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Livros

Dia do Orgulho LGBTQIAP+: sete livros para orgulhar-se

Celebrado em 28 de junho, o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+ é um importante lembrete de que todas as formas de amor são válidas e merecem respeito. A data também conscientiza a sociedade sobre a importância ao combate à discriminação dos homossexuais, bissexuais, transexuais, transgêneros e outros.

+ 10 livros que todos deveriam ler

Para trazer um debate saudável sobre o assunto, os livros vêm para somar e dar voz, visibilidade e reconhecimento. Separamos sete obras que são poderosas ferramentas para luta contra a LGBTfobia! #LeiaComOrgulho:

Elegidos
Representatividade e orgulho LGBTQIAP+,
 diversidade racial, avanço científico e tecnológico, um mundo comandado por um ditador, mutação genética e guerra pelo poder. Esses são os principais pontos que envolvem a distopia Elegidos. A obra promete cativar os fãs do best-seller Jogos Vorazes com um cenário futurístico cheio de aventura e emoção.

Carmilla: A Vampira de Karnstein
A obra é narrada por Laura, uma jovem que vive isolada com o pai em um castelo. Uma hóspede inesperada, entretanto, despertará os sentimentos amorosos da personagem que, ao mesmo tempo, lhe causará certo terror ao trazer de volta antigos pesadelos da infância. Apesar da época em 1872, a autora não se preocupou em esconder a sexualidade da protagonista.

Transradioativa
O audiolivro Transradioativa, da Tocalivrosé a oportunidade de se emocionar com as memórias da cantora e atriz Valéria Barcellos. A coletânea de crônicas sobre negritude e transexualidade, escrita depois que recebeu o diagnóstico de câncer, faz um relato sensível sobre o processo de cura, mas também traz luz para temas como racismo, misoginia e transfobia.

Você me aceita?
Um romance homoafetivo com muita representatividade. Você me aceita? é delicado, sensível e aquece o coração, a autora Marina Morena Tiago apresenta com maestria cada nova conquista, cada sentimento à flor da pele. Venha conhecer e se apaixonar por Babi e Eve nessa obra sobre escolhas e amor acima de tudo.

Luzes do Norte
Embora se reconhecesse como bissexual há alguns anos, a autora Giulianna Domingues aproveita o lançamento de Luzes do Norte para externalizar na literatura o que ainda não havia exposto na vida real. Ficcional e fantasiosa, a obra valoriza o universo LGBT ao apresentar para os leitores um casal de mulheres imperfeitas e apaixonadas.

O retrato de Dorian Gray
Dorian é um homem que se encanta com a visão de mundo hedonista do aristocrata Henry Wotton, que considera que a beleza e a satisfação sexual são as únicas coisas que importam na vida. Ele deseja então vender sua alma para que apenas um retrato seu pintado a óleo envelheça e desapareça, mantendo sua juventude eternamente. Como Fausto, o protagonista tem seu desejo atendido e parte para uma vida libertina e amoral. A obsessão estética e a vida de aparências são temas centrais do livro.

Fomos Somos Seremos
Ao longo de 80 crônicas poéticas Arthur Webber apresenta em seu livro de estreia “Fomos Somos Seremos” amores não correspondidos, doloridos e tóxicos. Amores de uma noite só e amores de uma vida inteira. Além do amor da família, dos amigos e aquele mais importante: o amor-próprio. Esse, inclusive, o mais difícil de ser nutrido, em sua opinião.

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Livros, Resenhas

Resenha: Sempre em frente – Carry On (Simon Snow #1), Rainbow Rowell

Simon Snow é o Escolhido. Segundo as lendas, ele é o feiticeiro que garantirá a paz no Mundo dos Magos. Isso seria extraordinário se Simon não fosse desastrado, esquecido e um feiticeiro pouco habilidoso, incapaz de controlar seus poderes. Ele está no penúltimo ano da Escola de Magia de Watford, e, ao lado de sua melhor amiga Penelope e sua namorada Agatha, já se meteu nas mais variadas aventuras e confusões — algumas causadas por Baz, seu arqui-inimigo e colega de quarto, outras pelo Oco, um ser maligno que há tempos tenta acabar com Simon.

Quando chega o novo ano letivo e Baz não aparece na escola, Simon suspeita que o garoto esteja tramando alguma coisa contra ele. As coisas começam a tomar um rumo ainda mais estranho quando o espírito da mãe de Baz, antiga diretora de Watford, aparece para Simon afirmando que quem a matou continua à solta. Quando Baz finalmente chega a Watford sob circunstâncias misteriosas, Simon não vê alternativa a não ser ajudá-lo a vingar a morte da mãe — o que pode ser o primeiro passo para que verdades avassaladoras sobre o Mundo dos Magos sejam reveladas. E para que tudo mude entre os dois garotos.

Carry on é um livro que me encontrou. Estava navegando no Twitter e fiquei sabendo de um livro que misturaria o mundo de magia e bruxaria com vampiros e relacionamentos gays. Eu parei, fiquei meia hora pensando em como eu nunca tinha lido esse livro antes? Fã órfão de Harry Potter desde que a J.K. Rowling se revelou uma tremenda transfóbica e doente por Crepúsculo desde que a série terminou, comprei a versão em inglês no dia seguinte porque achei a capa nova linda.

Eu leio em inglês, mas dessa vez, a leitura não fluiu. Abandonei. Uma semana depois, a Editora Seguinte manda uma caixa enorme pra minha casa com os dois livros da série com capa nova, adesivos, cadernetas e o livro que originou tudo isso, Fangirl. Surtei, né? Passei na frente de todas as leituras e devorei o livro em menos de uma semana.

Antes que falem, Carry on não é uma imitação barata de Harry Potter porque é melhor. Ele conta a história de Simon Snow, que é o nosso escolhido. Sim, misteriosamente ele é o feiticeiro mais poderoso do mundo e está destinado a salvar o mundo dos bruxos do Oco, criatura misteriosa que suga a energia, como se fosse a atmosfera, de ambientes com grande concentração de bruxos.

E claro que todo Harry tem seu Draco e não poderia ser diferente com Simon, que tem um arqui-inimigo: Baz. A diferença é que eles são colegas de quarto e Simon tem certeza que Baz é um vampiro e está tentando matá-lo ou prejudicá-lo enquanto ele dorme.

A história se desenrola com alguns flashbacks em que conhecemos o passado de Simon e Baz, enquanto o mundo da magia ameaça ruir sob ameaças constantes do Oco. Além disso, Baz está desaparecido e Simon está desesperado atrás dele. Uma parte tem medo de que ele possa estar tramando algo, mas no fundo, a gente sabe que é tudo preocupação.

A grande virada do livro e dos meus surtos é quando Simon recebe uma visita do além da mãe de Baz e juntos, eles resolvem embarcar numa jornada para descobrir quem a matou e, de quebra, destruir o Oco. O meu lado fangirl surtou em cada página de Carry on.

Simon e Baz se apaixonam perdidamente. Dão um beijo no meio do nada, depois de quase serem mortos. Baz é de fato um vampiro. Simon se torna uma criatura com asas. EU ESTOU SURTADO COM ESSA HISTÓRIA E ACHO QUE ELA É MINHA NOVA PREFERIDA DA VIDA!

Eu ainda não li Fangirl e não li a sequência, mas eu mal consigo escrever e descrever o quando Carry on foi aquele quentinho nesse coração órfão que vos escreve. Tem magia, tem vampiros, tem romance gay, tem ódio, tem TUDO O QUE A GENTE VÊ EM LIVRO HÉTERO E NÃO TINHA VISTO ATÉ AGORA EM LIVROS LGBTQIAP+.

Sim, vou mudar meu nome pra cadelinha de Carry on. Se eu tivesse que resumir essa resenha em uma frase, seria: AAAAAAAAAAAA LEIAM CARRY ON DESESPERADAMENTE! AAAAAAAAAAAAA