Violetas na Janela foi de longe o livro mais recomendado para mim quando minha vó morreu. Meus amigos, minha analista e até mesmo, algumas pessoas desconhecidas diziam que eu precisava ler este livro. Não sou espírita, a única vez que li um livro espírita na vida foi quando perdi meu cachorro aos quinze anos. Sim, parece um padrão recorrer a esse tipo de literatura quando a gente precisa de um alento para além da matéria.
Patrícia desencarnou aos dezenove anos. No mundo dos espíritos, recorda que despertou tranquilamente no plano espiritual, sentindo-se entre amigos. Feliz com a acolhida, adaptou-se à nova vida auxiliada por espíritos benfeitores que a receberam na Colônia São Sebastião. Em Violetas na janela, Patrícia explica o que é a desencarnação. Descreve as belezas do plano espiritual, onde não faltam trabalho, estudo e diversão. No início, estava cheia de dúvidas… Do que se alimentaria? O que vestiria? Sentiria as mesmas necessidades? Enfrentaria o calor, o frio? Aos poucos, tudo se esclareceu ao conviver com outros jovens desencarnados. Conheça o outro lado da vida: entenda como devemos proceder diante da morte de um ente querido – o que fazer para superar a separação e confortar aquele que partiu. Patrícia exemplifica a lição, relembrando a inesquecível ajuda que recebeu de familiares espíritas. (Livro 1 da Coleção Patrícia)
Violetas na Janela conta a história de Patrícia, uma garota que desencarnou aos dezenove anos e conta das suas experiências do lado de lá. Desde sua morte, entendemos, de acordo com a crença espírita, o que acontece com seu espírito na colônia, enquanto ele se desliga do corpo físico, lida com o luto, com os familiares e com a nova vida. É uma leitura leve, tranquila, e parece dar a sensação de que alguém está realmente te contando uma história. Vários foram os dias que li Violetas na Janela para dormir, peguei no sono e tive sonhos lindíssimos com a minha vó.
De acordo com o livro, leva algum tempo até o espírito se desligar do corpo físico, período este em que o desencarnado dorme bastante. Quando acorda, ele é recebido por um ente querido que funciona como uma espécie de mentor no seu mundo espiritual. Lá, ele precisa aprender a se alimentar, a se vestir, a trabalhar e a levar a vida. O grande ombro amigo do livro se dá quando se falam dos entes queridos que ficaram na Terra: quando eles choram, sofrem ou sentem saudades, o espírito se sente mal, triste e pesado. Quando os encarnados desejam um caminho de luz, alegria e felicidade, é como se enviassem flores para o espírito, que se sente cada vez mais forte e amado.
Devem os encarnados pensar nos desencarnados sadios, felizes e desejar-lhes alegria.
A leitura é realmente um abraço quentinho para quem acredita que existe vida após a morte e que a morte não é o fim de tudo. Discordo de vários pontos do livro, o que considero perfeitamente normal por não ser da doutrina espírita mas, resolvi ficar e levar para o coração a mensagem principal que, onde quer que estejam os nossos entes desencarnados, que estejam bem, felizes e em seu caminho de luz. Por aqui, se lembrar com amor e ternura segue sendo nossa forma mais singela de amar.
O não entendimento da continuação da vida leva muitas pessoas a terem pena de quem desencarna. A desencarnação para os bons é paz e alegria. Para os maus e ociosos é o começo de sua colheita.