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Livros, Resenhas

Resenha: A garota do lago, Charlie Donlea

Sinopse: Summit Lake, uma pequena cidade entre montanhas, é esse tipo de lugar, bucólico e com encantadoras casas dispostas à beira de um longo trecho de água intocada. Duas semanas atrás, a estudante de direito Becca Eckersley foi brutalmente assassinada em uma dessas casas. Filha de um poderoso advogado, Becca estava no auge de sua vida. Atraída instintivamente pela notícia, a repórter vai até a cidade para investigar o caso. …E Logo Se Estabelece Uma Conexão Íntima Quando Um Vivo Caminha Nas Mesmas Pegadas Dos Mortos…E enquanto descobre sobre as amizades de Becca, sua vida amorosa e os segredos que ela guardava, a repórter fica cada vez mais convencida de que a verdade sobre o que aconteceu com Becca pode ser a chave para superar as marcas sombrias de seu próprio passado.

Esse livro foi uma surpresa para mim. Estava um dia numa livraria como quem não quer nada, só olhando as prateleiras e logo vi “A Garota do Lago”, PROMOÇÃO.

Eu gosto de livros de romance, mas vi a capa, achei legal, estava barato… Me surpreendi, amei o livro, e a estória me seguiu por muitossss dias depois que terminei de ler na minha cabeça.

A garota no lago é a leitura que te deixa com ressaca literária e ainda por cima é um tema tão real e que sabemos que acontece tanto em qualquer lugar do mundo e é muito triste.

Agora vamos lá. É do gênero de suspense e está constituído para causar impacto. A estória é narrada no presente por uma jornalista chamada Kelsey Castle que vai até uma cidadezinha do interior cobrir o assassinato da filha de poderoso advogado, Becca Eckersley.

É a busca pela verdade sobre o que aconteceu com a jovem universitária. O livro intercala os capítulos entre presente e passado, uma maneira que faz o leitor especular sobre quem é o verdadeiro culpado do crime.

Kelsey está tentando se recuperar de um trauma passado, ela precisa enfrentar e superar o que aconteceu e por isso pega esse caso em outra cidade para escrever a matéria e também tentar se desligar de tudo. Só que o que ela não esperava é que o assassinato de Becca tem uma raiz muito mais funda do que a que está sendo contada, e a morte da mesma acaba trazendo à tona todos os traumas da jornalista.

“A dor era lancinante. A visão de Becca ficou embaçada, e a audição, comprometida. Foi quando ele enfiou as mãos frias sob a calça do agasalho esportivo dela. Nesse momento, Becca recobrou a plena atenção. Apesar de estar imobilizada sob o peso do corpo dele, ela o esmurrou e o arranhou ao ponto de deslocar alguns dedos e de as unhas ficarem cobertas de pele e sangue.”

Os personagens secundários são quem dão sustentação à trama e colaboram para gerar a sensação de que há algo mais escondido por trás do crime. Uma cidade pequena em que todo mundo conhece todo mundo gera muitas fofocas.

Pistas encobertas pelo próprio pai da vítima e tudo o que pessoas com alta influência fazem quando querem omitir informações de uma investigação são mostradas e desvendadas. O que antes pensavam que era um assassinato atrás de dinheiro não era bem aquilo.

A chave é quando Kelsey encontra o diário de Becca, ai que tudo vai se desenrolando para chegar a uma conclusão.

“Até aquele momento, sua pesquisa dizia que Becca Eckersley era uma boa garota da Carolina do Norte. Correta,, jamais metida em confusão e uma florescente aluna, fora morta duas semanas atrás.”

Eu gostei muito do livro, foi meu primeiro contato com literatura de suspense além de Harlan Coben, e eu me surpreendi com o final.

Quando chegou ao desfecho do crime, o quem matou e porque eu fiquei revoltada por ter pensado que tinha sido outra pessoa e bom, julguei mal. Atire a primeira pedra quem nunca julgou um personagem antes hahaha mas tudo bem!

É chocante e te faz ficar pensando na estória por vários dias depois que o livro acaba. Porque uma pessoa faria isso? Até onde vai o desejo e a crueldade?

É um livro de uma estória fictícia, mas que acontece tanto, é só assistir a qualquer jornal que todos os dias vemos histórias parecidas.

Recomendo a leitura, e comentem o que acharam e como se sentiram quando o livro acabou!!

Livros, Resenhas

Resenha: Verity, Colleen Hoover

O amor é capaz de superar a pior das verdades? Verity Crawford é a autora best-seller por trás de uma série de sucesso. Ela está no auge de sua carreira, aclamada pela crítica e pelo público, no entanto, um súbito e terrível acidente acaba interrompendo suas atividades, deixando-a sem condições de concluir a história… E é nessa complexa circunstância que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à beira da falência convidada a escrever, sob um pseudônimo, os três livros restantes da já consolidada série. Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity – e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente – incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal. Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity?
“Distintamente sinistro, com um verdadeiro toque de [Colleen] Hoover. Estive esperando um thriller como esse por anos.” – Tarryn Fisher, coautora da série Nunca Jamais

Diferente das outras obras de Colleen Hoover, ela traz Verity como um suspense que realmente te prende do começo ao fim.

Já digo de inicio que Colleen Hoover é minha escritora preferida de todos os tempos e essa obra devorei em 3 horas. Na minha opinião, por ter escolhido esse gênero e o modo como narrou a estória foi sua obra mais distinta.

O livro é dividido entre duas protagonistas, por um lado temos Verity Crawford, que é quem rouba a cena e dá o nome ao livro. Verity é mostrada através do manuscrito da sua dita autobiografia, através de comentários do seu marido Jeremy, através dos olhos de Lowen e o que ela pensa da autora depois de tudo que leu… Ainda assim, Verity é uma personagem que vai te instigar do início ao fim.

Por outro lado temos Lowen Ashleigh, uma escritora de romances de suspense que vive em Nova Iork mas que é o completo oposto da cidade, é quieta e na dela, quase não sai de casa, não dá entrevistas e não gosta de visibilidade.

A vida das duas protagonistas se cruzam no momento que Jeremy, marido de Verity, procura Lowen para que a mesma termine como Co-Autora a série de livros de sua esposa, que sofreu um grave acidente.

Lowen é convidada a ir a casa de Jeremy e Verity para trabalhar no escritorio da escritora, para entender seus manuscritos e começar a dar vida aos próximos três livros da série, e é ai que ela acha a então “biografia” de Verity Crawford.

A estória é narrada em primeira pessoa por Lowen e há os capítulos da autobiografia de Verity, narrados por ela. A narrativa deste livro é de uma inteligência e ousadia que poucos autores possuem.

E aqui é onde isso fica real. As entranhas da minha autobiografia. Esse é o ponto em que outros autores melhorariam suas imagens, em vez de se lançarem em uma máquina de raio-x.

Mas não há luz para onde estamos indo. Este é seu último aviso.
Escuridão à frente.

Quanto mais tempo Lowen passa na casa dos Crawford mais ela e Jeremy vão se aproximando, e é ai que coisas estranhas começam a acontecer.

Passei a maior parte da minha vida não confiando em mim durante o sono. Agora estou começando a não confiar em mim mesmo quando estou acordada.

Verity é uma obra que possui cenas muito gráficas e incômodas, principalmente no que se refere a assuntos relacionados à maternidade. É de revirar o estômago algumas cenas e igual a Lowen eu também tinha que parar de ler o livro e respirar um pouco. Esse é um daqueles livros que quanto menos a gente souber, melhor.

Diversas vezes me arrepiei e pensava em como um ser humano poderia agir de tal maneira, a presença de Verity traz calafrio, suas palavras não são necessárias, tudo o que ela queria dizer está escrito em sua autobiografia, e são essas as partes mais perturbadoras da estória.

Tanto como Verity é a alma do livro, Lowen também é uma personagem muito complexa, ela sofre de sonambulismo e diversas vezes questiona sua própria sanidade. E digo que nós, leitores, também questionamos sua sanidade quando aqueles acontecimentos misteriosos apareciam. Será que eram só na cabeça de Lowen? Ou ela estava sendo sugestionada pela biografia de Verity?

Mas quem assiste as vezes Investigação Discovery sabe muito bem que poderia ser verdade o que Lowen via.

Também há outro personagem que é raro e traz uma desconfiança, Jeremy Crawford. Ele é aquele tipo de personagem bom demais para ser verdade… Pai amoroso, marido paciente. se por um lado eu queria confortá-lo por tudo o que ele já havia sofrido, por outro eu queria confrontá-lo. Teria ele algo a ver com o acidente de Verity? Sua devoção à esposa é culpa ou amor incondicional?

A obra apresenta Crew, de 5 anos, filho de Jeremy e Verity que conversa com a mãe… mas a mãe não fala… então será que ele só imagina que está conversando com ela? Ele é bem assustador as vezes.

E fica em aberto a enfermeira de Verity que logo de cara não gosta de Lowen, mas essa foi uma personagem que não consegui interpretar.

Somos capazes de separar a realidade da ficção de tal forma que parece que vivemos em dois mundos, mas nunca os dois mundos ao mesmo tempo…

Se disser qualquer coisa a mais entra em spoilers então eu fico por aqui com vocês.

Eu realmente ainda não sei o que pensar desse livro, o final ainda tá na minha cabeça assim como todo o resto da história, ela conseguiu jogar direitinho comigo, acabei não chegando a uma conclusão sobre o que eu acho que realmente aconteceu, mas gostaria de pensar que uma pessoa não possa fazer tantas maldades.

Insano, dúbio, intenso, frio, impiedoso, arrebatador. Verity mostra um outro lado da criatividade de Colleen Hoover, como todos os livros dela, esse também me deixou com uma ressaca literária.

Acredito que muita gente abandone a história, pela forma que ela conduz e descreve alguns temas e situações, que são difíceis de digerir realmente, mas a minha dica é que não abandone, por mais que seja impactante, porque o final vai te surpreender.

Filmes

Review: The Sinner (2017)

Era por volta das 18 de um domingo. Bianca tinha ido me visitar e antes de ir embora disse “miga, vamos ver só um episódio dessa série aqui rapidinho”. Ela tinha me recomendado The Sinner várias vezes, mas eu sempre alegava que não tinha tempo.

Minha amiga jogou a Parte I (ep. 1) dá série no meu colo e depois foi embora. Por volta da uma da manhã, eu estava desesperada mandando mensagem pra ela. Precisava muito conversar sobre o que eu tinha acabado de assistir.

Traguei as 8 Partes de The Sinner de uma vez só. A série dramática de suspense, baseada em romance de mesmo nome, lançado em 1999, da autora alemã Petra Hammesfahr, tem uma estrutura narrativa que procura nos deixar vivendo 6 horas seguidas em plena tensão, procurando saber como tudo aquilo vai terminar.

A fórmula não é nova, pode ser vista em várias produções do gênero e nós já a esperamos: fazer com que o espectador crie várias hipóteses + refutar todas no final + “estava aqui o tempo todo só você não viu”.

Ainda assim, The Sinner se aproveita muito bem das prerrogativas de seu gênero. Cada parte (ou episódio) acrescenta novas informações à narrativa à medida que contradiz ou desmente informações de episódios anteriores, terminando com um gancho bem construído para a parte seguinte.

Ademais, a direção é eficiente; a filmagem repleta de cenas com uns planão da porra; as atuações de Jessica Biel e Bill Pullman estão excelentes; e o tempo da narrativa e da filmagem apresentam-se muito bem trabalhados em favor do gênero.

De perto, ninguém é normal

A série foi divulgada a partir da seguinte premissa:

The question is not what happened, the question is: why.


Em um dia de descanso na praia com sua família, Cora Tannetti (Jessica Biel) de repente esfaqueia um homem desconhecido até a morte. Tudo parecia estar resolvido: todos viram o crime acontecer, Cora confessou e havia provas incontestáveis. Caso encerrado? Não para o detetive Harry Ambrose (Bill Pullman) que desconfia da “simplicidade” com que tudo foi resolvido e inicia uma investigação para entender por que uma mãe de família, sem antecedentes criminais e aparentemente “normal”, esfaquearia um homem à luz do dia em uma praia lotada.

Harry é o detetive das narrativas policiais o qual tem um quebra-cabeça em mãos, agora, precisa resolvê-lo. Acompanhamos seus passos e as novas pistas que encontra, ficamos frustrados quando alguma dessas pistas leva a um beco sem saída e comemoramos ao conseguir estabelecer ligações entre as personagens que aos poucos são mostradas. Contudo, o grande mérito da série está na profundidade psicológica destas personagens.

A partir do modelo contemporâneo de criação de narrativas que evidencia a preferência por anti-heróis, personagens imorais, lunáticos, excêntricos, inescrupulosos, etc., The Sinner traz duas personagens principais (Cora e Harry) que para além da narrativa, elas mesmas são um quebra-cabeça, mostrando um conflito essencial que pode estar presente em todos nós: a essência x a aparência.

A história se desenvolve em torno do que está à mostra e do que está escondido: uma mãe, esposa e trabalhadora exemplar que guarda um passado de abusos; um detetive persistente e talentoso que não consegue salvar o próprio casamento e tem gostos sexuais masoquistas.

THE SINNER – “Parte VI” – Pictured: Bill Pullman como Harry Ambrose, Jessica Biel como Cora Tannetti – (Photo by: Peter Kramer/USA Network).

A própria abertura da série, baseada no Teste de Rorschach, faz referência a questões psicológicas que estarão presentes na narrativa, principalmente a relação consciente x subconsciente e acontecimentos traumáticos que podem modificar nossa existência.

Em resumo, The Sinner se apresentada como uma série totalmente dentro do gênero suspense, contudo, se destaca pela complexidade das personagens, pelas atuações de Biel e Pullman, pela beleza dos quadros e pela atenção dada à psicologia das personagens.

Continua?

Estreando em 2 de agosto de 2017, The Sinner teve somente 1 temporada, dirigida por Derek Simonds. A história de Cora foi concluída no último episódio (8) e todos os mistérios foram revelados. Contudo, em algumas entrevistas, Derek não destacou a possibilidade de dar continuidade à trama.

Podendo ser vista também como uma minissérie, a produção está com 94% no site rottentomatoes.com e tem tido boa recepção da crítica e dos espectadores, fatores que podem animar a rede USA Network a querer comprar uma segunda temporada.

Caso haja mesmo uma continuidade, provavelmente ela será baseada na personagem de Harry que no final no último ep ainda não conseguiu solucionar seus problemas pessoais.

Com ou sem continuação, a “moral” da série é clara: há um pecador dentro de todos nós.

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Atualizações, Filmes

Assista ao trailer assustador do suspense nacional “O Rastro”

É notável que o cinema nacional vem crescendo cada vez mais. E com o crescimento, novos gêneros vão ganhando espaço entre as produções brasileiras. É o caso de O Rastro, suspense estrelado por Rafael Cardoso (Do Começo ao Fim) e Leandra Leal (O Lobo Atrás da Porta). Confira o trailer a seguir:

“João (Rafael Cardoso) é um médico escolhido para coordenar a remoção de pacientes de um antigo hospital prestes a ser desativado. Na noite da transferência, uma menina de dez anos desaparece sem deixar vestígios. Quanto mais João se aproxima da verdade, mais ele mergulha em um universo obscuro, que nunca deveria ser revelado”, diz a sinopse oficial.

O filme ainda traz no elenco Felipe Camargo, Cláudia Abreu, Alice Wegmann e participação do saudoso Domingos Montagner. O Rastro é dirigido por J.C. Feyer e tem estreia prevista para 18 de maio nos cinemas.

Resenhas

Resenha: Um Destino Ignorado, Agatha Christie

Durante uma conferência em Paris, o cientista nuclear Thomas Betterton desaparece misteriosamente. Ele é apenas um entre vários acadêmicos de elite que sumiram sem deixar rastros, causando inquietação entre as autoridades de diversos países. Cabe ao Serviço Secreto de Inteligência Britânico investigar o paradeiro dos pesquisadores, bem como descobrir quem os está sequestrando e por quê. A chave para este mistério parece estar nas mãos de uma mulher enigmática , que se encontra à beira da morte…Em Um Destino Ignorado, Agatha Christie demonstra mais uma vez seu talento como escritora de suspense , envolvendo o leitor em uma surpreendente trama de espionagem e intriga internacional.

Primeiramente, gostaria de ressaltar a autora de Um Destino Ignorado, Agatha Christie (1890- 1976), que em sua vida publicou mais de 66 obras de mistério, 163 contos, dezenove peças e muitas outras obras que a consagraram como uma das maiores escritoras de todos os tempos. Sinto até vergonha em dizer que nunca tinha lido nenhum livro dela antes, mas tenho certeza que esse é o primeiro de muitos.

Em diversas partes do mundo, cientistas, médicos, físicos e acadêmicos estão desaparecendo sem deixar nenhuma pista, não se sabe se foram sequestrados ou se decidiram ir por conta própria e para onde foram. O agente Jessop, do Serviço Secreto de Inteligência Britânico é então, encarregado de investigar o paradeiro do mais recente desaparecido, Tom Betterton. Ele resolve interrogar mais uma vez sua esposa, Olive Betterton, como o livro foi escrito em 1954, essa é a hora em que é possível ver, de forma marcante, a bipolaridade da Guerra Fria, já que Jessop pergunta diversas vezes se Tom tinha alguma ligação com o comunismo.

Em paralelo a essa história, outra personagem é introduzida ao enredo, Hilary Craven, uma mulher britânica que acabou de perder a filha, vítima de meningite e foi abandonada pelo marido. Hilary deseja escapar de Londres, está extremamente deprimida e decide fazer uma viagem à Casablanca, Marrocos, pensando que se livrará de suas angústias longe de casa. Chegando lá, percebe que não tem como escapar dela mesma e decide se suicidar. Nesse momento as duas histórias se encontram e o livro começa a ficar interessante, porque até o momento eu já estava me sentindo mal com o estado de espírito de Hilary.

Olive Betterton, enquanto era interrogada, disse que ia para Marrocos, mudar um pouco de ambiente e se afastar dos jornalistas que constantemente lhe incomodavam. Jessop decidiu segui-la, suspeitando que fosse atrás do marido, porém ela morre em um trágico acidente de avião. Já em Casablanca, Jessop encontra Hilary, que chama sua atenção por ser parecida com Olive e por estar comprando uma grande quantidade de pílulas para o sono e suspeita do que ela poderia fazer com elas. Então, invade o quarto do hotel em que ela estava, no exato momento em que ela tomaria a primeira pílula e lhe oferece um jeito mais “emocionante” de morrer.

Ela se passaria por Olive Betterton (convenientemente ninguém conhecia a aparência da verdadeira Olive) e trocaria de identidade com ela, sendo assim Hilary Craven teria morrido no acidente e Olive continuaria sua viagem. Hilary aceita a proposta e segue com a missão perigosa rumo ao desconhecido para desvendar o mistério do desaparecimento dos cientistas (falando assim parece meio Scooby-doo, mas é realmente muito legal).

Ironicamente, Hilary embarca nessa missão, que teria como fim a sua morte, mas no caminho encontra uma razão para viver e se agarra a ela como não fazia há tempos, o que eu achei maravilhoso.

Um Destino Ignorado prende do começo ao fim, possui uma atmosfera de viagem que te envolve, a cada página a curiosidade aumenta e é impossível parar de ler (tanto que perdi 4 aulas de gestão por causa do livro, não sigam meu exemplo). As únicas críticas negativas que tenho a fazer: o uso de várias expressões em francês, porque se você, assim como eu, não fala francês, pode ficar um pouco confuso e o fim; que poderia ter sido mais detalhado, a leitura ficou um tanto corrida. Mas tirando isso, só tenho elogios, os fatos se encaixam de maneira surpreendente e, como em todo livro de suspense, há muitas reviravoltas e alguns personagens revelam ser outras pessoas no final, portanto, fique atento a eles.