Artigos assinados por

Emanuel Antunes

Atualizações

Divulgado título da continuação de "O Bicho-da-Seda"

Há poucos minutos na página oficial do escritor Robert Galbraith (J.K. Rowling sob pseudônimo) fora divulgado o título do terceiro livro da série “Cormoran Strike”. A continuação dos dois livros, “O Chamado do Cuco” e “O Bicho-da-Seda” ganhou o título de “CAREER OF EVIL”, na tradução literal “Carreira do Mal”. O livro será lançado no outono Britânico ainda este ano.

Reviews de Séries

Review: Os Experientes 1×02 – Os Atravessadores do Samba

A proposta da série global é clara: retratar a terceira idade. Isso, de tão genérico, dói, mas senti que tinha algo a mais nas chamadas, no roteiro que não foi tão divulgado, não sei se por medo ou propositalmente. “Os Experientes” veio com um ar clichê, ar de série que só apareceu para ocupar espaço na grade, mas se você leu a review da semana passada deve saber muito bem que isso não passa de primeiras impressões. Depois de Yolanda, espero tudo da produção, e mesmo aguardando, eles surpreendem. Apresento a todos, os então desconhecidos (até sexta-feira) “Atravessadores do Samba”.

Cada episódio da série apresenta uma roupagem diferente, semana passada tivemos um assalto a banco, nesta sexta tudo girava em torno de um grupo de samba. Provavelmente a inspiração deve ter vindo do famoso “Fundo de Quintal”, eles eram o “Fundo de Quintal” mas sem a fama contínua. Os Atravessadores estão em um declínio há anos, mas como bons sambistas gritam que “o show tem que continuar”, e assim vão levando, cantando de bar em bar, em festa familiar, em churrasco, cantam porque amam e por aí vai. Lembrei-me vagamente da trajetória do mestre Cartola que vivia entre sucessos e fracassos, subindo e descendo o morro de Mangueira, com um sapato lustroso ou com sapato algum. Falando nisso, uma música de Cartola aparece diversas vezes como plano de fundo musical, “As Rosas não falam” se encaixa perfeitamente ao enredo. Semana passada deu Gal com Vapor Barato, neste capítulo me vem o velho cantando “Bate outra vez, com esperanças o meu coração…”, sinceramente, Rede Globo, quer me matar de vez? E mais, já que estamos neste papo musical, uma das canções que mais marcaram neste foi “Nervos de Aço”, não na voz de Paulinho da Viola como costumeiramente escutamos, mas em um interpretação de um dos personagens, foi de arrepiar. Literalmente, “Você sabe o que é ter um amor, meu senhor?”.

Tudo estava rumando sem nenhuma intervenção do destino, nossos amigos Atravessadores atravessavam uma maré de azar mas mantinham a fé, até que o principal componente, este da foto de capa, morre. O quarteto transformou-se em trio e assim não daria para seguir. Todos nós sabemos que qualquer escândalo torna-se algo midiático, principalmente no Brasil, assim aconteceu com a partida do integrante dos Atravessadores, centenas de pessoas procuraram o grupo para confirmar shows e eles, no meio de todas aquelas propostas pensaram: Vamos em busca do quarto membro. Dezenas participaram da seleção, até Jair Rodrigues, que partira pouco tempos depois da gravação do episódio (grande Jair, saudades), no fim, a selecionada fora a atrasada Celeste, interpretada por Bibba Chuqui, que cá entre nós, teve péssima participação. A atriz forçava demais, toda cheia de braços e pernas, um erro na belíssima produção, que tivera no elenco principal o cantor Wilson das Neves, sambista consagrado.

A personagem Celeste divide o grupo, os senhores se encantam pela mulher e entre dois desses cria-se uma rixa, mas que será resolvida futuramente. “Os Experientes” alcança outra esfera, passa do drama impactante para o de calmaria, vaga sem pressa, caminha para o conformismo da vida que tanto foi explorado em escolas literárias e cinéfilas de nosso país, é maravilhoso ver um desenvolvimento limpo como aconteceu neste episódio, sem exigir demais, sem obrigar o telespectador, e como cantara o próprio Wilson Neves: “o samba é meu dom”. Tanto samba, tantas emoções em singelos quarenta minutos, aguardemos a próxima sexta, para chorar ou não, nunca se sabe o que acontece nesta série.

Reviews de Séries

Review: Bates Motel 3×07 – The Last Supper

Um sentimento, neste momento, toma conta de todos os fãs de Bates Motel. Medo. As coisas rumam para o inesperado, o que no S03E06 era uma vaga esperança, tornou-se concreto. Norma reatou laços com seu irmão, ficou claro no fim do episódio seis e neste não só escancarou-se como também reforçou a ideia de que os dois podem sim continuar “amantes”, pelo menos na mente de Norman Bates. No livro original de “Pscyho” lá está, Norma e seu irmão formaram um casal amoroso, no filme o detetive afirma que o filho da matriarca matara sua “Mother” e seu amante. Caleb seria o futuro cadáver? Ou Romero? Ou o psicólogo? Depois de “The Last Supper” eu não tenho mais certeza de nada, nem para onde vai ou quais são os limites de Bates Motel, estamos vendo Psicose em cores.

O capítulo começa com uma quebra, mais que certa, de roteiro. Não foi dada continuidade aos acontecimentos, pulamos uma noite e metade de um dia para chegarmos onde somos apresentados. Norma e sua criança andando pela cidade e entre os dois um humor nada agradável, o garoto ainda com certo receio da mãe e a mãe nada contente com a atitude de Norman. Vemos a relação “Dylan+Emma” tomar forma, a garota passara a noite em claro, cochilando um pouco ali, um pouco acolá mas não desgrudara os olhos de seu namorado, parceiro, não sei o nome que dou para os dois, Nemma nem deve ser mais um casal a ser shippado, todas as vias apontam para Dylan e Emma juntos, nem que ela morra daqui para o final da temporada. Essa morte iminente força ainda mais o relacionamento, pois Dylan irá procurar de todas as formas conseguir um transplante para a jovem e entre os dois aparece o pai Decody que está sumido desde que oferecera a Norman uma espécie de esporte, uma brincadeira a parte que se transformará em vício, compulsivo como é, não desgrudará de suas agulhas e tesouras como já vem fazendo.

Depois do sexto episódio todos pensaram que Romero era uma fortaleza impenetrável, quem não pensaria depois de ter feito tudo aquilo? Mas nos enganamos, o xerife é um dos personagens mais frágeis da trama e isto ficou evidente com a revelação de seu pai, enjaulado em um presídio. A conversa entre os integrantes do “Arcanum Club” resultara em uma visita nada provável, o policial correra para a prisão em busca de ajuda, informações. Bates gira em torno de dois tópicos, o maldito pen drive e ninguém mais, ninguém menos que Norma Louise. Sim, Norman ficou de fora, pelo menos nesse episódio, ele estava ali, pronto para atacar, mas observou. Uma cena em especial despertara o ápice de sua psicose, mas foram breves minutos, acredite, ele está guardando tudo para a season finale, nós iremos cair da cadeira, senhores e senhoras, iremos ficar mais estupefatos do que pudemos ficar com o episódio desta semana, principalmente quando, ao piano, Norma e um convidado especial resolveram travar um dueto, vejam que maravilhoso. Acompanhando a letra e a melodia de “Tonight You Belong To Me”, música mundialmente conhecida na voz das “The Lennon Sisters”, a mulher proporcionou um dos momentos mais bizarros de toda a terceira temporada, a música é linda, mas como ela foi inserida no episódio me dá calafrios. O olhar marcante de Norman Bates, seu rosto trêmulo, suas mãos descontroladas, sim, eu pude ver no meio daquele jantar uma faca na mão do adolescente…

O ritmo foi totalmente acelerado neste episódio. Compactaram tudo e todos nesses cinquenta minutos, do cupcake boy até o professor intrometido, não se perdeu nada e como falei em uma review “Nenhuma morte aparece por acaso em Bates Motel”, pois bem, gravem tais palavras pois tantas outras estão para repercutir, tenho medo do que Norman possa fazer, com quem quer que seja, pois em seu alvo ninguém fica de fora, o radar Bates ataca quem quer que seja.

Algo que deve ser tremendamente debatido é o modo como Norman se travestiu no episódio 6 e como no fim deste ele pode nos mostrar que além de querer ser a “Mother”, a idolatra de todos os ângulos possíveis. A interpretação de Freddie é tremenda, é a pessoa certa, no momento certo e no personagem mais que destinado. Farmiga não fica para trás, sua voz assolou todo Bater no episódio de hoje. Quem também está assumindo outra forma é Dylan, nada grave demais, só que podemos perceber, os trejeitos, o modo de falar, ele está cada vez mais parecido com Caleb. A trama aponta para onde está indo, grita aos fãs que nem tudo é o que parece, devemos nos preparar pois este fim de temporada será totalmente diferente dos outros. Será caótico. Será medonho. Ninguém pode ajudar Norman Bates, ninguém pode ajudar nem a si mesmo.

Colunas

The Epic Battle: Preconceito Literário. E agora, José?

Ninguém gosta de falar sobre isso, nem sei porque estou falando sobre isso. Se quiser, pare por agora, o que vem depois disso vai te causar uma confusão tremenda, afinal é a “The Epic Battle” da semana, seria até sem graça se não existisse uma contradição de um parágrafo para outro, mas esse tema é bem arriscado, e hipócrita até. Quem nunca xingou um livro que atire seu desktop (Ou celular, não sei onde você está lendo, enfim…) pela janela. Não tem janela? Joga no chão que está resolvido, só não minta, nós temos fiscalizadores em todos os lugares, aí, do seu lado, prontos para indicar se você nunca castigou um tal de “Crepúsculo” ou até mesmo um autor consagrado por pura inveja. Eu já, você não?

O preconceito literário pode surgir de duas formas, ou você segue a linha de raciocínio de seu grupo de convivência e escolhe não “gostar” daquela obra ou por meio de sua tremenda criticidade e carga literária, despeja todo seu desprezo por tais livros. Vamos ao que importa: toda forma de literatura é aceitável. Falei isso em alguma coluna aqui e repetirei, seja qual for a categoria, o estilo ou o seu escritor. Ninguém é obrigado a gostar de romances românticos absurdamente previsíveis, eu mesmo os odeio, nunca consegui ler duas páginas de um Sparks ou qualquer amigo seu deste ramo, são tediosos, isso é certo, mas existem pessoas que adoram este estilo, escrevem resenhas apaixonadas, acontece aqui no Beco, acontece em qualquer outro site, sabe o porquê? Porque a literatura é universal, ela abraça homens e mulheres nas histórias de terror, nas aventuras inesperadas, nos dramas familiares, e no fim de tudo não deveria existir uma rixa que transforma fãs em gladiadores, que só divide ainda mais quando o objeto fundamental da escrita é, na verdade, unir pessoas.

Já briguei diversas e diversas vezes com amigos, não amigos, inimigos mortais, Hitlers e Mussolinis por conta de opções e gostos literários, um erro que cometemos diariamente mas que, se tentarmos, podemos evitar. É tão minimalista, tão errático ficar com raiva de uma pessoa  porque ela ama Beatrice Prior ou um menino bruxo, isso acontece do mesmo modo que faz calor no Brasil. Quem não lembra, ou ainda provoca, aquelas lendárias brigas nas redes sociais, tem dia que sobra até para a mãe da pessoa, surgem segredos que nunca deveriam ser revelados, tudo isso por conta do que se lê. Não padronizem, mas pluralizem as ideias, como já escrevi no parágrafo anterior, detesto certos ramos da literatura, mas só por ser literatura deve-se ter o merecido respeito.

Junto a todo esse preconceito surge outro problema. A padronização do ser “leitor”. Você só pode ser obcecado por literatura se andar por aí com tais roupas, falar de um modo digno para um leitor e acima de tudo ter todos os livros do mundo. Faça-me o favor, parece que as pessoas que andam falando isso não aprenderam nada com as centenas de livros que coleciona, muitas vezes nem os leram. Para ser leitor é necessário ter apenas uma qualidade: ser aberto para todas as coisas. Compreender que a ficção muitas vezes é mais verídica do que o que julgamos ser real. Ter em mente que a cada livro lido criamos uma carga que será levada e usada em diversas situações. Engana-se aquele que tem a biblioteca cheia e a mente vazia. Erra completamente quando julga ser o conhecedor da verdade sem nem ter lido um livro no ano. Fã de literatura é aquele que a vive, não aquele que demonstra por meio de conjunturas sociais, podemos, sim, usar acessórios referentes, carregar sempre um livro sob o braço, isso é saudável, te revigora, o que deve ser erradicado é a prática do julgamento, do impor por impor sem nenhuma justificativa.

Voltemos para o começo, ou para parte dele. Junto aos diversos julgamentos equivocados está o bendito “poser”. Este é o maior erro, não só meu, mas de todos os fãs mundo afora. Digamos que uma pessoa está superinteressada em conhecer Tolkien, não teve contato ainda com a trilogia do Anel e seus derivados, nem com qualquer obra do mestre, mas por se encontrar motivada assistiu todos os filmes da saga principal do autor, procurou na internet algo que falasse sobre e achou-se capaz de falar um pouco sobre as histórias do escritor, mas ela comete alguns erros, não sabe pronunciar alguns nomes por falta de prática ou até mesmo desliza em diversos tópicos da narrativa, aí “nós”, “leitores assíduos de Tolkien” arrumamos alguém para constranger. Gritar “poser” com toda força e deixar aquele princípio de fã com raiva da Literatura, não querer saber mais nem de uma página de “O Hobbit”. Não seria mais proveitoso se introduzíssemos essa pessoa à Terra-Média da melhor forma possível? Se com paciência corrigíssemos seus erros, como fomos corrigidos em nossas primeiras experiências com os livros, com os filmes, com as histórias que tanto nos encantaram? Parece que não entendemos nada, não compreendemos até hoje o porquê da existência de folhas e mais folhas escritas.

Obviamente, preconceitos não são abolidos de uma hora para outra, existe um longo período de aperfeiçoamento. Tentemos de todas as formas sempre garantir o direito de opções, não tornar nosso meio em uma ditadura constante, onde só se pode ler certo tipo de material. O autor chegou até ali, já tem todos os créditos possíveis, que interessa se eu leio “Cinquenta tons de cinza”? Que mal te faz se aquela pessoa lê “Harry Potter”? Isso ocorre na música, no cinema, mas tem que existir um basta e o primeiro lugar para acontecer tem que ser na literatura, primordialmente nela. Você é o que você lê, punir o livro que tal pessoa está lendo é punir o próprio leitor.

Reviews de Séries

Review: Os Experientes 1×01 – O Assalto

A rede Globo há algumas semanas vem divulgando sua mais nova série. “Os Experientes” surgiu com uma premissa de “sobre a terceira idade”, mas como afirmara a protagonista do primeiro episódio, Beatriz Segall: ” Trata de pessoas mais vividas, que tem uma história a contar que você não imaginava que aconteceu com elas”. Assisti com receio, não esperava muito da produção. Inocência minha.

Tudo ganha forma de uma maneira engraçada. Yolanda, a senhora que não admite ser chamada de velha mais posteriormente, adentra no banco. Uma piada aqui, outra ali, todos estão localizados em um só local. Diversos pontos de vistas são jogados ao telespectador. A da mulher, da atendente, e o essencial, o do jovem interpretado por João Côrtes, famoso por comerciais e seu cabelo ruivo. O estado de bem-estar dura por poucos minutos, homens anunciam o assalto da empresa e o personagem de João é incluso no meio de todo esse rebuliço mesmo sem desejar. Uma arma nas mãos de quem não sabe manejá-la, a tensão invade a tela e só se despedirá nos últimos minutos.

Assalto a banco é um tema quase que clichê, temos os bandidos, os afetados e só. Mas isso não basta para “Os Experientes”. Os homens que fizeram com que o adolescente entrasse no serviço conseguiram sacar suas partes e se foram, o jovem fora baleado. Ao tentar escapar, é cercado por diversos carros policiais. A única saída, na verdade, seria a entrada para o banco. Ele volta e transforma os clientes em reféns. Um drama psicológico começa a ser destrinchado. O garoto – com uma bala alojada – e, por sua sorte, uma velha médica. Os destinos de ambos não foram cruzados, já estavam ali, muito bem programados. O enredo da série é esplêndido, como cada episódio apresenta sua história, “O Assalto” mostra por que “Os Experientes” vieram. O transcorrer do capítulo não é cansativo, como muitos julgaram, é eletrizante. Uma cena me chamou bastante atenção. Em um momento, quando Yolanda começa a fazer uma “minicirurgia” no jovem, todo e qualquer ser humano ficará incomodado. Neste mesmo instante um refém se debate por ter fobia a lugares fechados, é uma junção de horrores e o telespectador fica preso a tudo aquilo, não consegue piscar, desviar o olhar. A emissora consegue captar algo que não vem apresentando há anos. Humanidade, é isso o que exala “Os Experientes.”

A interpretação de João Côrtes é mais inquietante que a cena que tal presidiu. Ninguém daria nada para o ator e ele foi lá e pintou em sua testa a frase “Eu tenho talento”. E quanto talento. Choro, sangue, arrependimento, ele foi completo em todos os sentidos. Beatriz Segall nem se fala, seu histórico é gritante, mas ela consegui superar as expectativas. Não desejo dar spoilers, mas adianto que a cena final de Beatriz é desabante, prepare-se para deixar escapar algumas lágrimas.

A produção é de altíssima qualidade. A fotografia apresenta padrão norte-americano, não deixa a desejar em nenhum quesito. A trilha, principalmente, foi uma acerto em cheio, com Tim Maia e Gal Costa, quem não se emociona ao ouvir “Vapor Barato”. A voz de Gal traduz toda a sensibilidade da direção de  Fernando Meirelles, Quico Meirelles e Gisele Barroco. Se você deseja cair em prantos, assista o melhor piloto da Globo em 2015. Se o aniversário fosse hoje, a emissora estaria comemorando em grande estilo seus 50 anos, mais que cativante, a série é provocativa. Próxima sexta-feira o tema não focará na tensão, mas sim no poder do samba, do tempo, da solidão. Que venha, pois a ansiedade já bateu.

Atualizações

Eddie Redmayne entra para lista do futuro "Newt Scamander"

Hoje, em sua rede social, a THR Movies anunciou é forte candidato para assumir o papel no spin-off de Harry Potter. “Animais Fantásticos e Onde Habitam” tem seu ponta pé inicial ainda esse ano e tudo indica que a escolha do elenco estará pronta no fim do primeiro semestre. Redmayne interpretou Marius em “Les Miserables” e este ano venceu a categoria de melhor ator no OSCAR com o filme “A Teoria de Tudo”. Eddie corre disparado na frente, pois a própria Warner já mostrou uma certa aceitação. Nos resta aguardar a confirmação.

Atualizações

Amazon confirma temporada completa de "The Man in the High Castle"

Após um dos melhores pilotos do ano, “The Man in the High Castle” ganha sua temporada completa. A série retrata um cenário alternativo onde os países do eixo teriam vencido  Segunda Guerra Mundial. No primeiro episódio vimos o território norte-americano devastado e reerguido pelas potências vencedoras. Os Nazistas tomam parte do globo, os japoneses de outro. A adaptação do livro de Philip K. Dick não apresenta data de estreia de seus novos episódios, resta a nós aguardarmos ansiosamente. Está notícia já basta por um longo tempo, a garantia que “The Man in the High Castle” voltará é mais que satisfatória.

man-in-the-high-castle

Reviews de Séries

Review: Bates Motel 3×05 – The Deal

O quarto episódio da terceira temporada de Bates Motel foi muito abaixo de sua média. Centenas de fãs castigaram a direção da série e até mesmo seus atores, mas tudo, quando falamos da psicose apresentada por Norman Bates, tem seu propósito. Ficou claro nas duas temporadas anteriores que a série usaria uma linha principal para movimentar-se entre suas ramificações. Na primeira temporada nos deparamos com o desenrolar dos assassinatos, a revelação de quem seria Norman e as relações que a família Bates manteria com a cidade. Na segunda, o mercado das drogas ganhou destaque e finalmente, nesta terceira temporada vemos o “Arcanum Club” como via, é de lá que escoam os problemas que a matriarca enfrentará e também vem do tal clube o motivo para a existência do drama. A mesma fórmula, o mesmo contexto, mas uma tensão totalmente diferente.

Em “The Deal” vemos Norman o mais calmo possível, pelo menos no início, é de se estranhar que ele possa controlar sua mente em meio a tantos eventos. O garoto acorda de uma apagão, não mostrado no episódio 4, mas que de nenhuma maneira influencia na trama, fora uma acerto dos produtores não incluir o estado de psicose que Norman sofrera após a descoberta sobre Dylan e seu pai, seria uma perda de tempo neste capítulo e só confundiria ainda mais o telespectador.  Outro ponto que está sendo bem explorado nesta temporada é a relação de Emma com Norman, o namoro exótico dos adolescentes provoca os fãs, eles vivem sobre uma corda bamba e todos sabem quem despencará no fim, mas tentamos, a cada cena, dispensar este pensamento de que, no fim, Emma sofrerá uma morte típica de “Psycho”.

Ao desenrolar do capítulo, diversos pontos de vistas são inclusos na série. Caleb torna-se um lenhador solitário, em meio a floresta densa do Oregon, em primeira instância tive medo que não desse certo o tal experimento no enredo, mas, sim, funcionou plenamente. O “ex”-estuprador, pai, tio e irmão, meu senhor, às vezes é confuso, produziu um sentimento há muito perdido em Bates Motel. Todo e qualquer telespectador terá pena de Caleb, quando, ao se encontrar com uma amigo mais que inesperado, desabafará. É ai também que uma oferta de emprego acende um alerta na mente do homem, e pelo que vem demonstrando, ele não deixará a companhia da melhor família de todas tão fácil.

O que não vimos nos outros quatro episódios, vem em demasia neste. Ameaças e mais ameaças são atiradas a Norma. A mulher faz uma releitura de todos os acontecimentos. Mortes, sequestros, perdas e conclui que vai lutar contra os poderosos, ou melhor,  criar um acordo entre eles, “The Deal”. Dylan está incluso em tudo isso, assim como Romero, os dois apresentam opiniões similares no que se refere ao tal acordo, mas quando Norma Bates coloca algo em sua difícil cabeça, nunca tira. Somos atirados para várias direções quando o assunto é Norma, a mulher teima em querer formar o casal “Normero”, mas um professor da Universidade comunitária também está de olho na dona do estabelecimento. É aqui que surge outra pergunta, quem morrerá? O Xerife ou o professor que não sabe onde está se metendo? Pois no filme original, Psycho (1960), bem no fim da obra, o detetive revela a todos como ocorrerá a transformação de Norma em “Mother”, e confirma que o adolescente matara sua mãe e, wait for it, seu amante. Legendário ou não, fica certo que nos despediremos de mais de um personagem do elenco principal.

Medo, é o que provoca o quinto episódio desta temporada. Medo pelo que está por vir, principalmente no lado de Norma Bates, após este capítulo a psicose de Norman aumentará, graças à ações de sua mãe. Ao assistir você verá uma teia perfeita sendo formada, os detalhes, os santos detalhes, eclodirão quando menos esperarmos. Bates Motel bate a si mesma, repetirei isso nas diversas reviews que surgirem, é algo fantástico acompanhar essa evolução, a renovação é mais que certa. Chegamos no meio da temporada e muito já foi mostrado, o terreno foi perfeitamente planado pela equipe e a partir de agora toda ação, todo terror, toda obscuridade de Bates Motel eclodirá. Nada está plenamente fincado na série, o que no início parecia mais que certo de acontecer, agora simplesmente desaparece.

Colunas

The Epic Battle: Não mexa com a idade, mexa com a educação

Vocês querem o resultado. Aí está o resultado. Em 1988 quando nossa vigente constituição nasceu, após um turbulento período chamado “Ditadura Militar” (que hoje parece ser adorado por muitos…), a idade penal era suficiente para satisfazer as massas. Mas o tempo passa e cá estamos nós, debatendo uma situação que já deveria ter sido excluída das pautas. Prender uma criança em qualquer masmorra não modificará nosso cenário. Enjaular um adolescente não surtirá os efeitos desejados por nossos protetores dos “bons costumes”. Da sociedade ideal.

“Bandido bom é bandido preso” (já ouvi morto também, mas não vem ao caso).  Bandido bom é aquele que após anos em confinamento compreende seu verdadeiro papel. Ser cidadão não é tratar o próximo como animal, é saber que, em devidas circunstâncias o homem transforma-se. É saber que o modo mais capacitado de causar mudanças só é tratado por apenas uma palavra, e nem de longe essa é “genocídio”. Gritem por “educação” e ela responderá alegremente.

Antes de modificarmos o código penal poderíamos repensar atitudes. Inúmeros são os professores que recebem sua licenciatura e desfilam por aí sem o conhecimento adequado, tratando seus alunos como “só mais um”. Digo com convicção, pois já fui vítima de desleixos educacionais. Eles te desmotivam, te obrigam a não oferecer a atenção devida ao âmbito escolar. Educação é chave, e, infelizmente, está sendo tratada como slogan. Paliativo para as pessoas de olhos vendados.

Junto a essa tão sonhada educação estaria o tema principal desta coluna: Literatura. As palavras influenciam, meus amigos parlamentares que votaram a favor desta redução, o castigo corporal e mental, não. Ele só piora o indivíduo. Seria bem mais fácil prevenir, tentar combater a violência bem antes de tal surgir. Uma garota, presa ao mundo literário tem bem menos chances de cometer crimes. Um jovem que coleciona edições variadas de uma mesma obra não perderá tempo com o que, depois de muitos livros, ele chamará de perda de páginas. Acredite, após de uma lavagem de letras as prioridades mudam. Tudo muda.

Um recado para os homens que nós, inocentes eleitores, elegemos. Desistam de querer agradar  uma parcela moralista de nossa população. Foquem, em nome de todos os deuses, em fortalecer as esferas educacionais. Investir na formação de profissionais capacitados, isso sim mudará os panoramas. Se tivéssemos mais Potter nas salas de aula ou até mesmo mais Bentinhos, aí, meu amigo, estaríamos mais aliviados quando o assunto é “Criminalidade Juvenil”. Focaríamos na grande parcela de pessoas que trabalham, vivem e respiram a arte e não nos assassinatos, assaltos e até mesmo suicídios.

A criação identitária ocorre nesta faixa etária, entre os rebuliços  habituais fica fixa no adolescente uma visão de mundo, diferente de todas as outras, pois não se trata de uma massa, trata-se de singularidades. Não será reduzindo a idade penal que puniremos os erros históricos e políticos de nossa sociedade, longe disso, só estaremos fortalecendo-os. Influenciemos, sim, na abertura educacional, onde autores atuais, junto às vanguardas, tenham vez. Onde se possa captar mensagens de honra, bravura, coragem e solidariedade. Tenhamos medo sim, de jogar ao léu crianças e após isso despejar toda culpa, exigir delas uma maturidade que não existe nem nos adultos que proferem tais palavras. Ousar educar antes de punir, deveria ser essa a missão de uma pátria educadora.

Atualizações

George R. R. Martin divulga capítulo de "The Winds of Winter"

Não é pegadinha de Primeiro de Abril (Afinal, o dia já se foi…). Hoje, Martin, autor da série “As Crônicas de Gelo e Fogo” postará em seu site oficial um capítulo do sexto livro “The Winds of Winter” (Os Ventos do Inverno). Para conferir o tão aguardado trecho é só clicar aqui aqui

O autor declarara que não iria postar nada sobre o livro até que estivesse pronto. Mas como escrevera em outra instância, também no dia de hoje, foi obrigado a faze-lo. O autor explica o porque de divulgar o capítulo em uma página chamada “Visita ao Vale”, que você confere neste link.

Podem começar a chorar, gritar, entre em estado de desespero. Martin surpreende o mundo inteiro com este singelo presente. Deste homem podemos esperar tudo e mais um pouco.