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Relacionamentos e maternidade compulsórios: desconstruindo conceitos

Relacionamentos e maternidade compulsórios: eles não vão te completar.

Essa frase apareceu no feed do Instagram enquanto via algumas publicações no meu perfil, fazendo-me questionar alguns pré determinantes femininos.

O primeiro deles é acerca dos relacionamentos. Antes as mulheres somente eram respeitadas caso fossem casadas, portanto, o relacionamento funcionava como oposição de respeito. Era necessário um homem ao seu lado, o chefe de família, provedor das fontes de sustento.

Em consequência disso, mulheres casavam-se obrigadas mesmo sem existência de sentimentos, e até mesmo para acordar decisões de negócios ou política.

Já a maternidade compulsória tem um estreito laço com os casamentos arranjados, porque também é fruto da construção social e favorecimento masculino. Nesses casamentos a mulher teria que dar um herdeiro ao marido.

Além do mais a maternidade compulsória consiste no fundamento que toda mulher é obrigada a ter filhos. Quando se nasce o primeiro brinquedo sugerido às meninas é uma boneca, possivelmente, ela funcionará como cuidadora ou “mãe” dela. Vai crescer ouvindo contos de fada que dirão que precisa de um príncipe encantado para fazê-la feliz e que a felicidade só será completa quando torná-la mãe.

O direito de escolha feminino era totalmente negligenciado. Vivia-se para satisfazer necessidades masculinas e em prol delas.

Porém isso vem mudando com as lutas feministas. O caminho de desconstrução é longo. Imagina você ser ensinada que unicórnios rosas vem em dias de chuva e sem esperar alguém te fala que unicórnios rosas nem existem. É um direito nosso escolher, tanto em se relacionar quanto em ser mãe. O primeiro passo é compreender que a felicidade não depende de um parceiro (a) ou geração de uma criança, buscar plenitude individual e conhecimento a respeito de si mesma.