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Resenha: Boy Erased - Uma verdade anulada, Garrard Conley
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Resenha: Boy Erased – Uma verdade anulada, Garrard Conley

Eu queria ler Boy Erased há muito tempo. Na época que lançou o filme, fiquei curioso por se tratar de um drama LGTQIAP+ e por ter o Troye Sivan no elenco, e também acompanhei toda a polêmica em cima da censura. Não sei porque demorei tanto para conhecer a história, até que ganhei o livro de presente de aniversário e resolvi embarcar na leitura. Fiquei surpreso, só não sei dizer se foi positiva ou negativamente, ainda.

Livro que deu origem a filme estrelado por Nicole Kidman, Russel Crowe e Lucas Hedges

Em seu elogiado livro de estreia, Garrard Conley revisita as memórias do doloroso período em que participou de um programa de conversão que prometia “curá-lo” da sua homossexualidade. Garrard — filho de um pastor da igreja Batista, criado em uma cidadezinha conservadora no sul dos Estados Unidos — foi convencido pelos próprios pais a apagar uma parte de si. Em uma tentativa desesperada de agradá-los e de não ser expulso do convívio da família, ele quase se destruiu por completo, mas encontrou forças para buscar sua identidade e hoje é ativista contra as terapias de conversão.

Tocante e inspiradora, a história de Garrard é um acerto de contas com o passado, um panorama complexo das relações do autor com a família, com a fé e com a comunidade. O livro é o testemunho dos traumas e das consequências de se tentar aniquilar parte essencial de um ser humano.

Boy Erased é um relato do próprio autor, que em sua adolescência, teve que passar por um programa de conversão sexual baseado no estudo religioso para se tornar heterossexual. A leitura é pesada, o tema é de extrema importância, mas tem alguma coisa na escrita de Conley que me incomodou bastante, deixando a leitura um pouco arrastada e monótona. Eu sofri para terminar de ler o livro, no entanto, não queria ter sofrido, já que o tema é de debate imprescindível. Por isso, não se deixe abalar por essa informação, porque nós precisamos urgentemente falar dessas terapias de conversão que acabam com a saúde mental de milhares de pessoas ao redor do mundo.

Deus, eu havia pedido em oração, deixando a sala de Smid e seguindo pelo corredor estreito até o salão principal, as luzes fluorescentes estalando em seus suportes de metal, não sei mais quem é o Senhor, mas, por favor, me dê sabedoria para sobreviver a tudo isso.

O livro é um relato quase psicanalítico do autor, que, ao contar sobre sua experiência na terapia de conversão sexual, volta para o passado fazendo intersecções com os motivos pelos quais o fizeram chegar ao ponto que chegou. E, para nós, de fora, é fácil julgar seus motivos e dizer era apenas sair correndo, mas quando o que está em jogo é sua integridade física, moral e além disso, o amor dos seus pais, a gente se vê em buracos cada vez mais profundos buscando uma salvação que está dentro de nós mesmos.

Boy Erased se desenvolve na forma de diário, e talvez seja por isso que sua leitura é de fato complicada. Mergulhamos na consciência e nos vislumbres de inconsciência do autor, que nos trazem informações pesadíssimas sobre sua adolescência. O livro tem gatilhos de estupro, abuso psicológico e físico, lavagem cerebral e muita, mas muita LGBTfobia.

Admiro a coragem de Garrard Conley em expor essa verdade ao mundo todo e agora entendo porque quiseram boicotar tanto o filme. Essa obra literalmente joga a merda no ventilador, doa a quem doer. O filme retrata de forma bastante fiel os relatos apresentados no livro e, acredito que todos que amam uma pessoa LGBTQIAP+ deveriam ler para amplificar ainda mais sua empatia.

A AEA me dizia diariamente que perder minha própria identidade significava ganhar virtude e que ganhar virtude significava me aproximar mais de Deus e, por consequência, de meu verdadeiro eu celestial. Mas os meios para aquele fim – o ódio de si, a ideação suicida, os anos de falsos começos – podiam fazer com que nos sentíssemos mais solitários e mais distantes de nós mesmos do que nunca.

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Colunas

Um dia de cada vez: Autossabotagem

“Um dia de cada vez” é uma editoria escrita por pessoas que contam histórias em sua jornada de autoconhecimento, convivência ou recuperação de transtornos mentais. Os relatos são anônimos e enviados por leitores do blog. Hoje, leremos um relato de autossabotagem, que é consciente apesar do inconsciente ser confiante.

Por que a gente se cobra tanto? A gente precisa aceitar e entender que existe mais de um caminho para se chegar no mesmo destino. Eu, às vezes, acho que ele é único. Que não tenho para onde correr senão aquele caminho tortuoso. E eu fico me cobrando de percorrer por ele.

Eu tenho muita vontade de fazer as coisas. Eu faço as coisas, e sei que tudo o que vou me propor a fazer, vou dar conta e vou fazer bem. Sei que vai dar certo. Mas a que preço? O preço sou eu, minha saúde mental e meu bem-estar. Eu dou conta das coisas mas não dou conta de mim mesmo.

Parece que a autossabotagem não vem tão de dentro assim. Lá dentro, nas profundezas tenho a vontade e a certeza de que vai dar certo. Quando se torna real, quando vem pra fora de mim, o problema está armado: eu quero sabotar e terminar tudo. Eu sinto vontade de encerrar as coisas quando elas começam a acontecer.

Sou apaixonado pelos inícios, mas também pelos finais. Eu gosto de começar, de ver acontecer. Mas também gosto de terminar tudo. Vira e mexe sinto vontade de por fim em tudo e começar outra coisa. Sempre quero ter alguma coisa em mente para começar.

Quero, mas não quero. Sempre tenho algo em mente ou crio algo em mente pra começar. Mas eu quero ter um pouco da paz que me resta e quero levar algo pra frente de verdade. Quero entregar pro mundo de verdade essa mensagem. Não quero sentir vontade de terminar as coisas, de jogar tudo pro alto. Eu vou até o fim. Eu consigo finalizar. Mas por que eu quero finalizar do nada coisas que sequer começaram?

É o bichinho da autossabotagem que fica falando na minha orelha como se fosse um diabinho. Não era pra ser diferente? Eu já fiz tudo o que precisava fazer, todos os desafios para por em prática. Por que desistir quando já deu certo? Por que cancelar algo que coloquei tanto empenho para acontecer?

Foram tantas as coisas que eu já fiz e só agora entendo porque fiquei pulando de galho em galho. Porque eu nunca quis ter a responsabilidade de ver algo dando certo. Eu sei o que acontece quando dá errado: a gente vai pra próxima coisa. Mas e quando dá certo? O que a gente faz depois?

Eu antecipo o meu dar errado sem efetivamente dar errado. Simplesmente porque sei lidar e sei o que acontece. Mas será que eu preciso de uma coisa nova para dar certo? Será que não estou somente em outro caminho? Existem tantos para chegar na linha de chegada….

Aliás, existem vários caminhos para várias linhas de chegada diferentes. E a autossabotagem é aquela pessoa que fica ali, nas margens, dizendo que você nunca vai encontrar qual é o caminho certo e precisa urgentemente trocar de caminho. Você troca, troca, troca e só se atrasa para encontrar sua linha. Você nunca se deixa chegar no seu objetivo porque fica trocando de caminho várias vezes no meio do percurso.

Por que trocar tanto? Por que não ignorar essa vozinha e ir mesmo assim? Seguir em frente? A autossabotagem vai estar ali, de qualquer forma. Vale a pena dar voz ou ignorar o que ela diz?

Tem um relato da sua jornada e quer compartilhar com outras pessoas aqui no “Um dia de cada vez”? Envie para [email protected]. *Os relatos são publicados de forma anônima.

Atualizações

A transfobia no ambiente corporativo

Desde os 8 anos de idade, Alberto* se olhava no espelho e se via menino. Quando não tinha ninguém em casa, se recorda de colocar os ternos, camisas e gravatas do seu pai. Ia na frente do espelho e “fazia a barba”. “Sempre me vi diferente das normas. Cresci e isso se intensificou de tal forma que eu não me encaixava em nada”, relembra. Um homem escondido por trás de uma vivência feminina que não era sua. Aos 20 anos, resolveu pesquisar sobre pessoas travestis e então, se questionou sobre gênero. O cara que vivia escondido gritou. “Foi como um soco no estômago, como se eu abrisse os olhos pela primeira vez em 20 anos. Achei vídeos de pessoas trans no Youtube que me ajudaram a procurar uma orientação profissional sobre o meu caso em particular”, acrescenta. Iniciou a transição hormonal. “Foi uma das coisas mais libertadoras que já vivi. A minha primeira aplicação, os primeiros pelos, a barba, o corpo tomando as medidas mais masculinas, de acordo com o estereótipo… Ainda é surreal quando posso me olhar no espelho e me ver inteiro”, se emociona. Mas depois de toda a adrenalina e expectativa, veio a parte ruim.

Sem retificar seu nome, Alberto* era negado em quase todas as entrevistas de emprego. “Fiquei um ano inteiro sem procurar trabalho, não tinha mais vontade de sair na rua.”, conta. Mas a coragem veio e ele enviou um e-mail. Aquele que mudaria sua vida. E de fato, veio o retorno de um parque temático próximo a São Paulo. Sua solução tinha chego, era o grande dia da entrevista.

“Primeiro tive que explicar para o entrevistador que sou um homem trans. Foi a coisa mais difícil de se falar. Ele respondeu ‘Jura? Nem parece!’ Fiquei chocado tentando entender como uma pessoa trans deveria parecer.”, comenta. Interessado no emprego, ele ignorou e seguiram a entrevista. Os cumprimentos vieram junto com as boas vindas. Alberto* havia assumido para o mundo que era um homem trans e merecia ser respeitado como tal, mesmo que ainda usasse seu nome social. Depois da entrevista, veio o treinamento e a hora de receber os uniformes. Cada pacote, com o nome do respectivo funcionário, menos de Alberto*. No dele, constava seu nome de batismo. “Fiquei muito desconfortável, o suficiente para quase desistir e voltar pra casa.”, pondera.

O uso e respeito ao nome social de pessoas trans é garantido pelo decreto de nº 9.278/18 que regulamenta a lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983. Alberto* tinha o direito de ser tratado pelo seu nome social, mesmo sem retificar seus documentos, e ele teve coragem de se impor.  Uma pesquisa do instituto Center for Talent Inovation descobriu de 61% dos LGBTQ+ brasileiros escondem seu gênero ou sexualidade no trabalho e de acordo com informações da União Nacional LGBT, o tempo médio de vida de um transgênero no Brasil é de apenas 35 anos. Isso coloca o país na posição de nação que mais mata transexuais e travestis no mundo. A inclusão de pessoas LGBTQ+ deve ser feita diariamente no mercado de trabalho, mas não são todos ainda que sabem disso.

Transfobia velada

Alberto* começou a trabalhar no famoso parque de diversões. Um lugar enorme, cheio de pessoas transitando a todo instante. Apenas mulheres no corpo de funcionários e alguns poucos homens. Parecia que o pior já tinha passado, mas o pior ainda estava por vir. “Uma funcionária me fez a seguinte pergunta ‘você é homem?’ E eu com a maior naturalidade do mundo, respondi que sim. Ela disse em seguida que não havia visto nenhum volume nas minhas calças e por isso havia deduzido que não”, recorda Alberto* com o rosto vermelho de vergonha e a voz quase falhando.

Para a psicóloga Denize Silva, as empresas precisam sair do formato conservador de anos atrás. “Os funcionários não são uma máquina, é preciso saber o lado pessoal e profissional. Muitas só visam seu movimento, e por isso existem altos níveis de adoecimento”, aponta.

“Nunca se teve uma reunião com todos os funcionários sobre diversidade de gênero, sobre respeito às diferenças. Nunca houve preparo.”

E ele foi atrás dos seus direitos dentro da organização. Conversou com seu superior e a resposta veio genérica: “Era só uma brincadeira”. Brincadeira que mata 1 LGBTQ+ a cada 23 horas no Brasil, segundo relatórios do Grupo Gay da Bahia (GGB). No entanto, sem saber lidar, a empresa  o indicou para mudança de loja, dentro do parque. “Lá, eu vivia dizendo que estava no céu. Enganado mais uma vez, claro”, contesta.

Na primeira semana, vários funcionários foram até seu posto perguntar se Alberto* era um homem trans. Quando não eram funcionários, eram visitantes do parque. “‘Moça, quero esse combo aqui.’ E eu com toda a educação do mundo corrigia e informava meu nome. Logo, bolei um plano de colocar um adesivo no lado esquerdo da camiseta me identificando, já que o crachá da empresa não tinha meu nome, nem foto”, revela. Deu certo e mesmo com a quantidade de transfobia no seu cotidiano, Alberto* estava se adaptando ao novo ambiente de trabalho.

PARA ENTENDER:

– Nome Social: É o nome pelo qual pessoas trans e intersexuais se autodenominam e escolhem ser identificadas em seu meio social. É reconhecido como meio legítimo de identificação de um indivíduo pelo Governo Federal;

– Transfobia: Atitudes, sentimentos ou ações negativas contra pessoas trans. Assim como a homofobia são atitudes, sentimentos ou ações negativas contra pessoas homossexuais;

– Cisgênero: Indivíduo que se identifica em todos os aspectos com seu gênero de nascença. Uma pessoa transgênero não se identifica com o gênero que nasceu;

– Heterocisnormativo: Termo usado para descrever situações que degradam ou marginalizam pessoas que estejam fora do padrão heterossexual e cisgênero. Também há a variação heteronormativo e cisnormativo.

Transfobia escancarada

Uma nova mudança de setor chegou na vida de Alberto*. “Fui fazer limpeza de pratos e utensílios de cozinha. Lá, virei pesquisa de campo das funcionárias. Me olhavam torto, outra deu em cima de mim várias vezes.”, confessa envergonhado e acrescenta, “Ela me chamou para ir numa parte de trás da cozinha, onde batíamos o ponto. Lá ela me beijou, sem eu pedir. Fiquei paralisado, eu tinha acabado de sofrer um abuso”. E era isso mesmo. O assédio sexual, por definição, ofende a dignidade, honra, o direito de preservação da intimidade e da liberdade sexual da vítima. O Direito do Trabalho admite dois tipos de assédio no ambiente laboral: por chantagem ou por intimidação. O primeiro quando alguém de hierarquia superior promete vantagens em troca de favores sexuais ao suposto favorecido. Se ele não cumpre, pode perder o emprego. O segundo, não há a presença de hierarquia superior, mas importunações vindas de incitações sexuais, físicas ou verbais. O caso de Alberto*.

E as coisas chegaram a piorar. “Chegava no vestiário masculino e em vez de me trocar na frente de todos, entrava em uma cabine que fedia a mijo. Nunca me senti seguro para usar o chuveiro. Vivia com constante medo de alguém”, denuncia o jovem.

A vítima de assédio pode pedir rescisão indireta do contrato de trabalho, com os mesmos direitos de uma demissão sem justa causa: recebe todas as indenizações previstas em lei, como multa de 40% sobre o FGTS, projeção de aviso prévio, 13º salário e férias.

O despreparo do departamento pessoal com pessoas trans

“A gota d’água foi na triagem da cesta básica”, se esgota Alberto* ao relembrar se sua jornada pelo parque. Um dia, ao buscar sua cesta, como é de direito em várias empresas, seu nome não constava na lista. Nem nome social, nem nome de batismo. “A funcionária procurou e nada. Sem sutileza, ela gritou em alto e bom tom para no mínimo 20 pessoas atrás de mim ‘ou é fulana ou é Alberto*, os dois não podem’“, suspira e questiona, “Como uma empresa que divulga ser a favor dos direitos LGBTQ+ não tem orientação com seus próprios funcionários?”

E de fato, ainda há muito despreparo por falta das empresas no âmbito de inclusão de LGBTQ+ no mercado. “O RH cobra requisitos heterocisnormativos e de difícil alcance especialmente para a população trans, como idiomas, informática, experiências prévias e afins. E por fim, quando contratados, no que diz respeito ao uso de uniformes binários e reforçadores de esteriótipos de gênero, desrespeito ao nome social, boicotes, discriminações e afins, são outras dificuldades”, aponta Felipe Daier, advogado do Núcleo de Prática Jurídico, Social e Apoio Psicológico da Secretaria Municipal de Assistência Social de São Paulo.

Mas se o parque que Alberto* trabalhava não era preparado, ele era. No seu terceiro mês, foi até São Paulo e retificou seu nome e gênero no cartório. Depois de uma semana, com sua nova certidão em mãos, mostrou par a sua supervisora. Todos deram os parabéns, inclusive o setor de Recursos Humanos (RH), que alterou sua folha de ponto. Tudo parecia bom demais para ser verdade.

Dias antes de um evento específico que celebra a diversidade, Alberto* teve uma luxação no joelho. Foi até o pronto atendimento da empresa, tomou remédio na veia. Com muita dor, pediu para ser dispensado. Pedido negado. “Nesse dia, fui até o RH e pedi minha demissão. Justifiquei que estava insatisfeito com a empresa. No fundo, eu deveria ter dito. Eu deveria ter exposto o caso de abuso, as transfobias, o medo, os olhos constantes que me observavam, o descaso com o meu corpo, com as minhas dores. Mas eu só queria sair dali correndo. Dois dias depois, me dispensaram”, queixa-se cabisbaixo. “Nunca relatei nada disso até hoje. Só cheguei a comentar sobre o beijo. Acharam engraçado”, lamenta.

Como mudar o cenário

Alberto* não é o primeiro nem o último a não ter coragem de contar. Sua história dói na alma e a necessidade de ter um emprego muitas vezes fala mais alto. Ele diz que nunca erraram seu nome na sua frente, mas todos os funcionários sabiam seu nome de batismo. Não adianta ter uma inclusão que não sai das portas da diretoria. “Nunca se teve uma reunião com todos os funcionários sobre diversidade de gênero, sobre respeito às diferenças. Nunca houve preparo.”, ressalta Alberto*.

E se você se pergunta se é preciso ter, a história dele te responde. Sim. Ele é um personagem entre milhares de outras pessoas trans que procuram seu lugar ao sol.

É preciso ter cabines fechadas nos banheiros, principalmente se os funcionários tomam banho ou trocam de roupa na organização. Palestras sobre diversidade, inclusão de pessoas não-binárias, trans e travestis também é uma realidade, além é claro, de aplicar o respeito e passar a todas as escalas.

Érica Souza, analista de Recursos Humanos de uma grande multinacional do ramo alimentício defende a ideia de que é preciso fortalecer as diretrizes de inclusão e diversidade. “Acredito que através de feedbacks quando se vê algo que não condiz com a postura de inclusão e diversidade é muito possível”, demonstra.

Além disso, é preciso estar na cultura da empresa os princípios e valores com todas as pessoas. É preciso ter qualidade no relacionamento entre os pares de trabalho e acompanhar, mesmo pós-feedback para garantir que casos como o de Alberto* não venham a se repetir.

* O nome foi trocado para manter a identidade do entrevistado preservada.