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Resenha: Observações sobre um planeta nervoso, Matt Haig

Sinopse: Observações sobre um planeta nervoso é um olhar pessoal e fundamental sobre como se sentir feliz, humano e pleno no século XXI. Como podemos nos sentir menos ansiosos e deprimidos em um mundo cada vez mais dominado pelas redes sociais?

Desde o começo de nossa história há muito anos atrás, tudo começou a entrar em plena evolução, desde a primeira chama de fogo até tudo o que foi produzido no século XXI. Sempre que se cria algo para resolver um problema, aparecem novas ideias de coisas que poderiam ser melhor que a anterior, dando a entender que o anterior não é tão bom assim, e que devemos trocar o que já temos por algo que nos fazem acreditar que é “melhor”, e que precisamos ter, para o nosso próprio “bem” e “felicidade”.

Entre todas as mudanças que tivemos ao longo de nossa história, a maior com certeza foi a tecnologia. Ela ocupou cada espaço daquilo que conhecemos, e nós estamos cada vez mais conectados nesse mundo virtual por meio da internet.

Algo que era pra ser bom acabou não sendo tão “bom” assim. Em meio a tanta coisas que tem na Internet acabamos consumindo coisas demais que nem sempre são coisas boas, e tudo isso bombardeia nossa mente. São notícias ruins de todos os tipos, e que o tempo todo se espalham com extrema velocidade com ajuda das redes sociais.

Em meio a tantas coisa que absorvermos da internet, principalmente de nossas redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, etc…), acabamos sofrendo ansiedade, depressão e vários outros tipos de distúrbios mentais.

O livro Observações sobre um planeta nervoso nos mostra como devemos lidar com tanta coisa sem perdermos a sanidade. Vivemos em um mundo que muitos se deixa se levar pelo o que vê na internet, como se fossem controlados por ela, sendo que deveria ser o contrário.

É um livro que todos nós deveríamos ler. Eu mesma gostei muito do livro, fazia tempo que eu não lia algo assim. Achei o conteúdo super essencial para aprendermos a controlar a internet ao nosso favor, mantendo nossa mente saudável, não fazendo parte de um grupo de pessoas que adoecem todos os dias por se estressar tanto com o que vêem em suas redes sociais.

Colunas

O falso moralismo da internet

Já pensou se alguém te questionasse sobre o que você espalha na internet?

“Você não tem direito de expressar sua opinião. Você tem direito de expressar a sua opinião fundamentada. Ninguém tem o direito de ser ignorante.” Harlan Ellison

Vivemos em um período de desconstruções, quebra de tabus e enfrentamento de problemas. Isso evidencia-se, com frequência, todas as vezes que decidimos dar aquela passadinha nas redes sociais. Amigos repassam, sem pudor, questões ligadas à movimentos sociais e que propõem reflexões profundas como laicidade do Estado, criminalização da homofobia, igualdade de gênero, descriminalização das drogas e tudo mais. Além dos que se dizem “pessoas de bem” e defendem figuras políticas neonazistas marcadas especialmente por discursos violentos.

Esse tipo de ocorrência levanta uma dúvida: toda essa informação é o que o indivíduo acredita ser certo ou trata-se novamente da cultura de massa?

A situação é mais alarmante quando o perfil do usuário é totalmente contraditório e as publicações são todas rasas sem nenhum embasamento verídico. O mesmo que propaga algo em favor da legitimação da identidade de gênero, instantes depois já aparece com uma tirinha usando a expressão “traveco”. A divulgação da imagem de um casal gay feliz transfigura-se numa máscara que caí logo depois do mesmo usar o termo “afeminado” de maneira pejorativa.

O fato é que o botão compartilhar converteu-se num grande disseminador de opiniões. Entretanto, você realmente acredita no que acabou de reproduzir ou só o fez na esperança de uma imagem pessoal mais interessante? Tal conteúdo possui fundamento?

É simples enaltecer um texto antirracista, uma tirinha questionando o estatuto da família, uma imagem exigindo a descriminalização do aborto. Mas e se deixássemos as curtidas e o ego de lado, a intensidade da nossa militância seria a mesma?

Abraçar nosso ponto de vista é primordial, porém, é indispensável o uso de bons argumentos, uma boa interpretação de texto e tolerância. Do contrário, nada adianta olhar para o próximo quando não conseguimos nem tirar os olhos de nós mesmos.