Esses dias li essa frase na internet. O passado é um ponto de referência, não um lugar de permanência. Nós estamos carecas de saber que não é saudável viver o passado, que precisamos focar no presente e no futuro sem trazer o passado. Mas você já parou para pensar no que significa esse “trazer”?
Pois bem, eu parei, essa semana. O passado como local de referência não é trazido ao presente. Ele é parte do seu presente, ele forma quem você é agora. Se você faz alguma coisa no presente é pelo o que você foi. No passado. Não é pelo o que ainda você vai fazer no futuro.
Já parou para pensar em como você vai se relembrar do presente, quando ele já for passado, lá no futuro? Vão ser lembranças boas ou lembranças que você prefere esconder nas profundezas do seu inconsciente até que não seja mais possível?
Eu tenho essa mania de achar que trago as coisas, de me culpar por lembrar de algumas coisas. Mas a verdade é que nós nunca vamos esquecer a nossa história. Porque no fundo, ela é isso. Nossa história, quem nós somos, parte de quem estamos construindo como seres humanos.
Ensaiei algum tempo para vir falar de setembro amarelo, prevenção e saúde mental, mas eu não sabia por onde começar nem qual assunto abordar, mas resolvi falar disso, do passado. Ele passou. Certa vez até escrevi que ele não servia para mais nada, porque já tinha passado. Que engano! Ele está comigo porque é parte de quem eu sou agora. E se eu faço alguma coisa que eu me orgulho no presente, é graças ao Gabu do passado, não graças ao Gabu do futuro. O Gabu do futuro, fará algo em seu presente graças ao meu presente que será meu passado. Dá pra entender?
A nossa história define quem nós somos e como tal, não é perfeita. Não é feita de acertos, nem só de erros. Ela é plural, tem vários lados, vários participantes, vários itens…. O que eu faço agora pode não me definir no futuro, ou pode. Pode esclarecer para mim o que eu devo e o que não devo fazer. Os erros podem ser acertos quando a gente faz as pazes com a nossa história.
Eu estou nessa jornada. Fazendo tudo o que eu faço agora graças a quem eu fui no passado, esperando que, o Gabu do futuro faça a mesma coisa. E você? Já fez as pazes com o seu passado hoje?
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