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Sarah J. Maas

Livros, Resenhas

Resenha: Corte de Espinhos e Rosas, Sarah J. Maas

Nesse misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance. Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar uma fada zoomórfica transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação. Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira — que ela só conhecia através de lendas —, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la… ou Tamlin e seu povo estarão condenados.

Faz um tempinho que não venho aqui falar sobre o que ando lendo por inúmeros fatores… é a faculdade? é sim, mas principalmente é a falta de ânimo que venho tendo com as minhas leituras. Sempre as mesmas histórias base, disfarçadas por personagens com os outros nomes e cometendo os mesmos erros… estaria eu enjoada do mundo young adult? Para me tirar da minha monotonia e me fazer mergulhar completamente numa história nova e diferente de tudo que lá li chega Corte de Espinhos e Rosas.

O livro começa nos apresentando Feyre, uma jovem de 19 anos que luta sozinha pela sobrevivência da sua família. Após a morte da sua esposa, o pai de Feyre tomado pela depressão, negligenciou a família e Feyre se vê na obrigação de sair e caçar comida para ela e para suas irmãs, bem como cozinhar e cuidar de todos.
Em uma noite fria, nossa protagonista mata um lobo especialmente estranho e ameaçador. Feliz em voltar com comida que duraria semanas, Feyre nem imagina que ali mudou o completamente o destino de sua vida.

Quando comecei a ler confesso que estava bem desanimada… mais uma distopia, mais uma mocinha de caráter forte, que batalha pela sua vida mas espera docemente por um príncipe para começar a viver de verdade. Como fiquei feliz em conhecer Feyre. Na verdade ela passa longe de ser uma dama aguardando o homem perfeito. Ela é mal humorada, não sabe ler nem escrever, é excelente no arco e flecha e tem um caso (sexual, não amoroso) com seu vizinho. Nesse momento do livro conhecemos pouco seu pai e suas irmãs, o que me parece uma perda enorme. Mas com o passar da leitura eles se tornam extremamente importantes para a série como um todo, principalmente Nesta, que até os dias de hoje ainda não decidi se amo ou odeio.

Em mais uma noite fria, a cabana da família é invadida por uma fera imensa nunca antes vista. Com ele, o ar de magia não deixa dúvidas: a besta é um féerico e foi até ali buscando vingança pela morte do seu amigo, o lobo. E como pagamento ele exige que Feyre se entregue. Com medo do que a fera pode fazer a sua família, Feyre parte rumo ao desconhecido: é levada ao outro lado da muralha, erguida há muitos anos para separar o território dos humanos do lado dos feéricos.

Do outro lado Feyre descobre que a fera é na verdade um homem… Tamlin, que assumiu sua forma de batalha para ir busca-lá. Ali ela descobre que Tamlin e todos os outros feéricos que vivem na Corte Primaveril usam uma máscara no rosto, resultado de uma praga mágica que há quase 50 anos assola todos os moradores.

É nesse momento em que vamos sendo conquistados. Sarah J. Maas cria um universo encantador, com personagens imensamente ricos. Podemos ver uma protagonista que cresceu em meio a dificuldades e repleta de ódio no coração conhecer o cuidado e o amor. Somos envolvidos com o mistério das máscaras que nunca saem, imaginando junto com Feyre o rosto de cada personagem e claro, tendo nossos corações conquistados aos poucos pela atenção de Tamlin.

Porque sua alegria humana me fascina, o modo como vivencia as coisas em sua curta existência, tão selvagem e intensamente e tudo de uma vez, é… hipnotizante. Sou atraído por isso, mesmo quando sei que não deveria, mesmo quando tento não ser.”

Sarah J. Maas já é conhecida pela sua escrita impecável e por personagens apaixonantes, e dessa vez ela se supera. Não são poucas as surpresas e reviravoltas no final da leitura. Em determinado momento é humanamente impossível parar de ler. E mesmo no fim a autora não para de nos surpreender. Corte de Espinhos e Rosas entrou bruscamente na minha lista de favoritos e espero que entre na sua (o quanto antes!).

Resenhas

Resenha: Rainha das Sombras, Sarah J. Maas

Rainha das Sombras, o quarto volume da aclamada série Trono de Vidro é um dos maiores lançamentos da Galera nesse semestre e, claro, foi um dos mais esperados pelos leitores Até mesmo por mim.

Começando quase exatamente de onde Herdeira do Fogo terminou, Aelin está de volta à Forte da Fenda para salvar Aedion e descobrir o que está acontecendo com o Rei de Adarlan. Tudo está muito tenso em todos os locais de Adarlan. Diversos demônios valgs estão à solta e a tão temível guerra se aproxima…

Eu não irei me prolongar na história. Não mesmo. Quero dar esse luxo à vocês. Mas há diversas coisas sobre o que falar sobre Rainha das Sombras. MUITAS.

Começando com os personagens. Há o elenco dessa história… No primeiro livro, senti uma simpatia imensa por Celaena e Dorian, tinha um pé meio atrás com o Chaol, mas nada muito sério. No segundo, nossa, eu babei pela Celaena e Dorian, mas fiquei com bastante raiva do Chaol. Vem o terceiro e aparece um novo personagem importante, o tão amado do fandom, Rowan. E aí, as coisas mudaram… pra pior. Me pergunto até agora por qual motivo a Sarah J. Maas decidiu colocar mais um interesse amoroso para a sua protagonista, e mais, um cara arrogante, metido e chato. Mas tudo bem, tudo bem. Sendo que chegou o quarto volume e tcharan, se as coisas já não estavam muito favoráveis, com esse livro, foram por água a baixo. Não gosto nem um pouco de está falando isso, porém Maas acabou com uma das minhas protagonistas favoritas, até Herdeira do Fogo, por causa de um romance que não é nem lá essas coisas. E eu estou bem chateado com isso. Durante quase todas as 640 páginas de Rainha das Sombras, tivemos uma Aelin fraca e instável por causa de um homem que passa longe de ser um personagem agradável. Não há palavras pra expressar o quão descontente eu estou com todo esse romance Aelin-Rowan criado sem necessidade, pois até agora não entendi qual a importância da relação dos dois na trama. Mais não contente em estragar sua protagonista, Maas foi além e nem Chaol escapou. Tudo bem, ele já não era a pessoa mais adorável do mundo nos tomos anteriores, mas nesse ele se superou. Ficou I N S U P O R T Á V E L. Em meio à tantos personagens estragados, duas pessoas conseguiram salvar o livo: Manon, Lysandra e Elide. Amei o quão forte e determinadas elas foram perante tudo o que passaram em Rainha das Sombras.

Enquanto quase todo o elenco do livro afundavam no meu conceito, pelo menos uma coisa me surpreendeu: a história. Quando eu li Trono de Vidro, jamais pensei que as coisas fossem chegar ao nível que chegaram em Rainha das Sombras. J A M A I S. A situação ficou em um estado tão crítico que eu não sabia mais onde tudo aquilo ia parar. Além disso, as diversas reviravoltas me chocaram, coisas que eu sequer pensei, aconteceram. PORÉM, NO FINAL, ACONTECEU ALGO QUE DESDE O PRIMEIRO LIVRO EU HAVIA PROFETIZADO. FIQUEI EXTASIADO!

Há um contraste muito grande em Rainha das Sombras. Personagens fracos e ruins, infelizmente, prejudicam a leitura, entretanto, o caminhar da história e os diversos acontecimentos deixam o leitor numa curiosidade imensa sobre o que está por vir.

É difícil classificar esse livro. São sentimentos de amor e ódio. Se você já chegou até o Herdeira do Fogo, go on! Se você ainda não conhece a história, recomendo a leitura do primeiro e do segundo volume para vocês tirarem a conclusão se devem ou não continuar a série.

Rainha das Sombras é ótimo, mas também é regular. É emoção e decepção, tudo junto em um mesmo livro.