória e das histórias que nos conectam. Toda a trajetória de criação foi feita com muito carinho, pensando em envolver e encantar pessoas de todas as idades”, disse Alexandre Fortes, diretor e produtor por trás da iniciativa.

Além da contação de histórias, o evento terá uma oficina de teatro de papel antes da apresentação, às 11h30, proporcionando uma experiência ainda mais imersiva e criativa para o público presente.

La Bella História tem apoio do Teatro Laboratório, Museu da Imigração Italiana, Museu da Imigração, Museu Monteiro Lobato (Sítio do Picapau Amarelo), Escola Municipal de Artes Maestro Fêgo Camargo. O projeto é aprovado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa de Taubaté, com recursos da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura – Governo Federal.

FICHA TÉCNICA

Elenco: Carol Bastos e Priscilla Azarias. Ilustrações: Fabio Scarenzi. Figurino: Bruna Celestino. Cenografia: Alexandre Fortes. Sonoplastia: Carol Bastos. Dramaturgia: Jefferson Machado. Produtor: Beto Camargo. Produção e Direção: Alexandre Fortes.


SERVIÇO – LA BELLA HISTÓRIA

Data: 23 de junho de 2024

Local: Museu Monteiro Lobato (Av. Monteiro Lobato, s/n – Chácara do Visc., Taubaté – SP, 12050-730)

Horários das atividades:

Oficina de Teatro de Papel: 11h30

Apresentação “La Bella História”: 14h

Entrada gratuita