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Diana Passy, da Editora Seguinte, é a organizadora do evento, que teve sua primeira edição em 2017.
Diana Passy, da Editora Seguinte, é a organizadora do evento, que teve sua primeira edição em 2017.
Atualizações, Livros

Todos os detalhes e eventos que irão rolar durante a 3ª edição da Flipop

Festival de literatura totalmente focado no público jovem, a Flipop está chegando em sua 3ª edição e trará ao Centro Cultural São Paulo diversas discussões, atividades, sessões de autógrafos e eventos que buscam aproximar os fãs do gênero Young Adult. Organizada pela Editora Seguinte, selo jovem da Companhia das Letras, a Flipop conta também com o apoio da Agência Página 7, Aleph, Astral Cultural, Avec Editora, Duplo Sentido Editorial, Editora Planeta Brasil, FTD Educação, Grupo Editorial Record, Harper Collins Brasil, LabPub, Morro Branco, Plataforma 21, Rico Editora, Rocco, todavia e Turista Literário.

Entre os dias 2 de agosto a 4 de agosto, serão 24 eventos rolando, com a presença de diversos autores, booktubers e fãs de literatura. Os ingressos (que podem ser adquiridos clicando aqui) para cada dia de evento custam R$40,00 (inteira) ou R$20 (meia). Também é possível adquirir o pacote promocional, que dá direito a entrada nos três dias de evento por R$80,00 (inteira) ou R$20 (meia). Confira abaixo toda a programação da Flipop:

SEXTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO

Sala Adoniran Barbosa

 

14h15 às 15h30

O que a História não contou

As pessoas e as vozes que os livros não nos apresentam, mas que têm muito a nos ensinar.

Convidados: Duda Porto de Souza, Jarid Arraes e Lavínia Rocha

Mediação: Pétala Souza

 

15h45 às 17h

Histórias.com

A internet como personagem e cenário das histórias.

Convidados: Clara Alves, Lola Salgado e Ray Tavares

Mediação: Iris Figueiredo

 

18h45 às 20h

A primeira vez a gente nunca esquece – Literatura e experiências jovens

Autores de destaque no cenário YA nacional falam sobre juventudes, diversidade e o papel da literatura na formação de identidades.

Convidados: Ale Santos, Bárbara Morais, Olívia Pilar e Vitor Martins

Mediação: Mayra Sigwalt

 

20h15 às 21h30

Os jovens salvam o dia

Na ficção e na vida real, a juventude à frente dos movimentos de mudança.

Convidados: Eric Novello, Luly Trigo e Samir Machado de Machado

Mediação: Bruna Miranda

Espaço Missão

 

14h15 às 15h30

As grandes sagas juvenis e o que nos ensinam até hoje

Os impactos que sagas como Harry Potter, Jogos Vorazes e Crepúsculo causaram no mercado e o que as mantêm vivas até hoje.

Convidados: Ana Yassuda, Bárbara Morais e Frini Georgakopoulos

Mediação: Paula Drummond

 

15h45 às 17h

Como contar nossas histórias?

Os perigos de uma narrativa única e a importância de ter representatividade sem estereótipos.

Convidados: Jonas Maria, Lavínia Rocha e Thaís Rodriguez

Mediação: Thati Machado

 

17h15 às 18h30

Eu entendi essa referência!

Como as referências à cultura pop podem transformar a experiência de leitura.

Convidados: Cínthia Zagatto, Juan Jullian e Leonardo Antan

Mediação: Sofia Soter

 

18h45 às 20h

Crowdfunding

Financiamento coletivo e a participação direta do público na publicação.

Convidados: Ian Fraser, Larissa Siriani e Luciana Fracchetta

Mediação: Felipe Castilho

 

20h15 às 21h30

Outras formas de publicar

Formas independentes de publicação, seus prós e contras.

Convidados: Aimee Oliveira, Clara Savelli e Victor Lopes

Mediação: Laura Pohl

SÁBADO, 3 DE AGOSTO

Sala Adoniran Barbosa

14h15 às 15h30

Às margens da literatura

Histórias e vivências que merecem mais espaço nos livros.

Convidados: Andreza Delgado, Maurício Negro e Mel Duarte

Mediação: Bruna Miranda

 

15h45 às 17h

Uma mesa traiçoeira

A autora americana Erin Beaty fala sobre seus livros “O beijo traiçoeiro” e “A missão traiçoeira”, cujas histórias misturam aventura, romance e espionagem.

Convidada: Erin Beaty

Mediação: Tamirez Santos

 

17h15 às 18h30

K-pop nos livros

Os coreanos encantaram o cenário musical e passaram para a literatura. Você já encontrou seu bias nos livros?

Convidados: Babi Dewet, Gaby Brandalise e Thaís Midori

Mediação: Melissa Ery

 

18h45 às 20h

Representação do jovem na mídia

Como livros e filmes retratam os jovens, e a diferença entre escrever para os diferentes formatos.

Convidados: Luly Trigo, Matheus Souza e Thalita Rebouças

Mediação: Keka Reis

 

20h15 às 21h30

Abrindo o coração na internet

Como ser vulnerável e falar sobre sentimentos para milhões de pessoas.

Convidados: Bruna Vieira, Guilherme Pintto e Matheus Rocha

Mediação: Frini Georgakopoulos

 

Espaço Missão

14h15 às 15h30

Desvendando referências no YA: Intertextualidade, referências e retellings

As obras YA frequentemente fazem referências diretas e indiretas a outros livros e autores, e por vezes são novas versões de velhas histórias. Este bate-papo pretende discutir este fenômeno de intertextualidade e refletir sobre a importância de lançar uma nova ótica sobre narrativas já conhecidas, bem como a de estabelecer conexões improváveis entre segmentos literários.

Convidados: Felipe Castilho e Mayra Sigwalt

Mediação: Beatriz Sanz

17h15 às 18h30

Escrever é profissão?

Uma conversa sobre a carreira de escritor, a trajetória e as dificuldades encontradas pelas autoras.

Convidados: Aline Valek, Luisa Geisler e Socorro Acioli

Mediação: Jana Bianchi

 

18h45 às 20h

Romances de época

As mudanças do gênero e suas histórias apaixonantes.

Convidados: Babi A. Sette, Carina Rissi e Paola Aleksandra

Mediação: Larissa Siriani

 

20h15 às 21h30

Conversas na mesa de jantar

As relações familiares nos livros e como o crescimento do jovem é influenciado por isso.

Convidados: Breno Fernandes, Cidinha da Silva e Iris Figueiredo

Mediação: Lucas Rocha

Domingo, 4 de agosto

Sala Adoniran Barbosa

14h15 às 15h30

A mágica por trás das histórias

A escritora canadense Kristen Ciccarelli fala sobre seus livros “A caçadora de dragões” e “A rainha aprisionada”. A saga mostra um reino onde contar histórias atrai dragões, e uma garota precisa matar o pior deles para escapar de um acordo que ameaça seu futuro.

Convidada: Kristen Ciccarelli

Mediador: Tamirez Santos

 

15h45 às 17h

Sacis, vampiros e lobisomens

Um bate-papo sobre a fantasia brasileira através de diferentes gerações. O que faz dos vampiros e lobisomens algo tão nosso quanto mulas sem cabeça e sacis?
Convidados: Felipe Castilho, Giulia Moon e Johnatan Marques

Mediador: Eric Novello

 

17h15 às 18h30

A família que a gente escolhe

Contando histórias onde os amigos são a maior rede de apoio.

Convidados: Fernanda de Castro Lima, Lucas Rocha e Luisa Geisler

Mediador: Arthur Tertuliano

Espaço Missão

15h45 às 17h

A volta das comédias românticas

Um dos gêneros mais famosos da ficção voltou, dessa vez com mais diversidade e representando todas as formas de amor. Os autores discutem suas histórias favoritas e quais eles ainda querem ver por aí.

(Gravação de episódio para o podcast Wine About It.)

Convidados: Clara Alves, Olívia Pilar e Vitor Martins

Mediador: Bruna Miranda e Mayra Sigwalt

17h15 às 18h30

O futuro é negro: o afrofuturismo no Brasil e no mundo

Como uma visão afrocentrada na literatura traz novas possibilidades para a negritude como protagonista de sua história e herdeira de suas tradições.

Convidados: Ale Santos e Fabio Kabral

Mediador: Petê Rissatti

Livros, Resenhas

Resenha: Um Milhão De Finais Felizes, de Vitor Martins

Um Milhão de Finais Felizes é o segundo romance do autor e ilustrador Vitor Martins. Publicado (nem tão) recentemente pela Globo Alt, a história dessa vez vai um pouquinho além no quesito idade dos protagonistas, se diferenciando um pouco do já resenhado por aqui, Quinze Dias. Aqui, os protagonistas já dividem o seu tempo com estudos, trabalhos, problemas familiares e a tentativa de conseguir manter uma vida social no meio de tudo. Já começo dizendo que ambos os livros não possuem relação, mas passa a impressão de que a melhor ordem de leitura é Quinze Dias > Um Milhão de Finais Felizes, pois, no primeiro você se encanta e no segundo você fica meio: “eita, essa é minha vida”.

Acompanhamos a história de Jonas, um ‘barman’ no conceituadíssimo Rocket Café, uma versão intergaláctica da Starbucks, que tenta mesclar seu tempo com sua cabeça multicriativa a ponto de ele andar com um bloquinho de anotações por aí para anotar qualquer ideia para um livro que ele possa ter ao decorrer do dia. Jonas lida com uma mãe bem religiosa e um pai que… bem, como podemos descrever? Folgado acho que se encaixa bem. Ele ainda não estuda, mas, já sente a pressão por ainda não ter ‘encontrado algo para fazer’, o que é bem normal quando estamos em nossos 19-20 anos (palavra de quem trocou 3 vezes de faculdade neste mesmo período). E é durante o expediente de trabalho que Jonas conhece Arthur, o lindo ruivo, com cabelos ruivos, coque e jeito bonitão que nos deixa babando. Arthur se torna uma inspiração para Jonas, que começa a escrever um romance LGBT com o bonitão em mente, que mais legal, é apresentado durante o livro! Ou seja, temos uma história nova dentro de uma história (e isso foi muito demais, sério).

Os encontros e desencontros desenvolvidos são muito corriqueiros e são coisas que realmente acontecem conosco – a dificuldade me reunir todos nossos amigos e a necessidade de tê-los com você quando as coisas se apertam, a frustração por acharmos que não estamos fazendo o que deveríamos – como se profissionalizando em algo ou buscando melhores oportunidades, por não nos encaixarmos em algum molde que a ‘sociedade’ julga que devemos estar. Os embates entre o personagem principal e a família são de dar um nó na garganta de tão reais. O que mais chama a atenção nessa parte é o fato de o assunto não ter se resolvido com a facilidade que estamos acostumados ao ler em outras histórias: não tivemos um final feliz ou triste, considero inclusive um final real, pois, é bem comum as coisas ficarem como estão e termos que lidar com isso: sem choro nem vela. A amizade de Jonas com sua companheira de trabalho Karina também é algo a se destacar: afinal, acaba sendo normal a gente se apegar muito aos amigos que estão inseridos em nossa rotina e acabar se culpando por se afastar daqueles de escola, e tentar juntar estes ciclos de amigos para ter todos juntos: as vezes dá certo, ás vezes não dá, e tudo bem com isso;  são os encontros e desencontros que falei ali em cima.

Preciso dizer que o melhor de Um Milhão de Finais Felizes está em Jonas: em seu jeito desajeitado, a forma que ele viu o Arthur e se encantou a ponto de se sentir tão inspirado por ele, o modo como tenta ajudar e ser um apoio para os seus amigos. Sabe aquele vídeo da Oprah dizendo “ela é a mãe que eu nunca tive, a irmã que todos querem, ela é a amiga que todo mundo merece, eu não conheço uma pessoa melhor”, se não viu, clique aqui, então. É o Jonas para mim. Inclusive, a Mariana Mortan fez um vídeo bem legal no canal dela, Chá de Prosa, que deixo aqui para vocês assistirem, que resume bem essa personalidade incrível do Jonas e a forma como o Vitor Martins conseguiu construí-lo de um jeito bem verossímil: