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Escritora Jô Ramos leva brasileiros para Salão Internacional de Livro
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Escritora Jô Ramos leva brasileiros para Salão Internacional de Livro

O mercado editorial Brasileiro tem crescido no ano de 2023. Autores iniciantes têm colocado o projeto para fora da gaveta, lançando livros no Brasil, e até mesmo em outro idioma, para alcançar novas culturas, ou ainda levar sua arte aos leitores brasileiros que vivem em outros países. Seja qual for a sua motivação, há oportunidade no mercado editorial.  E, para incentivar novos autores a expandir seu trabalho, a editora ZLBooks, através da gestora Jô Ramos, jornalista e escritora, tem proporcionado, anualmente, um verdadeiro intercâmbio cultural para que autores possam mostrar sua escrita a outros leitores, através do Salão Internacional do Livro.

Se você é um destes que está investindo no mercado editorial e deseja levar cultura nacional para outros países, conheça o projeto, que neste ano, irá para dois lugares: Framminghan, em Massachusetts, no dia 26 de outubro, e Newark, cidade mais populosa do estado de Nova Jersey, no dia 04 de novembro, ambas nos Estados Unidos.

Recente pesquisa feita pela Folha de São Paulo, mostra que houve um aumento de 4,2% nas vendas, no primeiro trimestre, em comparação ao ano passado. Com estes dados positivos, Jô Ramos se mostra otimista com o mercado, e feliz em promover duas novas edições do Salão no exterior.

 Existente há 12 anos, o Salão Internacional surgiu da necessidade de divulgar o autor independente e as pequenas editoras, que não têm acesso a oportunidades de expansão no mercado literário brasileiro, e é, também, um estímulo para preservação da nova literatura, da língua portuguesa e dos novos autores. Com edições nos EUA- em Nova York, Massachusetts-Boston, Newark; Portugal, em Lisboa, Covilhã e Ponta Delgada na Ilha de São Miguel; Alemanha, em Berlim; Brasil, no Rio de Janeiro; França, em Paris, e no Canadá, em Montreal, Jô Ramos tem ajudado muitos escritores e editoras a ampliar o acesso a novos mercados tanto no Brasil, como no exterior.

Jô Ramos revela que o Salão do Livro foi criado para ser uma alternativa às Bienais e Feiras, onde circulam milhares de pessoas. Em seus salões, ela ainda realiza a função de imigrantes, muitas vezes distantes de suas terras natais, e que desejam construir elos sociais.

“O Salão Internacional do Livro é um local de promoção da literatura brasileira, como intercâmbio cultural com pessoas de outras vivências e idiomas, assim como um evento para estreitar laços com brasileiros radicados em outros países. É uma forma de levarmos a cultura brasileira através de nossas histórias, e agradecer aos países que acolhem nossos imigrantes de língua portuguesa”, conta.

Lançamentos:

Dentre os lançamentos que farão parte dos salões, está o livro de Jô Ramos, voltado para crianças. Jaci no Mundo dos Livros, uma menina nordestina. A obra fará parte de uma série que retrata as tradições culturais nordestinas. Nascida em Pernambuco, a escritora busca resgatar as raízes do nordeste, ensinando ao leitor mirim, um pouco mais da cultura nordestina.

Inscrições e participação:
Pode participar todo escritor de idioma português, que tenha sua obra já publicada, seja ele iniciante no mercado editorial, ou não, e deseja apresentá-la em outros territórios.

Novo livro de Ricardo Martins enfatiza patrimônio cultural e história da Itália
Ricardo Martins
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Novo livro de Ricardo Martins enfatiza patrimônio cultural e história da Itália

Um motorhome com três pessoas durante 30 dias na Itália. Essa foi a rotina do fotógrafo e apresentador Ricardo Martins enquanto produzia seu novo e 12º livro, “Itália, redescobrindo as influências culturais do Brasil”, que acompanha os registros pela Península Itálica, dos Pré-Alpes no extremo norte, aos mares do sul. O lançamento será dia 14 de setembro em São José dos Campos às 18h, no Espaço Acqua na Av. Possidônio José de Freitas Urbanova.

+ Ricardo Martins lança Pantanal em São José

As cidades, os povoados e até mesmo as pequenas vilas revelam cenários criados numa combinação de tempo, de povos e de grandes ciclos que mudaram a história tanto da Itália como de diversas partes do mundo. É ali onde construções milenares convivem com situações da modernidade.

Na companhia do diretor de cinema Fabio Tanaka, que registrou os momentos em vídeo,  transformando os bastidores da viagem toda em uma série de quatro episódios pela RM produções, Ricardo também dividiu o motorhome com Sam, um italiano próximo de um amigo pessoal do fotógrafo, que os guiou Itália à dentro durante um mês.

Dentre as fotos selecionadas para “Itália, redescobrindo as influências culturais do Brasil”, a que mais gostou retrata o canal principal de Veneza. Ricardo conta que a cidade sempre fez parte de seu imaginário devido à filmes como “O Conde de Monte Cristo”: “Sempre tive um fascínio pelo lado romântico, mágico e cinematográfico de Veneza. Quando cheguei lá, era muito mais do que imaginava, e isso foi encantador para mim,” explica ao relembrar como a cidade superou suas expectativas.

No mundo das imagens, Ricardo conta que não procurou nenhuma inspiração para as fotos e buscou ser totalmente autoral para evitar comparações. A viagem ocorreu em 2022 e já no mesmo ano o livro estava pronto. Todo ano o fotógrafo costuma estar com um novo projeto para ser lançado, sendo os próximos em formato de livro e série “Amazônia: Cultura e Tradição” , “Litoral Brasileiro” e “Os Últimos Filhos da Floresta” ainda sem data de lançamento.

Ricardo Martins é jornalista, fotógrafo, apresentador e sócio-fundador da RM Produções, produtora e editora pela qual lança seus projetos.

Considerado um dos principais nomes da fotografia de natureza e cultura do país na atualidade, é autor e editor de 12 livros, apresentou e produziu quatro séries passando pelo Pantanal, Amazônia, Itália e litoral brasileiro, onde mostra os bastidores de suas expedições.

Em 2012, foi honrado com um dos maiores prêmios da literatura brasileira, o Prêmio Jabuti, na categoria de melhor fotografia pela obra A Riqueza de um Vale.

Ricardo Martins promove exposições fotográficas divulgando a cultura e as belezas brasileiras no Brasil e no mundo; a última, intitulada  “Uma língua de várias faces”,  aconteceu em Paris na sede da Unesco, em comemoração ao dia da língua portuguesa.

O que levar para Bonito (MS): descubra os itens essenciais para a mala de viagem
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O que levar para Bonito (MS): descubra os itens essenciais para a mala de viagem

Bonito, no Mato Grosso do Sul, é um dos destinos mais procurados pelos amantes da natureza e dos esportes de aventura no Brasil. Com suas paisagens deslumbrantes, rios cristalinos e uma fauna e flora ricas e diversificadas, a cidade oferece inúmeras opções de passeios turísticos para quem busca contato com a natureza.

No entanto, para aproveitar ao máximo a viagem, é importante estar preparado, com um roteiro planejado de acordo com as necessidades e vontades de cada tipo de viajante e também levar alguns itens essenciais.

É nessa hora que entra o trabalho de uma agência de viagem especializada no destino, como a Acqua Studio de Viagens. Focada em oferecer aos visitantes de Bonito, Pantanal e Serra da Bodoquena a melhor experiência de viagem, a empresa organiza uma programação personalizada e dá orientações adequadas sobre as trilhas, flutuações e mergulhos, passeios de bote e todas as atividades de ecoturismo disponíveis no destino.

Além disso, a Acqua também indica a seus clientes os itens indispensáveis na mala, levando em consideração o clima, a natureza e os passeios turísticos locais.

Pensando nisso, a agência listou os principais itens que você deve levar em uma viagem a Bonito. Confira:

Roupas leves e confortáveis

O clima em Bonito é quente e úmido na maior parte do ano, então é recomendado levar roupas leves e confortáveis, como camisetas de malha, shorts, bermudas para os passeios diurnos; e saias e vestidos para as saídas noturnas.

Além disso, não se esqueça de levar um chapéu ou boné para proteger a cabeça durante o dia.

Nas estações mais frias, as temperaturas ficam amenas, portanto vale incluir na mala camisetas de manga longa, calça legging ou calça de abrigo e um casaco ou moletom para a noite.

Os atrativos de flutuação e mergulho, como o Rio da Prata, já oferecem roupas de neoprene, sapatilhas de borracha (quando necessário) e máscaras, portanto não é necessário incluí-las.

Roupas de banho

Bonito é famosa por seus rios cristalinos e cachoeiras, então é imprescindível levar roupas de banho para aproveitar esses lugares. Leve pelo menos dois biquínis ou sungas, assim você pode usar um enquanto o outro seca.

Calçados adequados

Para os passeios turísticos no destino, é importante usar calçados adequados que garantem aderência e segurança em trilhas e em atividades aquáticas. Entre as principais sugestões estão: bota de cano alto para cavalgadas, chinelos, coturno de trekking para passeios mais radicais, sandália de passeio para os dias mais quentes e tênis com amortecimento.

Protetor solar e repelente

O sol em Bonito pode ser muito forte, então é importante usar protetor solar com fator de proteção elevado. Além disso, leve também repelente para evitar picadas de mosquitos e outros insetos, principalmente nos roteiros de final de tarde e à noite.

Mochila pequena

Para os passeios mais longos, é recomendado levar uma mochila ou uma bolsa de hidratação com água e lanches leves, como frutas e barrinhas de cereais.

Câmera ou celular com boa qualidade de imagem

Bonito oferece paisagens incríveis e momentos únicos para serem registrados em fotos e vídeos. Por isso, é importante levar uma câmera fotográfica ou um celular com boa qualidade e espaço suficiente para armazenar todas as lembranças. Nos passeios aquáticos, vale também levar um case a prova d’água para fazer fotos de todos os momentos.

Austrália estende horas para intercambistas trabalharem a partir de julho de 2023
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Austrália estende horas para intercambistas trabalharem a partir de julho de 2023

Daqui a 4 (quatro) meses, precisamente em 1º de julho de 2023, as regras de permanência na Austrália mudarão. Os estudantes de graduação, mestrado e doutorado poderão ficar mais tempo no país, se desejarem, após a conclusão dos seus estudos. Além disso, os que ainda estão estudando, podem trabalhar mais horas. Em termos práticos: os estudantes poderão arcar com as suas despesas com mais tranquilidade e ter a oportunidade de conhecer, ainda mais, o país. As horas de trabalho aumentaram para 48h por quinzena, no período de estudos, e eles têm os mesmos direitos sob a lei australiana.

Para organizar o seu intercâmbio, o Brasil tem uma plataforma, toda em português, que tem as orientações de como viver melhor na Austrália, eventos sobre o país, informações de instituições idôneas, e até bolsas de estudos. A plataforma é do Governo Australiano e se chama Study Australia Experience.

Além da extensão do visto, devido a estudo, há cidades que proporcionam o custo de vida mais baixo e vivendo nelas é possível ter um visto de permanência ainda mais longo. Os estudantes que se formarem em instituições em áreas regionais australianas podem permanecer no país por ainda mais tempo, de um a dois anos.

“É importante ressaltar que as cidades que são catalogadas como regionais não perdem em nada para as cidades mais conhecidas e/ou turísticas. Na realidade, elas são conhecidas pelo clima hospitaleiro, boa vida noturna e com ótimas oportunidades de trabalho”, explica o Cônsul da Austrália, John Prowse, um dos responsáveis por promover a plataforma Study Australia Experience no Brasil.

Por falar em trabalho, a base salarial na Austrália é algo que chama atenção:

  • O salário inicial médio para estudantes de graduação na Austrália é de $61.000 dólares australianos, equivalente a R$210.000

  • O salário inicial médio para pós-graduados na Austrália é de $83.300 dólares australianos, equivalente a R$287.000

  • Existe uma grande comunidade latino-americana na Austrália. Atualmente o Brasil e a Colômbia são os países da América Latina que mais enviam estudantes para a Austrália.

Logo, além do estudante receber um salário que pode proporcionar uma qualidade de vida melhor, ele ainda conta com uma rede de apoio latino-americana no país. Sobre as oportunidades de trabalho, em Novembro de 2022 (Dado mais recente sobre a situação empregatícia no país) a taxa de desemprego no país foi de apenas 3,4%, em vista das cerca de 64 mil vagas criadas, sendo mais da metade delas em período integral, ou seja que oferecem um saldo mais alto. O dado é Australian Bureau of Statistics (agência nacional de estatística).

Para os intercambistas que concluírem os programas de estudos em áreas específicas, o visto que pode ser solicitado é  Temporary Graduate Work – subclasse 485 – para permanecer na Austrália trabalhando.  A partir de 1º de julho de 2023, o período de permanência no país foi estendido por quatro anos para graduados em bacharelado, cinco anos para graduados em mestrado e seis anos para doutorado, nas áreas disponibilizadas pelo Departamento de Educação do Governo Australiano.

As cidades que o estudante pode morar e conseguir estender ainda mais o visto são Perth, Adelaide, Gold Coast e Sunshine Coast, Cairns, Townsville, Canberra, Newcastle, Lake Macquarie, Wollongong e Hobart, dentre outras, e apresentam vantagens econômicas em comparação aos grandes centros.

Importante ressaltar que, as taxas dos vistos são alteradas regularmente, por isso é importante consultar o site oficial da embaixada para verificar antes de comprar. O processo para obtenção do visto australiano é feito de forma online através da página da imigração. Para checar as bolsas de estudos na Austrália e demais informações consulte: Study Australia Experience.

Brasília 63 anos: oito coisas que você não sabia sobre a capital
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Brasília 63 anos: oito coisas que você não sabia sobre a capital

Brasília é conhecida pelas belezas arquitetônicas, urbanísticas e paisagísticas de Oscar Niemeyer, Lúcio Costa e Burle Max e pelos desenhos e esculturas de Athos Bulcão. Muito se fala também da inauguração da cidade pelo então presidente da República Juscelino Kubitschek. Mas você sabia que a capital federal, que atualmente abriga mais de 4 milhões de pessoas, vai muito além do “avião”, o denominado Plano Piloto? Confira abaixo uma lista de 10 curiosidades sobre a capital, elaborada por Gilberto Assis, professor de História do Colégio Marista de Brasília – unidade Asa Sul.

1 – Nome da cidade – “Brasília” foi escolhido em 1823, mais de 100 anos antes da inauguração da cidade, por José Bonifácio de Andrada por conta de uma espécie de orquídea muito bonita que existia em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro;

2 – Transferência do litoral para o interior – a crítica à concentração da população brasileira no litoral apareceu pela primeira vez no livro “História do Brasil”, de 1627, do frei franciscano Vicente de Salvador. Já a menção à transferência da capital para o interior apareceu pela primeira vez durante a Inconfidência Mineira (1789) mas só figurou nas disposições transitórias da Constituição de 1824

3 – Muito além do avião – Além do Plano Piloto, Brasília conta com outras 32 regiões administrativas. No total são 33 regiões administrativas que abrigam mais de 4 milhões e 200 mil pessoas;

4 – E as esquinas? – O Plano Piloto de Brasília não possui esquinas. Ele é dividido em quadras e não há interseções entre avenidas e ruas. Além disso, não existem nomes de ruas e avenidas como em outras cidades brasileiras. Em Brasília, os endereços são compostos por letras e números, seguindo uma sequência lógica;

5 – A Papuda – O Complexo Penitenciário da Papuda recebeu esse nome porque na região morava uma mulher com bócio, doença causada pela deficiência de iodo na alimentação e que provoca um inchaço no pescoço gerando um grande “papo”;

6 – Dois lagos – A capital federal possui apenas um lago artificial denominado “Paranoá”. Mas na realidade deveriam existir dois lagos em Brasília. No local onde hoje se localiza um bairro chamado “Altiplano Leste” deveria existir um lago duas vezes maior do que o “Paranoá”, que seria chamado de Lago São Bartolomeu, que utilizaria as águas do rio São Bartolomeu;

7As pontes – Brasília possui no total quatro pontes sobre o Lago Paranoá: uma no Lago Norte – ponte do Bragueto – e três no Lago Sul: Ponte JK, Ponte Costa e Silva e Ponte das Garças. A ideia inicial era de que no Lago Norte deveriam ser construídas mais duas pontes, mas tais projetos nunca saíram do papel;

8 – O Parque da Cidade – O Parque Sarah Kubitschek possui 420 hectares – equivalente a mais de 580 campos de futebol – é um dos maiores parques do mundo, superando inclusive o Central Park de Nova Iorque, que possui 320 hectares. Ele tem uma vasta área verde e serve de lazer e recreação para a população local.

Rio de Janeiro
Gabu Camacho
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Roteiro: Um abraço e um colo do Rio de Janeiro

No final do ano passado passei alguns dias no Rio de Janeiro. A viagem já estava marcada há muito tempo, eram as minhas tão esperadas férias de cinco dias no fim do ano. A passagem estava marcada para o dia 15 de dezembro. No dia 12, subitamente, perdi minha avó e esqueci como se respirava. Pensei em desmarcar, em cancelar, mas nada era reembolsável e não tinha mais nada que eu podia fazer. Ela tinha ido embora para sempre.

Outros roteiros:
+ Curitiba
+ São Paulo / Liberdade

Na madrugada do dia 14, ainda com os olhos inchados, entrei no ônibus que desembarcaria no dia seguinte na cidade maravilhosa. Os pensamentos do luto ainda me assombravam quando cheguei na manhã do dia 15. Uma manhã ensolarada, quente e que me fazia ver o Cristo Redentor, de braços abertos, de longe. Era como se ele me dissesse: bem-vindo, aqui você vai encontrar o abraço e o colo que você precisa. Dito e feito. Os três dias foram mágicos, reconfortantes e me mostraram a finitude e magnitude da nossa vida. Sim, ela é generosa.

Demorei para escrever esse roteiro de uma viagem que se tornou tão pessoal, tão pesada, mas, ao mesmo tempo, tão leve e tão gostosa. Espero que você encontre o abraço e o colo que você precisa no Rio de Janeiro.

Meu roteiro de três dias no Rio de Janeiro

Cristo Redentor

A primeira coisa que fiz porque sou clichê. O Cristo Redentor fica localizado na Floresta da Tijuca e foi até fácil conseguir um Uber que me levasse até a entrada. Lá, comprei os ingressos e peguei uma van que me levou aos pés do Cristo. Depois disso, uma escadaria interminável até chegar ao topo, com paradas constantes para comer e beber (apesar de caras, as comidinhas de lá são muito boas). O lugar nem parece Brasil de tanta gente falando outras línguas. É tão raro encontrar alguém falando em português que sofremos até pedir para alguém tirar uma foto. É lotado demais? Sim. Mas a vista vale muito a pena. É uma experiência única ver o Rio de Janeiro de cima e refletir sobre o quanto somos pequenos e inconstantes.

Preços: Adultos R$ 74,50 (alta temporada) e R$ 52,50 (baixa temporada). Crianças de 5 a 11 anos: R$ 25,00. Idosos acima de 60 anos, brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil: R$ 12,50. Horário de embarque: Todos os dias, das 8h às 18h.

Parque Lage

O Parque Lage é literalmente um cenário de cinema. Fã dos filmes do Paulo Gustavo como eu sou, queria muito visitar o parque que serviu de cenário para tantas gravações. Ao pé do Cristo Redentor, o parque é lindo e o café que tem lá dentro, que se chama Plage é um charme a parte. Mas, chegue cedo! O atendimento é por ordem de chegada e horário marcado. Apesar do preço do café ser um pouco salgado, a comida é igualmente maravilhosa e vale a pena sentar para tomar um milkshake com um pedaço de bolo.

Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro

Outro cenário de filmes e novelas da Globo que vale a pena visitar. Pertinho dos Arcos da Lapa, a Catedral é aberta ao público e tem uma arquitetura incrível por fora e uma iluminação inimaginável por dentro.

Real Gabinete Português de Leitura

Para você que é leitor do Beco Literário e completamente apaixonado por livros, o Real Gabinete é um passeio indispensável. Com entrada gratuita, você vai se sentir em uma biblioteca de Hogwarts, com estantes de livros que vão do chão ao teto, dos mais variados títulos. A gente não pode tocar nos livros, mas a vista é hipnotizante. PS.: Na rua do Real Gabinete existem vários sebos. Se você gosta, visite um por um, na ordem e confira os livros.

Confeitaria Colombo

O melhor cafoço da minha vida (ou brunch, se você prefere). No dia que fui, por incrível que pareça estava vazio e sem filas, de forma que deixaram a gente subir para o andar de cima sem grandes cerimônias. Lá, sugiro você pedir um chocolate quente e uma fatia das tortas que ficam na vitrine ou um mil folhas. O preço não é tão elevado quanto falam e vale a pena pela experiência e pela tradição. Fomos muito bem atendidos.

Espaço Cultural da Marinha

Eu não gosto de exército, forças armadas, nem nada disso. É algo que imediatamente me dá crises de ansiedade, pensar em guerras, armas e afins mas, me surpreendi no espaço cultural da Marinha. Um local a céu aberto que deixa você entrar nos submarinos e navios de guerra que o Brasil tem e já usou no passado. É uma experiência única, afinal, quando você imagina entrar dentro de um submarino? E aqui vai um spoiler: não tem nada a ver com aqueles que a gente vê na TV.

Arcos da Lapa

Outro cartão postal da cidade maravilhosa que eu estava super ansioso para conhecer. Dizem que a localização é perigosa, então não tirei muitas fotos, mas a imagem que fica gravada na memória é inesquecível. Se você também leu “A Arma Escarlate”, junto com o Parque Lage, os arcos da lapa são indispensáveis para você. E de noite, tem as melhores caipifrutas da vida. Fui parar em um grande rolê ao final do show das Anavitória que fui ali perto e aproveitei para experimentar essa iguaria de morango e de limão. Recomendo muito!

 

Praias: Copacabana – Ipanema – Leblon

Visitei as três praias em dias diferentes. Copacabana é uma praia lotaaaaada! Se você gosta de lugares mais calmos e vazios, pode não ser uma boa escolha para você, apesar de que, andar na orla e conhecer o Copacabana Palace é tudo de bom. Ipanema é um pouco menos lotada e vai ficando cada vez mais vazia conforme chegamos no Leblon, que é um mundo a parte. Paramos para comer em um posto de lá e devo dizer para preparar a carteira: um chá mate com um mini pastel e uma caipirinha ficaram R$ 89! Mas vale a experiência de se sentir rico dentro de uma novela das nove.

Compras: Saara

Se você conhece a 25 de março, as ruas que compõe o complexo do Saara vão te deixar completamente sem rumo! A vizinhança do Saara simplesmente tem as melhores lojas com tudo o que você pode imaginar: roupas, artigos de decoração, bolsas, itens para pet, óculos de sol, fantasias… O céu é o limite e você facilmente deixa mil reais para trás sem nem sentir.

Escadaria Selarón

Também é um ponto turístico imperdível no Rio de Janeiro. A escadaria é uma grande obra de arte a céu aberto que usa e abusa das cores sobrepostas em ladrilhos nas paredes e nas escadas em si. É um lugar que tem mais gringo que brasileiro e é igualmente lotado, você vai dar sorte se conseguir tirar uma foto sem aparecer ninguém perto.

 

Palácio do Catete – Museu da República

Para quem gosta de história do Brasil, é um prédio com uma energia densa e cheio de acontecimentos. Um exemplar da arquitetura neoclássica brasileira do final do século XIX que foi palco de diversos episódios importantes da história do Brasil, tal como o suicídio de Getúlio Vargas.

Museu do Amanhã

Ao contrário dos museus históricos, como o próprio nome sugere, o Museu do Amanhã é um museu que retrata o futuro. Completamente tecnológico e interativo, tem salas que falam sobre mudanças climáticas, sobre o futuro do planeta e com muitas obras (se não quase todas) que são interativas.

Preços: Inteira: R$ 20,00. Meia-entrada: R$ 10,00. Terças-feiras: gratuito. Bilhete Único dos Museus (Museu do Amanhã + MAR*): R$ 32,00 (inteira) e R$ 16,00 (meia-entrada). O MAR tem entrada gratuita aos últimos domingos de cada mês.

Roteiro: Uma manhã pela Liberdade (São Paulo)
Foto: Patrik Melero | Beco Literário
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Roteiro: Uma manhã pela Liberdade (São Paulo)

Certa vez que eu estava em São Paulo, por conta de um trabalho, tive um tempinho no meio da tarde (de um sábado) e resolvi dar um pulo no bairro da Liberdade. O resultado: caos total! Consegui ver as coisas, visitar muitas lojas, mas ainda sim, não deu pra ver tudo com calma do jeito que a gente gosta. Então, planejei novamente e voltei uma semana depois, dessa vez, preparado para a multidão e para visitar tudo o que eu queria. E esse é o roteiro que eu quero compartilhar com vocês hoje!

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Para começar, acorde cedo. Muitas lojas na Liberdade podem abrir somente 10h, mas se você chega lá por volta das 9h, você consegue pegar muita coisa aberta e adiantar seu lado nas principais lojas (e ainda ver as barracas da feirinha sendo montadas, se for no final de semana). Esse roteiro foi feito em um sábado, cheguei lá por volta de 8h30.

Hospedagem

Dessa vez, não me hospedei no bairro em si, mas muito próximo (dá para ir caminhando) no Missouri Hotel, que fica na Rua Maestro Cardim, 452, Paraíso. Você pode ir caminhando até a feira da Liberdade (aproximadamente 15 minutos) ou andar até a estação São Joaquim e pegar um metrô até a estação Liberdade (é a próxima). O hotel é bem simples e eu optei pelo quarto com ar condicionado por R$ 180. Minha única ressalva é que o check-in estava marcado para às 14h da sexta-feira, cheguei no hotel depois das 15h e meu quarto ainda não estava pronto, tive que esperar por volta de 20 minutos na recepção. De resto, tudo correu muito bem na hospedagem.

O que fazer em um sábado na Liberdade-SP?

Hirota Food Express – Mercado
Praça da Liberdade, 180

Um ótimo lugar para comer se você chegar muito cedo ou antes de ir embora. Tem salgados e comidas ótimas e lugar para sentar. Quando fui, até vi pessoas famosinhas do Instagram comendo por lá.

Igreja Santa Cruz da Alma dos Enforcados – Ponto turístico
Praça da Liberdade, 238

Igreja típica e histórica do bairro e de toda a cidade, celebra algumas missas durante o sábado. Se você gosta, é legal sentar e assistir, se não, só visitar a arquitetura interna e externa já valem muito a pena.

Casa de Velas Santa Rita – Loja esotérica
Praça da Liberdade, 248

Para quem gosta de uma loja esotérica, a casa de velas Santa Rita é um prato cheio para todas as crenças e religiões. Dividida em duas, um dos lados é dedicado ao catolicismo e o outro lado ao misticismo, com tarôs, gráficos de radiestesia, livros e muitas outras coisas.

Feira da Praça da Liberdade

Tem uma feira livre enorme aos finais de semana na praça da Liberdade com pastel, yakissoba, artesanato, roupas e tudo mais o que você imagina. Vale a pena demais experimentar tomar um café da manhã ali (eu tomei um pastel de café da manhã) antes de seguir adiante no bairro.

Loja Maruso – Loja de conveniência
Praça da Liberdade, 276

Essa é para quem gosta de comidas diferentes do mundo todo! A loja Maruso também abre às 8h no sábado e é o melhor horários e você quiser ver com calma todos os doces importados e temáticos de todas as áreas do mundo.

Cápsula Shop – Loja LGBTQIAP+
R. dos Aflitos, 9

A loja de moda mais cool de todo o bairro é, com certeza, a Cápsula! Tem camisetas divertidas, ecobags e muitos acessórios para a criatura lgbtqiap+ e ainda conta com um atendimento incrível. Recomendo muuuuuuito e é super instagramável.

Café Sol – Cafeteria
R. Galvão Bueno, 05

O melhor lugar que eu comi por lá! Indico demais a pizza marguerita que vem no prato e dá para duas pessoas, bem como o petit gateau e a soda italiana de maçã verde. Se você busca um lugar para recarregar as energias e ainda comer bem e com um ótimo custo benefício, é aqui.

Shopping Trade Center – Galeria
R. Galvão Bueno, 19

Uma galeria imensa com tudo o que você imagina! Pelúcias, réplicas de roupas, bolsas e tudo o que você mais deseja. Se você é apaixonado por bugigangas da 25 de março, esse lugar é ainda melhor. Mas, tome cuidado! Os preços são de acordo com a sua cara em muitas lojas, então saiba negociar. Já aconteceu de eu ir em um dia e uma bolsa estar R$ 400 e no próximo dia estar R$ 650.

Marukai  – Empório
R. Galvão Bueno, 34

O empório abre às 8h da manhã e é perfeito para comprar comidinhas japonesas e de outras localidades do Brasil ou de fora. Recomendo você comprar o Bolo Esponja, que é o bolo mais fofinho que eu já vi na vida e o Bolo de Rolo de chocolate que é absolutamente perfeito.

Ikesaki – Loja de produtos de skincare
R. Galvão Bueno, 37

Quando dá por volta de 10h ou 11h da manhã, já se torna impossível entrar na Ikesaki. Como eu cheguei mais cedo, consegui encontrar a loja vazia, ver tudo o que eu queria com calma e ainda não peguei nenhuma fila no caixa. A loja abre às 8h30 no sábado, então dá pra aproveitar demais. Comprei produto de skincare, produto de cabelo e até coisa pro Pirata (meu cachorro) e minha compra não passou de R$ 150! Vale demais.

SoGo Plaza Shopping – Galeria
Rua Galvão Bueno, 40

Essa galeria é enorme e tem vários andares, perfeita para quem gosta do universo dos animes e busca materiais para cosplay, colecionáveis ou eletrônicos. Vá com tempo, porque ela abre mais tarde e sempre está lotada.

Jardim Oriental – Ponto turístico
R. Galvão Bueno, 72

Para falar a verdade, não achei muita graça além de ser um jardim com plantas orientais. Como no horário que cheguei já estava bem lotado, a gente fazia uma fila para entrar e essa mesma fila já podia sair. É legal para tirar algumas fotos e passear com guia.

Feira da rua Galvão Bueno

É uma feira livre, que começa logo na saída do Jardim Oriental e vai até quase o fim da rua. Tem de tudo: foto com cosplay, roupas (ótimas) para cachorro, tatuagens, adesivos, bonecos colecionáveis e afins. Vale a pena ver, mas com cuidado! Os comerciantes da área são bem espertos.

Pomona Shop – Loja de utilidades
R. Galvão Bueno, 174

Uma loja enorme com várias coisas para casa. O jovem-adulto que vive em mim quase surtou e trouxe embora até banquinho de apoiar os pés no banheiro para fazer o número 2.


ADENDO: Esse foi o meu roteiro por lá em um sábado! Vale a pena ressaltar que eu fui com a intenção de comprar mais do que conhecer locais históricos e afins. Quase não tirei foto, porque, como o comerciante da Hirota Food me alertou, não dá para bobear com celular na mão, então fica de olho.

ADENDO 2: Leve pouca bolsa, de preferência uma pochete e uma ecobag para carregar suas compras. Nada além disso. Se possível pague usando o Apple Pay ou algo parecido para evitar golpes.

Meditação, Ayahuasca e terapias alternativas: dicas e destinos para fazer uma viagem holística pelo Brasil
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Meditação, Ayahuasca e terapias alternativas: dicas e destinos para fazer uma viagem holística pelo Brasil

A rotina, a correria e o estresse do dia a dia fazem com que muitas pessoas desenvolvam síndromes mentais, as chamadas “doenças do século”, que vão desde crises de ansiedade, síndrome de burnout, depressão, ataques de pânico, entre outras. Uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com a Faculdade de Medicina de Petrópolis (RJ), mostrou que, em 2020, no início da pandemia, mais de 60% da população brasileira buscou por terapias alternativas.

Esses números estão relacionados a dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estima que quase 10% da população brasileira se sente ansiosa, o que representa 18,6 milhões de pessoas. Com o objetivo de aliviar os sintomas e diminuir as crises, muitos métodos têm sido procurados pela população, inclusive os alternativos. Terapias, viagens, atividades ao ar livre e esporte estão na lista. Há quem prefira uma simples caminhada na esteira, mas existem outras opções para fazer parte desse processo de tratamento, como as viagens holísticas.

Já ouviu esse termo? São destinos que buscam deixar o viajante mais próximo de novas experiências integrativas, o que inclui conhecer uma nova cultura, pessoas e paisagens, buscando sair da zona de conforto ou até mesmo encontrar um novo porto seguro. Estudos já comprovam que estar em contato com a natureza tende a aumentar o bem-estar mental, assim como fortalece o desenvolvimento cognitivo.

“Essa forma holística de encarar a vida, para a qual muitas pessoas acabam de despertar, faz parte da cultura e do modo de vida de indígenas e outras comunidades tradicionais. Com a pandemia, ficou ainda mais evidente a necessidade de vivermos em harmonia com o meio e de desenvolvermos nosso senso de coletividade. É o que diz Ailton Krenak em seu livro: o futuro é ancestral”, destaca Daniel Cabrera, co-fundador e diretor executivo da Vivalá – Turismo Sustentável no Brasil.

Opções de destinos holísticos

Um dos destinos procurados por viajantes do mundo inteiro é a Amazônia. O número de turistas que buscam a floresta como rota de passeio aumentou em mil por cento de 2021 para 2022, segundo dados do Governo do Estado. O coração do mundo é também a maior floresta tropical e detentora de uma enorme biodiversidade e culturas distintas. Em uma expedição para lá, é possível realizar uma imersão com comunidades indígenas e entender seus costumes, vivências, relação com as medicinas da floresta, mas também ter uma maior noção sobre a preservação de sua cultura e biodiversidade.

Alguns roteiros, além de serem holísticos, em sua grande maioria são sustentáveis e realizados com consciência socioambiental, principalmente as expedições de volunturismo, que são a forma mais profunda de imersão nas comunidades, e também as mais indicadas para quem quer mergulhar no ritmo e no modo de vida dos locais, criando fortes laços de amizade com a comunidade. Essas experiências estão disponíveis na Amazônia (AM), em meio à floresta e junto à comunidade ribeirinha, na Chapada dos Veadeiros (GO), na comunidade espírita da Cidade da Fraternidade, com vivência de ervas e espiritualidade, e na Chapada Diamantina (BA), com a comunidade quilombola do Remanso, onde se atua em quintais produtivos na platação e colheita.

A instrutora de Yoga Luiza Veloso já visitou a Amazônia duas vezes, além de outros destinos holísticos no Brasil e no mundo, e afirma que sua ligação com a natureza é de família. “Minha jornada com as ervas começou com minha mãe, muito cuidadosa com plantas e sempre me falando algo sobre elas. Hoje, sei a razão desse amor pela natureza: meus bisavós eram indígenas. Não tive a oportunidade de conhecê-los, mas sinto essa ancestralidade latente em mim. Por essa razão, fui buscar entender com mais profundidade o mundo das ervas, resgatando aquilo que meus ancestrais tanto lutaram para proteger”. Como fruto das experiências vividas, Luiza Veloso publicou, em parceria com a Vivalá, o eBook “Ervas Tradicionais da Amazônia”.

Para quem busca um destino com o propósito de viver experiências intensas, há outras opções, como conhecer a Amazônia por meio da expedição para o Rio Tapajós (PA) e ter contato com saberes tradicionais das comunidades ribeirinhas ou pela Aldeia Shanenawa (AC), onde o viajante terá vivência com a comunidade indígena, com medicinas da floresta, como por exemplo o chá de ayahuasca, rapé, kampô e sananga; banhos ritualísticos de argila e de ervas; cantos, danças, rezas, comidas típicas, entre outros.
“A viagem para a Aldeia Shanenawa foi uma das experiências mais profundas e, com certeza, única da minha vida, onde pude viver intensamente a cultura do povo local. É uma experiência interna e externa, onde renasci para tudo aquilo que importa e que talvez eu estivesse desconectada por conta de tanto ruído que a cidade traz. Além de ter vivido um processo de cura emocional e psicológica muito importante, fazer essa viagem é saber que nada mais na vida será como antes”, comemora Gabriela Servilla, que realizou a expedição em dezembro de 2022.
Roberta Serra também realizou o mesmo destino e afirma que a viagem serviu de aprendizado. “Desde a chegada do grupo me senti muito acolhida, todos nos trataram de maneira muito amorosa durante todo o tempo. Além de todo o aprendizado sobre plantas e medicinas da floresta, aprendi muito sobre afeto e cuidado. A vida em aldeia é compartilhar e cuidar. Gostei de todas as atividades e o tempo em que estivemos juntos, mas o constante ensinamento sobre a floresta, suas plantas e seus animais reverberam em mim até hoje. O banho de ervas e o de argila são restauradores, pra matéria e pro espírito, – como dizem os indígenas”.

Além dos destinos citados, retiros, ritualísticas ou roteiros voltados à preservação e valorização da cultura ancestral podem ser um bom caminho para quem busca conhecer outras culturas existentes no Brasil. São diversas as opções, entre elas o Retiro Piracanga e o Retiro do Silêncio. Lá, é possível ter contato com atividades como o Yoga, alimentação detox, um estilo de vida mais saudável e momentos de plena concentração e meditação.

Medicinas da Floresta

O ayahuasca é uma mistura de duas plantas amazônicas, o cipó-jagube e o arbusto-chacrona e possui nome de origem indígena. Apesar de ser utilizado há centenas de anos por povos da América do Sul, exclusivamente em rituais religiosos, há algum tempo a bebida teve um destaque maior, se tornando mais popular. Seu uso para fins religiosos é permitido no Brasil pelo Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (CONAD).

“As medicinas da floresta são parte integrante da cultura Shanenawa e, portanto, estão presentes na expedição pela aldeia. A consagração do Uni – como é chamada a ayahuasca pelo povo Shanenawa -, costuma ser um dos pontos altos para muitos viajantes, que assinam uma ficha de anamnese para verificar se estão aptos a realizar a ritualística. Entendemos que essa experiência é uma maneira de contribuirmos para a preservação dos saberes ancestrais e o combate ao preconceito em relação a essas práticas”, explica Daniel Cabrera.

Outro destino, ainda pouco conhecido dos brasileiros, mas chancelado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como um Patrimônio Geológico de relevância mundial, é o Geoparque Seridó (RN). Seus 2.800 quilômetros quadrados oferecem ao viajante possibilidades de explorar um patrimônio cultural, geológico e histórico, incluindo vistas de tirar o fôlego e  visita ao Portal do Universo, onde há a opção de meditar contemplando o pôr do Sol com aplicação de Reiki, uma terapia integrativa reconhecida pela OMS e aplicada no Sistema Único de Saúde (SUS).

Dicas e cuidados ao realizar sua viagem holística

Ao realizar uma viagem holística, é necessário estar atento a alguns pontos, para que o passeio aconteça da melhor forma possível e não ocorra imprevistos. Confira algumas dicas que podem te ajudar:

Buscar empresas e profissionais competentes e habilitados: tão importante quanto escolher o roteiro de viagem, é decidir a empresa responsável pelo seu sonho. Opte por empresas que tenham informações explícitas em relação ao roteiro, que possua profissionais capacitados para o acompanhar nos dias de lazer e também organizações que de alguma forma contribuam para o desenvolvimento socioambiental do local visitado;

Conferir avaliações de viajantes: ouvir comentários de pessoas que já realizaram a viagem é um dos melhores caminhos para escolher a empresa. Procure em grupos, redes sociais ou até mesmo entre em contato com os viajantes. O site Tripadvisor pode ser utilizado nesta busca;

– Respeitar a cultura de povos ancestrais, evitar estereótipos ou banalizações: o Brasil é um país com uma ampla extensão, o que proporciona uma diversidade cultural e diferentes formas de viver dos seus povos. Ao conhecer novas culturas, muitos dos costumes e manifestações locais podem ser diferentes do que você está acostumado. Lembre-se que o seu modo de vida também pode soar estranho para eles.

+Gastronomia volta para São José com comida boa e ótimas companhias
Foto: Vittoria Lima
Cultura, Lugares

+Gastronomia volta para São José com comida boa e ótimas companhias

Boa comida, bebida de qualidade, preço especial, tudo isso no principal cartão postal de São José dos Campos? Se você busca isso não dá para perder o +Gastronomia, que acontece nos dias 14, 15 e 16 de abril no Parque Vicentina Aranha.

Em sua quinta edição, o maior festival gastronômico da região vai reunir mais de 29 operações gastronômicas, com bares e restaurantes da cidade participando do evento com uma receita exclusiva, em versão pocket, mostrando para o Vale do Paraíba toda a riqueza que a cozinha joseense tem a oferecer.

O evento que já tem uma história de sucesso, chegando a atrair mais de 50 mil pessoas em apenas duas edições em 2022 com o naming right de “Destination Gastronomia”, prevê ultrapassar essa marca com atrações musicais imperdíveis como DJ Goulart nos três dias de evento e nomes como Marcelo Portela e Marcelo Moraes comandando aulas show de harmonização de pratos e cervejas.

Programação

As atrações não param por aí! Na sexta-feira (14), primeiro dia de +Gastronomia, o aquecimento começa às 17h com apresentação musical do Jazz Standards Show e a abertura oficial acontece às 19h, com um show do Bailinho do Zégui, artista já conhecido na região há mais de 30 anos.

No sábado (15), acontece a aula show com o chef e sommelier de cervejas Marcelo Portela a partir das 10h30 que vai ensinar a harmonizar os pratos e cervejas disponíveis no festival. No período da tarde, Ana Morena promete interpretar clássicos da música popular brasileira a partir das 15h. Para fechar a noite, um show musical com Benoit Decharneux Jazz Quartet agita os visitantes com o lançamento do seu novo CD, “Jean”. 

Por fim, no último dia de festival (16), a abertura fica por conta da Banda Velho Bandido, com um repertório que vai do rock ao samba, que é seguida por uma aula show com o sommelier de vinhos Marcelo Moraes, que vai trazer opções de harmonização de pratos e vinhos do festival. De tarde, a FCCR faz uma apresentação musical às 14h e o encerramento da festa fica por conta da Banda Radio Galena a partir das 18h.

Realização

O +Gastronomia é uma realização do portal SPRIO+ com o apoio do DSJC, Prefeitura de São José dos Campos e Fundação Cultural Cassiano Ricardo. O evento também tem participação do Fundo Social de Solidariedade; AFAAC (Associação para Fomento da Arte e da Cultura), que gerencia o Parque Vicentina Aranha; e Detur (Departamento de Turismo). O apoio do DSJC chancela a qualidade das operações gastronômicas, uma vez que a entidade reúne um seleto grupo de bares e restaurantes,  importantes no circuito gastronômico regional.

Nos patrocinadores, nomes como Colinas Shopping, Supergasbras, Arroz Fantástico, Construtora Costa Norte, BYD, Royal Enfield e Sicredi se juntam ao time para fazer um evento ainda mais inesquecível.

Andes Extremo
Filmes, Lugares, Séries

NOVA PRODUÇÃO ORIGINAL DO HISTORY ACOMPANHA MONTANHISTAS BRASILEIROS NA CORDILHEIRA DOS ANDES

Gabriel Tarso, Edson Vandeira e Branca Franco, três experientes montanhistas brasileiros, se aventuram na maior cadeia de montanhas do planeta, com picos extremamente remotos e desconhecidos. O resultado dessa exploração poderá ser visto na nova produção nacional do HistoryAndes Extremo, que estreia no dia 4 de Maio.

Uma combinação de seis montanhas na faixa dos seis mil metros de altitude e um mergulho na cultura milenar que deu origem ao maior império da América pré-colombiana compõem o cenário da nova série do History, realizada em parceria com a produtora Canvas e com direção de Wiland Pinsdorf.

Gabriel Tarso, fotógrafo e cinegrafista outdoor, já participou de projetos em locais como Etiópia, Tanzânia, Rússia, Andes, Alasca e Havaí, até chegar ao cume do Everest, em maio de 2022, pela segunda vez. Edson Vandeira é fotógrafo e montanhista, colaborador da National Geographic e representado exclusivamente pela National Geographic Image Collection (EUA). Já liderou quatro grupos até o Everest, no Nepal, e, por meio de suas imagens, coloca luz sobre o meio ambiente e as culturas ameaçadas de extinção.

Branca Franco foi a primeira brasileira a chegar ao cume do Fitz Roy, uma das montanhas mais desafiadoras do mundo, localizada na Patagônia Argentina. Foi também a primeira mulher do Brasil a chegar ao cume da Esfinge em cordada feminina, maior parede de rocha do Peru. Em 2018, chegou ao cume da Agulha Guillaumet também em cordada feminina.

Durante dois meses de gravação, os montanhistas exploram montanhas localizadas em regiões muito ricas culturalmente. Em algumas vilas, as pessoas sequer falam o espanhol, apenas dialetos, como o “quechua”. Existem ruínas Incas na base e vestígios nos cumes de muitas dessas montanhas. Suas histórias e tradições, como rituais sagrados e o significado de suas oferendas, são registrados pela produção e inseridos em cada episódio, combinando história e aventura.

A equipe percorre as regiões de Arequipa, conhecida pelos vulcões e a múmia Juanita, e Huaraz, onde está localizada a Cordilheira Branca. Eles enfrentam rajadas de vento com 70 km/h, nevascas intensas, paredes verticais com 400 metros de gelo e avalanches, para escalar algumas das maiores e mais perigosas montanhas do país. Somente nessa temporada, foram registrados três acidentes graves e uma vítima fatal.