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Sol da meia-noite

3 livros que mereciam continuação e nunca tiveram
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3 livros que mereciam continuação e nunca tiveram

Você já parou para pensar em todos os livros que você leu, amou, esperou a continuação e ela nunca veio? Pois bem, eu parei pra pensar e gostaria de não ter parado. Bate uma tristeza, sabe? Mas, não vou ficar triste sozinho, por isso, resolvi compartilhar minha lista com vocês.

Tem Sol da meia-noite, que demorou anos para sair e eu sonho todos os dias que a Stephenie Meyer vai escrever uma versão de Lua Nova aos olhos do Edward (por onde ele andou todo aquele tempo, senhor?)… Tem Círculo, um livro de bruxaria incrível, de autores suecos, que até tem continuação, mas ela não foi traduzida para o português (e eu não sei ler em sueco, nem conheço alguém que saiba)… E também tem Máscara, de um autor brasileiro que foi o primeiro a enviar um livro para eu ler e resenhar aqui no Beco. O livro tem um gancho enorme e eu nunca soube o final. 🙁

Olha aí:

Sol da meia-noite, Stephenie Meyer (não custa sonhar)

Sol da Meia-Noite, o livro de Crepúsculo, agora narrado pelos olhos de Edward Cullen demorou muito, mas finalmente saiu, lançado há pouco tempo. Até então, conhecíamos a história somente sob o olhar de Bella Swan, protagonista que vem a ser seu par romântico ao longo dos quatro livros da série. O que eu acho mais interessante de Sol da Meia-Noite é que com certeza, Stephenie Meyer estudou psicanálise para compor seus personagens. Os traços são fortes, muito bem pensados e planejados, o que não me deixa sequer imaginar que foram concebidos a esmo. Eu ainda amo Crepúsculo e toda a série, não se enganem, mas, precisamos debater esse outro lado da história. Romantizar relacionamentos neuróticos e obsessivos é romantizar relacionamentos tóxicos e abusivos, que lotam consultórios de psicanálise em todo o país. É preciso conscientizar, não romantizar.

+ Leia a resenha de Sol da meia-noite aqui!

Círculo, Mats Strandberg e Sara Bergmark Elfgren (já tem continuação… em sueco)

O livro começa sombrio, de certa forma, mostrando o assassinato do garoto Elias logo no primeiro capítulo, totalmente misterioso e facilmente confundido com suicídio, já que este utilizou de um espelho quebrado para tirar a própria vida, mas nem tudo é o que parece. O livro é recomendável para todos aqueles que gostam de sofrer um pouco com a curiosidade e que curtem personagens extraordinários, tais como as bruxas apresentadas aqui. Mal posso esperar pela continuação e pela adaptação cinematográfica que está por vir e saber o que Engelsfors, que parecia inofensiva, guarda para as garotas… pelo menos para aquelas que ficaram vivas! PS.: Tem continuação, mas nunca foi traduzido do sueco para português! 🙁

+ Leia a resenha de Círculo aqui!
+ Leia nossa entrevista exclusiva com os autores aqui!

Máscara, Luiz Henrique Mazzaron (ainda espero a continuação!)

Máscara, conta a história de Liam, sobrinho de um carrasco ex-militar, que sofria constantes abusos físicos e morais. Certo dia, ao ver uma oportunidade, o garoto acaba fugindo e acabando com a vida do tio. É nesse contexto improvável, que se desenvolve todo o enredo do livro. A trama de Mazzaron é extremamente cativante, e me fez imaginar exatamente cada cena proposta, assim como criar um carinho especial por cada um dos personagens. Este é um livro que sem nenhuma sombra de dúvidas, é o meu novo preferido, uma vez que há séculos nenhum conseguira me prender de tal forma. Já disse aos meus amigos que presentearei todos eles com uma cópia, porque essa história é realmente digna de um best-seller e com toda certeza arrecadaria sucesso em bilheterias caso tivesse uma adaptação cinematográfica.

+ Leia a resenha de Máscara aqui!

E para você, qual livro deveria ter continuação e ainda não teve?

Sol da meia-noite
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Resenha: Sol da Meia-Noite, Stephenie Meyer

Sol da Meia-Noite, o livro de Crepúsculo, agora narrado pelos olhos de Edward Cullen demorou muito, mas finalmente saiu, lançado há pouco tempo. Até então, conhecíamos a história somente sob o olhar de Bella Swan, protagonista que vem a ser seu par romântico ao longo dos quatro livros da série.

Sou fã de Crepúsculo de carteirinha e como tal, esperei igual doido por Sol da Meia-Noite. Eis que ele chegou e eu devorei em pouco menos de um mês. A diferença é que li Crepúsculo no auge dos meus 13 anos. Já esse, eu li dez anos depois, com vinte e três, e quase me formando psicanalista. Não perdi a chance de analisar o Edward sob os olhos da psicanálise, é claro.

Separei alguns pontos e acho justo começar por um que já era presente em Crepúsculo, mas veio a ficar mais forte em Sol da Meia-Noite: a obsessão do Edward com relação a Bella. Ele acha que precisa sempre estar perto dela para protege-la, ou o encanamento de gás da rua pode estourar, um vampiro pode aparecer do nada…. Quer dizer, quais as chances disso acontecer normalmente? Nenhuma. Ele só quer justificar sua obsessão com base em que se tratando de Bella, essas coisas acontecem.

Além disso, vemos um Edward que briga muito consigo mesmo. O tempo todo ele fica encabeçando atritos entre seus desejos, suas pulsões (ID) e sua moral (superego), incapaz de encontrar um meio de satisfazer as duas. Ele não pode matar a Bella e ainda sim, continuar na dieta vegetariana de Carlisle e sua família, por exemplo. Ele acha que precisa silenciar, matar, esse monstro que há dentro de si, demorando para perceber que o monstro, isto é, seu ID, faz parte de si. Ele precisa conviver com ele e encontrar formas de dar vazão a essas pulsões, ainda é claro, agradando suas regras morais.

Uma pausa aqui é necessária pra gente analisar a Bella também. Ela não tem nenhum senso de autopreservação. Suas pulsões se sobressaem sem dificuldade nenhuma aos instintos, mesmo aqueles que são para deixa-la viva. Alô pulsões de morte? Temos alguém aqui com deficiência de pulsões de vida. Ela simplesmente não se importa que o Edward pode mata-la. Ela torna tudo mais fácil para ele, sem se preocupar um instante sequer com a própria vida.

A Bella tem um desejo incontrolável pelo Edward, que conseguimos ver sobressaindo quando ela dorme e sempre sonha que está com ele. Certas horas, o vampiro também deixa escapar que gostaria de dormir para poder sonhar com a Bella, porque sim, essa seria a única forma de satisfazer os desejos do seu ID sem estragar tudo. Nos sonhos, ele poderia matar a Bella no campo da fantasia, poderia ficar com ela, fazer tudo o que ele quisesse, sem causar danos maiores.

Um outro ponto que eu julgo ser o mais interessante de toda a história, é o enredo com a romã presente na capa. Para Edward, ficar com ele é como ficar para sempre no inferno. E ele acha que Bella é sua Perséfone, figura da mitologia grega que é condenada a ficar no submundo com Hades e a cada palavra que eles trocam, cada confissão e segredo é uma semente de romã que Bella ingere, condenada a passar mais tempo ao seu lado. No mito grego, cada semente de romã que Perséfone engolia, era um período que ela tinha que passar no inferno com Hades.

O que eu acho mais interessante de Sol da Meia-Noite é que com certeza, Stephenie Meyer estudou psicanálise para compor seus personagens. Os traços são fortes, muito bem pensados e planejados, o que não me deixa sequer imaginar que foram concebidos a esmo. Eu ainda amo Crepúsculo e toda a série, não se enganem, mas, precisamos debater esse outro lado da história. Romantizar relacionamentos neuróticos e obsessivos é romantizar relacionamentos tóxicos e abusivos, que lotam consultórios de psicanálise em todo o país. É preciso conscientizar, não romantizar.

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“Sol da meia-noite”: Stephenie Meyer lança primeira prévia do livro

É hora do surto, twilighters! A autora Stephenie Meyer, da saga Crepúsculo, divulgou há pouco por meio do seu blog, a primeira prévia do livro “Sol da meia-noite”, que será a visão de Edward dos fatos narrados por Bella no primeiro livro da série.

O livro, que será lançado no dia 4 de agosto, tanto nos Estados Unidos, quanto no Brasil, pela editora Intrínseca, foi muito esperado por todos os fãs e já teve seu lançamento cancelado no passado por conta de um vazamento na internet.

Sem mais delongas, leia o trecho abaixo, já traduzido:

Sol da meia-noite

Nós nos olhamos por um momento, enquanto eu processava que, enquanto ela era meu primeiro amor, eu também era sua primeira… paixão, pelo menos… Essa constatação me atingiu de uma forma estranha, mas também me deixou confuso. Certamente isso foi uma armadilha, uma forma nada saudável dela começar sua vida romântica.

A autora ainda acrescentou que a partir de agora, todas as terças e quintas teremos novas prévias de trechos de “Sol da meia-noite”. Preparados? Porque eu não tô!