Há muito tempo o amor vem salvando vidas, primeiro salvou a minha, depois a sua e por fim, a nossa. Três pessoas na conjugação, uma na conexão. Nossa relação provou que é possível transformar frio no quente, tempestade em calmaria e pretensiosamente, até logo em quer ficar por toda a vida? .
E aqueles sentimentos antes organizados de forma confusa surgiram recolocados em caixinhas, em um leve balanço tudo se encaixou. Foi calmo, foi suave. Sem forçar a entrada e muito menos a permanência, você quis ficar e ainda ser diferença por onde muitas cópias fizeram uma infeliz estádia.
O motivo pela sua permanência tem nome e sobrenome, é o amor. Como disse ele nos salvou, primeiro o amor por nós mesmos porque não se pode dar algo que não se tem; e depois, o amor um pelo outro porque não se pode amar alguém que não esteja na mesma sintonia que a sua. O amor tem disso de equivaler as sintonias, os corpos, as almas. Foi ele que te fez chegar sereno e ter moradia fixa e própria no meu coração.
Quando te contei minha vida, por onde e quem foi andarilho, você não me julgou. Pois o amor não julga, cura. Não podia ver algo na vitrine de uma loja qualquer, que levava porque me lembrava você, mesmo que não houvesse nenhuma data em especial. Às vezes vejo seu rosto por aí e isso não chega nem perto dos delírios que sentiria se não estivesse ao meu lado. Doses de amor nunca são demais.
No amor se sonha e se acorda acompanhado. Há quem diga que o amor é muito mais sobre como a gente se enxerga ou tem guardado em um potinho no coração, descrito como o sentimento mais precioso que se pode ter. Essa preciosidade precisa ser moldada e bem cuidada. Tesouro em mãos erradas vira frangalhos. Mas amor também é afrouxar o laço e deixar ir mesmo que a vontade de ter por perto seja maior. No fim, amor é mais contradição que qualquer outra coisa.
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