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Review: Bates Motel 3×07 – The Last Supper

Um sentimento, neste momento, toma conta de todos os fãs de Bates Motel. Medo. As coisas rumam para o inesperado, o que no S03E06 era uma vaga esperança, tornou-se concreto. Norma reatou laços com seu irmão, ficou claro no fim do episódio seis e neste não só escancarou-se como também reforçou a ideia de que os dois podem sim continuar “amantes”, pelo menos na mente de Norman Bates. No livro original de “Pscyho” lá está, Norma e seu irmão formaram um casal amoroso, no filme o detetive afirma que o filho da matriarca matara sua “Mother” e seu amante. Caleb seria o futuro cadáver? Ou Romero? Ou o psicólogo? Depois de “The Last Supper” eu não tenho mais certeza de nada, nem para onde vai ou quais são os limites de Bates Motel, estamos vendo Psicose em cores.

O capítulo começa com uma quebra, mais que certa, de roteiro. Não foi dada continuidade aos acontecimentos, pulamos uma noite e metade de um dia para chegarmos onde somos apresentados. Norma e sua criança andando pela cidade e entre os dois um humor nada agradável, o garoto ainda com certo receio da mãe e a mãe nada contente com a atitude de Norman. Vemos a relação “Dylan+Emma” tomar forma, a garota passara a noite em claro, cochilando um pouco ali, um pouco acolá mas não desgrudara os olhos de seu namorado, parceiro, não sei o nome que dou para os dois, Nemma nem deve ser mais um casal a ser shippado, todas as vias apontam para Dylan e Emma juntos, nem que ela morra daqui para o final da temporada. Essa morte iminente força ainda mais o relacionamento, pois Dylan irá procurar de todas as formas conseguir um transplante para a jovem e entre os dois aparece o pai Decody que está sumido desde que oferecera a Norman uma espécie de esporte, uma brincadeira a parte que se transformará em vício, compulsivo como é, não desgrudará de suas agulhas e tesouras como já vem fazendo.

Depois do sexto episódio todos pensaram que Romero era uma fortaleza impenetrável, quem não pensaria depois de ter feito tudo aquilo? Mas nos enganamos, o xerife é um dos personagens mais frágeis da trama e isto ficou evidente com a revelação de seu pai, enjaulado em um presídio. A conversa entre os integrantes do “Arcanum Club” resultara em uma visita nada provável, o policial correra para a prisão em busca de ajuda, informações. Bates gira em torno de dois tópicos, o maldito pen drive e ninguém mais, ninguém menos que Norma Louise. Sim, Norman ficou de fora, pelo menos nesse episódio, ele estava ali, pronto para atacar, mas observou. Uma cena em especial despertara o ápice de sua psicose, mas foram breves minutos, acredite, ele está guardando tudo para a season finale, nós iremos cair da cadeira, senhores e senhoras, iremos ficar mais estupefatos do que pudemos ficar com o episódio desta semana, principalmente quando, ao piano, Norma e um convidado especial resolveram travar um dueto, vejam que maravilhoso. Acompanhando a letra e a melodia de “Tonight You Belong To Me”, música mundialmente conhecida na voz das “The Lennon Sisters”, a mulher proporcionou um dos momentos mais bizarros de toda a terceira temporada, a música é linda, mas como ela foi inserida no episódio me dá calafrios. O olhar marcante de Norman Bates, seu rosto trêmulo, suas mãos descontroladas, sim, eu pude ver no meio daquele jantar uma faca na mão do adolescente…

O ritmo foi totalmente acelerado neste episódio. Compactaram tudo e todos nesses cinquenta minutos, do cupcake boy até o professor intrometido, não se perdeu nada e como falei em uma review “Nenhuma morte aparece por acaso em Bates Motel”, pois bem, gravem tais palavras pois tantas outras estão para repercutir, tenho medo do que Norman possa fazer, com quem quer que seja, pois em seu alvo ninguém fica de fora, o radar Bates ataca quem quer que seja.

Algo que deve ser tremendamente debatido é o modo como Norman se travestiu no episódio 6 e como no fim deste ele pode nos mostrar que além de querer ser a “Mother”, a idolatra de todos os ângulos possíveis. A interpretação de Freddie é tremenda, é a pessoa certa, no momento certo e no personagem mais que destinado. Farmiga não fica para trás, sua voz assolou todo Bater no episódio de hoje. Quem também está assumindo outra forma é Dylan, nada grave demais, só que podemos perceber, os trejeitos, o modo de falar, ele está cada vez mais parecido com Caleb. A trama aponta para onde está indo, grita aos fãs que nem tudo é o que parece, devemos nos preparar pois este fim de temporada será totalmente diferente dos outros. Será caótico. Será medonho. Ninguém pode ajudar Norman Bates, ninguém pode ajudar nem a si mesmo.

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