Categorias

Cultura

Censurado pela ditadura, clássico "Onda Nova" será exibido em Locarno em cópia restaurada
Divulgação
Atualizações, Cultura, Filmes

Censurado pela ditadura, clássico “Onda Nova” será exibido em Locarno em cópia restaurada

Segundo longa de uma trilogia dos diretores Ícaro (Francisco) Martins e José Antonio Garcia, em que constam os premiados O Olho Mágico do Amor (1981) e Estrela Nua (1985), ONDA NOVA será exibido, em cópia restaurada e remasterizada, no Festival de Locarno, que acontece entre 7 e 17 de agosto, na Suíça. A obra faz parte da seção “Histoire(s) du Cinéma”, espaço do festival dedicado ao resgate de clássicos raros e filmes que lançam uma nova luz sobre a história do cinema. Este ano, a seção conta também com obras de grandes cineastas como Quentin Tarantino, Jane Campion e Alberto Cavalcanti.

Divulgação

ONDA NOVA teve sua primeira exibição no Brasil na 7ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 1983. Logo em seguida, foi proibido pela Censura do regime militar e só pôde ser lançado quase um ano depois, o que prejudicou muito sua carreira comercial.

Protagonizado por Carla Camurati e Cristina Mutarelli, o filme, que tem roteiro assinado pelos diretores, traz a história das jogadoras do Gayvotas Futebol Clube, no ano em que o futebol feminino foi regulamentado no Brasil, após ter sido banido por 40 anos, até 1979. Esse time de jovens paulistanas desafia a moral vigente sobre gênero e sexualidade, ao mesmo tempo em que as jogadoras lidam com seus problemas pessoais. No campo, contam com o apoio de jogadores renomados, como Casagrande e Wladimir, fundadores da famosa “Democracia Corintiana”, e Pitta. Também participam do filme artistas como Caetano Veloso, Regina Casé e o locutor Osmar Santos.

Divulgação

Apesar de não ser uma “pornochanchada” tradicional, ONDA NOVA foi produzido de forma semelhante, na Boca do Lixo. Seu lançamento comercial tardio, quando esse ciclo já havia acabado, de certa forma o coloca como o último do gênero. Entretanto, como nas outras obras dos diretores, o filme rechaça o moralismo sexista dessas produções comerciais.

É um filme onde o desejo assume o protagonismo, define e conduz as personagens e a narrativa. Mesmo não tratando diretamente de política, ao colocar o desejo como afirmação de identidade e de vida, ONDA NOVA é a própria negação da ditadura vigente na época. Por isso a censura não foi apenas a uma cena ou outra, mas ao filme inteiro. Foi considerado ‘amoral’ e interditado integralmente”, conta Martins.

Divulgação

A seleção do filme para a seção “Histoire(s) du Cinéma” do 77º Festival de Cinema de Locarno, deu à produtora Julia Duarte – sobrinha de José Antonio Garcia, que infelizmente faleceu em 2005 – a oportunidade de iniciar um projeto de restauro das obras de um cinema brasileiro que era pouco acessível, mas muito representativo.

Trazer ONDA NOVA novamente para as as telas com a merecida qualidade, envolveu também refazer trailer e cartaz, que tinham desaparecido. A nova identidade visual ficou a cargo de Helena Garcia, artista gráfica e uma das filhas de José Antonio, e o trailer, ficou a cargo de Marina Kosa (Tanto Produções). O apoio da Cinemateca Brasileira para a digitalização dos negativos originais e da parceria com a JLS, a Zumbi Post, a família do diretor falecido, e os esforços de Francisco Martins, uniram-se no intuito de preservar uma obra leve – e livre, que trata de questões muito presentes no Brasil atual.

Em 1984, numa entrevista a Leon Cakoff, fundador e então diretor da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Zé Antonio declarou: ‘Nosso filme é de vanguarda, só será entendido daqui a dez anos’…Talvez tenha demorado um pouco mais, mas ele tinha razão”, conclui Martins.

Biblioteca Nacional
Fernando Frazão
Cultura

Biblioteca Nacional comemora os 150 anos da imigração italiana no Brasil

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), celebra os 150 da imigração italiana no Brasil, iniciada na grande leva de 1874. As ações da instituição incluem o lançamento de dossiê digital sobre a imprensa italiana escrita e publicada no Brasil e a iluminação da fachada da Biblioteca Nacional, no Centro do Rio, com as cores da bandeira da Itália.

A iluminação especial foi inaugurada na quinta-feira (4) e acionada de modo remoto da Itália pela princesa Elettra Marconi – filha de Guglielmo Marconi, físico e inventor italiano, tido como o criador da telegrafia sem fio, e que acendeu as luzes do Cristo Redentor diretamente de Roma, em 1931, por meio de um impulso elétrico que atravessou o Oceano Atlântico. Elettra Marconi acionou as luzes na fachada da Biblioteca Nacional diretamente de sua residência em Roma – na mesma sala em que Marconi acionou a iluminação do Cristo – onde estava acompanhada pelo embaixador brasileiro, Renato Mosca de Souza.

“Eu adoro o Brasil, as belezas naturais e as pessoas. Falo sempre da humanidade dos brasileiros, me sinto com eles como se estivesse em família. Tenho sempre a esperança de retornar ao Brasil. Falo para que todos conheçam o Brasil, o país mais belo da América do Sul”, afirmou a princesa Elettra Marconi.

“Estamos emocionados, porque a princesa Elettra é uma referência dessa amizade entre o Brasil e a Itália, tanto cultivada e tão importante para as nossas culturas. Uma família para qual a humanidade deve prestar reverência e reconhecimento pelas grandes contribuições que nos legaram”, afirmou o embaixador Renato Mosca de Souza.

Dossiê

A FBN lançou nesta sexta-feira (5) o dossiê digital 150 da imigração italiana nos periódicos, disponível na BNDigital. O dossiê inclui artigos de pesquisadores da instituição sobre a imigração italiana no Brasil, a origem da imprensa italiana no país e uma listagem completa dos jornais em italiano produzidos aqui – ao todo 90 títulos, dos quais 42 estão disponíveis para consulta em formato digital – entre outros conteúdos.

Poesia em Presença - Entre Cenas, Slam, Spoken Word e Rap ocupa o Instituto Tomie Ohtake
Sérgio Silva
Atualizações, Cultura, Teatro & Exposições

Poesia em Presença – Entre Cenas, Slam, Spoken Word e Rap ocupa o Instituto Tomie Ohtake

Ministério da Cultura, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Nubank e Instituto Tomie Ohtake apresentam o festival Poesia em presença – Entre cenas, slam, spoken word e rap e a exposição Gira da Poesia  15 anos de slam no Brasil, que juntos inauguram o programa palavra palavra palavra, que contará ainda, no segundo semestre de 2024, com a mostra Mira Schendel – Esperar que a letra se forme e o lançamento da publicação Caderno-ensaio 2: Palavra.

Créditos: Sérgio Silva

O festival Poesia em presença ocupa os espaços do Instituto com uma série de atividades, enquanto a exposição Gira da Poesia, que é parte integrante do projeto, celebra o movimento ao apresentar um olhar sobre a trajetória do slam de poesia no país, desde sua chegada até a atualidade. O festival conta com o patrocínio do Nubank, através da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, via Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais e do Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura.

Com curadoria da atriz, MC, compositora e ativista Dani Nega, o festival Poesia em presença – Entre cenas, slam, spoken word e rap, oferece ao público uma oportunidade única de acompanhar diversas oficinas, debates e performances, além de alguns dos mais representativos slams do país, como Slam Coalkan, ZAP! SlamMenor Slam do MundoSlam da GuilherminaSlam das Mulé e o Slam do Corpo, numa programação que abraça não só a cena do slam na cidade, mas a quem interessar vivenciar a potência da poesia falada.

Nomes como a artista, roteirista e slammer Renata Tupinambá, a atriz e diretora de teatro Aysha Nascimento, a escritora, professora e ativista Amara Moira, o escritor Marcelino Freire, o slammer e rapper do lendário grupo de rap Záfrica Brasil, Gaspar e poetas como Pi Eta Poeta e Poliana Hérica (APÊAGÁ) são algumas das presenças confirmadas.

Dani Nega lembra que “o teatro, o slam, o spoken word e o rap, como a grande maioria das artes da cena, têm em comum a presença, essa mandinga ancestral. É na presença que as poéticas ressoam, é na presença que a gira se move e acontece.” “É urgente que essas vozes ecoem para além de seus territórios de origem; é urgente que esse ato de registrar, documentar e apresentar nossa linda e árdua história reverbere em todas as encruzilhadas possíveis.”, completa. Confira a programação completa no site do Instituto Tomie Ohtake.

Créditos: Sérgio Silva

Gira da Poesia  15 anos de slam no Brasil foi originalmente realizada no Museu de Arte do Rio – MAR, pela Festa Literária das Periferias – Flup, em 2023. Com curadoria de Julio Ludemir, Luiza Romão e Roberta Estrela D’Alva, a mostra ganha novos contornos na versão paulistana, expandindo-se por estruturas de andaime ao redor da arena/palco que abrigará as batalhas e outros encontros do festival Poesia em presença.

Com mais de 400 itens, a exposição é dividida em 10 eixos condutores, trazendo ao público um olhar sobre a trajetória do poetry slam desde sua chegada no Brasil em 2008, até a atualidade, destacando a produção, a circulação e a recepção do movimento no país. Do início do movimento em Chicago, nos EUA, passando pelos primeiros saraus em São Paulo, a disseminação pelas ruas do país, a criação de slams com recorte de gênero e outros novos formatos, a chegada nas escolas e nas universidades, os campeonatos estaduais, o nacional e os internacionais realizados no país são alguns dos eixos construídos por meio de recortes de memórias, depoimentos, flyers, folders, peças de vestuário, troféus e medalhas de campeonatos, fotos, vídeos, livros, zines, discos e recortes de jornal. Entre as obras apresentadas, destaca-se o grande tecido bordado pelo Coletivo Nós ReAle, com os nomes dos mais de 450 slams existentes no país.

Segundo Roberta Estrela D’Alva, “não se trata apenas de uma retrospectiva cronológica. A mostra destaca as relações das comunidades de slam e seus agentes, considerando os aspectos estéticos, políticos, sociais e culturais em meio a rapidez com que esse movimento se alastrou por todo o país com enorme impacto principalmente no público jovem e periférico”, comenta. Entre as imagens, ganha ênfase especial  os registros poéticos do fotógrafo Sérgio Silva que perpassam toda a exposição e colaboram de maneira decisiva na construção da narrativa da mostra.


Serviço:

Poesia em presença – Entre cenas, slam, spoken word e rap

Curadoria: Dani Nega

Gira da Poesia: 15 Anos de Slam no Brasil

Curadoria: Roberta Estrela D’Alva, Luiza Romão e Julio Ludemir

Abertura: 18 de julho, às 19h (convidados) 19 de julho, às 11h (público)

Em cartaz até 08 de setembro de 2024

De terça a domingo, das 11h às 19h – entrada franca


Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropé, 88) – Pinheiros SP

Metrô mais próximo – Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela

Fone: 11 2245 1900

10 leituras enriquecedoras para o Dia do Combate à Discriminação Racial
Freepik
Atualizações, Cultura, Livros

10 leituras enriquecedoras para o Dia do Combate à Discriminação Racial

A primeira lei contra o racismo no Brasil foi aprovada há 73 anos e, apesar dos avanços na sociedade, a discriminação racial ainda é uma realidade. Inclusive, a falta de reconhecimento de autores negros e suas histórias é, infelizmente, comum no mercado literário.

Pensando nisso, trouxemos livros que trazem visibilidade à luta antirracista e contam narrativas protagonizadas por personagens negros.

10 leituras enriquecedoras para o Dia do Combate à Discriminação Racial

Divulgação

Ás de Espadas: o livro traz à tona temas sobre o racismo estrutural, preconceito de classe e homofobia. É uma história de suspense com protagonismo negro e LGBTQIAPN+.

(Onde encontrarAmazon)

10 leituras enriquecedoras para o Dia do Combate à Discriminação Racial

Divulgação

Onde Repousam as Mentiras: é uma crítica incisiva aos sistemas opressores que falham em proteger os mais vulneráveis. Traz uma profunda reflexão sobre racismo estrutural, agressão sexual, preconceito de gênero e homofobia.

(Onde encontrarAmazon)

10 leituras enriquecedoras para o Dia do Combate à Discriminação Racial

Divulgação

Sobrevivendo ao racismo: além de escancarar as complexidades e os impactos do racismo no cotidiano, a autora compartilha as próprias experiências e destaca questões como o papel da escola na perpetuação do preconceito e a necessidade de uma educação antirracista.

(Onde encontrarAmazon)

10 leituras enriquecedoras para o Dia do Combate à Discriminação Racial

Divulgação

Crônicas de Ruamu – O destino de Eneim: o autor vai além do entretenimento para lançar luz sobre questões como a luta contra o dogmatismo religioso, combate à violência feminina e ao racismo, o resgate da sabedoria ancestral e a importância de conhecer a própria história e não repetir erros do passado.

(Onde encontrarAmazon)

10 leituras enriquecedoras para o Dia do Combate à Discriminação Racial

Divulgação

Negros Gigantes: um mergulho na vida do autor e na de personalidades que o inspiraram e o empoderaram. São histórias marcadas pelo colonialismo enraizado, insistente em querer determinar onde ele devia ou não estar e o que cabia ou não realizar.

(Onde encontrarAmazon)

10 leituras enriquecedoras para o Dia do Combate à Discriminação Racial

Divulgação

A (des) educação do negro: Publicado em 1933, o épico manual antirracista, que prepara o negro para cumprir sua pária social, segue relevante e atual. A obra de Carter demonstra que o sistema não prepara o estudante negro para o sucesso e o impede de ter uma identidade própria, doutrinando para que assuma uma posição de submissão social.

(Onde encontrarAmazon)

Divulgação

Vamos falar de racismo: 100 cartas com perguntas estimulam diálogos sobre o preconceito e incentivam a conscientização. “Como você reage a piadas racistas?” e “O que vem à sua mente quando você ouve a palavra racismo?” são alguns dos questionamentos que fazem refletir sobre a importância de combater a intolerância racial.

(Onde encontrarAmazon)

Divulgação

O Abrigo de Kulê: ambientada na década de 40, a obra retrata a realidade de pessoas em situação de trabalho escravo nas fazendas brasileiras. Os protagonistas Gabriel, um caixeiro viajante, e a jovem sonhadora Maria tentam se desvencilhar de suas correntes para conquistar os mais básicos dos direitos: viver e serem livres. O livro ganhou recente adaptação para webcomic, pela editora Infinitoon.

(Onde encontrarAmazon e webcomic no app da Infinitoon para Android e iOS)

Divulgação

Abayomi, a menina de trança: A arte-educadora e artesã Aniete Abreu presta sua contribuição ao movimento de empoderamento infantil e de busca pela ancestralidade africana e narra a jornada de uma menina negra que recebe a missão de proteger a natureza.

(Onde encontrarAmazon)

Divulgação

Cachorro Preto! Cachorro Branco!: A obra acompanha a trajetória de descobrimento e amizade entre dois cachorros que inicialmente estranham as diferenças entre si: um é branco e o outro, preto. O livro incentiva diálogos importantes sobre diversidade de forma lúdica.

(Onde encontrarAmazon)

 

 

MIS homenageia Frida Kahlo com programação especial em julho
Isadora Tricerri
Cultura, Teatro & Exposições

MIS homenageia Frida Kahlo com programação especial em julho, mês do nascimento e morte da artista

Entre os dias 11 e 13 de julho, o MIS, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, realiza a Especial Frida Kahlo. Em homenagem aos 70 anos desde o falecimento da icônica artista mexicana, o Museu traz uma programação especial com exibição de filmes que exploram a vida e obra de Frida, culminando no sábado, 13, com o espetáculo teatral “Frida Kahlo – Viva La Vida”.

Mostra de filmes – especial Frida Kahlo

Local: Auditório MIS 

Ingresso: gratuito, uma hora antes na bilheteria do museu 

11 de julho | quinta-feira

19h | “Frida – Viva la vida” – (dir. Giovanni Troli, Itália, 2019, 90 min, 12 anos) – O documentário conta as paixões e tormentos da icônica artista mexicana Frida Kahlo. Veja uma reconstituição da vida e da produção artística da pintora surrealista por meio de filmes e documentos de época.

12 de julho | sexta-feira

17h | “Frida” (dir. Julie Taymor, EUA/Canadá/México, 2002, 123 min, 18 anos) – Frida Kahlo (Salma Hayek) foi um dos principais nomes da história artística do México. Conceituada e aclamada como pintora, ela teve também um casamento aberto com Diego Rivera (Alfred Molina), seu companheiro também nas artes, e ainda um controverso caso com o político Leon Trostky (Geoffrey Rush) e com várias outras mulheres.

19h30 | “Frida, natureza viva” (dir. Paul Leduc, México, 1986, 108 min, 16 anos) – Em seu leito de morte, a pintora Frida Kahlo (Ofelia Medina) relembra sua vida. Em sua mente ela repassa situações importantes que vivenciou, como sua infância, a doença que teve, seu comprometimento político, sua agitada vida sentimental, a amizade que teve com Leon Trotsky (Max Kerlow) e com o pintor David Alfaro Siqueiros (Salvador Sánchez) e seu casamento com Diego Rivera (Juan José Gurrola).

Espetáculo teatral – 13 de julho, sábado, às 20h

Local: Auditório MIS 

Ingresso: R$ 20 (inteira) R$ 10,00 (meia-entrada) 

Classificação: 14 anos 

Duração: 55′ 

“Frida Kahlo – Viva la Vida” é um texto de Humberto Robles, considerado o maior dramaturgo mexicano vivo e mais montado no mundo, com um novo olhar sobre a vida da artista mexicana. Robles entrevistou vários amigos de Frida Kahlo para a construção do texto. A ação se passa no Dia dos Mortos, e Frida (interpretada por Christiane Tricerri) prepara um jantar para seus convidados: vivos e mortos. Diego Rivera, Trotsky e artistas contemporâneos da artista passam pela história. Poesia, paixão, comicidade em um espetáculo de extrema teatralidade.


Serviço | Especial Frida Kahlo

Local: Auditório MIS (172 lugares) – Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo

Data: 11 a 13 de julho

Ingresso: Mostra de filmes – gratuito | Espetáculo teatral – R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada

Mais informações: MIS (mis-sp.org.br)

 

“O gosto da guerra”: exposição no MIS traz fotografias de José Hamilton Ribeiro na Guerra do Vietnã
Keisaburo Shimamoto
Cultura, Teatro & Exposições

“O gosto da guerra”: exposição no MIS traz fotografias de José Hamilton Ribeiro na Guerra do Vietnã

No dia 10 de julho, o MIS, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, inaugura a exposição “O gosto da guerra”, que apresenta uma seleção de fotografias sobre a história do repórter José Hamilton Ribeiro na Guerra do Vietnã. No mesmo dia, em parceria com a Companhia das Letras, o Museu realiza o lançamento da nova edição do livro homônimo, seguido de um bate-papo com o autor e a jornalista Patricia Campos Mello.

Com curadoria de Teté Ribeiro, a exposição “O gosto da guerra” traz imagens registradas pelo premiado jornalista José Hamilton Ribeiro e pelo fotógrafo que o acompanhou na cobertura, o japonês Keisaburo Shimamoto. Além disso, a mostra destaca o trabalho de cinco outros correspondentes de guerra do século 20, que cobriram outros conflitos: André Liohn, Hélio de Campos Mello, Juca Martins, Leão Serva e Yan Boechat. As fotografias oferecem uma visão direta e impactante dos conflitos armados, retratando a realidade e os custos humanos da guerra.

Crédito: José Hamilton Ribeiro/Abril Comunicações S.A.

Sobre o livro “O gosto da guerra”

José Hamilton Ribeiro foi um dos raros jornalistas do país a entrar no Vietnã durante os conflitos que, por quase duas décadas, fizeram tremer o Sudeste Asiático — e abalaram o mundo, que não seria o mesmo depois da humilhante derrota da maior potência militar global, as forças armadas dos Estados Unidos.

Narrada em tom coloquial, na qual não faltam ironias, a reportagem sobre o Vietnã de José Hamilton Ribeiro (ele mesmo uma baixa do conflito, após pisar em uma traiçoeira mina na Estrada sem Alegria) capta toda a dimensão trágica dessa guerra desigual e insere o autor na tradição do jornalismo literário ao lado de grandes nomes da imprensa internacional.

Nesta edição revista e ampliada de “O gosto da guerra”, o texto original vem acompanhado por outra reportagem de José Hamilton, também escrita em 1968, em que ele narra seus primeiros dias no Vietnã, além de colaborações do autor para a revista Realidade, que dão uma amostra do tipo de jornalismo praticado por ele e explicam por que Hamilton é o repórter mais premiado do Brasil. Além disso, a obra conta com posfácio de Patrícia Campos Mello.

Sobre o jornalista e escritor

José Hamilton Ribeiro é paulista de Santa Rosa do Viterbo, onde nasceu em 29 de agosto de 1935. Ao longo de sua carreira, esteve à frente da criação da revista Realidade, que se tornou um paradigma do jornalismo brasileiro, e da Quatro Rodas. Trabalhou na Folha de S.Paulo, no Globo Repórter, no Fantástico e no Globo Rural, veículo onde exerceu as funções de repórter e editor. Considerado um dos maiores jornalistas do país, Zé Hamilton ganhou sete prêmios Esso, e, em 2006, recebeu o Maria Moors Cabot, a mais antiga honraria internacional do jornalismo, da Escola de Jornalismo de Columbia, em Nova York. Vive em Uberaba (MG).

Sobre a debatedora 

Patrícia Campos Mello é repórter especial e colunista. Vencedora do Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa e do Prêmio Rei da Espanha. Formada em Jornalismo pela USP, tem mestrado pela Universidade de Nova York (NYU). Foi correspondente em Washington de 2006 a 2010.


Serviço – Exposição “O Gosto da Guerra”

Abertura da exposição e lançamento do livro: 10.07, às 19h

Período expositivo: de 10 a 26 de julho

Local: Auditório MIS (lançamento) + Foyer Auditório MIS (exposição)

Ingresso: gratuito (retirada com uma hora de antecedência na bilheteria do MIS)

Classificação: livre

Ou isto ou aquilo, de Cecília Meireles
Divulgação
Cultura, Livros, Novidades

Global Editora lança edição comemorativa dos 60 anos de publicação de “Ou isto ou aquilo”, de Cecília Meireles

Em celebração aos 60 anos do icônico livro Ou isto ou aquilo, da renomada poeta Cecília Meireles, a Global Editora anuncia para setembro de 2024 – bem a tempo da Bienal do Livro de São Paulo – o lançamento de edição especial limitada da obra. Serão sessenta mil exemplares para encantar antigos e novos leitores com seu novo projeto gráfico e acabamento sofisticado.

A edição comemorativa de 2024 terá nova capa em tecido, que confere mais um toque de elegância e sofisticação ao livro. Contará também com lombadas coloridas em cor prata, um detalhe que a fará se destacar em qualquer prateleira. Além disso, a obra seguirá tendo as belíssimas e consagradas ilustrações de Odilon Moraes.

A Global Editora, que publica todas as obras de Cecília Meireles com exclusividade, investiu na criação de um novo projeto gráfico para esta edição especial, que reflete a importância e a atemporalidade de Ou isto ou aquilo.

Publicado pela primeira vez em 1964, Ou isto ou aquilo ocupa um lugar especial na literatura infantil brasileira. Os poemas de Cecília Meireles, com suas brincadeiras com as palavras e sua sensibilidade única, marcaram gerações de leitores. Em suas páginas, a autora cria um universo mágico com imagens como a borboleta no jardim, a casa da avó e a lua após a chuva, que permanecem vivos na memória afetiva do público.

Cecília Meireles, nascida em 7 de novembro de 1901 no Rio de Janeiro, é uma das mais importantes figuras da literatura brasileira. Órfã desde os três anos, foi criada pela avó materna e desde cedo mostrou talento para a poesia. Em 1919, lançou seu primeiro livro de poemas, Espectros. Ao longo de sua carreira, recebeu inúmeros prêmios, incluindo o Prêmio de Poesia Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras e o Prêmio Jabuti de Poesia. Sua obra, traduzida para diversos idiomas, continua a inspirar leitores ao redor do mundo.

Os leitores e admiradores de Cecília Meireles têm agora a oportunidade de adquirir uma edição única e limitada de Ou isto ou aquilo, um verdadeiro tesouro da literatura infantil que celebra seis décadas de histórias, poemas e encantamento.

A Filha Perdida, livro de Elena Ferrante, estreia no Sesc Bom Retiro
Júlio Arack
Cultura, Teatro & Exposições

A Filha Perdida, adaptação do livro da escritora italiana Elena Ferrante, estreia no Sesc Bom Retiro

A Filha Perdida, livro de Elena Ferrante, estreia nesta sexta, às 20h, em temporada no teatro do Sesc Bom Retiro até o dia 28 de julho. No enredo, a história de Leda, tradutora e professora universitária que em viagem de férias na costa italiana rememora o seu passado, em episódios ligados à vida em família, com as filhas. Com uma estrutura difusa de temporalidade, a peça alterna tempo-espaço destacando a atmosfera de mistério do texto. No elenco estão as atrizes Juliana Araujo – também autora da dramaturgia – e Maristela Chelala. Elas dividem o palco com o ator e músico Alex Huszar, autor da trilha sonora original do espetáculo e que, além de interpretar os personagens masculinos, executa a trilha ao vivo. A direção é assinada pela dupla Fernanda Castello Branco e Paula Weinfeld da Companhia Delas de Teatro. A temporada conta com sessões extras no feriado do dia 9, terça, às 18h, e no dia 26, sexta, às 15h, além de sessão de acessibilidade com audiodescrição no dia 20, sábado, e Libras no dia 21, domingo.


Serviço – “A Filha Perdida” com Oceânica Companhia de Teatro

Estreia dia 28 de junho. Temporada até 28 de julho.

Sessão extra na terça 9/7, às 18h. E no dia 26/7, sexta-feira, às 15h.

De Sexta a domingo. Sextas e sábados às 20h. Domingo às 18h.

Valores: R$ 15 (Credencial Plena), R$ 25 (Meia) e R$ 50 (Inteira).
Local: teatro (297 lugares). 16 anos. Duração: 90 minutos.

Venda de ingressos disponíveis pelo APP Credencial Sesc SP, no site sescsp.org.br/bomretiro, ou nas bilheterias.

 

FREEPIK
Atualizações, Cultura, Livros

4 romances nacionais LGBTQIAPN+ para celebrar o amor no Mês do Orgulho

Livros com protagonismo LGBTQIAPN+ tem cativado cada vez leitores fascinados por histórias de amor. Essas narrativas possibilitam a identificação de seus pares, além de explorar a pluralidade nos relacionamentos, ao fugir da heteronormatividade, além de gerar proximidade entre os membros da comunidade.

No Mês do Orgulho, fizemos uma contribuição literária para a causa, separando quatro romances nacionais e com protagonistas LGBTQIAPN+, que vão aquecer o seu coração. Nessas indicações, você vai encontrar casais que constroem carreiras juntas, se opõem a rixas familiares, participam de reality show e até enfrentam uma maldição.

4 romances nacionais LGBTQIAPN+

Em todas as gotas de chuva

Neste romance sáfico contemporâneo, a escritora Englantine narra a história de Atena Lisboa e Cordélia Salgueiro, duas jovens de Vila das Íris, uma cidade pacata do interior e cujas famílias mantém um passado decadente de rivalidade. Ao bom estilo de Romeu e Julieta, a convivência das protagonistas muda completamente durante uma coincidência do destino que as faz dividir o mesmo assento em uma longa e exaustiva viagem de trem. Lado a lado, é provável que a disputa familiar seja rapidamente banida e acenda a chama de um amor inesperado.

(Onde encontrar: Amazon)

Entre Ponteiros e Eclipses

No distante reino de Évia, duas jovens foram condenadas pelo Oráculo de Ghunza a uma maldição. Quando o sol aparece no céu, Alanis se transforma em um dragão de fúria incontrolável. Já à noite, Lefertahri torna-se uma Banshee, um ser mitológico supostamente maligno. No entanto, o único momento em que as duas coexistem na forma humana é quando acontecem eclipses. E, é nesses momentos que surge um sentimento inesperado entre elas. Inspirada no filme O Feitiço de Áquila, a escritora Laís Napoli apresenta um romance sáfico repleto de magia, ao bom estilo enemies-to-lovers.

(Onde encontrar: Amazon)

Liz Flores é uma farsa

Aspirante a escritora, Liz Flores sonha em ser agenciada por ninguém menos que Valentina Rosa, uma das maiores agentes literárias do país. Quando surge a oportunidade de promoção, a jovem recebe a proposta de fingir ser a namorada de Diana Marinho, a agente do departamento de influenciadores, com o objetivo de agradar o comitê de diversidade da empresa. Em troca, ela terá a chance de ter seu livro lido por Valentina. A partir desse enredo, a autora Victoria Mendes levanta debates sobre machismo, saúde mental e a falsa imagem de diversidade no meio corporativo.

(Onde encontrarAmazon)

Amor em Jogo

Henrique Valente tinha o sonho de se tornar um jornalista famoso, mas se vê preso em um emprego que não gosta. Quando por ironia do destino ele reencontra Apolo Brandão, seu ex-namorado egocêntrico e imaturo, decide colocar as diferenças de lado e inscrever-se junto do ex para o primeiro reality show de casais LGBTQIAPN+.. Para a surpresa de ambos, são selecionados e embarcam na viagem mais insana de suas vidas, onde chamas do passado serão reacendidas.

(Onde encontrar: Editora Qualis)

Divulgação
Cultura, Filmes

“Cidade Correria” estreia no Canal Brasil nesta sexta (28/06)

Estreia no Canal Brasil nesta sexta-feira, dia 28, às 21h, o documentário “Cidade Correria”, escrito e dirigido por Juliana Vicente, idealizadora da Preta Portê Filmes e diretora do documentário “Racionais: Das ruas de São Paulo pro Mundo”. O filme conta sobre o processo de criação do coletivo carioca teatral Bonobando, formado por jovens atores de diversas comunidades e favelas do Rio de Janeiro. Temas como a formação desse público, a ampliação de suas vozes, o direito de ocupar diferentes espaços, o ensino da arte como forma de educar, entre outras questões, são relatadas pelo longa-metragem a partir das falas de quem as vivencia.

Esse encontro na frente das câmeras surgiu da experiência da cineasta paulista ao assistir a um espetáculo do grupo em 2014 e que, após dez anos, terá a história do coletivo compartilhada na televisão. “‘Cidade Correria’ já participou de festivais e mostras e pra nós é uma alegria imensa ter esse filme no maior canal de cinema Brasileiro, um parceiro de muitas outras obras da Preta Portê Filmes. O Canal Brasil potencializa e amplifica essas vozes pretas de artistas jovens brasileiros e contemporâneos que estão construindo potência e beleza a partir dos territórios periféricos do Rio de Janeiro. É maravilhoso conhecer e procurar mais sobre a continuidade de cada um desses artistas, eles são realmente muito gigantes e estão ocupando muitos espaços da cultura, do entretenimento no Brasil e também do mundo,” conta Juliana Vicente.

O elenco traz os nomes de Daniela Joyce, Hugo Bernardo, Igor da Silva, Jardila Baptista, Karla Suarez, Livia Laso, Marcelo Magano, Patrick Sonata, Thiago Rosa, Vanessa Rocha, Adriana Schneider e Lucas Oradovschi.

A produção, lançada em 2020, já passou por diferentes mostras nacionais e internacionais, como o Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul – Brasil, África, Caribe e Outras Diásporas, no Rio de Janeiro, em 2020; o Festival de Cinema de Petrópolis em 2020; a 6ª edição do MEXE – Encontro Internacional de Arte e Comunidade em 2021, nas cidades de Lisboa e do Porto, em Portugal; e no Circuito Spcine de 2022, em São Paulo.